• Nenhum resultado encontrado

Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais de Ensino Públicos e Privados no Sistema Único de Saúde

3.8.2 Estruturação da rede estadual ou regional de atenção em alta complexidade em tráumato-ortopedia

4.8 Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais de Ensino Públicos e Privados no Sistema Único de Saúde

Todos os hospitais de ensino devem ser certificados, conforme a Portaria In- terministerial n. 1.000/2004, pelo Ministério da Saúde e da Educação. Esta portaria fixa os prazos para que os hospitais anteriormente cadastrados como universitário, hospital-escola ou auxiliares de ensino, requeiram a certificação de ensino previs- ta.

O Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais de Ensino foi criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação, por meio da Portaria Interminis- terial n. 1.006/2004, tendo como objetivo reorientar e reformular a política para os

hospitais de ensino do Ministério da Educação (MEC) no SUS e promover a inserção e a integração desses serviços na rede assistencial do SUS, mediante ações estratégi- cas definidas no processo de contratualização, com metas e indicadores especifica- dos, com base no termo de referência constante do anexo dessa norma técnica.

O Ministério da Saúde criou, no âmbito do SUS, para os hospitais de ensino não contemplados pela Portaria Interministerial nº 1.006/2004, ou seja, para aque- les que não são do Ministério da Educação, o Programa de Reestruturação dos Hos- pitais de Ensino, no âmbito do SUS, por meio da Portaria MS/GM n. 1.702/2004, que tem os mesmos objetivos do programa destinado aos hospitais do MEC, descrito acima, com base no termo de referência, definido no anexo dessa portaria.

Contratualização é o processo pelo qual o representante legal do hospital e o gestor municipal ou estadual do SUS estabelecem metas quantitativas e qualitativas que visem ao aprimoramento das ações de saúde e de gestão hospitalar, formaliza- do por meio de um convênio.

4.8.1 Ações estratégicas

Esses programas definiram algumas ações estratégicas, descritas abaixo, que deverão ser explicitadas em cada convênio, mediante definição de metas e indica- dores.

• Definição do perfil assistencial, do papel da instituição e de sua inserção articulada e integrada com a rede de serviços de saúde do SUS.

• Definição do papel da instituição na pesquisa, no desenvolvimento e na avaliação de tecnologias em saúde e de gestão, de acordo com as necessidades do SUS. • Definição do papel dos hospitais na educação permanente e na formação de profissionais de Saúde.

• Qualificação do processo de gestão hospitalar em razão das necessidades e da inserção do hospital na rede hierarquizada e regionalizada do SUS.

4.8.2 Condições de inclusão dos hospitais

Os hospitais para serem incluídos nestes programas deverão ser previamente certificados como hospital de ensino, conforme critérios estabelecidos na Portaria Interministerial n. 1.000/2004, por comissão paritária dos Ministérios da Saúde e da Educação, com validade por dois anos, devendo ser renovada ou cancelada após avaliação conjunta.

Toda regulamentação para a certificação dos hospitais de ensino com o flu- xo e a documentação necessária está determinada na Portaria Interministerial n. 1.005/2004, alterada pela Portaria Interministerial n. 2.193/2004.

Entende-se por hospital de ensino as instituições hospitalares que servirem de campo para a prática de atividades curriculares na área da saúde, sejam elas hospitais gerais ou especializados, de propriedade de instituição de ensino superior, pública ou privada, ou ainda, formalmente conveniada com instituição de ensino superior.

4.8.3 Financiamento

Os recursos financeiros destinados à implantação desses programas serão compostos assim:

a) Componente com valor fixo mensal

• Recursos recebidos pelo hospital pela assistência prestada, tendo como referência os últimos doze meses (média complexidade).

• Impactos dos reajustes dos valores da remuneração de procedimentos ambulatoriais e hospitalares concedidos, a partir da data da publicação do Programa.

• Fator de Incentivo ao Desenvolvimento do Ensino e Pesquisa (Fideps). • Incentivo do Programa Interministerial de Reforço e Manutenção dos Hospitais Universitários na parcela referente ao Ministério da Saúde (somente para hospitais de ensino do MEC).

• Recursos de incentivo a contratualização do Ministério da Saúde (ver descrição abaixo).

• Incentivo de Integração ao Sistema Único de Saúde – Integrasus (excluídos os hospitais de ensino do MEC).

• Incentivo para a Assistência Ambulatorial, Hospitalar e de Apoio Diagnóstico à População Indígena (Iapi).

• Quaisquer outros incentivos repassados de forma destacada. b) Componente com valor variável conforme cumprimento de metas

• Valor de, no mínimo, 10% do custeio fixo acima apontado, como fator de incentivo ao cumprimento de metas qualitativas, revisto anualmente.

c) Componente correspondente à produção de serviços

• Alta complexidade e Faec, que serão remunerados pela produção.

4.8.3.1 i

nCentivoà

C

ontratualizaçãodefinidopelo

m

inistérioda

s

aúde

O Ministério da Saúde regulamentou a alocação dos recursos financeiros para o Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais de Ensino do MEC, por meio da Portaria MS/GM n. 2.352/2004, e dos demais hospitais de ensino por meio da Portaria MS/GM n. 1.703/2004, definindo o incentivo à contratualização no valor máximo equivalente a 26% do faturamento médio dos procedimentos de média complexidade, referente ao primeiro quadrimestre de 2004, da produção ambulatorial e de internação hospitalar, excluídos aqueles procedimentos financia- dos com recursos do Faec.

Dos 26% (incentivo à contratualização) definiu-se, ainda, que 85% seriam repassados automaticamente, de forma independente de qualquer análise prévia, enquanto que os outros 15% seriam repassados mediante análise de desempenho segundo critérios definidos nessa regulamentação.

O convênio e o plano operativo são os instrumentos legais que formalizam a integração do hospital de ensino certificado nesse Programa.

O convênio deve trazer definição do objeto, condições gerais, encargos, re- cursos financeiros destinados ao cumprimento das ações, instrumentos de controle, penalidades, formas de denúncias e o plano operativo como parte integrante desse

convênio. O plano operativo deve especificar as metas físicas e de qualificação para as ações e atividades pactuadas, os indicadores propostos de acordo com o preconi- zado nesse programa, e o sistema de avaliação de metas.

4.9 Programa de Reestruturação e Contratualização dos