• Nenhum resultado encontrado

Seria muito difícil, a partir dos resultados desta pesquisa, traçar uma linha de

comparação direta entre os estudos anteriores de Peterson e Smith sobre a gestão do

significado de eventos de trabalho, de caráter quantitativo e este estudo. Provavelmente, um

estudo semelhante com os gestores presenciais tradicionais iria chegar a uma quantidade de

eventos muito maior que os oito utilizados nas pesquisas de Peterson e Smith. Por outro lado,

esse estudo não teve o mesmo objetivo de comparações crossculturais. Foi estudado um

pequeno subgrupo, os gestores virtuais, cediados em algumas capitais brasileiras, para poder

identificar e analisar a forma como estes reconhecem os eventos em seu contexto de trabalho

home office.

Com relação a perspectiva teórica de eventos, esse estudo conseguiu integrar, pela

primeira vez, todas as seis características dos eventos, que até então haviam sido trabalhadas

separadamente. Há alguns estudos que investigaram as fontes de apoio usadas para lidar com

eventos de alta incerteza, importância e complexidade, apresentados como ‘recursos’, mas

não com a frequência, urgência e pessoas envolvidas e nem que investigassem quando estas

são percebidas como tendo um grau médio ou baixo. Com a integração das seis

características, se percebeu não só a possibilidade de pesquisar todas ao mesmo tempo, mas

que, dependendo do evento, elas podem se comportar de forma relacionada, ou seja, a maior

frequência em que se lida com um evento diminui a incerteza, por exemplo.

Outra contribuição para os estudos sobre eventos foi o fato de que os depreendidos das

entrevistas com gestores virtuais se mostraram específicos desse grupo. Assim, os eventos

podem ser mais particulares do que é entendido e investigado atualmente. Os resultados da

pesquisa permitem inferir que, talvez a utilização de eventos que sejam mais representativos

de cada grupo profissional possa aportar melhores resultados, do que uma perspectiva

universal, segundo a qual os eventos são comuns para todos os gestores, de diferentes setores

e que atuam em diversas partes do mundo.

Ao final, é possível dizer que a flexibilidade apresentada pelo trabalho virtual, torna o

contexto profissional mais complexo, com variáveis que não estariam inseridas em um

ambiente presencial de trabalho corporativo. Estas novas situações trouxeram alguns reflexos

para os eventos que foram depreendidos das entrevistas.

Assim, a percepção que os gestores têm de seu contexto profissional interfere na

forma como os gestores virtuais percebem os eventos do seu cotidiano. Esses eventos podem

ser reconhecidos pela prática cotidiana, sua experiência pessoal, contatos com os demais

stakeholders, ocorrências e fatos do cotidiano, e outras variáveis profissionais e

pessoais/familiares que interferem no contexto de trabalho.

O que foi depreendido como evento foram situações sociais da relação do gestor com

o trabalho; com o ambiente real da casa e da família; com o ambiente virtual; com a

organização em diferentes aspectos; com os membros de sua equipe e subordinados em geral,

além de clientes, parceiros, suporte técnico, etc. As tecnologias também influenciaram no que

foi percebido por esses como evento, com relação às diferentes formas de contato com o

mundo externo, ou os problemas decorrentes da falta de contato.

A descoberta da forma como os gestores percebem os eventos do seu cotidiano é só o

primeiro passo para entender a realidade das pessoas que trabalham deslocadas do ambiente

do escritório. Foi possível perceber que não há somente um perfil profissional, nem somente

um tipo de relação com a organização.

Estudos futuros que se interessem em seguir pela mesma linha, podem tentar sintetizar

os eventos aos mais significativos do grupo, ou focar em um dos quatro tipos de evento e

explorar somente as situações de um deles, com as consequências. A partir dos eventos

depreendidos nessa pesquisa, também pode-se tentar escolher os mais influentes para utilizar

em uma pesquisa quantitativa e assim verificar como os gestores lidam com esses para chegar

em uma solução. É possível também, a partir dos eventos destacados neste estudo, validar

com um número maior de gestores virtuais para descobrir quão comum essas ocorrências são

percebidas pelos mesmos.

Com relação à entrada de novos membros nas equipes, pode-se pesquisar a forma

como o profissional ganha a confiança dos demais realizando atividades virtuais, em home

office, por exemplo. Podem ser interessantes estudos que busquem caracterizar o outro lado

do posicionamento em relação ao ingresso de novos membros nas equipes, dos que desejam

se tornar. Será que há um tempo de maturidade profissional desde o ingresso do gestor e dos

profissionais nesse modelo de trabalho? Como é feita a adaptação? E como as organizações

lidam com esse processo de transferência do profissional para o modelo virtual?

Seria oportuno investigar as questões relacionadas à produtividade dos trabalhadores e

gestores virtuais e como as organizações percebem essa questão. O aumento da carga de

trabalho, a cobrança por prazos e o isolamento também poderiam ser investigados, inclusive

com relação à percepção sobre a tensão no ambiente de trabalho virtual e outras questões

relacionadas ao estresse e doenças de trabalho. Mesmo o relacionamento do gestor e do

trabalhador virtual com a empresa, a sua percepção de ser parte do grupo, ou estar isolado

deste, não só fisicamente, mas emocionalmente e até distanciado da cultura corporativa.

Os controles feitos sobre o gestor virtual e seu trabalho, da mesma forma que o

controle exercido sobre sua equipe também foram percebidos de forma diferenciada. Nesse

sentido, não bastam aplicar modelos existentes de gestão de equipes e projetos, mas sim

adaptar e até desenvolver novos modelos de gestão para esse contexto profissional

diferenciado. Quantos dos controles utilizados no acompanhamento do trabalho virtual atuam

como substitutos de uma liderança? E até que ponto o fato de se fazer presente por meio das

tecnologias pode substituir a presença física? Quanto a falta de contato presencial frequente

pode influir na forma como os trabalhadores e gestores virtuais percebem o seu trabalho no

longo prazo?

Nesse sentido, há peculiaridades em cada tipo de comunicação, formal, informal,

rotineira, ou para solução de problemas urgentes, que poderiam ser melhor exploradas em

estudos futuros, inclusive com a análise das equipes e/ou a comunicação de um projeto em

suas diferentes fases, por exemplo, ou explorar melhor o relacionamento dos gestores virtuais

com suas equipes e como acontece a influência de um sobre o outro.

As equipes virtuais globais, como grupos organizados por pessoas de diferentes

países, para o desenvolvimento de um projeto com um resultado comum, podem apresentar

outras dificuldades e eventos característicos, especialmente pelo fato de integrar pessoas de

diferentes partes do mundo, atuando em diferentes fusos horários e com línguas, costumes e

culturas diversas.

O processo de virtualização das empresas está bastante em voga, inclusive com a

possibilidade de que as organizações passem a existir somente na ‘nuvem’. Essa pesquisa já

pode mostrar que não é um simples processo de retirar o espaço físico do escritório e manter

as mesmas estruturas de trabalho, acompanhamento e cobranças, mas sim a necessidade de

repensar todo o modelo. Nese sentido, foram entrevistados profissionais que trabalham todo o

tempo desde suas casas, alguns até sem escritório físico e vínculo formal. Para virtualizar uma

empresa, é necessário que antes se virtualizem seus funcionários, repensando as bases do

relacionamento entre a organização e as pessoas que fazem parte desta.

Por ser uma modalidade nova de atuação, há ainda muito a ser estudado e descoberto

sobre os gestores virtuais e o trabalho virtual. Não foi pretensão desta pesquisa esgotar o

assunto, mas sim servir como ponto de partida para que muitos outros possam se aprofundar

no tema e expandir o conhecimento.

Como limitação principal dessa pesquisa está o número restrito de entrevistados,

provenientes de algumas capitais brasileiras. Apesar de não poder ser generalizada, a pesquisa

oferece uma base inicial e insights sobre um grupo profissional específico, muito novo e do

qual ainda há muito a ser desvendado. É necessário, ainda, muito esforço até que haja a

consolidação de conhecimentos para o ambiente virtual, por meio de novas abordagens e

conceitos sobre quem são os gestores virtuais, independente de sua localidade; como vivem

em diferentes partes do mundo; como é o seu cotidiano e, principalmente, quais são os

eventos mais distintivos para esse ambiente.

A presente pesquisa, ao final, pretendeu mostrar as especificidades da atuação deste

novo ator – o gestor virtual – em uma nova realidade profissional que é o trabalho virtual em

home office. Identificar e analisar a forma como os gestores virtuais reconhecem os novos

eventos de seu contexto de trabalho home office possibilitou à pesquisadora o conhecimento

das principais características presentes no cotidiano do trabalho desses profissionais. Mais

ainda, ampliou a compreensão da importância e necessidade de continuidade de pesquisas

sobre essa modalidade de trabalho, em pleno crescimento na sociedade atual.

Como principais contribuições teóricas, a pesquisa sobre os gestores virtuais e os

eventos do cotidiano de trabalho em um contexto de home office proporcionou a descoberta

de aspectos que caracterizam o trabalho de gestores que atuam desde um ambiente destacado

do escritório da empresa. Foram explorados aspectos do contexto que influenciam nas

situações sociais de trabalho e que exigem decisão dos gestões. Estes resultados podem ser de

utilidade para pesquisas não só relacionadas à área de gestão de eventos, mas para as áreas de

gestão de pessoas e comportamento organizacional, ao pesquisar um grupo específico, os

gestores virtuais e a forma como esses se relacionam com a dinâmica organizacional. Para os

estudos organizacionais, há ainda descobertas relacionadas à influência que o uso de

tecnologias trouxe para o ambiente corporativo e o relacionamento entre funcionários e

gestores que atuam em localidades diferentes.

Para as organizações e gestores de equipes, a pesquisa apresenta as vantagens e

desafios de se lidar com a virtualização. Essas descobertas podem ser úteis no processo de

tornar as equipes mais flexíveis, pois mostra que há diferentes arranjos profissionais para

profissionais que queiram atuar em home office. Assim, as empresas podem ganhar ao agregar

bons profissionais que poderiam estar fora do alcance, dentro de uma estrutura presencial.

Como vantagens às organizações, ainda há o menos gasto de recursos e de espaço, pois essas

podem ampliar a sua estrutura e produtividade sem que isso interfira no espaço físico.

Para os profissionais que trabalham, ou consideram atuar de forma virtual, a pesquisa

apresenta a visão de pessoas que já atuam nesse contexto e que se mostram satisfeitas com o

seu modelo de trabalho. Os eventos apresentados pelos entrevistados trazem uma visão rica

em diferentes situações podem auxiliar outros a iniciarem em home office de forma

estruturada.

REFERÊNCIAS

ALEMÃO, I.; BARROSO, M. R. O teletrabalho e o repensar das categorias tempo e espaço.

Enfoques, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p. 73-88, 2012.

ALTSCHULLER, S.; BENBUNAN-FICH, R. Trust, Performance, and the Communication

Process in Ad Hoc Decision-Making Virtual Teams. Journal of Computer-Mediated

Communication, v. 16, n. 1, p. 27–47, 29 out. 2010.

BARROS, A. M.; SILVA, J. R. G. DA. Percepções dos indivíduos sobre as consequências do

teletrabalho na configuração home-office: estudo de caso na Shell Brasil. Cadernos EBAPE,

Rio de Janeiro, v. VIII, n. 1, p. 71–91, 2010.

BAZAROVA, N. N.; YUAN, Y. C. Expertise Recognition and Influence in Intercultural

Groups: Differences Between Face-to-Face and Computer-Mediated Communication. Journal

of Computer-Mediated Communication, v. 18, n. 4, p. 437–453, 2013.

BELL, B. S.; KOZLOWSKI, S. W. J. A typology of virtual teams: Implications for effective

leadership. Group & Organization Management, v. 27, n. 1, p. 14-29, 2002.

BRANSON, L.; STEELE, N.; SUNG, C. Social Awareness Differences Between Collocated

and Computer Mediated Teams. MWAIS 2010 Proceedings. Paper 14. 2010.

BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Minuta de Resolução Administrativa. Brasília,

2014.

CASCIO, W. F. Changes in workers, work and organizations. Handbook of Psychology.

Three: 16. John Wiley & Sons, Inc. 2003. p. 399–422.

______. Managing a virtual workplace. The Academy of Management Executive, v. 14, n. 3,

p. 81-90, 2000.

DAFT, R. L.; WEICK, K. E. Toward a model of organizations as Interpretation systems. The

Academy of Management Review, v. 9, n. 2, p. 284-291, Apr 1984.

DEAKIN, H.; WAKEFIELD, K. SKYPE interviewing: reflections of two PhD researchers.

Qualitative Research, v. 0, n. 0, p. 1-14, 2013.

DESLAURIERS, J. P.; KÉRISIT, M. O delineamento da pesquisa qualitativa. In: POUPART,

J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis: Vozes,

2008. p. 127-153.

EDWARDS, H. K.; SRIDHAR, V. Analysis of Software Requirements Engineering Exercises

in a Global Virtual Team Setup1. Journal of Global Information Management, v. 13, n. 2, p.

21–41, 2005.

ELRON, E.; VIGODA-GADOT, E. Influence and Political Processes in Cyberspace: The

Case of Global Virtual Teams. International Journal of Cross Cultural Management, v. 6, n.

3, p. 295–317, 1 dez. 2006.

FLICK, U. Uma introdução à Pesquisa Qualitativa. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.

FRAGOSO, S.; RECUERO, R.; AMARAL, A. Métodos de pesquisa para Internet. Porto

Alegre: Editora Sulina, 2011. 239 p.

GIBSON, C. B. et al. Where Global and Virtual Meet: The Value of Examining the

Intersection of These Elements in Twenty-First-Century Teams. Annual Review of

Organizational Psychology and Organizational Behavior, v. 1, n. 1, p. 217–244, 21 mar.

2014.

______.; GIBBS, J. L. Unpacking the Concept of Virtuality: The Effects of Geographic

Dispersion, Electronic Dependence, Dynamic Structure, and National Diversity on Team

Innovation. Administrative Science Quarterly, USA, v. 51, p. 451–495, 2006.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo, Atlas, 1999.

HERTEL, G.; GEISTER, S.; KONRADT, U. Managing virtual teams: A review of current

empirical research. Human Resource Management Review, v. 15, n. 1, p. 69–95, mar. 2005.

HICKEL, M.; SCHRADER, É. Teletrabalho e teleatividades e a EaD. In: CONGRESSO

INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, 18º, 2012, São Luis, 23 a 26 set,

2012. Anais… São Luis: ABED, 2012. 1 CD-ROM.

HINS, P. J.; MORTENSEN, M. Understanding Conflict in Geographically Distributed

Teams: The Moderating Effects of Shared Identity, Shared Context, and Spontaneous

Communication. Organization Science, v. 16, n. 3, p. 290–307, 2005.

HUBERMAN, A. M.; MILES, M. B. Data management and Analysis Methods. In: DENZIN,

N. K.; LINCOLN, Y. S. (eds). Collecting and interpreting Qualitative Materials.

California/USA: Sage Publications, 1998.

JACKSON, P. J.; VAN DER WIELEN, J. M. Actors, approaches and agendas: from

telecommuting to the virtual organization. In: JACKSON, P. J.; VAN DER WIELEN, J. M.

Orgs. Teleworking: International Perspectives. London: Ed. Routledge,1998. p. 01-18.

KENSKI, J. M. Gestão de Projetos Educacionais Online. In: KENSKI, V. M. Design

Instrucional para cursos online. São Paulo: Editora Senac, 2015.

KONRADT, U.; HOCH, J. E. A Work roles and Leadership Functions of Managers in Virtual

teams. International Journal of e-Collaboration, USA, v. 3, n. 2, p. 16-35, 2007.

KUGELMASS, J. Teletrabalho: novas oportunidades para o trabalho flexível. 1. ed. São

Paulo: Atlas, 1996.

MAZNEVSKI, M. L.; CHUDOBA, K. M. Bridging Space Over Time: Global Virtual Team

Dynamics and Effectiveness. Organization Science, v. 11, n. 5, p. 473–492, 2000.

MAZO, F. R.; NOTARIO, Á. B. Nuevas tecnologías y técnicas grupales. In: RODRÍGUEZ,

F. G.; HERA, C. M. A. DE LA (Eds.). Técnicas grupales en contextos organizacionales. 1.

ed. Spain: Ediciones Pirámide, 2004. p. 264.

MERRIAM, S. B. Qualitative Research: A Guide to Design and Implementation. USA:

Jossey-Bass, 2009. p. 304.

MESEGUER, A.; TORRENT, J.; VILASECA, J. Equipos y usos digitales en la empresa

catalana. In: TORRENT, J.; VILASECA, J. La empresa red. Barcelona: Editorial Ariel, 2008.

MIHHAILOVA, G. Management challenges arising from the use of virtual work. Baltic

Journal of Management, v. 4, n. 1, p. 80–93, 2009.

______.; ÕUN, K.; TÜRK, K. Virtual work usage and challenges in different service sector

branches. Baltic Journal of Management, v. 6, n. 3, p. 342–356, 2011.

MILES, M. B.; HUBERMAN, A. M. Qualitative data analysis: an expanded sourcebook. 2nd

ed. California: Sage Publications Inc., 1994.

MILLWARD, L. J.; KYRIAKIDOU, O. Effective Virtual Teamwork: A socio-cognitive and

motivational model. In: GODAR, S. H.; FERRI, S. P. (Eds.). Virtual and Collaborative

Teams. 1. ed. Hershey/PA: Idea Group Publishing, 2004. p. 20-34.

MINTZBERG, H. Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações. São

Paulo: Atlas, 2003. 334 p.

MUNENE, J. C.; SCHWARTZ, S. H.; SMITH, P. B. Development in sub-Saharan Africa:

cultural influences and managers’ decision behaviour. Public Administration and

Development, v. 20, n. 4, p. 339–351, out. 2000.

ORENGO, V.; ZORNOZA, A.; PEIRÓ, J. M. Gestión de equipos virtuales en las

organizaciones laborales: algunas aportaciones desde la investigación. Papeles del Psicólogo,

España, v. 32, n. 1, p. 82–93, 2011.

PARDINI, D. J.; GONÇALVES, C. A.; PAIVA, A. M. M.; DIAS, A. T. Os significados da

virtualização do trabalho: manifestações discursivas das percepções tecnológicas, processuais

e pessoais nas relações intraorganizacionais. Cadernos EBAPE, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p.

85–103, 2013.

PENG, T.K.; PETERSON, M.F. Nation, demographic, and attitudinal boundary conditions on

leader social rewards and punishments in local governments. Journal of Organizational

Behavior, v. 29, p. 95-117, 2008.

PERIN, C. Work, space and time on the threshold of a new century. In: JACKSON, P. J.;

VAN DER WIELEN, J. M. Orgs. Teleworking: International Perspectives. London: Ed.

Routledge,1998. p. 40-55.

PERROW, C. Complex Organizations: A Critical Essay. USA: McGraw-Hill Publishers,

1972.

PETERSON, M. F. Embedded Organizational Events: The Units of Process in Organization

Science. Organization Science, USA, v. 9, n. 1, p. 16–33, 1998.

______.; ELLIOTT, J. R.; BLIESE, P. D.; RADFORD, M. H. B. Profile analysis of the

sources of meaning reported by U. S. and Japanese local government managers. In:

Bamberger, Peter; Erez, Miriam; Bacharach, Samuel B. (eds.). Research in the Sociology of

Organizations, Vol. 14, Greenwich, CT: JAI Press,1996. p. 91-147.

______.; SMITH, P.B; AKANDE, A. et al. Role conflict, ambiguity, and overload: A

21-nation study. Academy of Management Journal, v. 38, n. 2, p.429-452, 1995.

______.; ______.; BOND, M. H.; MISUMI, J. Personal Reliance on Alternative

Event-Management Processes in Four Countries. Group & Organization Studies, v. 15, n.1, p.

75-91, Mar 1990.

______.; RUIZ-QUINTANILLA, S. A. Cultural socialization as a source of intrinsic work

motivation. Group & Organization Management, v. 28, n. 2, p. 188-216, Jun 2003.

PODSAKOFF, P. M.; TODOR, W. D. Relationships Between Leader Reward and

Punishment Behavior and Group Processes and Productivity. Journal of Management, v. 11,

n. 1, p. 55–73, 1 abr. 1985.

QVORTRUP, L. From teleworking to networking: definitions and trends. In: JACKSON, P.

J.; VAN DER WIELEN, J. M. Orgs. Teleworking: International Perspectives. London: Ed.

Routledge,1998. p. 21-39.

SAKUDA, L. O.; VASCONCELOS, F. DE C. Teletrabalho, desafios e perspectivas.

Organização & Sociedade, v. 12, n. 33, p. 39–49, 2005.

SMITH, P. B.; PETERSON, M. F. Demographic Effects on the Use of Vertical Sources of

Guidance by Managers in Widely Differing Cultural Contexts. International Journal of Cross

Cultural Management, United Kingdom, v. 5, n. 1, p. 05-26, 2005.

______.; ______. Liderança, Organizações e Cultura. 1. ed. São Paulo: Pioneira, 1994.

______.; ______.; THOMASON, S. J. National Culture as a Moderator of the Relationship

Between Managers’ Use of Guidance Sources and How Well Work Events Are Handled.

Journal of Cross-Cultural Psychology, v. 42, n. 6, p. 1101–1121, set. 2010.

______.; ______.; WANG, Z. M. The Manager as Mediator of Alternative Meanings: A pilot

Study from China, The USA and U.K. Journal of International Business Studies, USA, v. 27,

n. 1, p. 115–137, mar. 1996.

STEIL, V. A.; BARCIA, R. M. Um modelo para análise da prontidão organizacional para

implantar o teletrabalho. RAUSP - Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 36,

n. 1, p. 74–84, 2001.

TANNENBAUM, S. I.; MATHIEU, J. E.; SALAS, E.; COHEN, D. Teams Are Changing:

Are Research and Practice Evolving Fast Enough? Industrial and Organizational Psychology,

v. 5, p. 2–24, 2012.

TOFLER, A. A terceira onda. 16. ed. Rio de Janeiro: Record, 1980.

TREMBLAY, D.-G. Organização e satisfação no contexto do teletrabalho. Revista de

Administração de Empresas, São Paulo, v. 42, n. 3, p. 54–65, set. 2002.

WIESENFELD, B. M.; RAGHURAM, S.; GARUD, R. Managers in a Virtual Context: The

Experience of Self-threat and its Effects on Virtual Work Organizations. Journal of

Organizational Behavior, v. 6, n. supl. Trends in Organizational Behavior, p. 31–44, 1999.

ZIVICK, J. Mapping Global Virtual Team Leadership Actions to Organizational Roles. The

Business Review, Cambridge, v. 19, n. 2, p. 18–25, 2012.

APÊNDICE A – LISTA DOS EVENTOS DESTACADOS DA LITERATURA

virtual event text

modify structure of the

team

recognize necessary modifications in the team

situation KONRADT; HOCH, 2007

delegate resposability

empower team members with leadership

functions KONRADT; HOCH, 2007

control the team

control-related activities / moderate team

processes KONRADT; HOCH, 2007

coach team members

more difficult to coach individual team

member KONRADT; HOCH, 2007

coach team members

manager role will focus more on coaching and

mentoring team members KONRADT; HOCH, 2007

accomplish a task accomplish an organizational task BELL;KOZLOWSKI, 2002

performance

management

Monitoring and management of ongoing team

performance. BELL;KOZLOWSKI, 2002

coach team members team development: entrance of new members; BELL;KOZLOWSKI, 2002

team performance

monitor behaviors of group members to take

actions BELL;KOZLOWSKI, 2002

choice of TIC Choice of communication technology BELL;KOZLOWSKI, 2002

team performance Monitor team member performance BELL;KOZLOWSKI, 2002

monitor environment Monitor changes in environmental conditions BELL;KOZLOWSKI, 2002

synchronicity of team

ability of work in distributed time can be

related to task complexity BELL;KOZLOWSKI, 2002

new group member access of people qualified for the task BELL;KOZLOWSKI, 2002

group membership entrance and leaving of members to the team BELL;KOZLOWSKI, 2002

choice of TIC / Coach use of TICs to develop team members BELL;KOZLOWSKI, 2002

group membership entrance and leaving of members to the team BELL;KOZLOWSKI, 2002

performance

management efect of coordinated processes,

SIEBDRAT; HOEGL;

ERNST, 2009

new group member assembling a virtual team

SIEBDRAT; HOEGL;

ERNST, 2009

level of distance each member have a different location

SIEBDRAT; HOEGL;

ERNST, 2009

level of distance amount of dispersion in the group

SIEBDRAT; HOEGL;

ERNST, 2009

team performance team social stability

SIEBDRAT; HOEGL;

ERNST, 2009

competences of

members

competencies of members SIEBDRAT; HOEGL;

ERNST, 2009

delegate resposability promote self leadership

SIEBDRAT; HOEGL;

ERNST, 2009

performance

management control of the results

SIEBDRAT; HOEGL;

ERNST, 2009

cultural management manage cultural conflits among members

ELRON;

VIGODA-GADOT, 2006

performance

management perception of good performance

ELRON;

VIGODA-GADOT, 2006

choice of TIC tecnology leads to better performance

ELRON;

VIGODA-GADOT, 2006

conflict resolution conflict resolution

GLÜCKLER; SCHROTT,

2007

work arrangements

kind of flexibility in virtual work

arrangements/contract MIHHAILOVA, 2009

team performance evaluation by projects and tasks MIHHAILOVA, 2009

team performance supervise subordinates

WIESENFELD;

RAGHURAM; GARUD,

1999

team performance Monitor team member performance

WIESENFELD;

RAGHURAM; GARUD,

1999

performance

management monitor performance

WIESENFELD;

RAGHURAM; GARUD,

1999

delegate resposability delegate responsibilities