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Esta pesquisa, realizada na Escola de Ensino Fundamental Paula Queiroz, com alunos colaboradores do 9º ano, teve como propósito articular os saberes provenientes da cultura local aos saberes da cultura escolar, ação que foi desenvolvida por meio de um projeto de letramento que aliou o trabalho da escrita e da leitura à preservação das práticas orais do Boi-Surubim, folguedo cultural que, durante muitos anos, foi silenciado na comunidade do entorno da referida escola.

Intitulado “Boi-Surubim: desafios da cultura popular de Madalena”, este projeto de letramento guiou-se pela necessidade de se registrar a vasta memória cultural contada pelos ascendentes do mestre Luís, único membro vivo da família Rodrigues que promove esse folguedo popular, e, com isso, impedir o desaparecimento dessa tradição no local. Em função disso, suas ações desenvolveram-se por meio de várias situações didáticas organizadas em seis oficinas de letramento, todas integradas por atividades de leitura, escrita e oralidade as quais foram descritas e analisadas neste estudo.

Esse trabalho que buscou articular teoria e prática foi orientado por qu atro questões específicas. Com vistas a destacarmos as contribuições desta pesquisa, responderam os questionamentos apresentados na introdução desta dissertação, os quais foram elaborados em consonância com os objetivos traçados para a discussão do objeto de estudo.

Relativamente à primeira questão – “O trabalho com um projeto de letramento pode contribuir para que os saberes da comunidade local dialoguem com o currículo escolar?” – colocamos em pauta as ações de linguagem, utilizadas estrategicamente pelos alunos, engendradas, tanto no domínio escolar quanto social, pelos gêneros textuais da oralidade (diálogos, debates, exposições orais) e da escrita (convite, entrevista, biografias etc.) os quais viabilizaram essa interação entre saberes. Além desses, cabe destacar também nesse trabalho a importância dos gêneros da cultura digital disponibilizados nas redes sociais (WhatsApp e Facebook) como, por exemplo, o bate-papo virtual, que fomentou o engajamento dos alunos na pesquisa e otimizou a execução das ações. Assim, seja no domínio escolar, social ou digital, as práticas de leitura e escrita impactaram diretamente a construção de pontos de diálogos entre a escola e a comunidade, ampliando as relações interpessoais e permitindo a compreensão do folguedo da cultura local.

As atividades de leitura e escrita via projeto de letramento nos levaram para além da sala de aula, isto é, para o mundo “real”, onde a vida acontece e as práticas linguísticas são significativas porque cumprem funções sociais. O projeto possibilitou esse mergulho nas tradições orais marginalizadas pelo currículo escolar, edificou, no seio da escola, um memorial destinado aos saberes informais, iniciati va que ressignificou o próprio espaço escolar bem como o olhar dos colaboradores sobre as práticas locais.

Quanto ao segundo questionamento – Que práticas de letramento podem favorecer a articulação da cultura local aos saberes da cultura escolar? – realizamos diversas práticas de letramento para atingirmos nossos objetivos, agindo socialmente por meio da leitura e da escrita. Nesse processo, utilizamos os gêneros textuais como ferramentas de comunicação para alcançar os propósitos estabelecidos pela comun idade de aprendizagem, indo além do uso dos gêneros canônicos, adotados, costumeiramente, no sistema educacional.

Por meio de exposições orais e slides, aspectos norteadores do PL fizeram-se conhecidos, sendo aprofundados pelos alunos através de pesquisas realizadas na internet. Nesse processo de interação pela linguagem, vale ressaltar o papel do gênero anotação bem como a profícua contribuição das mídias digitais, via internet, particularmente nas redes sociais mais popularizadas no país (WhatsApp e Facebook), o que facilitou articulação das atividades e a troca de informações durante todo o projeto.

Cada prática de letramento atendeu a um propósito específico. O uso do convite, por exemplo, viabilizou a entrevista com o mestre Luís, situação em que os alunos tiveram a oportunidade de verticalizar os saberes sobre a vida do líder da cultura local e sobre as práticas do folguedo dos Caretas, expandindo o leque de informações acerca da problemática em estudo. Os conhecimentos, provenientes das entrevistas de campo e das pesquisas na internet, possibilitaram a construção das biografias dos mestres da cultura e resguardaram, por escrito, um pouco da trajetória e das contribuições de pessoas tão relevantes para o cenário cultural da comunidade. Nesse processo de letramento, foram também relevantes as ações de construção do histórico das tradições orais do Boi-Surubim, das notas explicativas referentes ao Memorial Boi-Surubim e das comendas ofertadas à comunidade como uma forma de registro concreto dos festejos locais. Essas inúmeras ações de linguagem do PL garantiram a construção do primeiro espaço no município

destinado à preservação das tradições orais do Boi-Surubim, dentro da escola Paula Queiroz.

Em se tratando do terceiro questionamento levantado – Que práticas de letramento podem motivar os alunos a agirem como pesquisadores de cultura, levando-os a desenvolverem a consciência crítica sobre o valor das tradições culturais locais? – frisamos as atividades nas quais os alunos se disponibilizaram a ampliar seus conhecimentos acerca da problemática abordada no PL, realizando pesquisas na internet sobre aspectos mais gerais do Bumba-meu-boi. As principais informações coletadas foram compartilhadas e comentadas no grupo de WhatsApp “Projeto Boi-Surubim”. Nesse processo de pesquisa, destaque-se, também, a importância do recurso às mídias digitais. Por meio delas, os alunos investigaram outros pontos relacionados ao tema de estudo. Referimo-nos à seção da Constituição Federal, de 1988, alusivo à Cultura, o que permitiu um olhar mais crítico sobre o assunto.

Detalhes mais específicos, relativos às tradições orais, os alunos obtiveram indo a campo entrevistar o mestre Luís e seus familiares. Nesse encontro, eles puderam observar mais particularidades do ritual e de suas fantasias, assistindo a documentários audiovisuais, acerca dos Caretas, feitos pelo poeta Francisco Valdevan Alves Dias e pelo Programa Mais Cultura, da Escola Paula Queiroz. Além disso, a fim de homenagear antigos brincantes dos festejos e traçar um quadro comparativo de possíveis transformações quanto ao figurino usado ao longo do tempo, alunos coletaram fotos antigas e atuais do auto e montaram uma exposição no Memorial Boi-Surubim.

As inúmeras informações coletadas possibilitaram aos alunos uma visão mais holística das práticas do Boi-Surubim, permitindo, por exemplo, que os alunos confeccionassem suas próprias fantasias, as quais foram utilizadas por eles na inauguração do Memorial. Além de mergulharem no universo dos saberes da comunidade, os alunos dançaram ao lado dos guardiões das tradições locais. Os discentes se colocaram na pele dos personagens e se divertiram ao som de músicas que ecoam há décadas pelos terreiros.

Em virtude disso, entendemos que os alunos desempenharam um genuíno papel de pesquisadores de cultura: foram a campo, entrevistaram, pesquisaram em diversas fontes a problemática, debateram o teor das informações e se colocaram no lugar dos brincantes do folguedo explorado. Isso deu mais autonomia e engajamento

aos participantes, fazendo com que se tornassem verdadeiros agentes de letramento, ao lerem e escreverem com função social. Em outros termos, a língua foi utilizada como prática situada, em prol de um bem comum.

No que se refere ao quarto questionamento feito na introdução desta pesquisa – Os projetos de letramento podem favorecer o (re)posicionamento identitário do professor? – destacamos que as mudanças de comportamentos não ocorreram apenas com os alunos. Elas impactaram diretamente nossa prática docente, uma vez que abandon amos práticas tradicionais centradas n os conteúdos e no professor e assumimos um comportamento mais democrático em que aluno e professor constroem, juntos, o conhecimento.

Com vistas a esse deslocamento, partimos de outro ponto – os problemas locais. O novo olhar que nos moldou exigiu de nós u ma nova atuação. Descontruímos o conceito de professor autoritário, repassador de conteúdo, e passamos a agir como um mediador agentivo, isto é, como “um mobilizador de recursos, atento às necessidades, potencialidades e saberes dos membros da comunidade de aprendizagem (a escola) e voltado para a construção da autonomia do aluno”, como defende Oliveira (2010b, p. 51). Trocamos as aulas expositivas pelo diálogo, pela pesquisa e pelo compartilhamento de ações, o que promoveu nosso reposicionamento identitário.

A problemática abordada nesta pesquisa é muito complexa, porém, com o trabalho desenvolvido, conseguimos resultados surpreendentes que foram capazes de promover impactos e mudanças na realidade da comunidade e da escola. Construímos, dentro da escola, o primeiro local no município destinado à valorização das práticas culturais do Boi-Surubim. Além disso, pudemos repensar a nossa prática pedagógica e o papel da cultura digital no processo de ensino e aprendizagem, bem como possibilitar o protagonismo discente e potencializar transformações.

Mesmo diante das limitações desta pesquisa, entendemos que ela trouxe expressiva contribuição teórica e prática. Todavia, muitas questões ainda se fazem presentes depois de desenvolvido o PL, por exemplo: Que outras ações de linguagem devem ser efetivadas para garantir a manutenção do memorial? Como o trabalho escolar pode acionar o poder público para resguardar, legalmente, a tradição oral do Boi-Surubim que sobrevive desde 1930 na comunidade?

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