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Cronologia das jornadas de Israel no deserto

Livro Acontecimento Data a.C. Referência

ÊXODO (onze meses

e meio)

Instituição da Páscoa no Egito Partida de Ramessés, Egito Travessia do mar Vermelho Chegada ao deserto de Sim Chegada ao monte Sinai

Ano Teológico no Sinai

Término do tabernáculo e a vinda da Glória 14-4-1445 15-4-1445 18-4-1445 15-5-1445 1-6-1445 1-4-1444 Êx. 12:6 Êx. 12:18 Núm. 33:3 Núm. 33:8 Êx. 16:1 Ê x. 19:1 Êx.40:17 LEVÍTICO (meio mês)

Legislação levítica dada do taberná­ culo pelo Senhor

1-14-1444 Levítico 1:1 NÚMEROS (trinta e oito anos e oito meses e meio)

Segunda celebração da Páscoa no Sinai Primeiro censo de Israel

Ordem das tribos no acampamento Partida do monte Sinai

Chegada a Cades-Barnéia depois de vinte e uma paradas.

Atraso de sete dias em Hazerote de­ vido à lepra de Miriã

Rebelião em Cades-Barnéia e pro­ messa de morte para aquela geração (trinta e oito anos de peregrinação no deserto)

Reunião em Cades-Barnéia Morte de Miriã

Desobediência de Moisés e Arão Morte de Arão no monte Hor Caminhada do monte Hor em direção

ao rio Jordão.

Grandes vitórias sobre os cananeus, amoritas, Basã e midianitas

14-4-1444 1-5-1444 20-5-1444 20-6-1444 1-8-1444 4-4-1406 1-8-1406 1-9-1406 Núm. 9:1 Núm. 1-3 Núm. 10:11 Num. 12: 33 Deut. 1:2 Núm. 14 Núm. 20:1-13 Núm. 33:38 Núm. 20:29 D EUTERONÔ- MIO (dois meses)

Moisés recebe o código deuteronô- mico e dá instruções ao povo sobre a vida em Canaã

Mprte de Moisés no monte Nebo; pranteado por trinta dias

1-2-1405 1-3-1405 Deuteronômio 1:3 Deuteronômio 34:8 JOSUÉ (meio mês)

Josué lidera Israel através do Jordão Páscoa comemorada em Gilgal

10-4-1405 14-4-1405

Josué 4:19 Josué 5:10

guerra. A frase chave (quatorze vezes no capítulo 1) é: “todos os capazes de sair à guerra.” Nesses preparativos, o Senhor mostrou-lhes que nenhum inimigo os venceria caso confiassem no poder de Deus e obedecessem à sua palavra. Portanto, o tema implícito deste livro é: “Preparativos para o serviço na rota do Sinai ao Jordão.”

Contribuições singulares de Números

1. CENSO MILITAR E ORGANIZAÇÃO DE ISRAEL (1 -3;26). Levítico relata a organização de Israel para a adoração, Números para o serviço e a guerra. Sob o comando de Deus, Moisés enu­ merou a primeira e a segunda geração dos homens aptos para a guerra. Embora o grande número de mais de 600.000 seja às vezes questionado pelos críticos, está em harmonia com outros textos (Êxodo 12:37; 38:26) e outras referências bíblicas quanto ao tamanho de Israel (Êxodo 1:9; Números 22:11). Tal como Moisés proclamou em Êxodo 15:3: “O Senhor é homem de guerra”, em Números ele é visto preparando-os para as batalhas. Ele manda que o recenseamento seja feito, ensina-os a acampar e marchar, alimenta-os com ração, disciplina-os para obedecer às autoridades delegadas e os conduz à batalha. Mostra-lhes até mesmo como dividir o despojo (31; 34-35). Números 1-20 registra a dolorosa experiência do “campo de treinamento” e 21-36 as batalhas, os sucessos e as reavaliações das futuras obrigações. 2. VOTO DE NAZIREU PARA SERVIÇO ESPECIAL (Números

6). Esse livro de culto fez uma concessão especial para que um leigo pudesse participar do culto sagrado. O voto de nazireu era acessível a qualquer pessoa, homem ou mulher, que desejasse oferecer esse culto especial ao Senhor. Em vez de serem pagos, entretanto, requeria-se que fizessem uma oferta especial, e não podiam participar de diversas atividades normais: 1) comer ou tomar o fruto da videira; 2) fazer uso da navalha; 3) aproximar- -se de um cadáver. Esse rigor enfatizava o alto privilégio de servir ao Senhor.

3. REBELIÃO DE ISRAEL E PEREGRINAÇÕES (13-14). Um des­ contentamento tanto da parte dos leigos como dos líderes pre­ cedeu a grande rebelião de Cades-Barnéia. O Senhor castigou aos leigos por se queixarem da comida, e a Miriã e Arão por invejarem a Moisés. Depois do motim em Cades, outros líderes se rebelaram contra a liderança de Moisés e foram castigados. O próprio Moisés rebelou-se por um momento (20:12; 27:14), e por isso lhe foi negada a entrada em Canã. A segunda geração tam-

O Livro de Números

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bém aprendeu que a idolatria e a imoralidade seriam castigadas (25). As muitas ocasiões de pecado e rebelião demonstram que os descendentes de Abraão não eram um povo escolhido por causa da sua retidão, mas somente pela misericórdia da aliança do Se­ nhor.

4. GRANDE CASTIGO DO SENHOR DEVIDO À REBELIÃO. Números registra muitos castigos do Senhor, especialmente pelo pecado de rebelião. A revolta dos líderes levitas trouxe destruição imediata das suas famílias. A murmuração do povo quanto ao seu alimento trouxe uma grande praga. A rebelião em Cades trouxe castigo para toda a geração, impedindo-lhes a entrada em Canaã. Embora Moisés não participasse daquela rebelião, mais tarde re­ cebeu o mesmo castigo pela sua atitude rebelde e irritadiça ao tirar água da rocha. A rebelião foi um pecado obstinado que trouxe um julgamento imediato e severo da parte de Deus (He­ breus 10:26).

5. DIFERENCIAÇÃO ENTRE PECADOS PROPOSITAIS E NÃO PROPOSITAIS (15:22-36). Os pecados não propositais podiam ser expiados com diversas ofertas, mas os propositais ou de re­ beldia, não. Eles exigiam pagamento imediato, muitas vezes a própria vida do transgressor. Pecados propositais não eram ne­ cessariamente delitos viciosos, mas pecados contra os quais tinham sido admoestados. O homem que apanhou lenha no dia de sábado foi apedrejado, não porque fosse perverso, mas porque a pena­ lidade tinha sido fixada pelo Senhor (Êxodo 21:14; 35:2-3). A penalidade de morte, entretanto, não os privava da vida eterna, apenas da vida física. Moisés também recebeu esse castigo (2 7:14). 6. O PROFETA BALAÃO E A SUA “JUMENTA FALANTE” (22- 24). Balaão foi um profeta independente da Mesopotâmia, con­ tratado pelo rei Balaque, de Moabe, para amaldiçoar a Israel. Do mesmo modo que usou a “jumenta falante”, Deus usou esse pro­ feta perverso e pagão para informar Balaque e os moabitas de que era seu plano abençoar a Israel a despeito dos seus inimigos. a. Deus mostrou a sua onipotência sobre todos os supostos deuses

e o seu propósito irrevogável de abençoar ao seu povo. A maldição dos «inimigos transformou-se em bênção para Israel. b. Deus projetou o seu contínuo amor por Israel apesar do atre­ vimento do povo, não achando nele iniqüidade que revogasse a sua bênção (23:20-21).

c. De Israel viria uma “estrela”, ou rei, que governaria o Oriente Médio. Foi essa uma das primeiras profecias específicas da

vinda do Messias, conhecida pelos magos do Oriente que se­ guiram a estrela de Belém,

d. Mais tarde Balaão perverteu a Israel por intermédio de ido­ latria e adultério com as moabitas, razão pela qual foi morto (25; 31:8). O Novo Testamento admoesta contra o seu cami­ nho, erro e doutrina, que são o uso do cargo de profeta em proveito pessoal e com a finalidade de seduzir o povo de Deus mediante atrações lascivas (2 Pedro 2:15; Judas 11).

7. RÚBEN, GADE E A MEIA TRIBO DE MANASSÉS INSTA­ LADOS NA TRANSJORDÂNIA (32). A motivação das duas tri­ bos e meia de se fixarem à pequena distância de Canaã é ques­ tionável. Moisés viu nisso um tipo de rebelião e deserção, embora desse o seu consentimento depois que eles concordaram em man­ dar tropas a Canaã. Todavia, o motivo por eles apresentado era o de ser a Transjordânia “terra de gado; e os teus servos têm gado” (32:4). Pareciam dirigidos pelo gado. Mais tarde, essas tri­ bos sofreram o ataque dos inimigos de Israel. Foram os primeiros a ser levados cativos para a Assíria. Esse fato sugere, pelo menos, o perigo de uma fixação por atrações de curto prazo, em vez de ater-se a compromissos de longo prazo.

8. TIPOS DE EXPERIÊNCIA CRISTÃ EM NÚMEROS (1 Corín- tios 10; Hebreus 3-4). Os escritores do Novo Testamento tiraram dessa experiência de Israel no deserto lições para os cristãos, chamando-as de “exemplos”. Paulo usou esses exemplos como