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TEMA: Risco e Vitória da Fé em Israel

I CONQUISTA DE CANAÃ... 1— 12 A. Ingresso em Canaã ...1-5

1. Josué é comissionado ... 1 2. Jericó é esp iad a... 2 3. O rio Jordão é atravessado... 3-4 4. A Páscoa é celebrada... .. . .5 B. Campanha Central ... 6-9

1. Queda de Jericó ... 6 2. Pecado e castigo de Acã ... 7 3. Captura de Ai e B e te i...8 4. Aliança com G ibeom ...9 C. Campanha M eridional...10

1. Ataque pela Liga Amorita

2. Contra-ataque de Josué 3. Duas intervenções miraculosas 4. Destruição das cidades do sul

D. Campanha Setentrional ... 11-12 1. Desafio da Liga Setentrional...11

2. Contra-ataque de Josué 3. Vitória total 4. Retrospecto da conquista ... 12 II DIVISÃO DE CANAÃ ...13—24 A. Distribuição da Terra ... 13-19 1. Tribos estabelecidas a le s t e ... 13 2. Terras do sul para Calebe e J u d á ... 14-15 3. Terras do centro para os filhos de José ... 16-17 4. Divisão das terras restantes...18-19 B. Especificação das Cidades Especiais...20-21

1. Cidades de refúgio ...20 2. Cidades dos levitas ... 21 C. Controvérsia com as Tribos da Transjordânia ... 22 D. Discurso Final e Morte de J o s u é ... 23-24

Ugarite, na Síria Ocidental, parecem confirmar a data de 1400 nas correspondências reais daquele período, as quais se referem ao “Habiru” em Canaã.

B. E S T A D O EM Q U E SE A C H A V A A N A Ç Ã O

1. A liderança da nação tinha sido transferida a Josué por ocasião da morte de Moisés trinta dias antes, 1 de março de 1405 a.C. A travessia do Jordão teve lugar um pouco antes da Páscoa, época em que o Jordão inundou as margens.

2. Toda a população (cerca de dois milhões e meio) estava decidida a invadir Canaã depois da bem-sucedida conquista da Trans- jordânia. Apesar de duas tribos e meia terem negociado com Moisés a permanência na Transjordânia, elas mandaram 40.000 homens para participar da conquista de Canaã.

C. C O N D IÇ Ã O D E C A N A Ã

1. Geograficamente, a terra de “Canaã” compunha-se de toda a faixa ocidental desde Sidom, ao norte, até Gaza e Sodoma, no sul (Gênesis 10:19). O nome “Canaã” denominava, em geral, toda a área em que se estabeleceram os filhos de Canaã. Foi, mais tarde, chamada de “Palestina” pelos romanos (segundo Heródoto), nome esse que é a forma grega de “Philistia” (Pa- laistine). Os nativos eram chamados de “Filisteus”.

2. Quanto à raça, a terra era ocupada por um grupo misto que parecia serem descendentes de Canaã, filho de Cão, filho de Noé (Gênesis 10:15-20). Há na Bíblia várias listas desses grupos (Gênesis 10; Deuteronômio 7:1; Josué 3:10). Além disso, po­ dem ser identificados pelas suas localidades:

a. Heteus — dos filhos de Hete, que se estabeleceram na Asia Menor.

b. Girgaseus — da região ocidental do mar da Galiléia. c. Amorreus — povo montanhês dos planaltos ao oeste e leste

do mar Morto.

d. Cananeus — tecnicamente, da parte norte. e. Ferezeus — associados com os cananeus no norte. f. Heveus — os pacíficos gibeonitas perto de Jerusalém. g. Jebuseus — tribo guerreira estabelecida em torno de J e ­

rusalém.

3. Politicamente, Canaã tinha sido dominada desde 1468 a.C. pelo Egito, que estabeleceu postos militares e cidades reais por toda a terra, bem como príncipes nativos, educados no Egito, para governar como monarcas títeres. Em 1400, entretanto, o poder estrangeiro egípcio se deteriorou, tornando a terra propícia à invasão. Mas as cidades de Canaã estavam bem fortificadas.

O Livro de Josué

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Jericó, por exemplo, edificada sobre um outeiro, estava ro­ deada por dois muros de tijolos, um de 3,6 metros de largura e o outro de quase dois.

4. Religiosa e moralmente, a terra vivia infestada de idolatria, completamente degradada:

a. El era o deus supremo. Poemas ugaríticos descrevem-no como um tirano cruel e sanguinário, de sensualidade incon- trolável.

b. Baal era filho de El e o seu sucessor. Dominava o grupo cananeu e era considerado o “Senhor do céu”. Era o deus da chuva e da vegetação.

c. Anate era irmã de Baal e uma das três deusas protetoras do sexo e da guerra. Concomitante com o culto da prostituição sagrada, havia o morticínio infantil.

d. Asterote (Astarte) e A será eram esposas de Baal e também deusas do sexo e da guerra.

e. Moloque e Milcom, de origem amonita, eram deuses da orgia, do mesmo modo que Camos era a divindade nacional dos moabitas.

Esses deuses de violência e perversão sexual refletem a crueldade e a corrupção do povo, que fez deuses parecidos com eles (Salmos 115:8).

OBJETIVO DO LIVRO DE JOSUÉ

O objetivo do livro de Josué é preservar a história da conquista de Canaã e a divisão da terra entre as tribos. A história revela a fidelidade do Senhor como um Deus observador da aliança (Josué 1:2-6). De­ monstra também à posteridade de Israel a grande vitória que o povo pode alcançar se tão-somente seguir a liderança teocrática do Senhor, em vez de recorrer à força humana. O tema é risco e vitória da fé.

Contribuições Singulares de Josué

1. CUMPRIMENTO DA PROMESSA DE DEUS A ABRAÃO. A invasão de Josué cumpriu o segundo aspecto da aliança do Senhor com Abraão: a entrega da terra de Canaã. A primeira promessa de uma “semente” levou vinte e cinco anos para ser cumprida; a segunda levou aproximadamente 700 anos. A promessa de um rei levaria mais 400. E a vinda daquele em quem seriam benditas todas as nações, mais 1400. As últimas palavras do Senhor a Moi­ sés enfatizaram a infalibilidade da sua Palavra no cumprimento da promessa de dar Canaã às tribos de Jacó (Deuteronômio 34:4). 2. TRAVESSIA DO JORDÃO (4). Por que outra travessia mira­ culosa por entre as águas? Esta última, por certo, repetiu a pas-

sagem pelo mar Vermelho com o fim de impressionar a nova geração (que talvez não acreditasse nas notícias da travessia an­ terior). Outros objetivos diversos foram atingidos: 1) confirmou a liderança de Josué, estabelecida por Deus (3:7); 2) foi uma confirmação do Senhor de que era ele quem desalojava os ca­ naneus e dava a terra a Israel (3:10), e 3) demonstrou com sin­ gularidade o poder da arca, que continha as tábuas da Lei de Deus, à medida que ela liderava a multidão para dentro das águas, que eram cortadas.

3. REDENÇÃO DE RAABE, A PROSTITUTA (2:12-21; 6:22-25). Embora esta mulher cananéia seja retratada como prostituta e mentirosa, o Novo Testamento julga a sua atitude como obra de fé (Hebreus 11:31; Tiago 2:25). Deus aprovou as suas ações? Certamente não a sua prostituição, nem o logro aos seus com­ patriotas, mas aprovou a sua fé ativa e a sua reação de apoio aos desígnios do Deus de Israel, embora tal coisa fosse mostrada de maneira rude. Não tinha altos padrões de ética, mas demonstrou fé em Deus, que ela via chegar a fim de purificar a terra da sua idolatria. A sua prostituição talvez caracterizasse o estado moral da cidade e pode antes ter-lhe sido imposta e não escolhida. A grandeza de sua redenção pode ser vista no fato de que ela veio a tornar-se, do lado materno, uma ancestral de Davi e do Messias. Assim, Raabe fez entrar na linha messiânica a herança de Moabe que remonta à origem até mesmo do incesto de Ló e sua filha. Do lado materno, Jesus veio de muitas nações (cananeus, moa- bitas, amonitas etc.), embora sua linha paterna fosse estritamente hebraica.

4. JOSUÉ ENCONTRA O SEU “COMANDANTE” (5:14). Do mesmo modo que Moisés na sarça ardente (Êxodo 3:5), Josué teve um encontro especial com o Senhor antes de começar a obra. Nesse encontro foi-lhe dito dramaticamente que o Senhor era o “comandante” e Josué o seu tenente. As estratégias e logísticas de cada batalha seriam dadas pelo Senhor. A fim de demonstrar tal coisa, o “comandante” esboçou imediatamente a Josué o plano da tomada de Jericó, uma manobra na verdade ridícula. Propo­ sitadamente ilógica, a julgar pelos padrões humanos, trouxe uma vitória fácil pela simples obediência. Esse encontro deu ênfase a um princípio que os líderes subseqüentes não deviam esquecer: um líder teocrático precisa receber as ordens do Senhor.

5. PECADO DE ACÃ (7). Que havia de tão horrível no pecado de Acã a ponto de ele merecer a sua própria destruição, a de sua família e a de seus haveres? Não tinha Moisés prometido que os

despojos de Canaã seriam presa de guerra (Deuteronômio 20:14)? O roubo de Acã em Jericó foi um erro por duas razões: violou uma ordem direta de Deus, e roubou o que pertencia ao Senhor (6:17-19). Desde que Jericó era a primeira cidade de Canaã a ser tomada (as primícias, portanto), o Senhor declarou estarem os despojos “sub judice” (Levíticos 27:29), reservados ao seu tesouro. Em campanhas posteriores, foi permitido ao povo que ficasse com os despojos (8:2). O castigo e a lição dele decorrente foram muito importantes para Israel no princípio da sua vida em Canaã, pois deveriam lembrar-se sempre de que a terra pertencia ao Senhor e ele exigia que lhe trouxessem sempre as primícias das colheitas. Fraude contra o Senhor foi a razão de o povo ser finalmente exilado, conforme 2 Crônicas 36:21.

Divisão Tribal de Israel e Cidades de