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Soberanos Internacionais Efetuando o Cativeiro e o Regresso de Israel

ÚLTIMOS REIS ASSÍRIOS — 745-626 a.C.

Tiglate-PileserlII (Pul) 745-727 Invadiu Israel; exilou o povo da Galiléia e Transjordânia.

(2 Reis 15:29) Salmaneser V 727-722 Subjugou Israel, sitiou Samaria, 725. (2 Reis 17:5-6;

18:9) Sargom II 722-705 Exilou Israel para a Assíria. Invadiu Filís-

tia e Judá.

(2 Reis 18:11; Isaías 20:1) Senaqueribe 705-681 Invadiu Filístia, Tiro e Judá. Sitiou Jeru ­

salém e seu exército foi destruído em 701. (2 Reis 18:13 e ss.)

Esaradom 681-669

Assurbanipal 669-626 Invadiu Judá, levando Manassés cativo para a Babilônia, em 650, aproximada­ mente.

(2 Crônicas 33:11)

Depois de 626, o império assírio desintegrou-se sob o governo dos três últimos reis. A Babilônia destruiu Nínive em 612, tomou Harã em 610 e Carquemis em 605.

REIS NEOBABILÔNICOS — 626-539 a.C.

Nabopolassar 626-605 Tomou a Babilônia em 626 e começou a engrandecer-se.

Nabucodonosor 605-562 Tomou a Palestina em 606; destruiu J e ­ rusalém e o templo, e exilou os remanes­ centes em 586.

(2 Reis 24-25; Daniel 1-4) Evil-Merodaque

(Amel-Marduque)

562-560 Libertou e exaltou Joaquim. (2 Reis 25:27; Jerem ias 52:31 e ss.) Nergal-Sarezer Labase-Marduque 560-556 556

Assassinou o cunhado e usurpou o trono. Nabonido 556-539 Assassinou o rei e usurpou o trono. Belsazar (co-regente) 553-539 Fez de Daniel o terceiro governador na

noite anterior ao seu assassínio por Dario.

(Daniel 5:29-31)

Sob o reinado de Nabonido, o império babilónico desintegrou-se depois de ter destruído a violenta Assíria e ter levado a rebelde nação de Judá para o exílio na Babilônia.

Os Livros de Esdras e Neemias

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4:9). Embora os nomes possam referir-se à mesma pessoa, as pas­ sagens bíblicas parecem diferenciá-los. Há uma teoria que diz ser “Sesbazar” outra maneira de se escrever “Senazar” de 1 Crônicas 3:18, que era filho de Jeconias e, portanto, tio de Zorobabel. Se essa teoria for verdadeira, Sesbazar foi comissionado por Ciro para dirigir o grupo e ser governador de Jerusalém (5:14), mas talvez tenha morrido antes de os alicerces estarem completos. Zorobabel, o líder da linha real da geração seguinte, assumiu então a função de completar o templo e tornou-se governador. Dessa maneira, ambos “lançaram os alicerces” do templo, mas a linha messiânica veio através de Zorobabel.

7. TEMPLO DE ZOROBABEL (Esdras 6:3-4). Como pode ser esse templo comparado com o de Salomão? O texto não registra para ele os detalhes que foram dados para o templo de Salomão (1 Reis 6; 2 Crônicas 3), mas dá as dimensões básicas externas. Tinha 27 metros de largura, 27 metros de altura e 45 metros de compri­ mento, e três pavimentos. Era um terço maior do que o de Salomão, embora fosse mais simples e menos pomposo. Tinha um mobiliário muito mais limitado. As peças assemelhavam-se às do tabernáculo de Moisés, mas não no número de peças do templo de Salomão (por exemplo, havia um castiçal em vez de dez). O Talmude registra cinco coisas do templo de Salomão que não se encontravam no de

REIS PERSAS (os primeiros governadores não-semíticos do mundo) — 539-303 a.C. Ciro, o Grande 559-530 Conquistou Média, 550, Ásia Menor, 546,

e Babilônia, 538; libertou os exilados e de­ cretou a reconstrução do templo.

(Esdras 1:1 e ss).

Dario (Gobrias) Fez de Daniel um dos três presidentes. (Daniel 6:2, 28) (co-regente)

Cambises (Assuero) 530-522 Conquistou o Egito. Interrompeu a re­ construção do templo para apaziguar os samaritanos.

(Esdras 4:6, 21)

Gaumata 522 (Pseudo-Esm£rdis)

Dario Histaspes I 521-486 Dividiu o império em satrapias. Fez novo (Esdras 6:3 e ss.) (da casa de Ciro) decreto para a reconstrução do templo.

Xerxes 486-465 Fez de Ester rainha e de Mordecai pri­ (Ester 1:1 e ss.) (Assuero) meiro-ministro.

A rtaxerxes I Longi- 465-424 Encorajou a volta de Esdras e Neemias (Esdras 7:1 e ss. mano para organizar Jerusalém. Neemias 1 e ss.) Dario II 424-404

(Nötus)

Rivalidade entre os reis, após a morte de Dario II, produziu os governos fracos de Artaxerxes II, III e Dario III. Este último foi finalmente derrotado por Alexandre, que conquistou a Ásia Menor, a Palestina, o Egito e a Mesopotâmia, chegando até a índia.

Zorobabel: a arca, o fogo sagrado, a “Shekinah”, o Espírito Santo, e o Urim e Tumim. No lugar da arca da aliança foi colocada uma grande pedra.

8. ESDRAS ORDENA O DIVÓRCIO (Esdras 9.1 e ss.; 10:3, 11). Essa ordem sem precedente de que os israelitas se divorciassem de suas esposas gentias parece contradizer Moisés (Deuteronômio 21:10- 14; 24:1-4). O legislador simplesmente exigia que as mulheres gen­ tias passassem por um ritual de purificação. O problema defron­ tado por Esdras pode ter sido semelhante àquele com que Mala- quias se defrontou em Malaquias 2:11-16: casamento com esposa estrangeira, além da primeira ou da esposa da aliança. Divorciar- -se da “esposa da mocidade” era um pecado odiado por Deus conforme Malaquias (3:15-16). Do mesmo modo que Deus orde­ nou a Abraão que se divorciasse da segunda esposa, Hagar, que era estrangeira (Gênesis 21:12), é provável que Esdras ordenasse uma separação semelhante aos restantes que tendiam a misturar- -se com os gentios em torno deles. O longo aconselhamento para os 113 ofensores sugere que lhes foi exigido assegurar o futuro das esposas e filhos destituídos.

9. CRISTOLOGIA EM ESDRAS E EM NEEMIAS. As duas figuras dominantes, Zorobabel e Josué, são consideradas nos dois livros proféticos do período, Ageu e Zacarias, como prenúncio de Cristo, como o Rei-Sacerdote (Zacarias 6:12-13): “o homem cujo nome é RENOVO! ... edificará o templo do Senhor, e será revestido de glória; assentar-se-á no seu trono e dominará, e será sacerdote no seu trono e reinará perfeita união entre ambos os ofícios.” Ageu retrata Zorobabel como o antítipo notável de Cristo que recebe de Deus “um anel de selar” ou autoridade para derrubar todos os reinos e governar as nações para Deus (Ageu 2:23). Zo­ robabel era também da linhagem messiânica (Mateus 1:12). Esdras e Neemias descrevem a grande necessidade dos remanescentes de terem um governador tal que liderasse e dirigisse o povo de Deus no meio da oposição crescente dos tempos pós-exílio.

0 Livro de Ester

Introdução

AUTORIA

A. T ÍT U L O

1. O título é devido à figura central do livro. “Ester” (“estrela”) era o seu nome persa, e “Hadassah” (“murta”) era o seu nome judeu.

2. Este é um dos dois livros do Antigo Testamento que levam o nome de uma mulher:

a. Rute, gentia, que se casou com um rico judeu de linhagem real da promessa, Boaz.

b. Ejter, judia que se casou com um rico gentio da realeza, Assuero.

B. A U T O R

1. Desde os tempos antigos, Mordecai tem sido considerado o autor provável; entretanto, Esdras e Neemias também têm sido sugeridos como possíveis autores. O último capítulo parece des­ qualificar Mordecai, embora pudesse ter sido escrito por um redator, como Esdras. Todavia, o estilo com que o livro foi escrito não parece ser de Esdras ou de Neemias.

2. Embora o autor seja desconhecido, é evidente que ele, ou ela, conhecia bem os costumes e a corte da Pérsia e tinha talento dramático. O Talmude atribui a autoria de “Ester” à “Grande Sinagoga”, cujo provável presidente, Esdras, poderia ter cola­ borado no livro.

CENÁRIO HISTÓRICO

A. D A T A — 460 a.C., aproximadamente.

1. Deve ter sido escrito logo após a morte de Assuero (Xerxes) (465), quando os seus relatórios foram completados no livro da história dos reis (Ester 10:2).

2. Foi escrito para encorajar os judeus dispersos no império e àqueles que regressariam em 457 e 444.

B. P E R ÍO D O D E T E M P O E N V O L V ID O - 483-473 a.C.

1. Em 483, a rainha Vasd foi deposta (terceiro ano de Assuero). 2. Em 479, a rainha Ester foi coroada (sétimo ano de Assuero). 3. Em 473, houve o livramento dos judeus do Purim (décimo

terceiro ano de Assuero).

4. Os acontecimentos deste livro encaixam-se cronologicamente entre os capítulos 6 e 7 de Esdras.

C. C E N Á R IO P O L ÍT IC O

1. Governador persa. Sob o reinado de Assuero, o império persa chegou ao auge do poder. Esse rei foi o governador persa que promoveu uma expedição gigantesca contra a Grécia em 480, tentando realizar o que seu pai Dario não conseguira em 490, isto é, conquistar e anexar a península grega ao império persa. Embora tenha capturado Atenas (saqueando a cidade e des­ truindo a Acrópole), a sua esquadra foi derrotada perto da ilha de Salamina e voltou à Pérsia. Essa derrota ocorreu entre Ester 1 e 2 .

2. Capitais. Susã (grego “Susã” lírios) era uma das três capitais mantidas pela Pérsia. As outras eram Babilônia, na Mesopo- tâmia, e Persépolis, na parte sudeste da Pérsia. Susã era con­ siderada residência real de verão e estava localizada no planalto de Elão, a cerca de 400 quilômetros da Babilônia. Daniel tam­ bém ali morou na época do reinado de Belsazar (Daniel 8:2). 3. Judeus do império. Embora um grande contingente de judeus

tivesse regressado à Palestina mais ou menos sessenta anos an­ tes, com Sesbazar (e Zorobabel), muitos ainda estavam dispersos por todo o império. Sob o domínio persa, receberam bom tra­ tamento, aprenderam aramaico e economia, e sofreram poucas restrições. O anti-semitismo observado em Ester não foi persa, mas agagita.

4. Mudanças persas no império. Várias mudanças ocorrerem en­ tre os persas, durante a transição do governo babilónico para o persa:

a. Houve uma atitude mais compassiva para com os povos con­ quistados. É interessante notar que nessa época foi iniciado entre os persas um período de paz relativa que durou apro­ ximadamente 20 anos.

b. O império tornou-se muito maior, estendendo-se desde a índia até a Europa.

O Livro de Ester

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primeiro império desse tipo, pois os persas eram de estirpe européia.

d. Os persas escolheram o aramaico como o idioma oficial do império para o comércio e a política, pois já se tinha tornado a língua franca.

e. Antigas fronteiras foram modificadas e houve nova divisão de satrapias ou províncias a fim de dissolver velhas alianças e permitir um governo local, embora sob supervisão persa. 5. Desafio grego. As tentativas persas, tanto de Dario como de

Xerxes, de invadir a Europa por meio de um ataque à Grécia em 490 e 480 tornaram-se um ponto de referência na procura