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Uma Esfera Pública abrangente: notas sobre a descentralização dos processos comunicacionais

Como temos visto até aqui, umas das condições fundamentais para que se possa falar em debate público efectivo reside na possibilidade de publicação e de interacção entre elementos interessados num problema que suscita discussão pública. Neste sentido, o debate público exige uma constância na alteração de papéis entre emissor e receptor para que os públicos possam participar na construção das mensagens. Deste modo, não nos parece possível discutir questões relacionadas com a democracia sem fazer referências às estruturas

Taste and Organized Social Action», in Lyman Bryson, The Communication of Ideas, Nova Iorque, Harper and Row, 1948, p. 105.

275 «Exposure to this flood of information may serve to narcotize rather than energize the average

reader or listener. As an increasing meed of time is devoted to reading and listening, a decreasing share is available for organized action. The individual reads accounts of issues and problems and may even discuss alternative lines of action. But this rather intellectualized, rather remote connection with organized social action is not activated». Idem, pp. 105-106.

276 «That the mass media have lifted the level of information of large populations is evident. Yet, quite

apart from intent, increasing dosages of mass communications may be inadvertently transforming the energies of men from active participation into passive knowledge». Idem, p. 106.

tecnológicas que potenciam o debate público e que, consequentemente, tornam a esfera pública mais abrangente. Neste caso, referimo-nos àquela opinião pública saída das arenas e palcos de discussão que tem na participação pública um carácter vincadamente dialógico. Referimo-nos à opinião pública discursiva. Por outro lado, procuraremos não deixar de parte a constituição de um sistema electrónico que tem no «directismo» a condição de possibilidade da participação e consulta eleitoral on-line. Referimo-nos àquela opinião pública saída do voto electrónico, de sondagens e estudos de opinião. Uma opinião pública que se baseia, significativamente, em dados brutos. Por fim, acreditamos que talvez tenha importância contextual indicar eventuais vantagens e desvantagens da chamada democracia electrónica, quer para os representados, quer para os representantes.

Ora, as potencialidades oferecidas pelos dispositivos tradicionais, sobretudo pelo telefone, permitem a participação da audiência, embora seja importante referir que tais potencialidades estão, muitas vezes, mais ao serviço dos produtores de programação, que ingressam benefícios financeiros com as chamadas telefónicas recebidas, do que, propriamente, de um público que se interessa por assuntos de carácter «público». Com efeito, poder-se-á obstar que os meios de comunicação não estimulam devidamente a opinião pública discursiva, aquela opinião saída das arenas públicas e plataformas de discussão e debate, privilegiando sondagens e dados brutos que não se sustentam numa pública troca de argumentos. Por outro lado, a relação intrincada entre o sistema político e sistema mediático levou a que as partes procurassem novas formas de legitimação pública. Como a apresentação dos conteúdos informativos está sujeita à organização das empresas de comunicação, o sistema político vê nas novas tecnologias uma forma de contactar directamente com o público atento, evitando, assim, a mediação jornalística. Neste sentido, a Internet afigura-se como uma alternativa aos meios tradicionais no que ao estabelecimento do debate público diz respeito. Beneficiando das potencialidades da Web, o sistema político encontrou forma de contactar directamente e no imediato com a audiência, evitando, com efeito, a leitura jornalística na hora de (re) produzir o conteúdo político a transmitir. De facto, a noção de ciberdemocracia pressupõe que a Web permite um acesso «directo e ilimitado» ao conhecimento, à discussão pública e à tomada de decisões.278 O mesmo é dizer que o acesso à

mensagem dispensa a mediação jornalística, tendo, por conseguinte, o agente político um total controlo sobre o conteúdo.

Ora, para um autor como Lucien Sfez, podemos indicar quatro características da Web que potenciam a pública discussão sobre assuntos de carácter público. A primeira diz respeito à eliminação das distâncias de tempo e espaço entre representantes e representados. Beneficiando das ligações em rede, os representantes podem fazer chegar aos representados as suas mensagens quando e onde o queiram fazer. Ao mesmo tempo, os representados podem fazer chegar as suas opiniões aos agentes políticos de forma rápida e directa. O livre acesso aos espaços de debate, característica essencial do processo de comunicação

política279, tem vindo a melhorar graças às potencialidades da Rede. Por outro lado, a Web possibilita uma maior abertura a novos actores e campos de debate, proporcionando uma conexão descentralizada. Em terceiro lugar, poder-se-á defender que o ciberespaço recupera a comunicação dialógica característica das democracias clássicas e ilustradas, aumentando, com efeito, o grau de participação cívica. Por último, é comum afirmar-se que a Web permite transformar o privado em público, isto é, o particular em geral.280

De facto, as potencialidades da Web permitem dotar a comunicação política de novas estratégias comunicacionais, ao mesmo tempo que podem representar uma importante fonte de receitas. Nas Presidenciais americanas de 2008, a Internet permitiu a Barack Obama criar vários espaços nas redes sociais, sobretudo no Facebook onde chegou aos 320 mil utilizadores. De referir que a aposta nas várias redes sociais entretanto criadas gerou receitas na ordem dos 28 milhões de dólares, facto que permitiu à campanha de Obama manter distâncias importantes face aos chamados «grupos de pressão». Não obstante, as redes sociais têm sido, sobretudo, usadas como ponto de contacto entre pessoas que se conhecem mas que estão em ausência física. No caso do Facebook, por exemplo, os utilizadores registados ultrapassam os 955 milhões, mas deve referir-se que as redes sociais convertem-se, principalmente, em locais de convívio virtual e não tanto em esferas de debate e troca de argumentos.

Com efeito, sabemos que as novas tecnologias permitiram o aparecimento dos chamados self media, isto é, formas de comunicação que estão ao serviço de qualquer pessoa ou grupos de pessoas, sem quaisquer tipo de constrangimentos, e que permitem uma alteração constante de papéis entre emissor e receptor de mensagens. Como, sobre este ponto, explica Denis McQuail:

(…) a retórica à volta dos novos media electrónicos incorpora muitas vezes a ideia de que ajudam a produzir uma sociedade mais igualitária e mais liberal. A grande vantagem é o acesso fácil para todos os que querem falar sem mediação pelos interesses poderosos que controlam o conteúdo da imprensa e dos canais de emissão. Não é necessário ser rico nem poderoso para ter presença na World Wide Web.281

A alteração tecnológica veio, assim, modificar progressivamente a forma de estabelecimento do debate na esfera pública, permitindo, sobretudo, a proliferação de visões alternativas que gozam de relativa independência face a palcos mais ou menos institucionalizados. O sucesso dos blogues, por exemplo, está intimamente ligado à democratização da esfera mediática, de uma esfera que, não obstante o seu alargamento,

279 Segundo Dominique Wolton, o conceito de comunicação política tem evoluído ao longo do tempo.

Para o autor, tal processo deve incluir tudo o que diz respeito à comunicação no sistema político, sobretudo o estudo dos discursos e comportamentos dos três factores envolvidos, a saber: políticos, jornalistas e opinião pública. Cf. Dominique Wolton, «Las contradicciones de la comunicación política», in Gilles Gauthier, André Gosselin, Jean Mouchon (org), Comunicación y Política, Barcelona, Gedisa Editorial, 1998, p. 110.

280 Cf. Víctor Sampedro Blanco, op.cit., p. 187.

281 Denis McQuail, Teoria da Comunicação de Massas, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkien, 2003, p.

tem estado, maioritariamente, ao serviço de autores que pertencem às elites sociais, culturais e políticas. «Os blogs são escritos por uma elite para uma elite, são escritos por estudantes, literatos, políticos, cientistas, investigadores, jornalistas, na maioria dos casos jovens e no início de carreira, e são lidos pelos mesmos grupos sociais e profissionais dos que os escrevem».282

Efectivamente, no relatório Bloguers e Blogosfera. pt, pode ler-se que apenas 20% da população portuguesa sabe o que é um blogue, sendo que apenas 23% dos internautas costuma navegar na blogosfera. No que se refere aos motivos evocados para a consulta de blogues, 44.5% dos produtores e 36.7% dos consumidores de blogues afirmam recorrer à blogosfera para procurar informação sobre determinado assunto e apenas 5.8% dos produtores e 6.2% dos consumidores de blogues procura a blogosfera para saber mais sobre personalidades públicas com o objectivo de continuar a discussão noutros fóruns. Já no que se refere aos conteúdos dos blogues consultados, de referir que somente 3.7% dos inquiridos dizem procurar blogues políticos, sendo que a maior atractividade recai em blogues sobre entretenimento (40.8%).283 De qualquer das formas, os blogues são uma importante

ferramenta de que os cidadãos podem beneficiar para trocar argumentos e questionar a acção dos actores políticos. Tais dispositivos têm permitido impulsionar a participação cívica e, por conseguinte, reforçar a importância da sociedade civil no envolvimento sobre questões públicas.

Deste modo, o esforço de enquadrar o jornalismo tradicional com o chamado jornalismo cívico, isto é, um jornalismo entre os cidadãos284, conduziu a uma cultura de proximidade que

beneficia do incremento das tecnologias. A interactividade característica da Internet possibilita novas formas de comunicar e debater, incentivando a mobilização e a participação em torno de causas comuns. A alteração do tradicional paradigma emissor (media) – receptor (audiência), permite que esta desempenhe um papel mais activo na produção e troca de mensagens. É, precisamente, neste sentido que se justifica o aparecimento do jornalismo 3.0, isto é, um «jornalismo cidadão com intenção cívica» e que tem no debate e no activismo social e político as suas principais características. A fragmentação da audiência levou a que o público procurasse meios de comunicação mais próximos do ponto de vista geográfico e/ou temático. Assim, o jornalismo 3.0 procura vincular o meio de comunicação com a audiência, isto é, conectar pessoas mediante a conversação e a interactividade. Tal paradigma pressupõe a existência de cidadãos capazes de dominar as ferramentas sociais que possibilitam o estabelecimento de uma comunicação interactiva. Beneficiando de um processo dialógico que tem na interactividade e na comunicação interpessoal as suas

282 José Pacheco Pereira, Media- esfera, Blogosfera e Atmosfera, in jornal Público, 16 Setembro de

2004.

283 Cf. Bloguers e Blogosfera. pt, OberCom, Observatório da Comunicação, Lisboa, Março de 2008, pp. 5-

11. Disponível em:

http://www.obercom.pt/client/?newsId=373&fileName=fr5.pdf.

284 Cf. Carlos Camponez, Jornalismo de Proximidade, Colecção Comunicação, Coimbra, Minerva

Coimbra, 2002, p. 167.

Sobre este tema veja-se, também, Nelson Traquina e Mário Mesquita (Orgs.), Jornalismo Cívico, Colecção Media e Jornalismo, Lisboa, Livros Horizonte, 2003, p. 85.

principais características, o jornalismo 3.0 pretende criar estados de opinião baseados na mobilização social.

Ora, se a esfera pública é «o resultado de um movimento de emancipação que valorizou a liberdade individual, a expressão de opiniões e que permite aos agentes políticos, sociais, religiosos e culturais dialogar, opor-se e responder uns aos outros publicamente»285, então, à

publicidade literária, às voluntary associations que se constituíram no século XVIII, ao desenvolvimento da imprensa, da rádio e da televisão temos, igualmente, de incluir a Internet no «conjunto de cenas e palcos mais ou menos institucionalizados onde se debatem as questões do momento».286

Todavia, e apesar das reconhecidas potencialidades da Web no sentido de fomentar e incentivar discussões públicas sobre assuntos de carácter público, a discussão democrática em rede não se deve esgotar nos debates virtuais e na individualização de um público ligado pela tecnologia. À democracia deliberativa é inerente a existência de relações comunitárias e de foros de discussão que conduzam a acções colectivas reais, sob pena de se fragmentar, ainda mais, a participação dos cidadãos.287 Convém, no entanto, ressalvar que a democracia

deliberativa reconhece a autonomia dos representantes legitimamente eleitos sob a forma do mandato livre. O ponto fundamental está em que tais representantes devem prestar contas aos cidadãos mediante um sistema que dê visibilidade e transparência às decisões políticas. Ora, é exactamente neste sentido que se enquadram algumas iniciativas virtuais que permitem a aproximação entre representantes e representados. O chamado «Parlamento digital», já implantado em vários países288, é apresentado como um «espaço dedicado a todos

os que de forma activa querem participar na actividade parlamentar».289 O site oficial da

Assembleia da República, por exemplo, além de disponibilizar um conjunto de informações acerca do funcionamento do parlamento português, promove, ainda, um conjunto de iniciativas que visam fomentar o exercício da cidadania e uma maior interacção com o Parlamento. No espaçocidadão é possível contactar com os grupos parlamentares que reflectem as várias tendências ideológicas existentes no país, mas é, sobretudo, possível participar em fóruns de discussão, submeter iniciativas à apreciação pública nos casos devidamente estipulados na lei ou, inclusive, submeter projectos de lei e «participar no procedimento legislativo a que derem origem», conforme a «Iniciativa da lei e do referendo» consagrada no artigo 167.º da Constituição.

Contudo, não deve perder-se de vista que este sistema de intercâmbio digital torna possível uma maior vigilância electrónica quer sobre os representantes, quer sobre os próprios representados. Se para os representados os meios informacionais permitem um maior e melhor acesso ao saber, para os representantes tal acesso ao saber facilmente se converte em

285 Rémy Rieffel, Sociologia dos media, Colecção Comunicação, Porto, Porto Editora, 2003, p.46. 286 Ibidem.

287 Cf. Víctor Sampedro Blanco, op.cit., p. 188.

288 Sobre o endereço de sites dos vários parlamentos mundiais vide: Web Sites of National Parliaments,

http://www.ipu.org/english/parlweb.htm.

289Cf. Assembleia da República.pt, Espaço cidadão,

poder, mormente, em poder de controlo. Enquanto para os representados se trata de facilidade e capacidade de acesso ao conhecimento e à informação, para o poder político trata-se de panoptismo electrónico, de vigilância e poder de controlo na gestão do público. A ironia do sistema torna-se evidente.

Porém, a maior visibilidade e abertura a que as actividades parlamentares estão sujeitas, permite uma maior publicidade e visibilidade da esfera política, permite, igualmente, um maior controlo dos cidadãos sobre os agentes políticos. Tal publicidade parlamentar permite, com efeito, um maior controlo no avanço da representação de interesses sobre a representação política.

Ora, em jeito de conclusão, talvez seja interessante indicar eventuais potencialidades da ciberdemocracia, segundo a análise proposta. Com efeito, podemos asseverar que a ciberdemocracia possibilita: i) uma melhoria significativa no acesso à informação; ii) imediatez e actualização constante da informação disponibilizada; iii) possibilidade de confrontar diversas posições sobre temas de carácter público, facto que fomenta os processos dialógicos e interactivos e melhora os processos de tomada de decisão; iv) possibilita a produção de conteúdos informativos pelos cidadãos (jornalismo 3.0), aumentando o espírito de cidadania; v) melhora a visibilidade e provoca uma maior abertura nos debates e acções parlamentares; vi) favorece a comunicação entre representantes e representados, facto fundamental já que a democracia deliberativa pressupõe a participação do público nos assuntos da res pública.

Todavia, existe o perigo de que a crítica e o uso público da razão se transforme num meio de acesso ao conhecimento. Existe o perigo de a quantidade dos debates e das participações em sondagens e votos electrónicos se equiparar à qualidade e ao exercício analítico. Neste sentido, as palavras de Lazarsfeld e Merton, ao alertarem para o facto do «aumento da dosagem no consumo de produtos dos meios de comunicação pode, ainda que inadvertidamente, transformar a energia da participação activa numa espécie de conhecimento passivo»290, ganham novamente relevância. Por outro lado, talvez seja

interessante perceber até que ponto as tecnologias que aumentam o envolvimento dos cidadãos no debate público intensificam um certo «panoptismo electrónico».

Com efeito, na época da comunicação para as massas, a esfera pública era controlada pelos agentes do sistema mediático que condicionavam os temas de discussão pública, procedendo a uma selecção rigorosa sobre o que deveria chegar ao público e sobre o que o público deveria reter. Porém, a actual «mass self communication» rompe com o paradigma tradicional denominado de «gatekeeping», sobretudo porque permite aos cidadãos o acesso a novas formas de comunicar e debater num processo de mobilização e participação em torno de causas comuns. Segundo o sociólogo Manuel Castells, a «mass self communication», ou comunicação individual de massas, refere-se à afirmação do indivíduo no seio de uma determinada massa, isto é, é um tipo de comunicação que se «produz dentro do cérebro de

290 Cf. Paul F. Lazarsfeld e Robert K. Merton, «Mass Communication, Popular Taste and Organized Social

consumidores individuais que interagem socialmente».291 É comunicação de massas porque potencialmente pode chegar a uma audiência global; é comunicação individual porque é o próprio sujeito que selecciona o conteúdo concreto da mensagem, escapando à função de controlo exercida pelos «gatekeepers» ou agentes mediáticos. Ora, ao romper com os processos de comunicação de tipo vertical, uma comunicação que parte de um centro emissor, a «mass self communication» tem a vantagem de definir, de forma precisa, as implicações da comunicação em Rede. Agora, cada indivíduo pode, dispensando a mediação jornalística, aceder à esfera pública, condicionar as agendas mediáticas e os temas de discussão e interagir nas redes locais e globais da comunicação digital que caracteriza a sociedade em Rede.

A alteração tecnológica veio, assim, modificar progressivamente a forma de estabelecimento do debate na esfera pública, permitindo, sobretudo, a proliferação de visões alternativas que gozam de relativa independência face a palcos mais ou menos institucionalizados. Neste ponto, assistimos a uma transformação na estrutura institucional da comunicação e dos media tradicionais, sobretudo porque a «mass self communication» se refere, literalmente, à afirmação do sujeito no interior de uma determinada massa. Deste modo, a digitalização da comunicação característica da sociedade em Rede, apoiada no modelo comunicacional descrito por Castells, um modelo cuja comunicação interpessoal, a comunicação de massas e a comunicação individual de massas interagem e se complementam, alterou, como não poderia deixar de ser, os processos e as estratégias da comunicação política. Daí que o próprio Castells tenha afirmado que a «mass self communication» foi um dos elementos fulcrais para a vitória de Barack Obama nas Presidencias americanas de 2008. Com a descentralização dos processos de comunicação, os actores políticos podem agora interagir com o público atento e este pode fazer chegar à esfera política, ou esfera «formal», as suas opiniões e disposições sobre a gestão da república. Estas novas «arenas» de discussão e de debate podem, ao interagir com os corpos políticos programados para deliberar, resultar na formação racional da opinião sobre matérias que necessitem de ser reguladas. Contudo, e como a discussão democrática em rede não se deve esgotar nos debates virtuais e na individualização de um público ligado pela tecnologia, o poder «comunicativamente produzido» deve ser transformado em acções reais , deve ser transformado em poder administrativamente utilizável pelos corpos políticos deliberativos.

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