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CAPITULO 3. CASO I: PROGRAMA DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO

3.4 AÇÕES DE INCLUSÃO SOCIAL E SUSTENTABILIDADE CULTURAL

3.4.3 Exposições Oficinas: I Etapa

A Exposição Oficina é uma importante ferramenta de extroversão do conhecimento. E integra os saberes constituídos, articulando os agentes sociais abrangidos pelo programa. Contempla, assim, a manifestação do trabalho multidisciplinar com o objetivo de perceber os saberes produzidos pela comunidade. A relação proposta pela Oficina abrange uma troca cultural de igualdade, onde ambas as partes recebem elementos dinâmicos, vinculando assim, uma relação cultural circular, que dá liberdade para o conhecimento se integrar e renovar a cada ciclo. Isso ocorre pela possibilidade que oferece de uma transmissão ativa, realizada pelos verdadeiros agentes constituidores (DOCUMENTO, 2011b).

O objetivo maior da Exposição Oficina foi contribuir para uma ampla sensibilização da comunidade frente ao patrimônio cultural regional visando, em última instância, promover sua valorização e preservação. Os eventos objetivaram, ainda, realizar uma reflexão conjunta entre a equipe científica e a comunidade sobre o andamento das pesquisas e os resultados alcançados, integrando as expectativas da população à continuidade do Programa.

Os processos de implantação das Exposições Oficinas acontecem integrados com as investigações de campo, laboratório e levantamento do patrimônio histórico cultural local, passando por um amplo e rigoroso planejamento, iniciando pelo levantamento prévio dos Stakeholders.

Após esse levantamento é realizado o contato prévio com as comunidades – prefeitura, secretarias de educação, de cultura, de turismo e instituições de fomento a cultural local, através da Oficina de Planejamento para apresentar as estratégias do Programa e iniciar o planejamento das Exposições Oficinas nas escolas e em outros locais de interesse da comunidade.

Diante deste extenso processo de planejamento junto com as comunidades é importante frisar que as escolas fazem uma preparação antecipada das Exposições Oficinas, inserindo o debate já no núcleo escolar.

A Tabela 4 mostra o detalhamento das Exposições Oficina, mostrando as estratégias de ações, justificativa, ações desenvolvidas, resultados esperados, plano de monitoramento, resultados alcançados e plano de sustentabilidade.

EXPOSIÇÃO OFICINA PROJETO UHE TELES PIRES MUNICÍPIO DE PARANAÍTA E JACAREACANGA

Estratégia de Ação Justificativa Ações desenvolvidas Resultados Esperados

Exposições Oficinas É uma importante ferramenta de extroversão do conhecimento. Palestras, o Circuito Cultural, a Simulação Arqueológica – Sítio Escola e Laboratório, apresentação do blog da comunidade, Museu Virtual. O desenvolvimento dessas ações educativas se configura como um instrumento relevante de reflexão e de diálogo com a comunidade, fatores preponderantes para o fortalecimento dos sentimentos de identidade e construção da cidadania.

Plano e detalhamento das atividades

Palestra

São apresentadas informações sobre o contexto de ocupação da região, os conceitos básicos de Patrimônio Histórico Cultural, as informações sobre as pesquisas arqueológicas e históricas culturais, legislação que rege a proteção do patrimônio cultural.

Circuito Cultural

O “Circuito Cultural” é uma exposição de banners que apresenta todas as informações das pesquisas realizadas e em curso pelos Programas, cuja finalidade principal é elaborar soluções a curto, longo e médio prazo para a Gestão do Patrimônio inerente ao Meio Ambiente Cultural da região, cumprir a legislação vigente, envolvendo de forma integrada a comunidade local e regional. A Exposição tem QRCodes distribuídos pelos banners, para que os visitantes possam explorar os conteúdos apresentados relacionando-os com referências da internet.

Sítio Escola

Demonstra-se, através de um ambiente de simulação, o “sítio escola” e alguns dos procedimentos como métodos e práticas de uma escavação arqueológica. Os objetos expostos (ferramentas líticas e cerâmicas) são oriundos de experimentações arqueológicas realizadas pela equipe (réplicas).

EXPOSIÇÃO OFICINA PROJETO UHE TELES PIRES MUNICÍPIO DE PARANAÍTA E JACAREACANGA

Laboratório Arqueológico

Por meio de um ambiente de simulação apresentam-se os métodos de classificação dos vestígios arqueológicos a partir das diferentes tipologias, dimensões, formas e a curadoria. Esse contato permite, inclusive, uma aproximação dos participantes aos conhecimentos gerados nas pesquisas e o tratamento minucioso dos acervos arqueológicos.

Plano de Monitoramento Quantitativo

Recurso Financeiro Metas Público Alvo

Oriundos dos

Programas e contratos vigentes.

São traçadas na construção do projeto científico e proposta técnica, adaptando ao tamanho do projeto e do público atingindo diretamente e indiretamente pelos Programas Arqueológicos. É prevista a elaboração de material didático com distribuição gratuita, em versão impressa e em versão online, para download, e material de divulgação. A quantidade é adaptada a cada contexto.

São definidos diretamente públicos escolares de diversas idades, funcionários dos empreendimentos, agentes vulneráveis socialmente: abrigos, ONGs, Casas de Memória por meio de um mapeamento prévio.

Todos os públicos via web.

Plano de Monitoramento Qualitatitvo

Resultados Esperados Avaliação Integrada Divulgação dos Resultados Participação ativa dos

stakehorders – comunidade, num processo de integração, participação e engajamento cultural e social.

Ao final de cada Exposição Oficina é aplicada uma avaliação com questões mistas, que permite mensurar o entendimento do público sobre os conhecimentos socializados e melhorar sempre a sua aplicação. Ainda são medidos, semanalmente, os acessos no blog da comunidade e a participação do público nas ferramentas de integração (Fale Conosco).

São divulgados em relatórios técnicos, apresentações em congressos, seminários nacionais e internacionais, cartilhas patrimonais, publicações científicas e nas diversas mídias sociais dos Programas.

EXPOSIÇÃO OFICINA PROJETO UHE TELES PIRES MUNICÍPIO DE PARANAÍTA E JACAREACANGA

Resultados Alcançados

Nome da Escola Quantidade de Participantes

Escola Municipal Juscelino Kubitschek 900 alunos da pré-escola ao 9º ano do Ensino Fundamental.

Escola Estadual Mário Corrêa 440 alunos do 1° ao 9° ano do Ensino Fundamental. Escola Estadual João Paulo 240 alunos do ensino médio e EJA

Escola Nossa Senhora das Graças 260 alunos do ensino fundamental Escola Municipal Cristo Redentor 100 alunos do ensino

Municipal Getúlio Vargas I 30 alunos do Ensino Fundamental

Escola Municipal Getúlio Vargas II 30 alunos do Ensino Fundamental

Escola Estadual São Pedro 70 alunos do Ensino Fundamental 1° ao 9° ano e Médio.

Escola Municipal Maria Quitéria 180 alunos do 1° ao 9° ano do Ensino Fundamental

Escola Municipal Tancredo de Almeida Neves

120 alunos do Ensino Médio.

Resultados: 100% da malha educacional do município atendida, contabilizando 2.370 alunos. Próximos Passos: Preparação para II etapa da Educação Patrimonial fora da sala de aula, no Circuito Cultural e aplicação da avaliação de conhecimento patrimonial.

Plano de Sustentabilidade

Ao final do Programa foi construído um Plano de Gestão do Patrimônio Cultural e entregue às autoridades locais, instituições e público interessado. Este Plano traz sugestões de continuidade e metas a serem alcançadas a curto, médio e longo prazo e que tenha sinergias com as políticas e demandas existentes em cada contexto de atuação dos Programas. Oportunizando as comunidades na continuidade do processo de gestão e socialização dos conhecimentos gerados nas pesquisas.

Tabela 4: Detalhamento da Exposição Oficina. Fonte: Adaptado Relatório Final. Documento, 2014c.

As pranchas 3 a 5 [Apêndice: I/H] ilustram o desenvolvimento das ações de Educação Patrimonial e os planos de divulgação e socialização.