• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO IV: RESULTADOS OBTIDOS NO CAMPO: retornando ao

4.3 Gênese e estrutura do campo da PAB

O campo, no caso, a PAB, é um segmento do social, isso significa que na sua existência há fatores externos que a influenciam como o mercado financeiro, o mercado de negócios, as relações institucionais com órgãos públicos, os fornecedores e todas as outras partes interessadas na sua existência. Porém, o enfoque do trabalho científico trata de sua dinâmica interna, seus componentes constitutivos e seus jogos baseados em interesses e posições no alcance das metas e objetivos.

Para que se possa alcançar a gênese e estrutura do campo da PAB, faz-se necessário analisar o que foi identificado na matriz estrutural dos valores praticados os confrontando com as estruturas objetivas (vertente formal do campo) da organização e os correlacionando com os conceitos de Bourdieu, ou seja, é o momento de integrar a pesquisa documental, com a in

loco, embasada na referência teórica.

A única estrutura objetiva que não fará parte dessa análise é a de valores organizacionais declarados, pois comporá a gênese e estrutura do habitus, justamente por estar relacionada explicitamente à determinação do modo de pensar, sentir e julgar dos empregados da PAB.

Tal análise seguirá a hierarquia apresentada e comentada no capítulo anterior que trata da matriz estrutural dos valores praticados, de maneira a construir uma lógica valorativa, ou seja, da maior para a menor importância do ponto de vista dos agentes.

1 .24 “Os procedimentos não são cumpridos”

Esse valor quando visto à luz do campo pode ser interpretado como a doxa do mesmo, ou seja, como citado no referencial teórico. O campo possui suas propriedades universais e uma delas é justamente a doxa, ou a opinião consensual do grupo. Esse valor comum a todos, uma vez que os entrevistados o posicionaram no topo da hierarquia, ele representa a unanimidade. Para Thiry-Cherques, a doxa é o que é tido como socialmente garantido ou “natural” no campo.

Confrontando o desvelamento da doxa com a estrutura de normatização da PAB, chamada de SISPAD (sistema de padronização), pode-se entender que, na teoria, os condicionantes da prática estão claramente descritos, porém o consenso comum e natural dos

empregados, ou melhor, dos agentes, é que simplesmente esse sistema (SISPAD) não é cumprido.

Um questionamento interessante a partir dessa leitura, é justamente o fato de que se está tratando da apreensão do mundo social por parte dos agentes, fica a dúvida acerca de quais mecanismos, ou formas a PAB está utilizando para que o que deveria ser cumprido cegamente – por serem procedimentos, normas e resoluções e como tal leis - causa justamente o efeito contrário?

Ao discorrer pelas próximas análises talvez seja possível identificar a resposta para esse questionamento, ou ainda, verificar em que medida as leis formais não são realmente cumpridas.

2 . “Confiabilidade, gerenciamento e clareza de informações são importantes ao agir”

Para Bourdieu, um dos fatores determinantes e influenciadores na dinâmica do campo é o capital25, sua distribuição e seu uso. No caso da afirmação acima, a interpretação pode estar relacionada com o capital social uma vez que o agir remete ao envolvimento com o

outro,ou seja, a pressuposição da construção de uma rede, e dessa forma, para que se pudesse

ser efetivo nessa relação seria necessário a apresentação de um outro tipo de capital.

Esse outro capital seria especificamente o cultural, por tratar-se justamente do domínio dos conhecimentos e informações, ou seja, é possível interpretar que na PAB o conhecimento e as informações representam simbolicamente o capital cultural, que sustenta a confiabilidade das ações.

Com relação às estruturas objetivas (vertente formal do campo) da PAB, estas possuem três normatizações sobre o processo de comunicação, uma vez que o valor tratado diz respeito ao fluxo de informações. A primeira é a chamada PRA-A-502(04)26 que determina a forma de se realizar denúncias, comentários, sugestões e críticas a assuntos que estejam relacionados com o código de ética e a certificação SA 800027; a análise desse documento em relação ao valor abordado demonstrou que a PAB realmente permite o espaço de ouvidoria de maneira a busca soluções, ou seja, esse documento está de acordo com o que o valor expressou em termos da importância das informações.

25 Ainda que existam muitas acepções para o termo “capital”, ele aqui é tratado somente à luz da teoria de Bourdieu, como discorrido no referencial teórico.

26 PRA-A-502(04): Procedimento Administrativo do Canal Aberto. 27

As demais normas são respectivamente o PRA-D-001(10)28 e o PRA-D-002(06)29, ambos dizem respeito aos veículos escolhidos pela PAB para direcionar as informações que considera serem interessantes em termos de divulgação em massa, bem como esses procedimentos que determinam qual público está para qual veículo.

No PRA-D-001(10) é possível identificar uma preocupação grande com relação ao conteúdo das informações que serão divulgadas, foi possível identificar isso a partir do item que se refere exclusivamente e em destaque sobre o acompanhamento técnico do conteúdo, ou seja, às informações não são constituídas aleatoriamente ou com um entendimento limitado do conteúdo tratado, pelo contrário, há o envolvimento dos especialistas que possuem condições de gerar confiabilidade e clareza às informações, fato esse totalmente em congruência com o valor identificado.

Já o procedimento PRA-D-002(06) trata da periodicidade de cada veículo de comunicação, bem como limita exatamente qual o tipo de conteúdo cada veículo tem condições de abarcar.

Além disso, ainda há a sistematização das reuniões de desdobramento de informações sobre o andamento da estratégia dentro da PAB, descrita no referencial teórico. Essa sistematização possui o objetivo de alinhar os conceitos e as discussões sobre o desempenho da PAB e, por conta disso, utiliza como elemento mediador o mapa estratégico da empresa, fato que poderia permitir não apenas a confiabilidade das informações, mas também seu gerenciamento e clareza ao se desdobrar para os demais itens.

É possível afirmar que as análises documentais da estrutura formal (vertente formal do campo) e objetiva da PAB estão alinhadas com o valor expresso pelos agentes, significando, portanto, em termos de interpretação baseada no referencial teórico, que pelo menos há condições de se distribuir o capital cultural, no caso as informações, aos diversos níveis da organização. Resta a dúvida do quão efetivo esse fato é, afinal o valor demonstra a importância e não a frequência com que isso acontece.

2 . “As pessoas são resistentes ao executarem as atividades demandadas pelas áreas de apoio que estão sob sua responsabilidade. Não há a valorização dos projetos de apoio”.

A estrutura objetiva que representa a distribuição e alocação das pessoas e dos recursos de acordo com os processos é o organograma. Ele determina no campo as posições que supostamente os agentes deveriam atuar, informando sobre sua rede hierárquica de subordinação e, dessa forma, há uma diferenciação do acesso ao poder, autoridade, autonomia e responsabilidade sobre as atividades.

A documentação do organograma da PAB evidencia que existem cinco níveis hierárquicos que vão desde a diretoria até os gerentes operacionais. Esses níveis estão distribuídos em seis macros gerências de área e entre esses níveis estão alocados os demais cargos que, de alguma maneira, deveriam representar a ausência de autoridade e influência direta.

Por meio do presente valor identificado na matriz, o que está sendo evidenciado sugere a existência de dois organogramas, ou seja, pode-se afirmar uma demonstração de que as questões de autoridade e influência não estão necessariamente ligadas aos cargos gerenciais, mas sim a grupos ocupacionais (profissionais) formados de acordo com a natureza das atividades que os componentes dos grupos executam.

As constituições dos diferentes organogramas sugeridos dependem, portanto, do tipo de ligação dos grupos ocupacionais com a operação da fábrica, ou seja, um primeiro organograma compreenderia todas as atividades profissionais que estão ligadas diretamente à operação/produção e o segundo organograma seria composto pelas atividades profissionais que dão suporte e apoio à operação/produção.

Por exemplo, a área de recursos humanos faz parte do segundo organograma, enquanto que a área vermelha (uma das áreas que compõe o processo produtivo, mais especificamente a primeira parte do Processo Bayer) do primeiro. Essa divisão se desdobra não apenas em uma questão de atividade fim, mas também na distribuição de poder e autoridade, assim existiria um desequilíbrio entre os dois organogramas, o relativo às atividades profissionais diretamente ligadas aos resultados operacionais seriam os favorecidos, enquanto que os componentes do “segundo organograma” teriam que constantemente buscar mais espaços de reconhecimento. Tal distinção poderia significar um possível impacto inclusive na distribuição orçamentária, na distribuição de recursos, na decisão de priorização de implantação de projetos de natureza operacional ou de apoio, entre outros.

Outro conceito que deve ser considerado é a questão do capital cultural focado no conhecimento técnico do processo Bayer30 que é ligado à operação da fábrica. É sugerido que o capital cultural, que representa um valor efetivo, não esteja relacionado a qualquer tipo de conhecimento, mas sim ao processo produtivo citado. Dentro dessa lógica de pensamento, é possível se afirmar que a existência das duas estruturas está sustentada pela valorização que se encontra nesse tipo de capital, o cultural.

À luz da teoria de Bourdieu o poder simbólico advindo do capital simbólico deveria estar distribuído e ser de domínio dos cargos gerenciais do organograma, por lhe conferir o reconhecimento formal. Porém, a interpretação descrita acima evidencia que, na prática, a distribuição do capital é realizada não necessariamente de acordo com o cargo, mas sim de acordo com a natureza da atividade que o agente executa. Assim, caso a atividade do agente esteja diretamente ligada às atividades operacionais, ele provavelmente terá um acúmulo de capital cultural maior dos que os que estão nas áreas de apoio.

Seguindo essa lógica interpretativa, ainda é possível sugerir que em decorrência de tal forma de manipulação do capital, podemos sugerir que a partir desses “pseudo- organogramas” é que se desenrolam os meandros da violência simbólica, com a finalidade da continuidade dos mecanismos atuantes de dominação.

3 “As pessoas se sentem valorizadas quando a chefia confia no trabalho (confia, apóia, volta atrás numa decisão)”

Esse valor está relacionado a dois aspectos da teoria de campo: o primeiro deles diz respeito ao direito de entrada do agente no campo, ou seja, é um processo de aceitação, no qual o mesmo poderá passar a fazer parte da dinâmica a partir do momento que possuir os requisitos necessários para tal e demonstrar uma afinidade, uma adequação às leis e regras dos jogos que se desenvolvem no espaço social almejado.

Para Thiry-Cherques (2006) essa entrada se dá por meio do reconhecimento dos seus valores fundamentais e também pela posse do capital específico. Os agentes, por sua parte, aceitam os pressupostos cognitivos e valorativos do campo ao qual pertencem. Dessa forma, a interpretação sugere que na PAB, a aprovação para a participação de um jogo ou entrada no campo dar-se-á a partir da valorização da chefia.

Realizando uma análise nos documentos da estrutura objetiva da PAB, com relação ao conceito de direito a entrada, este perpassa por dois procedimentos formais. O primeiro procedimento é o identificado como PRA-A-405-0131 e este descreve a forma como deve acontecer a entrada do novo empregado dentro da organização. A partir de uma análise documental, é possível perceber um nível considerável de detalhamento das etapas constituintes do processo, bem como dos aspectos de requisitos técnicos de conhecimento, focando muito pouco nos requisitos ligados ao alinhamento dos valores individuais dos candidatos ao ingresso à PAB com os valores declarados pela mesma.

Novamente analisando a documentação formal, é identificada a valorização do capital cultural, pois apesar de existir uma entrevista com os candidatos com a pretensão de explorar aspectos que vão além dos seus conhecimentos técnicos, fica evidente que o tipo de restrição que poderia excluir esse candidato do processo seletivo é exclusivamente ligada ao conhecimento técnico, já que não se avalia, por exemplo, a aderência do perfil do candidato aos valores declarados pela empresa.

Tal fato indica que há naturalmente uma valorização do capital cultural, ou seja, do conhecimento técnico dos candidatos, em detrimento dos aspectos que poderiam reforçar os outros capitais como o social e o simbólico.

Já o segundo procedimento que também pode ser utilizado como fonte de análise entre a estrutura objetiva do campo e a pratica cotidiana é o PRA-A-405-01. Este diz respeito ao processo de promoção ou movimentação hierárquica de algum empregado, ou seja, indica que, de alguma maneira, ele passará a fazer parte de outro grupo e, da mesma forma terá que buscar o direito de entrar nesse grupo.

Evidencia-se a repetição da análise realizada anteriormente ao se tratar do ingresso de novos empregados na PAB, ou seja, observa-se que a etapa excludente e inicial de uma promoção a um outro nível na carreira é a compatibilidade técnica e não a comportamental. Esta ocorre apenas como análise complementar em um segundo momento, reforçando, portanto, todas as considerações anteriormente descritas sobre o capital cultural e o social/simbólico.

O segundo aspecto da teoria de Bourdieu relacionado ao valor afirmado trata do capital simbólico, ou seja, do capital ligado a rituais de reconhecimento social, prestígio e honra.

31

Com relação ao ritual de reconhecimento, de acordo com os procedimentos vigentes na PAB, esses aconteceriam por meio do sistema de mérito e promoção, já citado anteriormente, ambos implicando uma movimentação financeira. Além disso, há a prática de comemorações pelo alcance e superação de metas, porém essas não são formalizadas, ou seja, não estão descrita no SISPAD (sistema de padronização).

Ambas as práticas estão ligadas com o conceito de capital simbólico, pois visa a valorização do indivíduo e/ou grupo via o reconhecimento de uma conquista, gerando o prestígio da turma e tornando a manutenção do prêmio uma questão de honra.

Um outro aspecto importante que deve ser considerado na interpretação diz respeito à relação entre dominante e dominado, ou seja, a partir do momento em que alguém é premiado, ele reforça a posição ocupada por cada um no jogo. A valorização vem da autoridade de quem tem além de um volume maior de capital simbólico, assim como o poder simbólico para exercer sutilmente a violência (simbólica) como forma de estratégia de conservação do status e diferenciação entre os que não obtiveram o mesmo sucesso.

3 “Há a crença nas verdades absolutas (vaidades técnicas) ligadas ao cargo que foram conseqüência de um desempenho técnico diferenciado. Há a interferência constante dos

níveis hierárquicos superiores no desenvolvimento do trabalho, não há uma escuta”

Esse valor apontado remete ao que foi descrito por Bourdieu como um nomos, ou seja, uma lei que rege e regula a luta pela dominação no campo. Ou seja, a “verdade absoluta” não é qualquer verdade, seria todo o conhecimento de escopo técnico ligado à operação da planta fabril, pois conhecimentos diversos coexistem na organização. Esse conhecimento é o capital cultural e uma interpretação é a que este é de domínio dos níveis hierárquicos superiores, uma vez que são formalmente reconhecidos através de seus cargos.

A PAB possui uma estrutura objetiva que demonstra a possibilidade de ascensão social formal dentro da organização, chamada tecnicamente de carreira que é descrita no plano de cargos e salários (RES-005), uma resolução da diretoria, ou seja, um documento mais importante do que um procedimento.

A partir da análise desse documento, pode-se identificar que não há nenhum tipo de diretriz que trata de diferentes pesos em avaliações de eixos de carreira, ou seja, não há a priorização de um eixo por ele estar ligado diretamente à operação/produção. Isso significa,

Além disso, à luz da teoria de Bourdieu, a chamada “interferência constante dos níveis hierárquicos superiores no desenvolvimento do trabalho, não há uma escuta” pode ser interpretada como o demonstrativo da violência simbólica praticada pelos agentes da classe dominante em decorrência do poder formal que possuem.

3 “A empresa é uma grande família, as pessoas misturam o pessoal com o profissional, as pessoas têm vínculos fortes fora daqui, por um lado cria um ambiente agradável, mas por

outro fica suscetível a misturar as estações”

Surge nesse momento o conceito de capital social constituindo um ponto importante na dinâmica do campo, afinal está em terceiro lugar na hierarquia de valores praticados. Esse capital demonstra a importância dos acessos e ligações sociais, do estabelecimento das redes de contato como provável forma de posicionamento dentro do campo.

Pode-se então concluir, confrontando o conceito de capital social com o valor identificado, que provavelmente grande parte do jogo travado por posições dentro do campo são mediados e/ou determinados por esse tipo de capital. Na prática, talvez parte das decisões tomadas, das mudanças ocorridas, das reorganizações de processos, da alocação de recursos sejam realizados a partir de uma rede social estabelecida. Esta não equivalente ao fluxo determinado pelo organograma ou pela resolução e deliberação de delegação formal encontrado na estrutura objetiva da PAB através dos documentos de delegação e autoridade (RES 002-01 e DED 002-0132).

Tais documentos determinam os limites de atuação principalmente do corpo gerencial da PAB, entendendo que o fluxo determinado da autoridade seja estabelecido para favorecer os resultados da PAB e não uma possível “troca de favores” advindos de um vínculo pessoal e não profissional. Relações familiares normalmente pressupõem favorecimentos, conluios e preferências pessoais nas tomadas de decisões, muitas vezes sem considerar os impactos advindos dessas.

Obviamente que grande parte dos limites e regras impostas nessa documentação são passíveis de auditoria e, portanto há registros, porém vale a reflexão quanto à efetividade de tal prática.

3 . “Diante de uma dificuldade tem que usar o convencimento, investir tempo em conversas individuais, com justificativas e bons argumentos. Tem que ir costurando”

Esse item reforça a interpretação do item 3 que diz: “A empresa é uma grande

família, as pessoas misturam o pessoal com o profissional, as pessoas tem vínculos fortes fora daqui, por um lado cria um ambiente agradável, mas por outro fica suscetível a misturar as estações”.

A necessidade de se convencer, de se investir em conversas individuais, de se “costurar” demonstra justamente a forma como a articulação do capital social acontece no campo. Sem se esquecer das justificativas e dos bons argumentos que podem representar a influência do capital cultural, ou seja, uma suposta utilização dos conhecimentos técnicos como forma de complementação da rede social. Dois capitais, duas fontes de poder que se complementam e articulam a estratégia na dominação de uma posição no campo.

4 “É uma prática representar e resguardar a imagem da empresa, fazer o que é melhor pra ela”

Com base na teoria de Bourdieu, e utilizando como fundamento de interpretação a relação do agente com o campo o qual pertence como realidade estruturada e estruturante, uma vez que o agente resguarda a imagem da organização, automaticamente resguarda a sua própria imagem. O “fazer o que é melhor para ela” é bem interessante se interpretarmos essa afirmação a partir do conceito de illusio, ou seja, de acordo com Bourdieu é o estar preso ao jogo, preso pelo jogo, acreditar que o jogo vale a pena ou, para dizê-lo de maneira mais simples, que vale a pena jogar.

Esse posicionamento do agente não é um posicionamento despropositado, há um interesse, e este é o de “estar em”, de participar da dinâmica do campo. Assim faz o que é melhor para a PAB porque é o que é melhor para o próprio agente.

Também é possível de se relacionar com o capital simbólico, pois uma vez, o agente é a imagem da empresa, e se essa imagem é positiva no contexto onde está inserida, por conseguinte há o reconhecimento social, o prestígio de “ser” a referida empresa.

5 “O foco principal é na produção, todo o restante vem em segundo plano”

Assim como a crença na verdade técnica absoluta existe no campo como um nomos, pode-se dizer que esta pode representar a segunda lei, uma vez que estão interligadas. A vaidade técnica é com foco na produção e não em qualquer outro processo da organização.

Não foi encontrada na pesquisa documental qualquer evidência que sugira ser esse valor uma diretriz formal da empresa, pelo contrário, a partir do momento que se estabelecer o mapa estratégico, entende-se que produzir faz parte de um contexto maior. Uma das grandes contribuições da metodologia do balance scorcard que é utilizada na construção desse tipo de