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JORGE PARENTE E TIAGO PORTEIRO: PORTA-VOZES DE ZYGMUNT MOLIK

CAPÍTULO III: OFICINA DO CORPO E DA VOZ À COMPOSIÇÃO CINÉTICA, DE

3.1. JORGE PARENTE E TIAGO PORTEIRO: PORTA-VOZES DE ZYGMUNT MOLIK

Zygmunt Molik (1930 – 2010) foi cofundador do Teatro Laboratório, dirigido por Grotowski. Membro da companhia por 25 anos, Molik foi considerado seu ator principal, a época das apresentações de Akrópolis (1962). Giuliano Campo, referindo-se à Akrópolis afirma que a peça “foi considerada uma das maiores realizações teatrais do século, graças também à atuação magistral de Zygmunt Molik [...] bem como pela atuação dos demais atores. Demonstraram aqui as mais altas possibilidades de uma elaboração formalista no teatro, expressa em todos os níveis do espetáculo, tanto vocal quanto físico [...]. (CAMPO; MOLIK, 2012, p.270. Grifos meus). O trabalho desenvolvido por Molik foi essencial para o treinamento de voz da Companhia. (CAMPO, MOLIK, 2012, p.5). Segundo Molik, nos tempos da fundação do Teatro Laboratório (1959), foi ele que, formado pela Academia de Teatro de Varsóvia, assumiu a responsabilidade de trabalhar a voz dos atores: “[...] quando começamos nosso teatro com Grotowski eu já era um tipo de especialista para os outros, sim”. Comecei a trabalhar a voz com todo mundo.” (CAMPO, MOLIK, 2012, p. 39).

O trabalho Voz e Corpo foi iniciado em medados da década de 1970, período conhecido como a fase do Parateatro117, de Grotowski. O Alfabeto do Corpo que faz parte do

Voz e Corpo , foi desenvolvido por Molik como “uma evolução dos princípios de trabalho que utilizou como ator e líder da companhia de Grotowski durante o Teatro dos Espetáculos, sendo considerado “[...] uma ferramenta para o trabalho sobre si mesmo, junto com seu uso pragmático no treinamento do ator” (CAMPO, MOLIK, 2012, p.20). Após a dissolução da Companhia, em 1984, Molik, continuou sua pesquisa com o Alfabeto do Corpo, ministrando oficinas no mundo todo, durante mais de 30 anos.

O pesquisador Giuliano Campo118 realizou uma pesquisa de três anos com Zygmunt Molik no sentido de registrar o trabalho deste importante ator, encenador e pedagogo do teatro do século XX. Campo afirmou ter percebido que “Zygmunt não gostava de dar explicações

117 Um breve percurso das fases do trabalho de Grotowski foi traçado na nota de rodapé n. 83.

118Em 2008, Giuliano Campo, associado ao British Grotowski Project da Universidade de Kent (GB), realizou

uma série de entrevistas com Zygmunt Molik que compuseram o corpo do livro “Zygmunt Molik‟s Voice and Body work” editado pela Routledge. A versão inglesapublicada em 2010 foi traduzida em 2011 para português. O livro é acompanhado por um DVD que contém os filmes Dyrygent (2006), Acting Therapy (1976), e Zygmunt Molik‟s Body Alphabet (2009), e uma extensa galeria de fotos. Campo é ex-pesquisador associado do British Grotowski Project, sediado na Universidade de Kent, Reino Unido. É membro do European Theatre Research Network (ETNR) e do Leverhulme International Reasearch Network em colaboração com a escola do Teatro de Arte de Moscou (MXAT). Atualmente é professor na Universidade de Ulster, no Reino Unido.

111 sobre seu trabalho em público e é por isso que suas ideias sobre treinamento do ator nunca tinham sido integralmente publicadas”. (CAMPO, MOLIK, p. 15). O livro Trabalho de Voz e

Corpo de Zygmunt Molik: o legado de Jerzy Grotowski, resultado da investigação de Campo,

conta com uma galeria de fotos e um DVD com três filmes: O Alfabeto do Corpo (2009),

Dyrygent [Maestro] (2006), que ilustra os métodos de trabalho de Molik, e Acting Therapy

'(1976), que é o registro de um evento parateatral em Wroclaw na época. No último, Zygmunt Molik, Rena Mirecka, Antoni Jaholkowski e Stanislaw Scierski são os instrutores.

Foi na época do Parateatro, e nas sessões de Acting Terapy que Molik afirmou ter elaborado o Alfabeto do Corpo: “Já que eu conhecia as ações dos plastiques, [os exercícios plásticos criados por Rena Mirecka] peguei dali o que eu achava que ia ser útil e simplesmente inventei o resto”119. (CAMPO; MOLIK, 2012, p.239). O Parateatro foi uma fase importante para Molik que chegou quando apresentavam Apocalipsys Cum Figuris e mudou toda a vida do espetáculo, mudou completamente a sua abordagem e dos outros atores. Molik afirma que “o contato com a natureza mudou o nosso organismo como um todo”. (CAMPO; MOLIK, 2012, p.239).

A fase do Parateatro teve início logo depois de uma viagem solitária de Grotowski à Índia. Na parte do livro dedicada ao Alfabeto do Corpo, Campo pergunta a Molik se ele trabalha com centros energéticos no corpo, se “construiu o seu próprio mapa de centros energéticos no corpo[...] se trabalhando com a voz, segue essa espécie de mapa universal para todos”. Molik responde: “Sim, acho que sim”. Campo pede a ele para exemplificar como funciona e Molik se nega a fazê-lo, explicando que “é muito complexo, muito complicado de explicar”. (CAMPO, MOLIK, p.105).

No filme O Alfabeto do Corpo, Jorge Parente realiza uma série de letras, ações físicas que tem como objetivo “servir à voz”. O registro das ações do Alfabeto do Corpo executadas por Parente – é descrito por Molik como “científico” do ponto de vista da direção e “orgânico” na atuação (CAMPO, MOLIK, 2012, p. 130). Molik afirma: “Ele apenas pensa no que pode ser agora e vai em busca disso. A energia continua. [...] Ele é realmente capaz de fazer. Assisti ao vídeo com muito prazer. E na parte da improvisação vocal, fica visível a

119Ao final de Acting Terapy Rena Mirecka fez uma improvisação sobre os “exercícios plásticos”, executando-os

de modo vivo e preciso. Um longo e paciente processo de Molik com duração de cerca de 20 minutos no vídeo foi empreendido no filme para “abrir a voz” de um jovem ator. Molik o conduz pacientemente com pequenas indicações. A busca do jovem ator por explorar a voz junto do movimento culminou no momento em que o fluxo movimento-voz foi reencontrado, levando-o a experimentar uma sensação prazerosa claramente visível para mim.

112 maneira com que ele acessa o som na base da coluna (Campo; Molik, 2012, p. 124).

Preocupado com a continuidade do seu trabalho, Molik procurou deixar um discípulo, encarregado de difundir o seu método: “Não tem ninguém para dar continuidade ao trabalho, com exceção de Jorge Parente [...]. Ele será meu sucessor, pois domina tudo com precisão”. (CAMPO, MOLIK, 2012, p. 119).

Jorge Parente é ator, diretor e pedagogo. Nascido em Portugal, foi para a França aos oito anos, e entre 1986 a 1989, formou-se na Escola de Teatro Le joueur regardé dirigida por Daniel Postal. Depois de ter realizado vários trabalhos como ator, escolheu dedicar-se ao trabalho de Corpo e Voz desenvolvido por Zygmunt Molik, que contém como eixo central o

Alfabeto do Corpo. Parente tornou-se assistente de Molik e desenvolveu a sua missão

pedagógica ligada à voz. Em seu site 120, Parente faz um breve relato de sua experiência com Molik:

18 anos a procurar e a explorar o “alfabeto do corpo” proposto por Zygmunt Molik; uma prática exigente, a todos níveis: físico, psíquico, social, e enquanto forma de vida. 18 anos a cantar e a dizer palavras dos poetas e autores dramáticos; 18 anos de pesquisa sobre o canto, a palavra e as suas sonoridades, sobre a relação da voz com o espaço e com os outros; sobre a respiração, os ritmos, a temporalidade... Todas estas vivências inscrevem-se na consciência do meu corpo e fizeram-me descobrir que a minha via é O CAMINHO DA VOZ [...] O trabalho com Zygmunt Molik foi para mim um laboratório excepcional, um espaço de estudo, de recolhimento profundo e de sinceras alegrias. Ele ofereceu-me um CANTO para a VIDA. (PARENTE, 2004) [Grifos do autor]

Ao expor sua experiência com Molik, Parente destaca “Caminho da Voz”, um “Canto para a Vida”. Molik refere-se à Vida, como sendo algo diferente da vida cotidiana. Respondendo a Campo como a arte está envolvida no seu processo de trabalho Molik afirma:

Precisamos primeiramente encontrar a Vida. Apenas nessa Vida que é possível colocar, se é que se pode dizer isso, uma voz aberta. E a partir dessa voz aberta precisamos passar da simples vocalização para uma música. E aí colocamos o texto. Por esse motivo, sempre inicio com a prática física. Se o corpo já estiver aberto, começo a trabalhar muito suavemente com a voz, primeiro cantando juntos depois escutando cuidadosamente a harmonia. [...] essa energia diferente é muitas vezes

muito parecida com o canto, às vezes cantamos juntos com tudo plenamente aberto.

Mas durante os primeiros dois dias o objetivo é trabalhar o respirar, a respiração.

Depois poderão adentrar o desconhecido já que a Vida foi encontrada. (CAMPO, MOLIK, 2012, p , 31) [Grifos meus]

Pelas palavras de Molik este conceito de vida me suscita que se trata da dinamização da energia no corpo. A “Vida” surge em um “corpo aberto” como uma “energia diferente”,

120PARENTE Jorge. Um canto para vida. Disponível em: http://jorgeparente.com/conteudo/apresentacao.html

113 uma “vibração” ao se trabalhar a “respiração”. A relação vitalista do ar como fonte de energia, como prana, a forte relação com a natureza, experimentada nos eventos parateatrais indicam a influência da cultura oriental também na proposição técnica de Molik. Faço um aparte, retomando o Capítulo I, por lembrar neste momento do que disse Palermo acerca da sensação por ela experimentada ao aprender a dança Topeng e sua tentativa de conceituar

bayu: uma energia “difícil de definir”, algo que está “entre a energia e a respiração”. Bayu faz lembrar Vayu. Estes dois termos parecem ter relação, pois Vayu é um termo também relacionado à vida, à energia e à respiração: “Prana vayu é a forma do ar em nosso organismo responsável pelo movimento da mente, pensamentos, sentimentos, emoções e percepção”.

Bayu, uma energia em vibração, experienciada na dança Topeng surge na relação “entre” a

energia do corpo, a respiração, e o performer improvisa e rege o som do gamelan, da orquestra. Há um constante diálogo de vibrações.

Um processo semelhante foi experimentado por mim na oficina Do Corpo e da Voz á

Composição Cinética ao trabalhar com o Alfabeto. Eu percebi que ao me deixar levar pela

cinestesia com os movimentos a partir da base da coluna, da região do centro de energia de

base, depois de algum tempo meu corpo entrava num estado energético alterado. Por respirar

em sintonia com os movimentos, posso dizer que a voz era liberada junto da “abertura do corpo” numa dimensão energética. Campo e Molik afirmam que a voz neste corpo aberto, “[...] não é apenas som, não é apenas respiração, mas é também alma [...]”. (CAMPO, MOLIK, 2012, p. 177). A afirmação de Campo e Molik feita anteriormente, de que depois de dois dias trabalhando corpo e respiração os participantes das oficinas podem adentrar o

desconhecido, já que a vida foi encontrada, parece estar relacionada ao conceito de verticalidade, de Grotowski.

Percebo também uma grande relação do Alfabeto com o sistema dos chakras, no sentido do caminho da energia se dar de forma ascendente, que remete também à esta noção grotowskiana de verticalidade. Nas letras ou ações do Alfabeto de Molik a energia é impulsionada de baixo para cima, da base da coluna em direção à cabeça ou ao peito, da mesma forma como nos pranayamas do Yoga, ou no trabalho com os bandhas durante a realização dos ásanas. Mesmo que Molik tenha iniciado a criação do Alfabeto na fase

parateatral, que tinha como premissa o encontro, ou seja, uma relação horizontal entre os

participantes, ao falar do desconhecido, Molik abre novas perspectivas de compreensão para o trabalho final da vida de Grotowski, na fase da Arte como Veículo. Nesta fase, após abandonar a relação horizontal ator-espectador ou entre os participantes, Grotowski concentrou-se na

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verticalidade no trabalho do ator sobre si mesmo, onde muitas vezes o “[...] Processo é o elemento mais interessante do trabalho, e é mais importante que o resultado” (CAMPO, MOLIK, 2012, p. 179).

No Alfabeto do Corpo de Molik as letras são posturas dinâmicas, algumas oriundas claramente do Hatha-yoga121, como é o caso, por exemplo, do Capim balançando ao vento, da

Cobra, de Buscar algo atrás de si, que lembram respectivamente os ásanas Sarvangásana, Bhujangásana, e uma das fases do Ardha Bhujangásana, como o leitor poderá ver na

descrição das ações. O treinamento “técnico-lúdico” proposto por Grotowski também tratava de uma combinação dinâmica de ásanas, conforme apontou o mexicano Jaime Soriano, que colaborou como assistente na sessão de trabalho de Grotowski em Montecastelo, na Itália, no verão de 1985:

Eles por sua vez trabalhavam com um tipo de exercícios físicos relacionados com o hatha-

yoga, que incluía o desenvolvimento de ásanas ou posturas corporais, mas diferentemente da hatha-yoga, estas se realizavam de maneira dinâmica e associativa. (SORIANO, 1993, p.132. Grifos meus.).122

A noção grotowskiana de corpo-memória e corpo-vida também fica subentendida no comentário de Molik acerca do trabalho desenvolvido em suas oficinas:

Todos encontram a Vida em si mesmos. A Vida é algo conectado com a vida de cada um, com as memórias, e até mesmo com os sonhos. É isso que chamo de “a Vida”. A Vida, quando encontrada, possui sua forma física e vocal. Quando cantamos juntos, temos apenas o material, uma espécie de matéria crua, que se materializa nessa área comum. Após alguns dias, dois ou três dias, todos começam uma jornada individual, no desconhecido. Não explicarei o que significa o desconhecido apenas que existe e é possível de ser encontrado. Nessa maneira de cantar o desconhecido agora se materializa na própria pessoa, de forma física, no corpo e também na voz, porque a

voz é um veículo. A Vida é trazida á tona. A Vida, ela mesma” (CAMPO; MOLIK, 2012, p. 31)

O desconhecido foi compreendido por mim, na prática da oficina como sendo a corporificação da energia pela diminuição de tempo entre o impulso e a ação física ou vocal. Para adentrar o desconhecido, ou permitir que ele se corporifique foi necessário para mim

121Também Martins propõe na contemporaneidade jogos vocais a partir de posições do Hatha-yoga.

122 No original: Ellos a su vez trabajavam com um tipo de ejercícios físicos relacionados com el hatha-yoga, que

incluía el desarrollo de assanas o posturas corporales, pelo a diferença del hatha-yoga, éstas se realizaban de manera dinâmica y associativa. (SORIANO, 1993, p. 32) In: SORIANO, Jaime. Una “Conlusion” Mexicana.

In: Máscara – Cuaderno ibero-americano de reflexión e escenologia, número especial de homenaje a Grotwski, México: Escenologia, ano 3, n. 11, p. 132-134, jan. 1993.

115 estar em um estado energético alterado, com a atentividade aguçada, awareness, ou seja, um “devir consciente”.

Jorge Parente ao adentrar o desconhecido experimentou a voz como um “veículo”, que o fez descobrir que a sua via é “o caminho da voz”. O desconhecido parece ter uma dimensão ainda mais ampla, que pode estar relacionada à comunhão com a natureza. Parente tem amplo domínio sobre o método de Molik, pois foi escolhido como seu sucessor. Ancorado na consciência do seu corpo, este ator-pesquisador realizou por 18 anos o treinamento do

Alfabeto do Corpo. Parente (s/d, s/p)123 reconhece este método de Molik como sendo “uma

prática exigente, a todos níveis: físico, psíquico, social, e enquanto forma de vida.”

Através de alguns conceitos de Grotowski, considerado por Molik “o líder espiritual do grupo” busco estabelecer algumas pontes para compreender a forma de trabalhar de Molik. A maneira silenciosa e observadora de ser do ator-encenador-pedagogo, como disseram Parente e Campo, a opção pelo não registro descritivo de seu Alfabeto, sugere que Molik mesmo codificando uma série de ações precisas, tenha mantido ao longo do seu trabalho a “via negativa”, um conceito de Grotowski, que na prática pretende eliminar bloqueios no trabalho do ator pelo cansaço, pela busca deste no “desconhecido”, eliminando o que fosse supérfluo e que culminaria no “ato total”, na revelação do seu Ser, sem máscaras. Molik mesmo deixando uma pista, um Alfabeto do Corpo, rejeita a ideia do ator como um colecionador de técnicas, forma de trabalho que Grotowski chamou de “via positiva”, para serem usadas como uma caixa de truques para o ator. Assim como Grotowski deixou Tomas Richards, Molik deixou Jorge Parente como seu sucessor para, quem sabe, manter a necessidade do encontro mestre-discípulo nos processos de treinamento.

Foi neste contexto, o de um discípulo disposto a dar continuidade ao trabalho iniciado pelo seu mestre, que tive a oportunidade de conhecer Parente em parceria com Tiago Porteiro ministrando a oficina Do Corpo e da Voz à Educação Cinética, aqui no Brasil. Tiago Porteiro é português, professor na Universidade de Évora, ator, encenador e investigador com sólida pesquisa na área da corporalidade e do movimento cênico. Porteiro também manteve contato com Molik, tendo realizado uma formação de 400 horas124, e organizado em Portugal diversos

123Informação retirada do Site de Parente, disponível em: http://jorgeparente.com/conteudo/oficinas.html. Acesso

em 02 jan. de 2014.

124Porteiro tem Doutorado em Estudos Teatrais no l‟Institut d‟Etudes Théâtrales, Université Paris III, Sorbonne-

Nouvelle. O tema de seu trabalho de pesquisa: “Contribution pour la formation corporelle de l‟acteur: le cas d‟Alexandre Del Perugia. Orientação de Beatrice Picon-Vallin ; Mestrado no l'Institut d'Etudes Théâtral - Nouvelle Sorbonne - PARIS III. Tema do trabalho de pesquisa: “Recherche sur l‟organicité du “corps scénique”. Director da Investigação: Pierre Voltz. Sua licenciatura foi em Educação Física - Ramo Educação Especial e

116 estágios da metodologia proposta por Molik.

Jorge Parente e Tiago Porteiro vêm desenvolvendo há quinze anos diversos projetos em conjunto. A oficina foi ministrada no Brasil em parceria com Porteiro, como uma estratégia de ambos para divulgar o trabalho de Molik. Em entrevista concedida à mim posteriormente125, Parente explicou que Porteiro, por ter vínculo acadêmico126, foi o facilitador para que eles pudessem divulgar o método de Molik nas universidades brasileiras”127. Além da Oficina, a Palestra: Do Corpo e da Voz à Composição Cinética, fez parte desta ação pedagógica. Em Florianópolis, a palestra foi ministrada em 09 de março de 2012, na UDESC e contou com a participação dos oficinantes na demonstração do processo de trabalho ocorrido.