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4. RESULTADOS E ANÁLISES

4.1 O QUE SE LÊ – ANÁLISE DOS DOCUMENTOS

4.1.3 O material didático para a formação dos professores no Pacto Nacional

4.1.3.1 O material didático da Linguagem

O material de estudo da unidade de Linguagem está distribuído segundo o descrito no quadro 4.

Quadro 4 - Distribuição dos temas nas unidades de Linguagem

Linguagem

U Ano Tema

1 1 Currículo na Alfabetização: concepções e princípios.

2 Currículo no ciclo de alfabetização: consolidação e monitoramento do processo de ensino e de aprendizagem.

3 Currículo inclusivo: o direito de ser alfabetizado.

E. C. Currículo no ciclo de alfabetização: perspectivas para uma educação do campo.

2 1 Planejamento Escolar: alfabetização e ensino da Língua Portuguesa.

2 A organização do planejamento e da rotina no ciclo de alfabetização na perspectiva do letramento.

3 Planejamento e organização da rotina na alfabetização. E.C. Planejamento do ensino na perspectiva da diversidade.

3 1 A aprendizagem do sistema de escrita alfabética.

2 A apropriação do sistema de escrita alfabética e a consolidação do processo de alfabetização. 3 O último ano do ciclo de alfabetização: consolidando os conhecimentos.

E.C. Apropriação do sistema de escrita alfabética e a consolidação do processo da alfabetização em escolas do campo.

4 1 Ludicidade na sala de aula.

2 Vamos brincar de construir as nossas e outras histórias. 3 Vamos brincar de reinventar histórias.

E.C. Brincando na escola: o lúdico nas escolas de campo.

5 1 Os diferentes textos em salas de alfabetização.

2 O trabalho com gêneros textuais na sala de aula.

3 O trabalho com os diferentes gêneros textuais em sala de aula: diversidade e progressão escolar andando juntas.

E.C. O trabalho com os gêneros textuais em turmas multisseriadas.

6 1 Planejando a alfabetização; integrando diferentes áreas do conhecimento - projetos didáticos e sequências didáticas.

2 Planejando a alfabetização e dialogando com diferentes áreas do conhecimento.

3 Alfabetização em foco: projetos didáticos e sequências didáticas em diálogo com os diferentes componentes curriculares.

E.C. Projetos didáticos e sequências didáticas na educação do campo: a alfabetização e as diferentes áreas de conhecimento escolar.

7 1 Alfabetização para todos: diferentes percursos, direitos iguais.

2 A heterogeneidade em sala de aula e os direitos de aprendizagem no ciclo de alfabetização. 3 A heterogeneidade em sala de aula e a diversificação de atividades.

E.C. Alfabetização para o campo: respeito aos diferentes percursos de vida.

8 1 Organização do trabalho docente para promoção da aprendizagem.

2 Reflexões sobre a prática do professor no ciclo de alfabetização: progressão e continuidade das aprendizagens para a construção de conhecimentos por todas as crianças.

3 Progressão escolar e avaliação: o registro e a garantia de continuidade das aprendizagens no ciclo de alfabetização.

E.C. Organizando a ação didática em escolas do campo.

E. E. A alfabetização de crianças com deficiência: uma proposta inclusiva. Legenda: U- unidade; A- ano; E.C.- Educação do Campo; E.E.- Educação Especial. Fonte: A autora

Para o melhor entendimento do material utilizado no curso de formação de professores alfabetizadores, analisa-se cada unidade individualmente, visto que em cada uma se apresenta um tema a ser desenvolvido, tanto no primeiro, como no segundo e terceiro ano do Ensino Fundamental. O mesmo assunto é abordado na Educação do Campo. Esses temas são os identificados pelo PNAIC como muitos dos desafios que um professor enfrenta no decorrer do processo de ensino com o objetivo de alfabetizar as crianças até os oito anos.

Unidade 1: a primeira unidade objetiva levar o professor alfabetizador entender a concepção de alfabetização na perspectiva do letramento, aprofundar a compreensão sobre currículo inclusivo, compreender a importância da avaliação no ciclo de alfabetização, analisando e construindo instrumentos de avaliação e de registros da aprendizagem dos alunos. A unidade também objetiva levar os professores a construir coletivamente o que se considera como direitos de aprendizagem no ciclo de alfabetização.

Nessa unidade são apontados os direitos de aprendizagem da criança em Língua Portuguesa, bem como, a forma que cada um destes deve ser introduzido, aprofundado e consolidado em cada série do ciclo de alfabetização. Conforme o documento, o professor alfabetizador deve ficar atento aos direitos e acompanhar a aprendizagem das crianças. O caderno contém sugestão de um instrumento de registro desse acompanhamento individual e uma sugestão de acompanhamento da turma. Solicita ao professor que utilize os instrumentos em sala de aula para avaliar seus alunos e, com base nos resultados encontrados, discuta com o grupo de formação e planeje atividades para sanar as principais dificuldades identificadas em sua classe de alfabetização.

O caderno sugere como atividade para os encontros de formação que os professores cursistas discutam sobre o ciclo de alfabetização pautado na inclusão, continuidade e progressão ajustado aos direitos de aprendizagem dos alunos e reflitam se tais ações foram vivenciadas por eles como alunos e se tem sido comuns em suas salas de aula. Solicita que os professores alfabetizadores analisem nos planos curriculares das redes de ensino em que medida os direitos de aprendizagem do ciclo de alfabetização estão contemplados e discutam no grupo sobre as conclusões.

Na análise da unidade, se verifica que apesar de constar nos objetivos da unidade a construção coletiva do que se espera dos direitos de aprendizagem, estes aparecem prontos para que o professor planeje suas atividades e avalie os alunos seguindo os encaminhamentos. Em nenhum momento o professor em formação é convocado a opinar, modificar ou adaptar os direitos de aprendizagem, conforme a turma de alfabetização.

Na mesma linha, entende-se que no momento em que o caderno apresenta como sugestão um modelo pronto de acompanhamento das aprendizagens dos alunos e sugere sua utilização, não leva em conta a experiência dos professores em formação e os instrumentos que o profissional utiliza para realizar o acompanhamento das aprendizagens dos alunos. Nas atividades sugeridas, a forma que as professoras habitualmente realizavam o acompanhamento das aprendizagens dos alunos não é colocada em pauta.

Os saberes da experiência dos professores em formação são requisitados no momento em que são chamados a planejar atividades para sanar as dificuldades dos alunos. No entanto, essas atividades devem ser planejadas observando o instrumento de acompanhamento sugerido pelo documento.

Unidade 2: a unidade explicita o propósito de aprofundar os conhecimentos sobre a concepção de alfabetização na perspectiva do letramento, levar os professores alfabetizadores a conhecer os recursos didáticos distribuídos pelo Ministério da Educação, como os livros didáticos e obras complementares aprovadas pelo PNLD, livros do PNBE, jogos didáticos e planejar situações didáticas utilizando esses recursos. Visa mostrar ao professor como a planejar o ensino na alfabetização, analisando e criando propostas de organização de rotinas para o dia a dia da sala de aula, através de ambiente alfabetizador que favoreça a aprendizagem das crianças, bem como compreender a importância da literatura nos anos iniciais do ensino fundamental e planejar situações de uso de obras literárias em sala de aula.

O caderno expõe o quadro dos direitos de aprendizagem em História no ciclo de alfabetização. Com isso, chama o professor alfabetizador a refletir sobre quais direitos de aprendizagem o seu planejamento contempla. Sugere aos professores a reformulação do

planejamento, caso necessite alguma alteração e que realizem as atividades planejadas em suas classes de alfabetização. Após o desenvolvimento das atividades em sala de aula, socialize no grupo o processo vivenciado com a turma.

Sugere que os professores alfabetizadores elaborem questões sobre os textos contidos no caderno de formação. Recomenda que discutam sobre suas percepções com o grupo de formação, em relação aos textos e sobre suas rotinas de planejamento e se nelas estão contidos os eixos do componente curricular Língua Portuguesa (Leitura, Oralidade, Produção de textos e Análise linguística) e também as atividades permanentes sugeridas no caderno de formação. Na análise dessa unidade verifica-se que os professores em formação são convidados a discutirem e analisarem a adequação de seus planejamentos em relação ao proporcionado pelo documento. Em nenhum momento são incentivados a expor os planejamentos, os pressupostos que os orientam na elaboração das propostas ou os meios que utilizam para trabalhar a oralidade, leitura, produção de textos e a análise linguística com os alunos.

Em relação aos direitos de aprendizagem, os professores em formação são convidados a reformular os planos de trabalho de acordo com o que dita o documento. Nesse sentido, os saberes da experiência adquiridos por eles em suas classes de alfabetização, não têm o mesmo peso dos saberes dos especialistas contidos no caderno de formação, uma vez que são chamados a reformular o que vinham desenvolvendo com os alunos. Os planejamentos, nesse sentido, devem estar em consonância com o conteúdo do caderno de formação.

Unidade 3: a unidade três propõe que o professor entenda que a aprendizagem da escrita alfabética constitui um processo de compreensão de um sistema notacional e não a aquisição de um código. Analisa as contribuições da teoria da psicogênese na aquisição do sistema de escrita alfabética e procura fazer relações entre consciência fonológica e alfabetização. Examina as diferentes alternativas didáticas para o ensino do sistema de escrita alfabética, tomando como base os materiais distribuídos pelo MEC.

Essa unidade cita os direitos de aprendizagem relativos à apropriação do Sistema de Escrita Alfabética e quais direitos o professor deve introduzir, aprofundar e consolidar no ciclo de alfabetização. O documento utiliza relatos e registros de professores, de como utilizam o livro didático em suas classes de alfabetização, para que os docentes percebam a importância do uso desse recurso em sala de aula. Ainda são expostos relatos de professores alfabetizadores sobre como utilizam outros recursos didáticos (alfabetos, jogos, livros de literatura infantil) para auxiliar os alunos na apropriação do SEA (Sistema de Escrita Alfabética).

O documento sugere uma rotina de trabalho em que os professores em formação leiam os textos contidos nos cadernos, anotem as dúvidas, socializem esclarecimentos e discutam com o grupo. Da mesma forma, que elaborem exemplos de atividades e socializem com os colegas, e que chequem os conhecimentos adquiridos, analisando as escritas de alunos juntamente com seus colegas, planejando aulas a partir dos encontros e socializando no grupo. Na análise da unidade percebe-se que ela preocupa-se em aprofundar os conhecimentos dos professores em formação em relação ao SEA. Para isso, utiliza os relatos de experiência de professores alfabetizadores para alicerçar os argumentos contidos no documento. Os professores em formação são chamados a demonstrar o conhecimento adquirido por meio de planejamento de atividades que colaborem para a aquisição do SEA da criança. É nesse momento que os saberes adquiridos nas classes de alfabetização são requisitados no documento.

Unidade 4: a unidade explicita como objetivos conduzir o professor alfabetizador a conhecer a importância do uso dos jogos no processo de alfabetização e planejar as aulas incluindo-os como recurso didático. Também se propõe a explicar sobre a importância de trabalhar com diferentes agrupamentos na sala de aula no sentido de incluir crianças com dificuldade de aprendizagem, deficiência visual e auditiva, motora e intelectual no cotidiano. Finalmente, conhecer os recursos didáticos distribuídos pelo MEC bem como, planejar situações didáticas em que esses materiais sejam usados.

A unidade apresenta os direitos de aprendizagem relativos à Matemática e o que o professor deve introduzir, aprofundar e consolidar no ciclo de alfabetização. O documento enfatiza que as atividades lúdicas devem estar integradas ao planejamento do professor alfabetizador. Desafia o professor a planejar e aplicar situações em que o jogo possa abranger o grande grupo, envolvendo a turma numa mesma atividade e também situações que envolvam grupos menores, com a mesma atividade na sala ou em atividades diferenciadas, utilizando os jogos encaminhados pelo MEC. Para isso, traz relatos de professores, detalhando situações em que os jogos e brincadeiras estão presentes em sala de aula.

Essa unidade desafia o professor em formação, com base na sua experiência, planejar atividades didáticas em que os jogos e brincadeiras estejam presentes. Dessa forma, os saberes da experiência são considerados no documento, no momento em que o professor pode expor seu planejamento e ver/ouvir o planejamento de outros professores pautados nos pressupostos ou conceitos apresentados no caderno. Assim, o professor em formação pode apresentar no seu planejamento os recursos adquiridos com os anos de prática utilizando jogos e brincadeiras em suas aulas.

Unidade 5: retoma a discussão sobre a importância de trabalhar com os diferentes textos em sala de aula na perspectiva de levar o professor cursista entender a concepção de alfabetização na perspectiva de letramento. Além desse primeiro objetivo, também se propõe analisar e planejar projetos didáticos integrando diferentes componentes curriculares, e atividades que contemplem o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita, conhecer os recursos didáticos distribuídos pelo MEC bem como, planejar situações didáticas em que os materiais sejam usados.

A unidade desafia o professor alfabetizador a pensar situações diversificadas de leitura e escrita. Enfatiza a importância de favorecer o contato das crianças com diferentes textos e situações diferenciadas de leitura e escrita, para que, dessa forma, as crianças além de adquirirem a tecnologia da escrita alfabética, também se tornarem letradas, fazendo uso eficaz da tecnologia em situações reais no contexto social.

A unidade traz os direitos de aprendizagem em Ciências da Natureza e Geografia para o ciclo de alfabetização, destacando o que se deve introduzir, aprofundar e consolidar em cada série. O documento sugere aos professores a leitura de relatos de experiências que servem de modelo para o planejamento de projetos e sequências didáticas para desenvolver em sala de aula. A partir dos relatos, há a sugestão de que os professores discutam, na formação, sobre os gêneros textuais trabalhados e montem cartazes exemplificando uma situação de ensino de um gênero textual.

O documento provoca o professor em formação a falar sobre sua experiência a respeito do tema e os critérios que utiliza para escolher os gêneros textuais que trabalha com os alunos, quando sugere que reflita sobre os gêneros textuais que emprega em suas aulas e discuta com os colegas de formação sobre o uso de determinados gêneros. Outro momento que os saberes são requisitados no documento é quando esse solicita o planejamento de uma sequência didática ou projeto didático para ser vivenciado pelo professor na sala de aula e após fazer os registros desse trabalho para socialização no grupo. Assim, o professor em formação tem oportunidade de demonstrar, além dos conhecimentos adquiridos nos encontros, outros conhecimentos e habilidades adquiridas ao longo da profissão, no entanto, articulados com as concepções que guiam o PNAIC.

Unidade 6: a unidade tem como objetivos levar o professor alfabetizador refletir sobre as formas de organização do trabalho pedagógico, visando o diálogo com os vários componentes curriculares. O documento aponta que as formas de organização podem ser por meio de projetos pedagógicos e sequências didáticas. Tem como objetivo aprofundar a compreensão sobre projetos pedagógicos, analisar e planejar projetos e sequências didáticas

para turmas de alfabetização, compreender a importância da avaliação no ciclo de alfabetização e conhecer os recursos didáticos distribuídos pelo MEC.

O documento ressalta a necessidade de refletir sobre os conteúdos, atividades e os saberes a serem comunicados. Enfatiza que, ao se planejar o ensino, é necessário ter um cuidado maior quanto aos propósitos educativos para que não sejam descaracterizados. Diz, por meio dos textos teóricos, que o professor deve partir do pressuposto de que o aprendiz é portador de saberes e se constitui num participante ativo e capaz de atribuir sentido ao que se pretende ensinar. Por esse ângulo, o professor, ao planejar um projeto ou sequência didática, deve levar em consideração a prática de leitura e escrita de textos reais para destinatários reais, com a integração das diferentes áreas do conhecimento.

O material ainda destaca os passos de como planejar projetos didáticos. Apresenta modelos de projetos e sequências didáticas que integram as diferentes disciplinas de modo a orientar o planejamento e a prática de projetos e sequências didáticas do professor alfabetizador. Solicita o planejamento e desenvolvimento dos projetos nas classes de alfabetização com base nas aprendizagens desenvolvidas no encontro. Sugere a socialização de memórias de experiências em que foi realizado num trabalho de integração das diferentes disciplinas, por meio de projetos ou sequências didáticas, nas classes de alfabetização dos professores em formação.

Nessa unidade os saberes da experiência dos professores em formação são requisitados num momento bem específico. É na socialização de memórias de sua vivência com projetos e sequências didáticas que eles têm oportunidade de expressar a experiência e conhecimento em relação ao tema em estudo. Quando o professor alfabetizador é solicitado a planejar com base nas aprendizagens desenvolvidas nos encontros, seus saberes não são requisitados, ao contrário, os conhecimentos adquiridos é que estão sendo testados.

Unidade 7: para a unidade sete foram previstos os seguintes objetivos: levar o professor alfabetizador compreender a importância e a necessidade de organizar diferentes agrupamentos na sala de aula, considerando a heterogeneidade da turma, como também planejar esse ensino analisando e criando propostas de organização adequando-as as necessidades de aprendizagem dos alunos. A unidade retoma a importância de planejar projetos didáticos e sequências didáticas, considerando os diferentes níveis de conhecimento sobre a escrita que se apresentam numa mesma turma dentro do ciclo de alfabetização.

Segundo o documento, para uma melhor orientação da turma e de alunos em particular, o professor alfabetizador precisa, além de ter conhecimento do objeto de estudo, saber como acontece o processo de aquisição do Sistema de Escrita Alfabética. Conhecer

como a criança aprende a ler e também saber guiar a atividade do aluno nesse processo, com vistas a levar o mesmo a se apropriar da escrita alfabética. Por fim, planejar atividades que atendem a diversidade de conhecimentos da turma.

O documento ainda apresenta os direitos de aprendizagem em Arte. Esclarece em que medida esses conhecimentos que devem ser introduzidos, aprofundados e consolidados no ciclo de alfabetização.

Para auxiliar o professor alfabetizador realizar a diversidade de atividades que os alunos necessitam e de materiais que devem ser explorados em sala de aula, os cadernos dessa unidade trazem os quadros de monitoramento de atividades realizadas proposto como um subsídio nos processos de planejamento e a autoavaliação do professor. Os quadros trazem exemplos de atividades, que podem ser realizadas para a construção do SEA e de materiais que devem ser utilizados para realização das atividades. Com o preenchimento dos quadros, que servem como guias, o professor, em cada mês, garante que todas as atividades sugeridas pelo programa estarão sendo atendidas e haverá diversificação de atividades didáticas na sala de aula.

O registro orienta a discussão no grupo de formação, recomendando que os professores exponham aos seus pares as formas como cada escola atende a heterogeneidade das turmas, tendo como suporte os textos contidos nos cadernos. O documento indica que os professores alfabetizadores devem ser oportunizados de participar durante a formação de um espaço para expor as experiências escolares e buscar estratégias com os colegas na busca de solução para atender os diferentes níveis de aprendizagem. No documento também se solicita o planejamento de sequências didáticas que contemplem os diferentes níveis de aprendizagem das classes de alfabetização dos professores em formação.

Há citações de diversas atividades e materiais para compor o quadro de acompanhamento das aprendizagens, mas indica que o professor alfabetizador pode organizar seu próprio quadro de acordo com as atividades e materiais que utiliza em suas classes de alfabetização. Recomenda que o professor vá marcando mês a mês o que e com o que trabalhou.

Dessa forma, a experiência adquirida na classe de alfabetização é valorizada, no momento em que permite ao professor em formação ampliar ou modificar esse quadro. Assim, o documento reconhece que somente o professor tem conhecimento suficiente de sua turma de alfabetização que lhe dá autonomia para adotar as estratégias e as atividades que precisam ser trabalhadas para atingir os objetivos traçados para a turma.

Unidade 8: a unidade enfatiza a importância de planejar o ensino dentro do ciclo da alfabetização. Ressalta que se deve pensar o currículo no ciclo, não como um aglomerado de conteúdos que precisam ser repassados às crianças, mas como um conjunto de esforços pedagógicos desenvolvidos com intenções educativas pensando na formação integral dos estudantes e desenvolvendo suas identidades sociais, valores e sentimentos.

O ciclo, nos três primeiros anos do ensino fundamental possibilita a elaboração de uma estrutura que favorece a continuidade no processo de alfabetização. Dessa forma, colabora para a supressão de uma lógica excludente, fazendo com que todos possam progredir nos direitos de aprendizagem.

A última unidade apresenta vários relatos de experiências de professores