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O avanço da tecnologia na comunicação 1 Novas plataformas de comunicação

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CAPITULO II – TECNOLOGIA E NOVOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

1. O avanço da tecnologia na comunicação 1 Novas plataformas de comunicação

A tecnologia avança de forma galopante no desenvolvimento da humanidade. Bem como a comunicação, que acompanha o fluxo da tecnologia. Temos a tecnologia e a comunicação dando as cartas nesta geração. O autor Val Dusek explica que a filosofia da tecnologia ainda não está completa e envolve o conhecimento de vários saberes, como ciência, sociedade, política, história e antropologia. Ao mesmo tempo essa multiplicidade de saberes torna-se um problema para pensar a tecnologia e seus objetivos, em relação a filosofia tradicional, a filosofia da tecnologia ainda é um campo novo no universo da filosofia (p. 10, 2006). Ao pesquisar mais sobre tecnologia e comunicação, foi levantada uma das inúmeras definições compreensíveis sobre pensar a tecnologia por meios dos fundamentos filosóficos com o autor Milton Vargas.

É frequente se ouvir dizer que homem e técnica são conceitos tão próximos que não se pode pensar num deles sem invocar o outro. Homem sem técnica seria abstração tão grande como técnica sem homem. São entidades polares, pois, eliminando-se uma, desaparece a outra. Por outro lado, a Antropologia vem mostrando que não há homem sem linguagem que não seja humana. Donde se poderia concluir que a trilogia homem- linguagem-técnica é essência do fenômeno humano. Isto é, só é humano aquele que possui a capacidade de se comunicar pela linguagem e a habilidade de fabricar utensílios pela técnica (p. 171, 1994).

Ou seja, por meio dos inventos e criações, o homem pode se aprimorar, transformou algo que não era humano tornou-se homem (p. 171, 1994).

Já para a comunicação, será conceituado uma das bases iniciais, que é Teoria Matemática da Comunicação para definir a essência da comunicação. Segundo a autora Marlene Oliveira Teixeira de Melo, a teoria surgiu após a Segunda Guerra Mundial e a descoberta foi fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico dos Estados Unidos e de outras nações que faziam parte do mesmo contexto histórico e econômico (p. 467, 2014). Sua teoria vem de Claude Elwood Shannon, que publicou em 1948 o artigo que aborda a Teoria Matemática da Informação no Bell System Technical Journal, que buscava o problema de encontrar a melhor forma de codificar a informação. Para isso, Shannon usou ferramentas da

Teoria da Probabilidade, elaboradas por Warren Weaver, sendo assim os dois pesquisadores formalizaram a Teoria Matemática da Comunicação (p. 468, 2014).

Para essa teoria o problema fundamental da comunicação é o de reproduzir em um ponto, de forma exata ou aproximada, uma mensagem selecionada em outro ponto. Com frequência, as mensagens têm um significado, isto é, referem-se ou estão correlacionadas a algum sistema com determinadas entidades físicas ou conceituais. Esses aspectos semânticos são irrelevantes para o problema de engenharia. O significativo é que a mensagem real é selecionada a partir de um conjunto de mensagens possíveis. O sistema deve ser projetado para operar em cada possível seleção, e não apenas naquela que vai realmente ser escolhida, uma vez que esta é desconhecida no momento do design. Se o número de mensagens no conjunto é finito, então este número ou qualquer função monótona deste pode ser considerado como uma medida da informação produzida quando uma mensagem é escolhida no conjunto; todas as escolhas são igualmente prováveis (MELO, p. 468, 2014).

Temos nos dias atuais uma forte combinação de tecnologia e comunicação, que está presente desde a rotativa da gráfica, que imprime o jornal, passando pelos componentes eletrônicos de um rádio, televisão, smartphone e computadores para serem protagonistas de fortes modificações no universo da comunicação e também no jornalismo, mudando comportamentos, rotinas e o ato de fazer o oficio.

Há um novo ecossistema midiático em formação, contendo os meios de comunicação analógicos, surgidos a partir das concepções econômicas da evolução Industrial, e as redes digitais conectadas, que possuem conexões topológicas descentralizadas e de baixa hierarquia, fornecendo novas possibilidades de consumo de conteúdo e alterando a relação estabelecida, pelo modelo broadcasting, entre a audiência e as suas preferências informacionais. Nessa estrutura informacional emergem possibilidades de estabelecer diferentes tipos de relação entre emissor de conteúdo informativo de relevância social e a audiência (LIMA JR., 2009, p. 24). No âmbito do desenvolvimento do jornalismo, que também sofre profundas mudanças devido aos impactos tecnológicos e comportamentais da sociedade em sua estrutura, modelo e funcionamento, é necessário entender como que o uso e a aplicação das novas plataformas podem ajudar na transformação e evolução do oficio. Antes da forte presença da tecnologia, as mídias tradicionais adotavam estratégias distintas para ‘vender’ o seu conteúdo e muito se centralizava em torno dos jornais e revistas impressas com feedback nas emissoras de rádios, televisão e revistas. Anúncios elaborados pelas grandes agências de publicidade, gráficas dos jornais impressos ou departamentos de comunicação das emissoras de rádio e televisão são publicados para mostrar os destaques ou os produtos telejornais, radio jornais e

anúncios do próprios jornais e revistas eram publicados no impresso, e por ele, era diluído para as bancas de jornais e revistas para chegar no leitor, que tomava a sua decisão de consumir o conteúdo na TV, rádio ou impressos e comentar com seus amigos, vizinhos ou colegas de trabalho.

A comunicação começou a partir da fala, depois prosseguiu para escrita, avançamos para os pulsos elétricos para transmitir mensagens, sem falar do desenvolvimento do correio, que resiste bravamente até os dias atuais, avançamos com o invento do telefone, que nos deu um salto gigantesco no parâmetro, âmbito e espectro de comunicar. Rompemos horizontes com a transmissão de mensagens por meio do telégrafo, para chegar ao desenvolvimento de novas tecnologias como as redes telemáticas, protocolo TCP/IP, BBS, e então, a World Wide Web (www) (COELHO, 2015).

Atualmente, com uma infinidade de recursos e plataformas, como media digital

out of home (DOOH), consoles e claro os smartphones, a estratégia tem que ser mais

pensada no portátil como complemento das mídias consolidadas, como é o caso do mobile e das redes sociais. As mídias consolidadas que ainda recebem boa parte do dinheiro vindo do bolo publicitário brasileiro são radio, impresso e televisão, isso não se discute, ainda tem público para consumir estes conteúdos por muito tempo. Mas, cabe ressaltar que existe uma nova realidade, um novo comportamento, em uma sociedade com ambiente voltado para computação, em que a computação é determinante para tomada de decisões e facilitador na demanda de trabalho. Por lá também eclode um grande tomador de publicidade que torna-se algoz do suado dinheiro da mídia tradicional. Observando este cenário, faz pensar além dos limites da plataforma convencional. Se antes o consumo de jornalismo estava apenas na leitura de jornais, na conversa em bares, jograis e músicas que mitificavam heróis, hoje, a audiência que está na tríade da plataforma ‘rádio-tv-impresso’, nos dias atuais está apenas na porta de entrada, pisando no tapete, pronto para acessar a maçaneta da grande conversa que o jornalismo e a comunicação podem proporcionar para ela. Como o Bill Kovach e o Tom Rosentiel pontuaram, o jornalismo é apenas o começo da conversa e é uma conversa que vai ajudar nas tomadas de decisões das próprias vidas e que se auto governem (2003, p.31).

Com o fim da Idade Média, as notícias surgiram na forma de música e relatos, nas baladas contadas pelos jograis ambulantes. Isso que podemos considerar como o moderno jornalismo começou a emergir nos começos do século 17, literalmente na base de conversas, sobretudo em lugares públicos como os cafés de Londres e depois nos pubs ou “casas públicas”, como eram chamados nos Estados Unidos. Ali os donos de bares,

chamados publicans, estimulavam os papos animados de viajantes que chegava, para que contassem o que tinham visto e ouvido no caminho, material informativo registrado e depois em livros especiais que ficavam sobre o bar (KOVACH e ROSENSTIEL, 2003, p. 24).

A pessoa que busca informação vai para onde é mais fácil, onde é rápido chegar. As mídias consolidadas estão lá, no entanto, cabe aos executivos dessas empresas repensem sua estratégia de distribuição, isto é, parar com o comodismo e começar a se envolver e chegar até as pessoas com apoio de recursos tecnológicos e ao mesmo tempo, mostrar-se que estão presentes no dia a dia das pessoas levando informações, servindo as com dados importantes e facilitando a tomada de decisão das pessoas. Hoje em dia não é mais aceitável só esperar a pessoa acessar o conteúdo e buscar o que ela precisa. Para isso, é necessário avançar para conquistar essa pessoa que quer a informação.

O relatório anual State of The News Media, publicado pelo instituto Pew

Research Center, que avalia o cenário da indústria de mídia nos Estados Unidos,

mostra que em 2015, 39 dos 50 sites de notícias digitais mais acessados por lá tem mais visitantes nas versões mobile que no desktop. Na ponta dessa audiência estão

sites mais ‘novos’ no universo do jornalismo como Huffington Post, BuzzFeed, Vox, Mashable e Vice. As pessoas acessam mais os sites de notícias pelo celular do que

pelos computadores de mesa (desktop).

No Brasil esse cenário também é perceptível em duas grandes empresas de mídia. O Grupo Abril afirmou que no ano passado, 65% da audiência digital de toda a companhia e produtos vem do mobile e o Infoglobo, divisão de produtos de mídia impressa do Grupo Globo, crava que 39,95% acessaram os produtos da empresa detentora dos jornais O Globo e Extra via mobile. Então, dos 136,7 milhões de páginas visitas (PV ou pageviews), 54,6 acessam os conteúdos do Infoglobo via smartphone ou tablet43

Como muitos veículos noticiosos fazem no Brasil por exemplo começam a investir mais na plataforma mobile. O portal G1, da TV Globo, mudou toda a sua interface no final de 2015 para facilitar a entrada do público pelo mobile e isso puxou

43 MAGALHÃES, Lizandra. Mobile é principal audiência dos sites de notícias. IAB Brasil. São Paulo,

30 jun. 2015. Disponível em: <http://iabbrasil.net/artigo/mobile-e-principal-audiencia-dos-sites-de- noticias>. Acesso em: 28 mar. 2016

o resultado da audiência, ou seja, 61% dos usuários mobile passaram a acessar o canal de notícias na internet44.

Existe uma forte e crescente demanda de consumo, mas cabe ressaltar que é necessário adaptar-se de acordo com as necessidades e o comportamento do seu público, entendendo o que ele precisa e quais meios ele utiliza para acessar a notícia. As equipes de jornalistas e programadores do jornal O Estado de S. Paulo perceberam essa grande movimentação e acesso de conteúdos via smartphones e tablets e investiram num portal mobile, uma porta de entrada mobile diferente do padrão de outros sites mobile. O Estadão Mobile45 está focado em curadoria de conteúdo, os

editores selecionam durante todo o dia as 10 notícias mais importantes do momento e o leitor consegue ter o acesso de forma simples e objetiva, devido a uma interface com fácil usabilidade, que também permite o rápido compartilhamento de informações via redes sociais. Nesse caso foi pensada a usabilidade do aplicativo para que o leitor se sinta confortável ao acessar e consumir o conteúdo.

O outro exemplo a plataforma Globo Play46, do Grupo Globo, que é dono da

maior emissora de televisão do País, a TV Globo, foi desenvolvido pelo departamento de Mídias Digitais da TV Globo com a equipe de desenvolvimento da globo.com. Globo Play, é uma plataforma que transmite o conteúdo da emissora para

smartphones, tablets e desktop. A aposta principal da empresa foi em mobilidade, a

pessoa pode assistir o conteúdo de entretenimento, esportes e jornalístico em qualquer lugar, bastando ter um local com acesso wi-fi ou um bom plano com pacote de dados para que consiga assistir o conteúdo, pois vídeo consome muitos dados. O aplicativo da Globo está disponível para tablets e smartphones com sistemas Android e iOS, navegadores PC com Windows e Mac e smart TVs de marcas como Samsung, Sony e entre outras. Futuramente estará disponível também para o Chromecast, da Google, e aos consoles de videogames47. A TV Bandeirantes, do Grupo Bandeirantes

44 MEDEIROS, Henrique. G1 muda formato do portal e alcança 61% dos leitores no mobile. Mobile

Time. http://www.mobiletime.com.br/18/01/2016/g1-muda-formato-do-portal-e-alcanca-61-dos-leitores-

no-mobile/425802/news.aspx>. Acesso em: 28 mar. 2016.

45 ‘ESTADO’ estreia novo site para dispositivos móveis. O Estado de S. Paulo. Disponível em:

http://econo mia.estadao.com.br/noticias/geral,estado-estreia-novo-site-para-dispositivos-moveis ,1684238>. Acesso em: 28 mar. 2016.

46 Globo Play. Disponível em: <www.globoplay.com.br>. Acesso em: 28 mar. 2016.

47 SOUZA, Elson de. Globo Play e Globosat Play: apps permitem assistir TV online. TechTudo. Rio de

Janeiro, 20 dez. 2015. Disponível em: <http://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2015/12/ globo-play-globosat-tv-online.html>. Acesso em: 28 mar. 2016.

de Comunicação também tem um aplicativo mobile de transmissão semelhante ao da Globo, que é o Aplicativo da Band48. Tanto no aplicativo da Band quanto o da Globo,

as empresas de mídia alegam que pelo menos 4 milhões de pessoas já fizeram o download dos aplicativos nos sistemas Android, Windows Phone e iOS.

É claro, também outra plataforma que já tem seu espaço consolidado no jornalismo, mas também precisa ser pensada em sua estratégia editorial é a das redes sociais que se tornaram uma das principais portas de conteúdo noticioso para o público. As redações precisam saber por qual via se distribui o melhor conteúdo, pois dependendo da estratégia que foi trabalhada o conteúdo elaborado pode ser uma perda de tempo e dinheiro, provocando a frustração do público, quando a ideia era apenas dar a fundo mais informações de uma história relevante para a sociedade sem fazer ‘pirotecnia’. A partir de uma informação, como uma publicação do microblog

Twitter, pode se voltar para criar uma grande cadeia de informação que ajuda a dar

conhecimento a maior parte das pessoas.

É assim que acontece o turning point do jornalismo colaborativo ao jornalismo nas mídias sociais: se até então o usuário batia na porta de um veículo oferecendo o seu conteúdo para publicação, agora é o veículo que deve correr atrás do usuário em busca de um conteúdo diferenciado e com alto teor de noticiabilidade. Foi o que vimos nos episódios de tremores de terra em São Paulo (2008) e em Brasília (2010), relatados no Twitter antes que qualquer veículo noticiasse (BRAMBILLA, 2011, p. 98-99).

O que antes era motivo de desconfiança das empresas, hoje a internet e claro, as redes sociais, são partes fundamentais de todo o ecossistema do caminho da notícia, ou melhor o novo caminho da notícia. Como por exemplo a mudança de comportamento de algumas empresas de mídia dos Estados Unidos, como o jornal

Chicago Tribune que ousou e publicou um blog em 2004. Uma postura dessa era

impensável no começo da internet, por então ser considerada uma plataforma sem credibilidade. Em 2006, a publicação The New York Times começou a fazer a publicação de links externos do YouTube para relacionar os assuntos do momento e estas práticas mostram que conversa pode começar nas redações, mas ainda continua acontecendo fora das redações. Um choque de novo tempo e um fragmento de realidade que estava por vir no mundo da indústria da mídia.

A criação de um blog no Chicago Tribune e a adoção de vídeos do YouTube por parte do New York Times já apontavam não só uma busca dos veículos

tradicionais por um engajamento maior com o público, como também uma percepção de um novo tempo, uma percepção de que a grande conversação não se dava dentro de um veículo, e não se dava unicamente entre um veículo e seus leitores. A grande conversação estava acontecendo fora dos veículos, de forma coletiva entre os usuários, entre cada nó da Grande Rede, em ambientes sociais e livres de barreiras, onde você não estava preso à produção de um único veículo, e onde podia, sempre que quisesse, compartilhar, comparar e debater informações de múltiplas fontes (CAVALCANTI, 2011, P. 49).

É preciso entender o novo caminho da notícia, para onde ela vai passar, como vai ser passada, até alcançar o seu objetivo final, que levar a pessoa uma informação que faça a diferença na vida dela. Agora, as redações têm que se adaptar aos novos hábitos comportamento tecnológico da sociedade. Para isso, as redações devem abrir várias frentes estratégicas, fazer novas formas de contar a história, deixar o conteúdo atrativo, com novas plataformas, inclusive experimentando novas plataformas para dar um novo patamar ao ofício do jornalismo. A audiência está pulverizada, mais distribuída por várias plataformas e os pontos de audiência ou relatório de vendas de jornais e revistas não apresentam bons números e tendem a ser bem desagradáveis com o avanço do tempo. O público deseja experimentar outras plataformas de conteúdo e novas tecnologias e o jornalismo precisa estar antenado a estas tendências sem perder a essência. Mas, mesmo assim, não é o caso de que tudo está perto do fim, o mundo não vai acabar. Pelo contrário, acontece uma transformação que vai ajudar a dar uma balançada no sistema e nas instituições jornalísticas. É a formação de uma nova cultura, novos hábitos de consumo da notícias e novas rotinas de trabalho serão implantados. O uso da tecnologia sempre esteve presente no desenvolvimento do jornalismo com o passar da história.

Desde a máquina de imprensa de Gutemberg, com seus moldes, tipos, tintas, prelo e as atuais e modernas técnicas de impressão industrial que estão presentes. Independente da transformação, o foco é o ser humano e para isso, a tecnologia é um grande aliado e não um vilão. Pois, quem faz o conteúdo ainda é o jornalista e a sociedade e eles são as principais matérias-primas da história da humanidade. O que a sociedade fizer com o jornalismo, torna-se o espelho da sociedade.

Os meios de comunicação, em si mesmos, não são nem bons nem maus. São uteis, do mesmo modo que o são a roda, o avião ou a energia nuclear. Mas a roda faz andar a ambulância e o canhão, o avião serve para avizinhar cidades e para atirar bombas sobre elas, a energia nuclear contém o poder quase mágico de alavancar a humanidade e ao mesmo tempo, o de destruí- la. Os meios de comunicação serão aquilo que o ser humano fizer deles.

Essa é a grande, a imensa, a grave responsabilidade: saber utilizar as potencialidades dos novos engenhos para o bem (COSTELLA, 2003, p. 239).

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