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pms Atenção Regional

No documento Conasems Brasília 2021 (páginas 90-94)

No município e seus próprios

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RAS Próprios dos Estados

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PES Próprios da união

Voltando aos indicadores e ao processo de avaliação:

Avaliação de estrutura: diz respeito a metas, objetivos e indicadores relacionados a recursos humanos, físicos e financeiros. Por exemplo, a ex- pansão do número de equipes de saúde da família ou a reforma de uma unidade assistencial podem ser metas a serem avaliadas;

Avaliação de processos: refere-se às ações, programas e serviços ofer- tados no campo assistencial, portanto, normalmente associada a indicado- res relacionados aos processos de interação entre as equipes de saúde e os usuários. Como exemplo, pode ser uma meta que as gestantes façam, no mínimo, sete consultas de pré-natal;

Avaliação de resultados: Corresponde à análise do estado de saúde da população. Um exemplo de meta pode ser a totalidade dos casos de tuber- culose do ano anterior estarem encerrados como “cura”16.

É útil que os indicadores17 recebam um nome e uma descrição. Deve-se 16 PORTELA, MC. Avaliação da qualidade em saúde. In: ROZENFELD, S (Org.). Fundamentos da Vigilância Sanitária. Rio de Janeiro: Ed. FIOCRUZ, p 259 – 269, 2000.

17 RIPSA. Rede Interagencial de Informação para a Saúde. Indicadores Básicos para a Saúde no Brasil: conceitos e aplicações. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. Disponível em: < http://

reconhecer de onde será extraída a informação ou dado e, também a forma de cálculo do indicador. Por exemplo, a morte de crianças em um município é um bom indicador sobre as condições de vida e saúde de uma dada população. A observação desta ocorrência em menores de um ano é usualmente monito- rada pela sensibilidade que esta tem perante a qualidade do acesso a serviços de saúde e de saneamento básico. Usualmente este indicador é denominado taxa de mortalidade infantil e conceituado como a quantidade de óbitos de menores de um ano em mil crianças nascidas vivas. Seu cálculo é o total de óbitos vezes mil, sobre o total de nascidos vivos no município observado. E estes dados, por sua vez, são obtidos usualmente no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC).

JP: Estes indicadores devem compor o RAG e, especialmente, o RDQA, uma vez que este é quadrimestral e possibilita ao gestor verificar o andamen- to das metas e dos objetivos anuais, antes que o ano termine, viabilizando análise sobre as metas, objetivos e ações definidas no PMS e na PAS. Isto lhe permite inclusive propor mudanças, especialmente nas ações originalmente pensadas nos instrumentos do planejamento do SUS. Mas a avaliação e o monitoramento não precisam ocorrer apenas em função destes relatórios. O monitoramento contínuo permite o reconhecimento de fragilidades e li- mites que não precisam aguardar a avaliação decorrente da elaboração dos relatórios (RAG e RDQA), podendo disparar processos avaliativos que podem inclusive definir mudanças na execução das ações planejadas. As dinâmicas de Planejamento e de elaboração de políticas que ocorrem em nível regional, estadual e federal também são produtoras de objetivos e metas.

João Pedro também sinalizou a importância para o gestor de integrar no planejamento as políticas federais e estaduais, especialmente as que definem metas e objetivos e vinculam recursos ao cumprimento ou alcance destas, como, por exemplo, o PREVINE Brasil e o Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQAVS).

Uma planilha pode ser uma boa ferramenta para organizar o processo de monitoramento e avaliação. Um objetivo ou meta deve ter um indicador ou um conjunto de indicadores que possibilitem mensurar e acompanhar uma estrutura, um processo ou um resultado. Sempre importante os indi- cadores estarem, sempre que possível, vinculados aos dados passíveis de observação nos sistemas de informação oficiais. Por exemplo, indicadores relacionados a doenças de notificação compulsória devem ser produzidas a partir de informações observadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN); indicadores relacionados a serviços ambulatoriais devem ser alimentados por informações observadas no Sistema de Infor- mações Ambulatoriais, e assim por diante.

Uma proposta de planilha que apóie o monitoramento e avaliação está descrita abaixo:

Quadro elaborado pelo autor.

Obs: o indicador, como já sinalizado anteriormente, deve receber um nome, ser conceituado e

ter um método de cálculo definido.

J: Nossa, João, que desafio este de monitorar e avaliar permanentemente o sistema de saúde!

JP: Sim. Por isso é fundamental que você busque qualificar os processos de comunicação e interação entre os setores e serviços que compõem a SMS. O monitoramento e a avaliação dependem de uma boa integração dos servi- ços e setores junto a você e a pessoa ou equipe que estiver à frente do moni- toramento. Em Freire, buscamos integrá-los não apenas na elaboração dos instrumentos de planejamento do SUS, mas também na dinâmica de mo- nitoramento e avaliação. Em Aurora, já iniciamos o processo, pois minha experiência anterior em Freire, nos ajudou a operacionalizar isto, organizar, junto a coordenação de monitoramento e avaliação, uma Sala de Situação, composta por representantes dos diversos setores que compõem a SMS, mais representação do CMS. A sala está sob minha coordenação e buscamos realizar reuniões bimestrais onde os setores apresentam um panorama do monitoramento no período.

V: Além de uma ferramenta para apoio à tomada de decisão, a Sala de Si- tuação pode também contribuir à dinâmica de participação social, e pode, inclusive, ser instrumento de garantia de publicização e transparência das informações sobre a saúde no município.

JP: Isso mesmo! Neste momento, em Aurora, estamos trabalhando para que os indicadores sejam alimentados quadrimestralmente, junto ao RDQA, em ambiente público e virtual, disponível a consulta da população!

Meta/ objetivo PMS Meta/ objetivo PAS Ação/

Ações Orçamento Responsáveis Prazo Indicador Fonte

Meta ou objetivo descrito no PMS Meta ou objetivo descrito na PAS Ação ou ações relacionadas à meta ou objetivo Fonte orçamentária dos recursos necessários à execução da ação Sujeitos responsáveis pela execução das ações Prazo para o alcance da meta ou objetivo Parâmetro que possibilita o reconhecimento do alcance da meta Sistema de informação ou fonte alternativa onde se observa o/os dado/s necessário/s ao cálculo do indicador

Sala de Situação: Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), trata-se de espaços físicos e virtuais de análise sistemática de informações produzidas em saúde, operacionalizada e organizada por profissionais técni- cos, de caráter integral e intersetorial, caracterizando-se ferramenta de apoio ao planejamento e a gestão.

Para tanto, o fundamental é que os profissionais que lidam diretamente com o monitoramento devem ser capazes não apenas de organizar os dados, mas também de reconhecer mudanças (positivas ou negativas) a partir dos dados que organiza. Isto possibilita o reconhecimento da necessidade um momento de avaliação sobre uma determinada estrutura, processo ou resultado, o que, por sua vez, pode apoiar tomadas de decisão que busquem incidir positiva- mente naquilo que foi planejado e estabelecido como meta.

O: Em Vila SUS não temos uma pessoa coordenando o monitoramento. Mas temos equipe de Planejamento que deve organizar o processo. Gosto da forma como as coisas foram organizadas em Freire. Ótimo exemplo pra Vila SUS! J: E pra Céu Azul também! Estou voltando para lá cheia de ideias!

V: Julia, me de notícias do andamento do planejamento em Céu Azul. Sugiro que você aproveite suas oficinas para já pensar o monitoramento e avaliação! JP: Vejo que vocês estão animadas! Muito trabalho pela frente junto às suas equipes! Mas não se esqueçam de que é fundamental articular-se junto aos CMS, seja para a elaboração dos instrumentos de planejamento, seja para utilização do monitoramento e avaliação!

V: Muita sorte a todos vocês neste começo de ano! Lembrem-se que o CO- SEMS está disponível para apoiá-los sempre!

No documento Conasems Brasília 2021 (páginas 90-94)