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Problemas na via em frente ao templo

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Créditos: Marcos Scarpioni, 2014 Créditos: Marcos Scarpioni, 2014

O transporte público é realizado pelas duas viações de ônibus municipal (Talismã) e intermunicipal (Rigras), prestando seus serviços como no bairro anteriormente pesquisado. A primeira aviação interliga o bairro com o centro e outros bairros mais próximos e a segunda liga o bairro com Ribeirão Pires.

O trânsito de veículos particulares é proporcionalmente mais intenso que o do bairro anterior, porém, menos intenso que o trânsito no centro, além disso, observamos já um trânsito de caminhões próximo ao parque, isso por que existem pequenas indústrias em bairros vizinhos.

A questão da saúde pública, igualmente na Vila Niwa tem problemas, quanto à questão de atendimentos. No Parque América só existe uma UBS Parque América, prestando somente os atendimentos para a população infantil e idosos (vacinações e controles de diabetes, pressão, etc.), assim mesmo em alguns casos somente com atendimentos agendados. Em casos mais graves todos são encaminhados ao mini-hospital.

Também, existe um Centro de Zoonoses, que trata das registra e controla os casos de doenças transmitidas por vetores biológicos (animais). Este atende a toda cidade de Rio Grande da Serra.

Quanto às escolas, o bairro possui duas escolas estaduais E.E. Poetisa Cora Coralina e E.E. Ivete Vargas, além de uma escola municipal, EMEB Recanto Infantil Madre Maria de Jesus, que atende a clientela de ensino fundamental e médio, tanto do bairro, como também de bairros vizinhos mais próximos, v.g.: Rio Pequeno.

Quanto à segurança no bairro, a ronda da polícia militar está presente nos horários de saída na escola Cora Coralina. Vimos todos os dias em que visitamos o bairro, não ocorrendo só de dia, mas também à noite, foi possível observar rondas no bairro no período da tarde, inclusive próximo às igrejas nas quais pesquisamos.

Ao conversarmos com os religiosos (moradores com mais tempo de permanência no bairro), muitos informaram que o bairro é tranquilo, mas é preciso estar atento, já que existe

sim o tráfico de entorpecentes e de outras drogas lícitas em alguns lugares mais ermos e até em alguns bares mais próximos (morador, ex. funcionário municipal entrevistado na data de

17.08. 2014).

Existe também, o relato, registro de episódios de brigas, desentendimentos entre as pessoas pelo alcoolismo. Também, foi possível observar que no bairro a presença de muitas pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza pedindo esmolas nas casas e estabelecimentos comerciais. Dessa forma, é possível afirmar que a violência de maneira geral se faz presente, em maior ou menor grau dependendo do espaço social.

O comércio é constituído por um conjunto de três padarias, um restaurante, vários pequenos bares, três mercearia, dois sacolões, dois mercados pequenos, e outras pequenas lojas de roupas. Entretanto, no que se refere a serviços, observamos uma serralheria, oficinas de autos (mecânica/funilaria/pintura), uma lan-house, loja de consertos de aparelhos elétricos e eletrônicos, ou seja, os moradores do Parque América assim como os moradores da Vila Niwa, precisam sair em muitos casos para fora da cidade para trabalhar, além do que, muito dos produtos comercializáveis vem de fora do bairro.

É nesse contexto socioambiental do Parque América que as igrejas pentecostais estão imersas ou emergem, o que de certa maneira, se aproxima das realidades do bairro Vila Niwa. Em virtude dessas necessidades, observamos que há nessas instituições ações sociais em uma tentativa de amenização dos problemas sociais, como por exemplo, as ações em redes sociais.

2.4. COMUNIDADES E REDES SOCIAIS - ASSOCIATIVISMO RIOGRANDENSE

As igrejas pentecostais podem ser consideradas como espaços de organização social e de sociabilidade (RIVERA, 2012, p. 25), o que pudemos confirmar na pesquisa. Logo são ambientes culturais que compõe em sentido mais amplo o meio ambiente cultural.

Partindo dessas premissas, a religião institucionalizada constrói laços fortes entre familiares, entre amigos, quando inseridos nos grupos religiosos e dessa forma geram comunidades que ao transitarem por uma ou outra igreja vão compondo outras “redes sociais” (NORONHA, 2012). Nessas redes sociais, moradores-fiéis e suas lideranças religiosas interagem de maneira inclusiva, sendo que, em muitas delas criam-se estruturas de oportunidades em trabalhos e estudos, além de criarem lideranças que podem também ter posições de destaque, como v.g.: presidente da associação de moradores, representantes políticos, etc., gerando assim, uma cultura de atuação para um determinado coletivo.

Para Souza (2013, p. 181) esse “associativismo religioso [...] propiciador da produção de capital social problematiza a suposta existência de fronteiras rígidas entre o religioso e a política, explicitando a porosidade ou, talvez, a artificialidade de tais fronteiras”.

Em uma das instituições pesquisadas tivemos a oportunidade de presenciar a participação de trabalhos assistenciais coordenados por pastores e demais membros que ao trabalharem ou estudarem uma determinada profissão, prestam um serviço comunitário de maneira voluntária, v.g.: verificação de pressão e índice glicêmico, corte de cabelo, orientação jurídica, etc. Todavia, não encontramos representantes dessa instituição propriamente dita, atualmente envolvida em outras redes sociais como descrito anteriormente em outra pesquisa129 no bairro.

Foto 12. Anúncio da Ação Social promovida pela Sociedade Beneficente Shekinah em Igreja Pentecostal.

Créditos: Marcos Scarpioni, 2014

129 Dissertação apresentada por NORONHA (2010, p.83), na qual está descrito a participação da Assembleia de Deus Ministério de Madureira (Vila Niwa) especificamente em redes sociais em outros bairros, como é o caso da “REDE SOCIAL” com sede no bairro Jd. Santa Tereza.

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