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CAPÍTULO II Os Novos Paradigmas de Reserva Museológica

2.3. Abertura do espaço de reserva ao público

2.3.1. Questões terminológicas

Partindo de uma intenção de democratização do acesso à cultura e do saber a todos, bem como da componente da comunicação389, os museus passaram a adoptar uma tipologia de reserva

distinta – a reserva visível e ou visitável390. O termo é empregue para caracterizar os projectos

direccionados à abertura das reservas ao público, sua visualização, visita e por vezes refere-se ao método de exibição das colecções, estando estas ou não na área de reserva, abarcando modalidades variadas e distintas entre si391. De igual modo também pode ser utilizado para

descrever uma sala de consulta, galeria de estudo, sala de exposição ou armazenamento visível. Todavia torna-se pertinente estabelecer uma definição conceptual destas tipologias e vocabulários, por vezes empregues de modo erróneo392.

Da pesquisa realizada ao longo deste trabalho de investigação foi evidente que uma das justificações para o uso incorrecto dos conceitos deve-se à pouca exactidão de algumas traduções. Isto porque um dos primeiros exemplos referenciados é estrangeiro, preconizado pelo Museum of Anthropology (MOA) da University of British Columbia (UBC), em Vancouver,

no Canadá. A denominação que adoptaram foi a de visible storage. Ora a tradução quer dizer

armazenamento visível, porém storage pode significar depósito, lugar para armazenar, ou seja, reserva. A ambiguidade do significado leva muitas pessoas a associarem a denominação a

389 HOOPER-GREENHILL, Eilean. Changing values in the art museum: rethinking communication and learning.

International Journal of Heritage Studies. HOOPER-GREENHILL, Eilean (edit.). London: Routledge. Nº 6

(2000), pp.9-31.

390 Uma das primeiras experiências desenvolvidas ocorreu no Museum of Antropology (MOA), da University of

British Columbia, em Vancouver, no Canada, em 1976.

391 Curiosamente em termos comparativos podem-se encontrar algumas similitudes ao nível da aparência e da

organização visual entre uma reserva visível, o armazenamento visível e os gabinetes de curiosidades. Todavia os critérios de organização conceptual subjacentes a cada um dos conceitos são distintos; no primeiro caso baseiam- se em pressupostos de racionalidade e rigor científico, enquanto no segundo caso, assentam em critérios idiossincráticos de cada coleccionador, princípios simbólicos, entre outros. GOMES, Maria Fernando; VIEIRA, Eduarda - As Reservas Visitáveis do Musée des Arts et Métiers em Paris. ECR - Estudos de Conservação e

reserva visível, o que por sua vez não está incorrecto. O problema que se coloca é no uso indevido da denominação, sem o conhecimento do conceito subjacente, porque armazenamento visível e reserva visível não são a mesma coisa, não são sinónimos.Outra:

[…] confusão que ocorre com frequência, prende-se com o uso do termo acessibilidade às colecções e abertura do espaço ao público. Numa reserva tem de haver acessibilidade do ponto de vista de acesso ao recinto, aos dispositivos de armazenamento e por último aos objectos. Este princípio aplica-se para facilitar a actividade interna do quadro técnico da instituição, mas também é funcional quando acedem ao espaço de reserva pessoas externas. Uma reserva aberta ao público pode assumir diferentes denominações consoante o tipo de utilizadores, o tipo de acesso às colecções e as modalidades de admissão. Ao nível dos utilizadores podemos identificar três grupos: o grande público, o público escolar e o público científico ou especializado. O acesso às colecções pode ser directo ou indirecto393.

No acesso directo não existe à partida nenhum tipo de obstáculo entre o visitante e a obra, podendo inclusive haver a possibilidade do público tocar, manusear os objectos, ao contrário do acesso indirecto em que há uma barreira física entre a obra e o público394.

Uma reserva convencional pode ser encarada como um local visitável, embora idealmente para um público especializado ou para um público educado e sensibilizado para a compreensão do património cultural. Todavia, o conceito de reserva visitável - visitable storage pressupõe a entrada no local de reserva de público indiferenciado – o grande público, como acontece em Londres, no London Transport Museum Detop, em Acton395 [Figura 7. e Anexo I.

393 Ibidem.

394 Ibidem.

395 O London Transport Museum Detop detém a maioria das coleções que não estão em exposição no Museu

principal em Covent Garden. Este armazém oferece cerca de 6.000 metros quadrados de espaço de armazenamento, para aconcidionar os mais de 370 mil objectos das diversas tipologias de colecções, incluindo obras de arte, veículos, sinais, modelos, fotografias, desenhos de engenharia, uniformes, entre outros. Trata-se de uma das maiores colecções mundiais relacionadas com o transporte urbano (LONDON TRANSPORT MUSEUM Website. [Consulta: 27.12.2012]. Http://www.ltmuseum.co.uk/ )

Figura AI2 a AI4]. Neste caso concreto é proporcionado o acesso directo a alguns dos objectos da colecção; porém por norma, nesta tipologia de reserva isto não acontece396.

Convém salientar que numa reserva visitável o acesso é realizado segundo mediação, por meio de visita guiada. Questionamos a opção de livre acesso ao interior do recinto de depósito por parte dos diferentes tipos de utilizadores, sem mediação, na medida em deixaríamos de ter uma “verdadeira” reserva, correndo-se o risco desse espaço deixar de cumprir as funções a que se destina. Não obstante, destacamos que podem coexistir na mesma instituição diferentes reservas, para asseverar a preservação de colecções com critérios conservativos distintos, o que possibilitará, por exemplo, que uma das divisões de reserva possa ser convertida numa reserva visível ou visitável acondicionando uma parte do espólio museológico397.

396 GOMES, Maria Fernando; VIEIRA, Eduarda - As Reservas Visitáveis do Musée des Arts et Métiers em Paris.

ECR - Estudos de Conservação e Restauro. Nº 5 (2014), p. 134. [Consulta: 31.05.2014].

Http://revistas.rcaap.pt/ecr/article/view/3748.

Figura 7. Edifício do London Transport Museum Depot. © Transport

for London. (Fonte: TIME OUT Website. London Transport Museum

Depot. [Consulta: 10.06.2015].

Http://www.timeout.com/london/museums/london-transport-museum- depot).

Mencionam-se outros exemplos como as reservas do Museo Histórico Municipal de Écija, em Sevilla398 [Figura 8. e Anexo I. Figura AI5.], as do Musée des Beaux-Arts, em Dunkerque399,

la reserva visitable del Claustro de San Agustín, da Universidad Nacional da Colombia, na

Colômbia400 [Figura 9. e Anexo I. Figura AI6 e AI7.], as reservas visitáveis do Staraya

398 As reservas do Museo Histórico Municipal de Écija, em Sevilla, são visitáveis ainda que por marcação prévia. São compostas por cinco recintos destinados ao armazenamento de bens arqueológicos, situados em edificações independentes do Palácio, propriamente dito, anexas ao Laboratorio de Arqueología y Restauración, que em conjunto possuem cerca de 455 m2 (MUSEO HISTÓRICO MUNICIPAL DE ÉCIJA Website. Instalaciones.

[Consulta: 24.04.2015]. Http://museo.ecija.es/instalaciones.php).

399 No Musée des Beaux-Arts, em Dunkerque, elaboram-se visitas guiadas, direccionadas aos estudantes, tendo

estes a possibilidade de acederem ao espaço de reserva da Instituição.

400 A Universidad Nacional da Colombia possui mais de trinta museus e colecções museográficas, que agregados

constituem o maior Museu da Colômbia. As colecções são muito diversificadas, incluindo antropologia, arte, ciência, ciências naturais, medicina, etc., sendo todas elas produto do trabalho de pesquisa e conservação, levado a cabo pela universidade, ao longo dos mais de cento e quarenta anos de existência.

Este conjunto de museus teve a iniciativa de elaborar um projecto que entre distintas actividades, estabeleceu a criação do Sistema de Patrimonio y Museos (SPM), que tem desenvolvido uma notável gestão do Património Cultural Universitário. O SPM visa tornar mais acessível o legado cultural aos estudantes, professores, instituições académicas e culturais, mas também aos cidadãos, em geral.

O SPM efectuou a requalificação do Claustro de San Agustín, e converteu uma das alas em reserva visitável, oferecendo assim aos visitantes a oportunidade de visualizar as colecções, em reserva, apesar de existirem certas restrições “normais” no acesso, que têm como principal objectivo a preservação das mesmas. De acordo com

Figura 8. Reserva visitável do Museo

Histórico Municipal de Écija. © Museo Histórico Municipal de Écija. (Fonte: MUSEO HISTÓRICO MUNICIPAL DE ÉCIJA Website. Instalaciones. [Consulta: 24.04.2015]. Http://museo.ecija.es/instalaciones.php.).

Figura 9. Perspectiva do Claustro de San Agustín, da Universidad Nacional da Colombia.

Derevnya Restoration and Storage Centre, do State Hermitage Museum, em St. Petersburg, Rússia401, o almacén visitable de Santa Lucía, pertencente ao Museo de Zamora, Junta de

Castilla y León, em Zamora, Espanha402 [Figura 10. e Anexo I. Figura AI8. e AI9.], ou a nível

nacional, a reserva visitável do Museu dos Lanifícios da Universidade da Beira Interior, na Covilhã [Figura 11.].

Edmon Castel as colecções armazenadas «are the collections of the Forensic Sciences Museum and the History of Medicine Museum that are now housed in “visitable storage” in the San Agustin Cloister» (CASTELL, Edmon - Accessibility to university museums: A strategical objective. University Museums and Collections Journal. International ICOM Committee for University Museums and Collections. Vol 2 (2009), p. 95-97. [Consulta: 28- 04.2011]. Http://www.museumstudy.ru/content/files/fulltext.pdf)

401 Vd. Item 2.3.4. Visibilidade das Colecções – Experiências institucionais desenvolvidas, 2.3.4.1. Experiências

institucionais Internacionais.

402 «El almacén de la iglesia de Santa Lucía, visitable previa petición, acoge piezas de gran formato, como estelas

romanas, mosaicos, sarcófagos o elementos arquitectónicos y heráldicos, a modo de lapidario. En él también se muestran las reproducciones en escayola de los frisos decorativos de la iglesia de San Pedro de la Nave, efectuadas com motivo del traslado de tan singular edificio a causa de la construcción del embalse de Ricobayo en los años 30. Junto a esta buena representación de la arqueología zamorana, descansan en su interior -ordenados en sus correspondientes peines archivadores o sobre estanterías- fondos pictóricos y escultóricos; las escasas piezas de carácter etnográfico con que cuenta el museo se disponen en una pequeña capilla lateral en torno a un telar sanabrés del siglo XVIII» (GARCÍA ROZAS, Rosario - Guía Museo de Zamora. 2º ed. [S. l.]: Junta de Castilla y León -

Figura 10. Localização actual do Museo de

Zamora, na Praça de de Santa Lucía: Palacio del Cordón e Igreja de Santa Lucía. © Museo de Zamora, Junta de Castilla y León. (Fonte: GARCÍA ROZAS, Rosario - Guía Museo de Zamora. 2º ed. Junta de Castilla y León: Consejería de Cultura y Turismo, 2006, p. 8.).

Figura 11. Reserva visitável do Museu

de Lanifícios da Universidade da Beira Interior. © Museu de Lanifícios UBI.

A acepção de uma reserva visível – visible storage, pode ser definida na vertente mais simples como a autorização de acesso visual às colecções por parte do público. O intuito da reserva visível é o de colocar à disposição do público as colecções (na íntegra ou uma fracção), para que as mesmas possam ser livremente visualizadas, comparadas e apreciadas, tendo suportes informativos adicionais, para consulta. «Uma reserva visivél permite a visualização do espaço de reserva na sua totalidade ou em parte, sem que haja o acesso físico ao interior; exemplo disso é a área de reserva da Instituição Schaulager, em Basileia, na Suíça403»404,

L’Arsenal – La Réserve visible du Musée de L’Armée, em Paris405, o Museum of Industry, em

Nova Scotia, Canadá [Figura 12.], ou as reservas visíveis do Darwin Centre do Natural History Museum, em Londres406.

403 GOMES, Maria Fernando; VIEIRA, Eduarda - As reservas visíveis do Schaulager, em Basileia. Ge-

Conservación. Nº4 (2013), pp. 65-77. [Consulta: 31.07.2013]. Http://www.ge- iic.com/ojs/index.php/revista/article/ view/145/pdf

404 GOMES, Maria Fernando; VIEIRA, Eduarda - As Reservas Visitáveis do Musée des Arts et Métiers em Paris.

ECR - Estudos de Conservação e Restauro. Nº 5 (2014), p. 134. [Consulta: 31.05.2014].

Http://revistas.rcaap.pt/ecr/article/view/3748. Vd. Item 2.3.4. Visibilidade das Colecções – Experiências institucionais desenvolvidas, 2.3.4.1. Experiências institucionais Internacionais.

405 Vd. Item 2.3.4. Visibilidade das Colecções – Experiências institucionais desenvolvidas, 2.3.4.1. Experiências

institucionais Internacionais.

406 Apesar do conceito ser o de reservas visíveis, estas também são visitáveis. Vd. Item 2.3.4. Visibilidade das

Colecções – Experiências institucionais desenvolvidas, 2.3.4.1. Experiências institucionais Internacionais.

Figura 12. Perspectiva da reserva visível do Museum of Industry. ©

«Nesta modalidade de reserva o acesso é indirecto às obras acondicionadas; o contacto visual é estabelecido, mas existe algum tipo de barreira, que na maior parte dos casos é constituída por um vidro»407.

A parte visível da reserva tem a obrigação de responder a critérios de “boa apresentação” ao público, os quais devem ser compatíveis com as necessidades de conservação preventiva408,

de acessibilidade, de manutenção dos locais e das colecções409.

«As modalidades de reserva visível e visitável podem existir em simultâneo à semelhança do que acontece nas reservas do Musée Louvre-Lens, em Lens, França»410 [Figura

13. e Anexo I. Figura AI10.].

407 GOMES, Maria Fernando; VIEIRA, Eduarda - As Reservas Visitáveis do Musée des Arts et Métiers em Paris.

ECR - Estudos de Conservação e Restauro. Nº 5 (2014), p. 134. [Consulta: 31.05.2014].

Http://revistas.rcaap.pt/ecr/article/view/3748.

408 O grande inconveniente em termos conservativos que pode ser apontado é o efeito de degradação que a acção

da luz pode causar nos objectos.

409 ALZUA, Véronique de – Outil au servisse du musée ou facteur de risque? La reserve visitáble. Paris:

Université Paris I, 2004, p. 82. Mémoire de Dress de Conservation Preventive.

410 GOMES, Maria Fernando; VIEIRA, Eduarda - As Reservas Visitáveis do Musée des Arts et Métiers em Paris.

ECR - Estudos de Conservação e Restauro. Nº 5 (2014), p. 134. [Consulta: 31.05.2014].

Http://revistas.rcaap.pt/ecr/article/view/3748.

Figura 13. Perspectiva de l'Espace découverte, no Musée Louvre-Lens, que permite uma abertura

para as reservas visíveis e visitáveis, e das oficinas de restauro. © Musée Louvre-Lens. (Fonte: LOUVRE LENS Website. L'Espace découverte. [Consulta: 13.09.2015]. Http://www.louvrelens.fr/l-espace- decouverte.).

No caso concreto da reserva do MAS │ Museum Aan de Stroom, em Anturépia, Bélgica411, o público tem a oportunidade de aceder ao espaço de reserva e visualizar os

“bastidores” do museu. Porém, há uma zona na reserva até à qual os visitantes podem-se deslocar e nesse recinto observar algumas das peças que não estão em exibição, de trás de uma parede transparente, acondicionadas em armários, prateleiras e gavetas, com protecção de vidro [Figura 14. e Anexo I. Figura AI11 a AI13.]. Dado o carácter ambíguo deste exemplo considera- se que a reserva do MAS é visível e visitável, já que os visitantes acedem ao interior da reserva, embora o percurso seja circunscrito e existam barreiras que delimitam o contacto com os objectos. Tratam-se de divisórias de rede, as quais servem para balizar o recinto, tendo a particularidade de permitir ver o que está por detrás do separador, ou seja ver os objectos e o modo como estes estão acondicionados.

411 O MAS │ Museum Aan de Stroom, em Antuérpia, Bélgica, está albergado num edifício fascinante, que conta

a extraordinária história de Antuérpia, e das suas históricas ligações com o mundo exterior. O MAS comunica esta narrativa de diferentes maneiras, inclusive através da opção de “Visible Storage”. O método de armazenamento seleccionado oferece um olhar exclusivo e também introduz o visitante na rica história da colecção, composta por cerca de 180 mil objectos. Existem outros métodos de armazenamento para além dos citados, tal como estantes

Figura 14. MAS │ Museum Aan de Stroom,

perspectiva da área de reserva visitável. © MAS │ Museum Aan de Stroom.

Figura 15. Museo Nacional de Ciencias Naturales, sala de armazenamento visível. (Fonte: DOMESTIKA Website. Exposiciones para el Museo Nacional de Ciencias Naturales. [Consulta: 31.03.2015].

Http://www.domestika.org/es/projects/31257- exposiciones-para-el-museo-nacional-de-ciencias- naturales.).

A reserva visível também tem a particularidade de poder ser combinada com outros métodos de exposição, e como os objectos tendem a ser acondicionados numa maior proximidade, proporcionam uma elevada densidade de peças num recinto, por vezes mais pequeno. Este facto favorece a adopção deste método expositivo em instituições que não têm grandes possibilidades de ampliação de espaços, mas que com algumas reformas internas podem potenciar os mesmos e dinamizarem a fruição das colecções.

O formato tradicional de exposição sistemática baseia-se no pressuposto de que cada objecto tem o seu próprio espaço, no usual alinhamento ordenado de fileiras de vitrinas, painéis, estantes ou outros dispositivos, tipificados. Todavia, existe uma nova manifestação de galeria sistemática definida como armazenamento visível, ou galeria de armazenamento visível - visible storage, ou visible storage gallery. A denominação de armazenamento aberto – open storage também é habitual.

O armazenamento visível corresponde ao método de exibição de um conjunto de exemplares representativos da colecção dentro do espaço expositivo de um museu, ou contíguo a este, dispostos em equipamentos museográficos que permitem a visualização do espólio, apesar de por norma haver uma barreira física, tal como se pode constatar na Galeria de Cerâmica do Victoria & Albert Museum412, em Londres413. O sistema de armazenamento visível

incorpora elementos explicativos dos objectos expostos, sejam por exemplo painéis informativos ou terminais interactivos.

412 Vd. Item 2.3.4. Visibilidade das Colecções – Experiências institucionais desenvolvidas, 2.3.4.1. Experiências

institucionais Internacionais.

413 GOMES, Maria Fernando; VIEIRA, Eduarda - As Reservas Visitáveis do Musée des Arts et Métiers em Paris.

ECR - Estudos de Conservação e Restauro. Nº 5 (2014), p. 134. [Consulta: 31.05.2014].

Http://revistas.rcaap.pt/ecr/article/view/3748.

Figura 16. Armazenamento visível do Museo de San Isidro em Madrid. © Lourdes Morales Farfán. (Fonte: UNA VENTANA DESDE MADRID Website. MORALES FARFÁN, Lourdes - Museo de San Isidro: Los Orígenes de Madrid. [Consulta: 31.03.2015]. Http://www.unaventanadesdemadrid.com/madrid/muse o-san-isidro-origenes-de-madrid.html.).

Analogamente apresenta-se o armazenamento visível das colecções de aves e mamíferos do Museo Nacional de Ciencias Naturales, em Madrid [Figura 15. e Anexo I. Figura AI14. a AI17.], o almacén visitable del Museo de San Isidro414, em Madrid [Figura 16.], The Helene B.

Roberson Visible Storage Building, do Museum of Arts and Sciences, em Daytona Beach, Florida415 [Figura 17 e 18. e Anexo I. Figura AI18.], a visible storage do South Florida

Museum, na Flórida, The Visible Storage Galleries at The Franklin D. Roosevelt Library and Museum416, em Nova Iorque [Figura 21.], The visible storage gallery do Herbert F. Johnson

Museum of Art ("The Johnson Museum"), no campus da Cornell University, em Ithaca, NY417

[Figura 19. e Anexo I Figura AI19.], The Seabag Visible Storage Centre doPenobscot Maine

414 O Museo de San Isidro criou um novo espaço expositivo, adoptando o sistema de armazenamento visível, que

resultou da reabertura do museu no início de 2012. Nele estão expostos mais de seiscentos objectos arqueológicos, segundo princípios de ordem cronológica, de tipologia e por sítios arqueológicos de origem. Deste modo o museu conseguiu aumentar o espaço de exposição e dar a conhecer ao público a maior parte dos seus fundos armazenados, que de outra forma não teria sido possível contemplar. As exposições pertencem a diferentes períodos geológicos e períodos históricos, englobando, objectos do Terciário espanhol; Paleolítico, Neolítico e Calcolítico; a Idade do Bronze e Ferro; e das épocas Romanas e Medievais. Entre eles, encontramos fósseis de animais pré-históricos ibéricos, além de objectos do quotidiano das populações romanas, Hispano-muçulmanas e cristãs.

415 O edifício designado Helene B. Roberson Visible Storage Building era único no estado da Flórida, à data da

sua inauguração (26 de Fevereiro de 2011). A construção de um acrescento ao imóvel do Museu de 4.400 metros quadrados foi possível graças a uma generosa doação da Sra. Helene B. Roberson, daí a designação. Nesta secção do museu estão expostas importantes obras do acervo do Museu que não estavam anteriormente em exposição, segundo o formato de armazenamento visível. A Helene B. Roberson Visible Storage Building é a única instalação de arte e objectos de arte decorativa, na Flórida, incluindo uma seleção de de móveis europeus e americanos do Museu, bem como obras de arte e artefactos da Arts in the Age of Napoleon Collection, uma das mais ricas coleções históricas do período napoleónico, do Sudeste dos Estados Unidos. (THE MUSEUM OF ARTS AND SCIENCES, DAYTONA BEACH WEBSITE. Helene B. Roberson Visible Storage. [Consulta: 26.03.2015]. Http://www.moas.org/Visible%20Storage%20-%20HIDDEN.html).

416 Vd. FDR LIBRARY AND MUSEUM. The Visible Storage at The FDR Library and Museum. [Consulta:

Http://docs.fdrlibrary.marist.edu/storage.pdf

417 A galeria de armazenamento visível do Johnson Museum’s proporciona aos seus visitantes uma compreensão

mais completa do âmbito da recolha da exposição permanente do Museu. A densa instalação de mais de 1.100 objetos fornece uma oportunidade de estudar um grande número de obras de arte de perto, muitas delas