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5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

5.5 Síntese e comentários sobre os “achados” da análise

O Quadro 6 apresenta uma síntese dos aspectos observados no Tribunal de Justiça referentes às categorias de análise, bem como os traços culturais e os princípios do gerencialismo relacionados.

Na análise da categoria Organização do Trabalho foi observado que o TJBA apresenta sérios problemas de falta de recursos e desorganização, não oferecendo assim, recursos adequados para que seus servidores e juízes desenvolvam seu trabalho. Esta situação faz com que o servidor não se sinta valorizado, o que contribui para sua desmotivação. A falta de condições adequadas, também, produz um contexto, no qual imperam o improviso, a falta de responsabilização e a afetuosidade.

Nesta situação, pode-se perceber o traço aventureiro levantado por Holanda (2011), na medida em que a conduta dos servidores e do próprio TJ parece ser caracterizada por uma ética aventureira caracterizada pelo imediatismo e pela imprevidência.

O tipo ideal semeador de Holanda (2011) e a prática do plantador de coco (JUNQUILHO, 2003), também, podem ser identificados, dado que o improviso aparece como uma conduta comum. Esta conduta é oposta ao planejamento racional associado ao ladrilhador.

O uso da afetuosidade como tática de aproximação com as outras partes para resolver uma situação ou evitar um conflito, por sua vez, remete aos aspectos de cordialidade e personalismo levantados por Holanda (2011) e às práticas de boa vizinhança e controle cordial levantadas por Junquilho (2003).

Em relação aos princípios associados ao gerencialismo, como eficiência, planejamento, organização, responsabilização, desempenho etc., pode-se notar nas condições observadas na categoria Organização do Trabalho mais do que a ausência destes e sim, que a situação encontrada é a própria negação dos mesmos.

Na análise da categoria Normas e Procedimentos de Trabalho, verificou-se a falta de padrões no TJBA, o desconhecimento das normas pelos servidores e o não cumprimento destas pelos servidores, juízes e pelo próprio TJ.

Observou-se, desse modo, um contexto no qual é comum o uso do jeitinho, malandragem e dar a volta por cima como estratégias para lidar com dificuldades, muitas vezes, advindas das condições oferecidas pelo TJ. A quebra de regras do jeitinho também pode ser observada em episódios de corrupção e favorecimento. O personalismo, apontado por Holanda (2011), surge nesta situação entendido como valorização do aspecto relacional no favorecimento do compadrio e da troca de favores.

Nesta categoria, também foi possível identificar o protagonismo dos juízes nas atividades do Judiciário como sendo responsável pela situação de estamento gozada pelos mesmos, entendido no sentido proposto por Faoro (1975), e associando estes juízes a práticas patrimonialistas, patriarcais a hierarquia e a prática do manda-chuva.

Os aspetos observados no jeitinho, personalismo, estamento e patrimonialismo remetem a uma situação que se contrapõe a impessoalidade pressuposta pelo gerencialismo.

Na análise da categoria Hierarquia e Equipe de Trabalho foi possível identificar no TJ uma situação de hierarquia rígida e grande distância entre os servidores e os juízes. Esta situação pode ser associada com hierarquia, elitismo, patrimonialismo e manda-chuva.

As ambiguidades nos relacionamentos entre juízes e servidores aponta para aspectos de cordialidade e personalismo.

pois é visto como uma possibilidade de combater as práticas de faz de conta e também é associado com valores do gerencialismo como planejamento, responsabilização e desempenho.

Na categoria Crenças e Valores, observou-se uma situação de falta de comunicação entre o TJBA e os servidores e juízes. Neste contexto, os servidores parecem desconhecer a missão e a visão da organização. Os valores apontados pelos servidores estão em parte baseados no Estatuto do Servidor e a afetuosidade surge como um valor. Pode-se observar, ainda, que o servidor tem uma visão de si como servidor-herói, percebe o baiano como um brasileiro especial e tem uma visão da sociedade civil como enfraquecida.

Nesta categoria foram identificados aspectos relacionados a cordialidade, personalismo, malandragem, elitismo e dar a volta por cima.

O objetivo dessa tese foi identificar os elementos da cultura organizacional do TJBA à luz das contribuições de autores do pensamento social brasileiro. Esse objetivo traduz em algum nível o incômodo da pesquisadora com a importação acrítica de teorias no estudo da cultura organizacional do ambiente público brasileiro, teorias estas que muitas vezes desconsideram o contexto local e as particularidades das organizações públicas, o que coloca a produção acadêmica brasileira numa situação de colonialismo epistêmico (MIGNOLO, 2010). Em decorrência dessa preocupação, as ideias dos autores do pensamento social brasileiro foram, então, consideradas com maiores possibilidades ao avanço para o estudo de cultura. Isso, quer seja no sentido do objeto inserido no setor público, no caso, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, quer seja nos fundamentos teóricos para embasá-lo, devido à localidade diante do contexto.

Os autores do pensamento social brasileiro tratados nessa tese demonstraram em diversos momentos de suas obras a preocupação com entender o Brasil, com a importância de buscar caminhos coerentes com as especificidades e necessidades do contexto brasileiro. Assim, Sergio Buarque de Holanda aponta com seu homem cordial, que transborda aspectos afetivos e relacionais do ambiente doméstico para o público, para a existência de um ethos diferente da lógica da racionalidade e impessoalidade muitas vezes tratada como universal pelos estudos organizacionais. Faoro, por sua vez, aponta para a incompletude do Brasil na sua República Inacabada, incompletude essa diretamente relacionada à ausência de um pensamento político brasileiro e de um quadro cultural próprio.

Enquanto as ideias de Sergio Buarque de Holanda e de Raymundo Faoro implicitamente sugerem a necessidade de um conhecimento da realidade brasileira, Darcy Ribeiro e Celso Furtado explicitam claramente suas convicções nessa necessidade de conhecer o Brasil e na inadequação de teorias concebidas em contextos diferentes do brasileiro. Assim, Darcy Ribeiro utiliza um discurso participante e comprometido e desenvolve suas teorias do Brasil como Povo-Novo e das ilhas-Brasil, buscando responder por que o Brasil ainda não deu certo?

Brasil na geopolítica internacional de um mundo num processo de globalização crescente. Furtado (1999) afirmava, ainda, que apenas a partir do conhecimento do Brasil seria possível buscar caminhos e soluções adequados às necessidades brasileiras.

Perceberam-se em Celso Furtado (1999), sinais que podem encaminhar pesquisas futuras mais direcionadas a cultura do setor público. Dá-se pelo fato desse autor realizar uma leitura político-econômica da realidade local sem a qual o público, dificilmente, seria encontrado como espaço a ser investigado. A inclusão da política e da economia como integrantes do contexto local pode revelar a postura assumida diante de interesses, necessidades e desafios a enfrentar e que são manifestações da cultura, podendo contribuir para a esperada compreensão e renovação com a reforma do Judiciário.

A importância e a atualidade desses autores do pensamento social brasileiro são destacadas pelo fato de terem vislumbrado essas questões que só foram receber atenção da academia tempos depois. Esse ponto reforça, ainda, a perspectiva de diálogo hermenêutico

entre “clássicos” e contemporaneidade de Alexander (1999) em contraposição ao

contextualismo linguístico da Escola de Cambridge (SKINNER, 1988).

A preocupação dessa tese com a relação indissociável entre cultura organizacional e cultura brasileira está ligada a um questionamento sobre a suposta universalidade de teorias como a que serviu de base ao processo de reforma do Estado brasileiro em 1995 e está embasando a reforma do Judiciário. Pois, se existem relação e diálogo entre cultura nacional e organizacional, o modelo de reforma baseado no New Public Management não pode ser

tratado como “o único caminho”, nem os desvios na sua implantação como resistência e

atraso.

As percepções dos servidores do TJBA sobre a cultura organizacional do TJBA apontaram para problemas de compatibilidade entre o modelo gerencialista escolhido para a reforma e as características do contexto do Poder Judiciário no Brasil. Pois, valores como impessoalidade, planejamento, organização, responsabilização e desempenho, que estão na base deste modelo, não foram evidenciados entre os valores que parecem constituir a cultura organizacional do TJBA.

apenas de adequação ou não do modelo. E sim, que existem pontos de atenção, divergências e ambiguidades a serem considerados no que se refere aos aspectos culturais do modelo de reforma pretendido para o Judiciário. Assim, aspectos como planejamento, organização e responsabilização compatíveis com o gerencialismo, apesar de não terem sido percebidos pelos servidores como presentes no TJBA, são considerados positivos e desejáveis por esses mesmos servidores.

Outro importante aspecto a ser considerado em relação ao modelo de reforma é o papel da sociedade civil, visto como sendo de protagonismo por esse modelo, enquanto que o que se observa no contexto do TJBA é uma situação de enfraquecimento, na qual o cidadão é visto como vítima que precisa ser ajudada.

Ainda em relação ao modelo de reforma, Furtado alerta que a redefinição do papel do Estado, que passa a ser visto como entrave ou “trambolho” e uma certa preponderância do mercado, resultantes de processos de reforma e de globalização constituem uma nova configuração de forças, na qual não há garantias de que os parâmetros de racionalidade econômica que antes eram definidos no espaço nacional, não passem a atropelar, agora, os interesses nacionais.

A dimensão política que se vislumbra nessa situação não pode ser esquecida, conforme alertava Celso Furtado, na medida em que os interesses que servem de base para estratégias não são neutros e sim políticos e parciais, inseridos no jogo de poder da geopolítica internacional.

Nesses termos, partir do conhecimento do Brasil, conforme proposto por Darcy Ribeiro e Celso Furtado, para o desenvolvimento de caminhos e soluções parece a melhor alternativa. Assim sendo, essa tese pretendeu mostrar a grande contribuição que os autores do pensamento social brasileiro podem fornecer ao estudo de organizações do setor público, como o caso do TJBA.

O grande desafio é o “como” incorporar as contribuições desses autores do pensamento social brasileiro em áreas como a de gestão pública ou de estudos organizacionais, na medida em que esses autores não trataram diretamente do universo

Nesse sentido, os trabalhos de Freitas (1997) e Junquilho (2003) forneceram “dicas” de possíveis caminhos. Ambos debruçaram-se sobre o universo organizacional com “lentes” inspiradas em aspectos da cultura brasileira, que haviam sido previamente mapeados ou abordados por autores do pensamento social brasileiro e, a partir dessas “lentes”, buscaram identificar práticas sociais e seus efeitos no dia-a-dia das organizações. Os trabalhos desses dois autores possibilitam antever condições metodológicas para avanços que venham a considerar mais profundamente esses estudos já desenvolvidos. Assim, são indicadas possibilidades para futuras pesquisas e levantamentos que permitam uma releitura do contexto do Poder Judiciário brasileiro.

Essa tese tem a expectativa de ter contribuído de alguma forma, seja pelo potencial de sensibilização sobre a relevância e pertinência do tema ou pelo mapeamento de aspectos da cultura brasileira identificados na cultura do TJBA, ou ainda por tentar reforçar as iniciativas de Freitas (1997) e Junquilho (2003) como um possível caminho a ser desenvolvido, para uma aproximação com um desenvolvimento de uma abordagem local da cultura organizacional que seja mais adequada às necessidades e características do contexto do Poder Judiciário brasileiro.

Como sugestão de trabalhos futuros, o escopo de investigação poderia ser ampliado incluindo a análise do pensamento de outros autores do pensamento social brasileiro, como Guerreiro Ramos e Gilberto Freyre, que também abordam questões bastante pertinentes ao contexto organizacional da esfera pública. Poderiam ser desenvolvidas, também, pesquisas e levantamentos sobre o Poder Judiciário brasileiro a partir das condições metodológicas ante- vistas nos trabalhos de Freitas e Junquilho. Além de pesquisas sobre a cultura do setor público que considerem uma leitura político-econômica do contexto local, conforme sugerido por CelsoFurtado.

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