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RESPIRATÓRIO

SEIOS PARANASAIS

Os seios paranasais são cavidades aéreas, revestidas por mucosa, localizadas em torno das fossas nasais. Recebem o nome de acordo com o osso em que se localizam.

Seios frontais. Essas cavidades situam-se uma de cada lado, atrás dos arcos superciliares, entre as tábuas interna e externa do osso homônimo. São mais proeminentes e volumosos nos homens. Os seios frontais desembocam no meato médio através do ducto frontonasal.

Seios etmoidais. Em número de 3 a 18, os seios etmoidais são pequenas cavidades de paredes finas e incompletas localizadas no labirinto do osso etmoide, entre a parte superior das fossas nasais e a órbita, separados destas últimas por lâminas ósseas papiráceas, uma barreira tênue contra infecção que pode se espalhar no interior da órbita para produzir celulite orbital. Os seios etmoidais formam grupos anterior, médio e posterior, os quais desembocam nos meatos superior ou médio do nariz.

Seios esfenoidais. Dois seios esfenoidais assimétricos, um de cada lado, estão na parte súpero-posterior do nariz, dentro do corpo do osso esfenoide.

Aparelho Respiratório

Cada um se comunica com o recesso esfenoetmoidal por uma abertura na sua parede anterior.

Seios maxilares. Os dois seios maxilares, que ocupam a maior parte do corpo das maxilas, são os maiores seios paranasais. Piramidais, a base de cada um é a parede lateral da fossa nasal, com o ápice se estendendo até o processo zigomático da maxila. O teto é o assoalho da órbita. O assoalho de cada seio maxilar é o processo alveolar da maxila. Elevações cônicas correspodentes às raízes dos dentes molares ou caninos projetam-se no assoalho, que elas algu- mas vezes perfuram. O volume estimado de cada seio maxilar é de 20 ml. Cada seio se abre no meato médio por meio de duas aberturas.

Como todos os seios paranasais se comunicam com o nariz, qualquer um deles pode ser afetado por uma infecção a partir das fossas nasais. Além disso, uma infecção no seio maxilar pode surgir a partir dos dentes.

LARINGE

A laringe forma uma passagem de ar, um mecanismo esfinctérico e um órgão de fonação, desde a língua até a traqueia. A laringe projeta-se ventral- mente entre os grandes vasos do pescoço e é coberta anteriormente pela pele, fáscias e músculos depressores do osso hioide. Acima, ela se abre na hipofaringe e forma sua parede anterior; abaixo, a laringe continua na traqueia. No adulto

masculino, a laringe se situa em nível das vértebras C3 à C6.

A presença de cartilagens de forma exótica e de ligamentos vocais confe- rem à laringe uma configuração intricada e a forma mais complexa dentre os canais respiratórios.

CARTILAGENS

O arcabouço laríngeo é formado de uma série de peças cartilagíneas irregu- lares unidas por tecido fibroelástico: as cartilagens tireoide, cricoide e epiglote, ímpares, e as aritenoides, cuneiformes e corniculadas, pares.

Cartilagem tireóide. Esta é a maior cartilagem laríngea, sendo constituída de duas lâminas quadriláteras, com suas margens anteriores fundidas inferior- mente em um ângulo mediano, a proeminência laríngea ou pomo-de-adão. Esta projeção é mais distinta na sua extremidade superior. Nos homens, a proeminência laríngea maior, o maior comprimento das pregas vocais e um

resultante tom de voz mais grave estão todos associados com um ângulo tireóideo menor.

As margens posteriores da cartilagem tireoide se prolongam de cada lado como hastes delgadas, duas para cima – os cornos superiores –, e duas para baixo – os cornos inferiores.

Cartilagem cricóide. Mais espessa e mais resistente do que a cartilagem tireoide, a cartilagem cricoide tem forma de anel de sinete, daí o nome. A cartilagem cricoide forma as partes inferiores das paredes anterior e lateral e a maior parte da parede posterior da laringe. A cartilagem cricoide possui uma

lâmina posterior quadrada, e um estreito arco anterior.

Cartilagens aritenóides. Estas cartilagens se situam no dorso da laringe, onde repousam na borda superior da lâmina da cartilagem cricoide. As carti- lagens aritenoides são piramidais, apresentando três faces, uma base, dois pro- cessos e um ápice.

A face inferior da cartilagem aritenoide é a sua base. O ângulo superior é o

ápice, o qual curva-se póstero-medialmente para se articular com a cartilagem corniculada. O ângulo lateral ou processo muscular é proeminente e arredonda-

do, projeta-se lateralmente, dando inserção ao músculo cricoaritenóideo pos- terior, atrás, e ao músculo cricoaritenóideo lateral, na frente. O ângulo anteri- or, pontudo, o processo vocal, se projeta horizontalmente para frente e dá inserção ao ligamento vocal.

Cartilagens corniculadas. As cartilagens corniculadas são dois nódulos ama- relos de cartilagem elástica que se articulam com os ápices das aritenoides, prolongando-os póstero-medialmente.

Cartilagens cuneiformes. As cartilagens cuneiformes são alongadas, seme- lhantes a uma clava, uma em cada prega ariepiglótica, na frente das cartilagens corniculadas. As cartilagens cuneiformes são visíveis como elevações esbranquiçadas através da mucosa laríngea.

Epiglote. Esta cartilagem é uma lamela foliforme que se projeta obliqua- mente para cima, atrás da língua e do corpo do osso hioide, na frente da entrada da laringe.

Aparelho Respiratório

A extremidade livre da epiglote é larga e redonda, e sobe a partir de um pedículo estreito e longo, unido ao dorso da proeminência laríngea por um

ligamento tireoepiglótico elástico, logo abaixo da incisura tireóidea. Os lados

da epiglote estão inseridos nas cartilagens aritenoides por meio das pregas

ariepiglóticas.

A face anterossuperior da epiglote é livre e revestida por mucosa escamosa estratificada não-queratinizada que se reflete no dorso da língua e nos lados da faringe como uma prega glossoepiglótica mediana e duas pregas glossoepiglóticas

laterais; de cada lado da prega mediana está uma pequena depressão, a valécula.

A face antero-inferior da epiglote está atrás do osso hioide e da membrana tireóidea, ligada à margem superior do osso hioide por meio de um ligamento

hioepiglótico elástico, e separada da membrana tireóidea por gordura.

A face posterior da epiglote é lisa e côncava e revestida por mucosa respira- tória; a parte inferior dessa face forma o tubérculo epiglótico. A epiglote é escavada na sua face posterior por pequenas glândulas mucosas e perfurada por ramos do nervo laríngeo interno.

No documento Lições de anatomia: manual de esplancnologia (páginas 156-159)