12 Art 2.º/1 do Regulamento.
5.1. Tabela comparativa da incidência e montantes
Tabela 1: Tabela comparativa da incidência e montantes
Município Facto gerador Incidência Montante
Lisboa Dormida
Hóspedes com mais de 13 anos; isenção para aqueles que estejam hospedados para usufruir de serviços médicos e acompanhante e para hóspedes a usufruir de oferta
1 € por noite até um máximo de 7 euros
Lisboa Chegada por via área
Todos os passageiros excepto passageiros: em trânsito; residentes em Portugal; em relação aos quais não tenha sido emitido bilhete autónomo
1 € euro por passageiro
Lisboa Desembarque em cruzeiro de escala Todos os passageiros 1 € por passageiro Cascais Dormida Hóspedes com 13 ou mais anos; isenção para hóspedes que estejam
a usufruir de oferta
1 € por noite até ao máximo de 7 noites Santa Cruz Dormida Maiores de 18 anos; isenção para hóspedes que estejam
a usufruir de oferta
1 € por noite até ao máximo de 5 noites
Porto Dormida
Hóspedes com mais de 14 anos; isenção para aqueles que estejam hospedados para usufruir de serviços médicos e acompanhante e para hóspedes portadores de deficiência
2 € por noite até 7 noites
Fonte: Elaborada pelo Autor.
Como podemos observar, a taxa é mais elevada no Município do Porto, contudo, a adopção de três modalidades distintas de taxa em Lisboa encarece mais o turismo nesta cidade.
Quanto à incidência, os vários Municípios estão bastante próximos uns dos outros, exceptuando o caso de Lisboa que, para além da taxa de dormida, adoptou também taxas de chegada por via marítima e aérea.
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Na fundamentação económico-financeira das taxas, o Município decidiu era razoável que a taxa cobrisse 14,2% dos custos efectuados na secção de Jardins, de Limpeza urbana, de Dinamização Local e no Gabinete de Cultura e bibliotecas, sem avançar mais justificações. Considerando o disposto no art. 8.º/2/c) do RGTAL, segundo o qual a criação de uma taxa deve conter «a fundamentação económico-financeira relativa ao valor das taxas, designadamente os custos directos e indirectos, os encargos financeiros, amortizações e futuros investimentos realizados ou a realizar pela autarquia local»,13 cremos que a
fundamentação económico-financeira é manifestamente insuficiente. De facto, ao não se conseguir extrair da fundamentação económicofinanceira qualquer imputação de custos ou qualquer justificação para o valor da taxa ser aquele que se adoptou e não outro, o Município de Santa Cruz não cumpriu com o requisito legal.
4.4. Taxa Turística do Porto
A taxa turística foi introduzida no Município do Porto como forma de imputar aos turistas o custo com a pressão acrescida que trazem à cidade e evitar a degradação e excessiva ocupação. Tem como contrapartida, segundo o artigo 1.º da proposta, a melhoria e preservação ambiental da cidade, a salvaguarda do comércio tradicional, obras de melhoramento nas zonas turísticas, a prestação de apoio e informação a turistas e a criação de pólos de dinamização cultural e recreativa. (Câmara Municipal do Porto, 2017)
Quanto à incidência, o Regulamento estabelece que a taxa é devida por todos os maiores de 14 anos. O art. 4.º/2 isenta da taxa os hóspedes cuja estadia seja motivada por tratamentos médicos, a um acompanhante de hóspedes nestas situações, e ainda a todos os hóspedes portadores de um grau de incapacidade igual ou superior a 60%.
A taxa, no valor de 2 euros por noite, até ao máximo de 7 noites por hóspede, é cobrada pelos empreendimentos turísticos e estabelecimentos de alojamento local e entregue ao Município até ao último dia do mês seguinte ao da cobrança. Para compensação pelos custos de administração incorridos, o Município entregará uma comissão de cobrança de 2,5% do montante arrecadado.
O relatório de fundamentação económico-financeira separou os custos das áreas funcionais do Município onde se gera utilidade turística (Segurança, Mobilidade e Transportes, Ambiente e Qualidade de Vida e Desporto e Animação) e depois imputou-os aos turistas tendo em conta a percentagem que estes últimos representam face à população global do Município do Porto (3,34%). Deste cálculo resultou o valor de 2,52 euros por dormida, o que justifica plenamente a taxa adoptada.
13 Sobre a fundamentação económico-financeira das taxas, vide (Ferreira, 2007; Silva, 2013, pp. 148–151)
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5.
CONCLUSÃO
5.1. Tabela comparativa da incidência e montantes
Tabela 1: Tabela comparativa da incidência e montantes
Município Facto gerador Incidência Montante
Lisboa Dormida
Hóspedes com mais de 13 anos; isenção para aqueles que estejam hospedados para usufruir de serviços médicos e acompanhante e para hóspedes a usufruir de oferta
1 € por noite até um máximo de 7 euros
Lisboa Chegada por via área
Todos os passageiros excepto passageiros: em trânsito; residentes em Portugal; em relação aos quais não tenha sido emitido bilhete autónomo
1 € euro por passageiro
Lisboa Desembarque em cruzeiro de escala Todos os passageiros 1 € por passageiro Cascais Dormida Hóspedes com 13 ou mais anos; isenção para hóspedes que estejam
a usufruir de oferta
1 € por noite até ao máximo de 7 noites Santa Cruz Dormida Maiores de 18 anos; isenção para hóspedes que estejam
a usufruir de oferta
1 € por noite até ao máximo de 5 noites
Porto Dormida
Hóspedes com mais de 14 anos; isenção para aqueles que estejam hospedados para usufruir de serviços médicos e acompanhante e para hóspedes portadores de deficiência
2 € por noite até 7 noites
Fonte: Elaborada pelo Autor.
Como podemos observar, a taxa é mais elevada no Município do Porto, contudo, a adopção de três modalidades distintas de taxa em Lisboa encarece mais o turismo nesta cidade.
Quanto à incidência, os vários Municípios estão bastante próximos uns dos outros, exceptuando o caso de Lisboa que, para além da taxa de dormida, adoptou também taxas de chegada por via marítima e aérea.