• Nenhum resultado encontrado

DERMATOLOGIA

No documento Funda o onom stico (páginas 61-67)

SÍNDROME DE MELKERSSON-ROSENTHAL: RELATO DE CASO. Duarte, S.G., Simões Pires, A.M.K., Kuhl, I.C.P., Viecili, J.B., Jordão, R.A.R., Benvenuto, C. Serviço de

Dermatologia/HCPA, Departamento de Medicina Interna/

Faculdade de Medicina/UFRGS. HCPA/UFRGS.

Fundamentação: a síndrome de Melkersson-Rosenthal (SMR) é uma condição rara, de etiologia e patogênese desconhecidas, caracterizada por uma tríade de sinais, que inclui edema orofacial recorrente, língua plicata e paralisia facial intermitente, embora sejam mais freqüentes as variantes monossintomáticas. O achado essencial é o edema granulomatoso de lábios ou face.

Objetivo: apresentar uma síndrome incomum, de difícil manejo, que respondeu satisfatoriamente ao tratamento realizado.

Casuística e métodos: relato de caso de um paciente masculino, 32 anos, que compareceu à consulta em março de 2001. Apresentava edema duro no lábio superior, de surgimento súbito, indolor à palpação, e dificuldade para protrair a língua, há 7 anos. Fora submetido a tratamentos prévios, dos quais não se recordava. Referia paralisia facial há 16 anos, tratada com fisioterapia, e 'alergia' a alimentos.

O exame anátomo-patológico de fragmentos de mucosa labial mostrou infiltrado inflamatório crônico e hiperplasia epitelial.

Feito o diagnóstico de SMR, recebeu três aplicações de triancinolona injetável, a intervalos de 30 dias, no lábio superior, com resultado favorável.

Passados quatro meses, após avaliação da equipe de cirurgia plástica, foi realizada queiloplastia para reconstrução parcial do lábio superior. Dois meses após, com diminuição ainda mais importante do edema, voltou a receber aplicações mensais de corticóide intralesional, estando ainda em tratamento nos ambulatórios de Dermatologia e Cirurgia Plástica.

Resultados: o paciente vem apresentando regressão gradual e satisfatória do quadro.

Conclusões: embora a síndrome de Melkersson-Rosenthal seja de difícil manejo, mostramos aqui um caso em que os resultados foram compensatórios frente à terapia proposta, com melhora na qualidade de vida do paciente.

ASSOCIAÇÃO DE CROMOBLASTOMICOSE COM OUTRAS DOENÇAS FÚNGICAS E NEOPLÁSICAS. Guerreiro, V., Moraes, C., Almanza, A.M.G.A., Minotto, R., Scroferneker, M.L., Edelweiss, M.I.A. Unidade de Pesquisa Experimental do

Serviço de Patologia. HCPA/UFRGS.

A cromoblastomicose é uma micose profunda de localização subcutânea, caracterizada por um curso crônico, prejuízo da qualidade de vida, e caráter recalcitrante. Até o momento, apresenta difícil cura, apesar dos diversos tratamentos instituídos, notando-se recrudescência, mesmo após negativação dos estudos micológicos e de biópsias, como mostrado em publicações. Revisando-se uma série de casos, encontramos dois casos de carcinoma epidermóide surgindo em lesões de cromoblastomicose, e outros dois casos da doença, onde

identificou-se outra rara associação com paracoccidioidomicose.

A detalhada evolução destes quatro pacientes, como visto em uma revisão dos prontuários de décadas atrás, mostra-nos, não somente a raridade destas associações, como também ilustra todas as dificuldades relatadas no seu manejo, principalmente em épocas passadas.

MÉTODOS DE COLORAÇÃO PARA A QUANTIFICAÇÃO DE FIBROSE EM BIÓPSIAS DE CROMOBLASTOMICOSE.

Guerreiro, V., Moraes, C., Minotto, R., Copetti, N., Scroferneker, M.L., Edelweiss, M.I.A. Unidade de Pesquisa

Experimental do Serviço de Patologia/HCPA/UFRGS.

Introdução: a presença de fibrose dérmica, em algumas patologias, é facilmente identificada pela técnica de hematoxilina- eosina. Algumas doenças cutâneas apresentam extensa fibrose.

Na coloração usada rotineiramente em patologia (HE) torna-se difícil medir qualitativa e quantitativamente a sua expressão na derme, pois a coloração de HE cora uniformemente as fibras, não diferenciando dos tecidos de sustentação dos anexos e área perivascular. Objetivos: identificar métodos especiais de coloração em cortes cutâneos a fim de quantificar a expressividade da fibrose dérmica em cortes de dermatofibromas e em cromoblastomicose. Materiais e métodos: entre as colorações realizadas, analisamos Fast Green Safranina, Van Gienson, Azul de Toluidina, Ziehl Nielsen, Giemsa, Alcian-blue, Alcian-blue- safranina, Hematoxilina Férrica de Heideinhan, Hematoxilina- eosina, Picrossírius e Safranina em 10 casos de dermatofibromas (controles) e 10 casos de cromomicose (casos) diagnosticados no Serviço de Patologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Serviço de Dermatologia do Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre. Foi realizada uma observação semiquantitativa (em cruzes) da presença de fibrose usando-se diferentes métodos de coloração. Após vários estudos identificamos uma técnica conjugada, Safranina Fast-Green, que facilita a visualização de fibrose dérmica, podendo-se graduar a sua expressividade de forma semiquantitativa sem os custos e dificuldades de obtenção de métodos mais sofisticados como imunohistoquímica, microscopia eletrônica e outros.

MÉTODOS DE COLORAÇÃO PARA CONTAGEM DE MASTÓCITOS EM BIÓPSIAS DE CROMOBLASTOMICOSE.

Guerreiro, V., Moraes, C., Minotto, R., Copetti, N., Scroferneker, M.L., Edelweiss, M.I.A. Unidade de Pesquisa

Experimental do Serviço de Patologia/HCPA/UFRGS.

Introdução: mastócitos são células participantes dos mecanismos de inflamação aguda e crônica bem como de fenômenos imunológicos característicos que podem estar presentes em vários tecidos inclusive na pele. Sua identificação

e quantificação tornam-se algumas vezes a dificuldade primordial nas colorações de rotina de um Laboratório de Patologia.

Inicialmente, sempre é realizada a coloração de Hematoxilina- Eosina, que certamente não é a ideal para a sua visualização.

Objetivos: identificar, em cortes de dermatofibromas e de lesões de cromoblastomicose a presença de mastócitos, visando à sua contagem total.

Material e métodos: realização de técnicas especiais para sua quantificação em cortes de biópsias de 10 lesões cutâneas de Dermatofibroma(controles) e em 10 casos de Cromomicose (casos) realizadas no Serviço de Patologia do HCPA e no Serviço de Dermatologia ISMPA. Estudaram-se várias técnicas: Azul de Toluidina, Azul de Toluidina-Vermelho Congo, Ziehl Nielsen, Giemsa, Van Gienson, Alcian-blue, Alcian-Blue Safranina Hematoxilina Férrica de Heideinhan, Hematoxilina-eosina, Picrossírius, Fast Green Safranina e Safranina isoladamente ou conjugadas, comparando-as.

Resultados: após vários testes, conseguimos identificar uma associação de técnicas de coloração que facilita a rápida identificação de mastócitos para a sua quantificação. Todas as técnicas foram realizadas em material emblocado em parafina.

Trata-se da técnica Alcian-Blue-Safranina que revela mastócitos com intensa coloração avermelhada, de maneira satisfatória, facilmente visualizável, com baixos custos e disponível na maioria dos laboratórios de rotina em Patologia.

TELEDERMA - EVIDÊNCIA CIENTIFICA COMO SUPORTE PARA TELE-ATENDIMENTO. Chao, L.W., Böhm, G.M., Petry, V., Burlacenko, L., Zen, B.L., Bakos, L. Serviço de Dermatologia/

HCPA, Departamento de Medicina Interna/Faculdade de Medicina/UFRGS e Departamento de Telemedicina/Faculdade

de Medicina/USP. HCPA/UFRGS.

Introdução: a produção científica mundial está atualmente alcançando proporções que é impossível aproveitá-la de forma rápida sem o auxílio de recursos computacionais para ajudar na recuperação das informações. Hoje existem no mundo cerca de 80.000 títulos de jornais e revistas especializadas, no entanto 80% das produções científicas mais relevantes concentram-se em apenas 150 títulos.

Apesar da existência de grande produção intelectual, sua qualidade é muito heterogênea e nem sempre de relevância para a prática assistencial. A seleção de literaturas para uso na clínica deve levar em consideração a sua relevância devendo ser selecionadas por médicos especializados em cada temática.

Objetivo: desenvolvimento de recursos para integrar bases de literaturas científicas às atividades de teleatendimento dermatológico.

Método: foram desenvolvidos módulos baseados em banco de dados que permitem inclusões de referências bibliográficas com resumos e a classificação das mesmas em relação ao grau de relevância de acordo com o CID-10. Foram implementados

módulos para gerenciamento de roteiros diagnósticos e terapêuticos com vinculação às bases de referências. A seleção dos trabalhos científicos foi feita inicialmente por médicos residentes e incorporados ao sistema após análise e aprovação pelo corpo clínico do Serviço de Dermatologia do HCPA.

Resultado: foram elaborados 12 roteiros diagnósticos e terapêuticos, cada qual vinculado a 20 referências bibliográficas selecionadas a partir de revistas indexadas no Medline. As bases de literaturas científicas e os roteiros diagnósticos foram vinculados ao formulário clínico assistencial do Telederma através do CID-10.

Discussão: a disponibilização de um ambiente de teleatendimento com suporte de publicações permite integrar a atividade assistencial com a educação médica e a atualização científica continuada. Debates clínicos que utilizam evidências científicas como base de informações estimulam o raciocínio e evitam discussões baseadas apenas em experiências pessoais, o que aumenta a confiabilidade dos debates.

Conclusão: o formulário assistencial do Telederma, integrado aos módulos de literatura científica, roteiro diagnóstico e terapêutico permite implementar a atualização contínua durante as atividades de tele-assistência. Configura-se ainda como suporte educacional revisado e de fácil acesso.

AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE DERMATOMICOSE SUPERFICIAL EM UM SERVIÇO DE COLETA DE EXAMES.

Weber, M.B., Amaral, A.A., Petry, V., Fell, V.J., Barros, T.B.

Outro. Universidade Luterana do Brasil/Laboratório Senhor dos Passos.

Introdução: as dermatomicoses superficiais são doenças produzidas por fungos que se localizam preferencialmente na epiderme e/ou seus anexos. As lesões decorrem da presença do próprio fungo ou em virtude da reação de sensibilidade ao agente causal. A prevalência das dermatomicoses é determinada por:

idade, clima, umidade e contato com animais ou terra. Este trabalho objetiva avaliar a freqüência de exames micológicos positivos e a prevalência das micoses superficiais, com base nos dados coletados no período de 1 ano em um laboratório de coleta.

Material e métodos: trata-se de um estudo transversal.

Foram avaliados 709 resultados de exames micológicos realizados no período de janeiro a dezembro de 2001. As variáveis estudadas foram idade, sexo, mês em que realizou o exame, local da lesão com suspeita de dermatofitose, resultado do exame micológicos direto e cultural.

Resultados: dos 709 pacientes analisados, 70,5% eram mulheres e 29,5% eram homens. A média de idade foi de 39,8 anos com desvio-padrão de 18,36. Os meses com maior número de exames solicitados foram março, abril e agosto. Maior número de coletas foi nas unhas dos pés, (37,9%), seguida da região plantar (14%). Dos 709 exames micológicos diretos solicitados

somente 31,3% foram positivos. Dentre os exames micológicos direto positivos 63,1% eram em mulheres e 36,9% homens. Já os exames culturais foram positivos em 28,8% dos pacientes.

Nos exames culturais positivos os fungos mais frequentes foram o T.rubrum em 34,02%, a Cândida sp em 21,53% e o T.

mentagrophytes em 16,7%. Dos 67 pacientes com T. rubrum, 55,2% eram mulheres e 44,8% eram homens, sendo a localização mais freqüente nos homens a plantar e nas mulheres a unha do pé. A média de idade dos pacientes com exame cultural positivo para T. rubrum foi de 43,3 anos. Dos exames positivos para T. mentagrophytes, 61,8% eram mulheres e 38,2% homens e o local mais freqüente em ambos os sexos foi a unha do pé (35,3%). A média de idade encontrada neste grupo foi de 42,8 anos. Já nos pacientes com Malassezia furfur 70% eram mulheres e 30% homens, com localização no tronco em 75% deles e média de idade de 30 anos.

Discussão: dos 709 exames solicitados 30% foram positivos, sinalizando um número expressivo de dermatomicoses dentre as doenças dermatológicas. Dentre os exames positivos, encontramos com maior freqüência o T. rubrum, seguido da Cândida sp e do T mentagrophytes. A principal zona de localização foi as unhas dos pés, seguidas da região plantar. Foi encontrado um número muito maior de mulheres em relação aos homens, talvez por uma maior preocupação destas em relação à doença.

Conclusão: as doenças causadas por fungos são bastante expressivas em freqüência, e o número de mulheres bem acima do número de homens sinaliza para uma maior preocupação das mulheres em relação aos homens quanto a doenças que aparentemente não trazem prejuízo maior à saúde.

TELEDERMA - NÚCLEO DE TELEASSISTÊNCIA EM DERMATOLOGIA BASEADA NA INTERNET. Chao, L.W., Bakos, L., Böhm, G.M., Zampese, M.S., Dornelles, S.I.T., Kraemer, C.K., Benvenuto, C., Weber, M., Cestari, T.F. Serviço de Dermatologia

do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, UFRGS/HCPA.

Fundamentação: até o final de 2001, era comum a associação do termo telemedicina com a idéia de sistemas computacionais e de telecomunicação sofisticados. Esta realidade tem mudado com a evolução dos computadores e das infra-estruturas de telecomunicação no mundo. A telemedicina pode ser classificada em 3 grandes grupos: (1) os que envolvem telemonitoragem, teleconferência, bio-telemetria e telerobótica; (2) os formados por instituições que usam tecnologias de gerenciamento de informação, teleconferências por bandas largas, e experiências com telerobótica; (3) os que aplicam as tecnologias de larga abrangência como a Internet.

Objetivos: idealizar um modelo de teleassistência em Dermatologia baseado na Internet.

Casuística: desenvolvimento de um ambiente assistencial usando ASP (active Server Page) integrado a banco de dados

Microsoft SQL 7.0 e sistema de criptografia SSL (Secure Socket Layer) com encriptação de 128 bits. Para lançamento dos casos clínicos, foi criado um formulário clínico dermatológico-padrão e integrada a imagens digitais estáticas e dinâmicas.

Resultados: criou-se um website para envio e avaliação de casos clínicos a distância, baseado na história clínica, exame físico e imagens digitais. Foi elaborada uma lista de discussão com objetivo de armazenar as discussões clínicas, documentar a segunda opinião e o acompanhamento clínico-evolutivo.

Desenvolveram-se também relatórios estatísticos para levantamento de doenças por regiões geográficas.

http://www.saudetotal.com.br/telederma

Conclusões: a aplicação deste website permite oferecer a teleassistência para regiões distantes do País, com boa relação custo benefício. A facilidade de aprendizado neste ambiente é decorrente da padronização de navegação dos sistemas desenvolvidos. A implementação de recursos de vigilância epidemiológica e estatísticas de doenças facilita a integração da atividade assistencial como fonte de informação para estratégias de saúde pública, sendo um modelo que pode ser aplicado em campanhas de saúde.

PROJETO TELEDERMA – INTERCONSULTA DERMATOLÓGICA ATRAVÉS DA TELEMEDICINA: UMA FERRAMENTAVALIOSA PARA MÉDICOS E PACIENTES. Zampese, M.S., Weber, M.B.,

Finkler, G.F., Kruse, R.L., Ritter, A.T., Kraemer, C.K. Serviço de Dermatologia/HCPA. Serviço de Dermatologia/HCPA, Departamento de Medicina Interna/Faculdade de Medicina/

UFRGS e Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP.

Introdução: a prática dermatológica abrange basicamente o atendimento eletivo. A difusão da Internet vem favorecendo a telemedicina de baixos requisitos tecnológicos, propiciando maior interação entre médicos, permitindo consultorias dermatológicas para casos atendidos em locais distantes dos grandes centros ou onde não há disponibilidade de especialistas. Apesar de a dermatologia basear-se predominantemente nas imagens para o processo diagnóstico, é fundamental o fornecimento de dados clínicos e de exame físico estruturado para a elucidação diagnóstica.

Relato do caso: são dois casos de consultoria dermatológica solicitados, através de e-mail, por colegas dermatologistas recém- formados, atuando no interior do Rio Grande do Sul. Os casos foram selecionados para ilustrar as dificuldades diagnósticas num processo de teleatendimento.

Discussão: encontramos dificuldades no teleatendimento que são semelhantes às descritas por outros autores que utilizaram a tecnologia digital em Medicina, pois o teleatendimento necessita de abordagens diferentes das realizadas numa consulta tradicional. A literatura demonstra a existência de um alto nível de concordância diagnóstica entre avaliações presenciais e

virtuais baseadas em imagens digitais. No entanto, para a resolução de casos clínicos, a acurácia da avaliação virtual é influenciada pelos dados complementares enviados. Além da qualidade técnica das imagens das lesões, é fundamental o conhecimento da topografia das mesmas, suas características palpatórias e descritivas, além de história clínica e exame físico completos e exames subsidiários existentes. Para implementar o uso das teleconsultorias em dermatologia, faz-se necessária a criação de um formulário clínico estruturado que garanta o envio das informações mínimas para o dermatologista avaliador.

PROJETO TELEDERMA – TELEMEDICINA EM DERMATOLOGIA. Gründler, C., Viecili, J.B., Ceccon, G.G., Grock, J.A., Baltazar, A.B., Miot, H., Chao, L.W. Serviço de Dermatologia do HCPA-UFRGS/ Disciplina de Telemedicina da

Faculdade de Medicina da USP/HCPA.

Introdução: atualmente a prescrição simultânea de múltiplas drogas é uma prática comum. Isto pode levar a um aumento da toxicidade, diminuição da eficácia ou ambos, decorrentes da interação entre os fármacos. O conhecimento das propriedades interativas das drogas pode prevenir graves efeitos adversos decorrentes do uso de mais de uma medicação em um mesmo paciente. Portanto, na atividade médica diária, a disponibilidade ágil e atualizada destas informações é fundamental.

Levantamentos realizados estimaram que os custos relacionados com a morbidade e mortalidade nos EUA, relacionados ao uso de medicamentos, esteja em torno de 136 bilhões de dólares ao ano e que as reações adversas às drogas possa ser classificada numa faixa entre a quarta e a sexta maior causa de morte, em 1994, nos hospitais americanos. Outros estudos, abordando retrospectivamente a incidência de efeitos adversos a medicamentos, num período de seis meses em dois hospitais da Universidade de Harvard, mostraram que das 4.031 admissões hospitalares estudadas, foram detectados efeitos adversos em 6,5% dos casos e identificados potenciais efeitos adversos antes da administração do medicamento em 5,5%. O que chama a atenção é o fato de que, destes efeitos adversos, 28% foram considerados como passíveis de prevenção durante a fase da prescrição do medicamento.

Objetivos: aplicação de um sistema para consulta de interações medicamentosas baseado na Internet.

Métodos: foi feita a seleção dos principais medicamentos e suas respectivas interações baseadas em literaturas científicas e implementadas em banco de dados SQ com ASP.

A consulta de interações é feita a partir de seleções individuais de cada fármaco.

Resultados: estruturado um banco de dados no url: http://

www.saudeparavoce.com.br/telederma: um sistema constituído de 4000 interações medicamentosas, acessado por ordem alfabética.

O banco de dados pode ser consultado antes da prescrição.

Conclusões: o sistema torna-se importante como um instrumento de checagem das interações medicamentosas.

PROJETO TELEDERMA – TELEMEDICINA EM DERMATOLOGIA – A PARTICIPAÇÃO DO MÉDICO RESIDENTE E CURSISTA EM DERMATOLOGIA. Bakos, R.M., Cunha, V.S., Duarte, S.G., Manzoni, A.P.D.S., Rezende, R.L.,

Cestari, T.F. Serviço de Dermatologia/HCPA.

Fundamentação: o avanço das tecnologias computacionais e de telecomunicação tem propiciado o crescimento da Telemedicina nas diversas especialidades, e sobretudo na Dermatologia, uma especialidade preferencialmente visual, que se beneficia com a evolução concomitante das máquinas fotográficas digitais. A aplicação da Telemedicina na Dermatologia depende também do efetivo treinamento do médicos residentes e cursistas para esta nova dinâmica de atendimento. Pela estruturação baseada em banco de dados, modelos de teleassistência podem ser aplicados também para monitoramento da amostragem de pacientes atendidos pelos residentes e cursistas durante sua formação.

Objetivos: aplicação de um sistema para tele-atendimento dermatológico e aprimoramento do residente e cursista.

Casuística: as primeiras consultas atendidas pelos médicos residentes ou cursistas (médicos de encaminhamento) foram selecionadas para inclusão no projeto. Para cada consulta cumpriu-se a seguinte seqüência:

anamnese, exame físico, elaboração de hipóteses diagnósticas, discussão com médico orientador para avaliação presencial do caso, inserção do caso clínico e fotos digitais na página da Web e discussão posterior com os médicos responsáveis pela avaliação virtual. Além disso, foram selecionados dois “casos clínicos modelo” para exemplificação de dez doenças selecionadas e referências bibliográficas significativas.

Resultados: no período de março a agosto de 2002, foram enviados 170 casos clínicos, que constituem um banco de dados disponível no site Telederma. Este permite a análise de concordância entre as hipóteses diagnósticas elaboradas pelo médico de encaminhamento com a avaliação presencial e virtual realizadas, e com o diagnóstico definitivo.

Conclusões: o projeto Telederma nos proporciona o contato com a teleassistência. Permite o treinamento de relato de casos, registros iconográficos e discussão de hipóteses diagnósticas, com o suporte de literaturas científicas de referência, que são fundamentais na formação do médico residente e cursista em Dermatologia. Além disso, temos a nossa disposição um relatório comparativo de hipóteses diagnósticas, útil para o aprimoramento do nosso aprendizado.

PROJETO TELEDERMA - TELEMEDICINA EM DERMATOLOGIA - A PARTICIPAÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA.

Benvenuto, C., Jordão, R.A.R., Sedano, D.M., Caramori, A.P.A., De Villa D., Dornelles, S.I.T. Serviço de Dermatologia/

HCPA, Departamento de Medicina Interna/Faculdade de Medicina/UFRGS e Departamento de Telemedicina/Faculdade

de Medicina/USP. HCPA/UFRGS.

Fundamentação e objetivos: o aprendizado é dinâmico, sendo imprescindível que o estudante participe ativamente do processo de aquisição de informações para que haja um processo efetivo de assimilação de informações e conceitos. Um dos maiores desafios do profissional que se dedica ao ensino na área médica é encontrar estratégias para desenvolver no aluno o hábito de buscar a melhor resposta, da forma mais eficiente, quando confrontado com uma questão clínica.

Casuística e métodos: com base nessa idéia, o Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e a Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, iniciaram, a partir de março de 2002, uma atividade com acadêmicos de Medicina dentro do programa Telederma. Nela os acadêmicos são convidados a participar na estruturação de bases de dados de apoio à prática clínica, usando a Internet, junto com residentes, pós-graduandos e docentes.

A proposta é a geração de conteúdo para um site voltado à Teledermatologia. Foram realizadas reuniões semanais para a discussão das formas de apresentação e o conteúdo de aulas didáticas, casos clínicos ilustrativos e orientações diagnósticas e terapêuticas envolvendo diversas dermatoses.

Entre as atividades dos acadêmicos estão: busca na literatura de evidências sobre diagnóstico e tratamento das doenças em estudo, avaliação crítica supervisionada da literatura, exposições breves sobre Telemedicina e Medicina embasada em evidências, conduzidas por alunos de Pós-graduação - Mestrado. Foi dada a oportunidade para que conhecessem Medicina baseada em evidências, foram apresentados à pesquisa e suas aplicações e iniciaram a se familiarizar com a especialidade, interagindo com colegas da graduação, professores, residentes e pós-graduandos.

Resultados e conclusões: o envolvimento neste sistema de ensino teve grande aceitação e resultado bem maior do que o previsto em termos de conhecimento dermatológico, raciocínio clínico, capacitação na busca de respostas e uma boa base para a aplicação da Medicina baseada em evidências em outras áreas médicas. Em uma segunda etapa será procurado apoio pedagógico e educacional para melhor avaliar o sistema e aplicá-lo de forma mais eficaz como técnica de ensino direcionada à Dermatologia, usando ferramentas motivadoras como são a Informática e a Internet.

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO, ATITUDES E HÁBITOS EM RELAÇÃO À EXPOSIÇÃO SOLAR, PROTEÇÃO SOLAR E

CÂNCERES DA PELE EM ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO DA CIDADE DE PORTO ALEGRE - ESTUDO PILOTO. Zen, B., De Villa, D., Finkler, G., Benvenuto, C., Cestari, T.F. Serviço de Dermatologia/HCPA e Departamento de Medicina Interna/

Faculdade de Medicina/UFRGS. HCPA/UFRGS.

Fundamentação: a prevenção dos cânceres da pele e demais danos causados pela radiação UV (ultra-violeta) exige campanhas que procurem limitar o tempo de exposição solar e fontes artificiais de UV ao longo da vida. Estas campanhas devem ser adequadas ao público a que se destinam, exigindo conhecimento prévio da população-alvo.

Objetivos: apresentar os resultados do estudo-piloto sobre conhecimentos, atitudes e hábitos de adolescentes com relação à exposição solar, proteção solar e cânceres da pele.

Casuística e métodos: uma amostra por conveniência (amigos, parentes) de 50 adolescentes entre 12 e 19 anos, foi convidada por acadêmicos de medicina, participantes do Grupo de Pesquisa do Serviço de Dermatologia do HCPA, a responder o questionário. As respostas foram avaliadas para aprimoramento das questões e os resultados apresentados como tabelas de freqüências, médias e medianas.

Resultados: foram entrevistados 50 adolescentes com idades entre 15 e 19 anos. Um total de 76% (n=38) dos entrevistados apontam o câncer de pele e 22% (n=11) o envelhecimento precoce como riscos conhecidos da exposição solar. Dos entrevistados, 78% (n=39) já ouviu falar do melanoma, embora não conheçam os demais cânceres da pele. A fonte das informações foi a mídia em 78% (n=39) dos casos ou a família em 46% (n=23), seguida pela escola, 30% (n=15). Apesar deste conhecimento, cerca de 20% (n=10) nega uso de protetor solar no verão, 70% (n=35) no inverno e 62% (n=31) acham que as pessoas parecem mais saudáveis bronzeadas. A exposição solar mediana é de 4h/dia nos dias de semana e 5h/dia nos finais de semana. Em mais de 70% dos casos (n=35) essa exposição ocorre principalmente entre 10 e 15h. Entre aqueles que usam proteção solar, a idade média de início é de 10 anos. Todos os fototipos foram incluídos, sendo os tipos 2 e 3 os mais freqüentes. Cerca de 86% (n=43) negaram a realização de auto-exame da pele, sendo 22% (n=11) por desconhecimento da técnica.

Conclusão: em nossa amostra, fica claro que, apesar do conhecimento do adolescente sobre os riscos da exposição solar, essa exposição é intensa e sem o uso de proteção solar adequada.

Embora cerca de 80% tenham relatado o uso de protetor solar no verão, acreditamos que esse número seja uma superestimativa devido ao tipo de pergunta utilizada, oferecendo apenas sim ou não como resposta, sem verificar se o uso relatado era freqüente ou apenas eventual. A mídia é uma das principais fontes de informação para essa população, demonstrando a importância de uma abordagem séria a esse respeito nos meios de comunicação.

No documento Funda o onom stico (páginas 61-67)