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ENFERMAGEM

No documento Funda o onom stico (páginas 72-89)

ESTRESSE DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA SALA DE CIRURGIA: UM ESTUDO DE CASO. Caregnato, R.C.A.,

Lautert, L. HCPA/UFRGS.

A sala de cirurgia faz parte do Bloco Cirúrgico, área crítica do hospital no qual o objeto de trabalho é a vida humana. Os profissionais deste setor estão submetidos à alta densidade tecnológica, regras organizacionais, enfrentando situações de risco e lidando com a vida e a morte, gerando um ambiente estressante. Neste ambiente complexo, escolhi a equipe multiprofissional de um hospital universitário de grande porte para realizar um estudo de caso, tendo como objetivos identificar estressores comuns e diferenciados, bem como conhecer respostas e manejos individuais e coletivos dos profissionais que atuam neste setor. Os dados foram coletados através de

entrevistas e observação participante com trinta e dois sujeitos, sendo oito cirurgiões, oito anestesistas, oito enfermeiras e oito técnicos de enfermagem. As entrevistas transcritas foram submetidas à análise de conteúdo, emergindo seis categorias:

vivências significativas do estresse; situações que geram estresse;

comportamento individual na sala de cirurgia; manejo do estresse; responsabilidades e comprometimentos; e manifestações comportamentais. Da observação realizada durante a cirurgia, surgiram quatro categorias referentes aos comportamentos e situações: inerentes à profissão; negativos;

positivos; e descontração. Embora intercorrências com pacientes, como a morte, gerem vivências marcantes, o paciente foi considerado o menor gerador de estresse nos profissionais. As relações interpessoais, o ambiente, o ato cirúrgico, materiais e equipamentos inadequados, comportamento do cirurgião, incertezas e as condições do paciente, são responsáveis pelas situações de estresse, porém os estressores mais freqüentes e significativos foram as relações interpessoais. Para o enfrentamento das situações de estresse os profissionais utilizam o manejo centrado no problema, centrado na emoção, manobras de alívio e desenvolvimento das relações sociais. Verifiquei que os comportamentos dos diferentes profissionais da equipe em situações de estresse são semelhantes, e que os indivíduos classificados no grupo A, devido ao fato de apresentarem urgência no tempo, competitividade, devoção para trabalhar, ira e hostilidade apresentam comportamentos mais agressivos que os pertencentes ao grupo B, que são mais conciliadores e calmos.

PERFIL DOS IDOSOS EGRESSOS DAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE: SUBSÍDIOS PARA O CUIDADO DOMICILIAR. Riboldi,

C.O., Silva, C.R., Paz, A.A., Santos, B.R.L. Escola de Enfermagem da UFRGS/EEUFRGS. HCPA/UFRGS.

Fundamentação: atualmente, o padrão demográfico brasileiro está caracterizado por um aumento da população idosa. Frente a isto, a sociedade ainda não oferece aos idosos condições para a manutenção de sua independência dificultando assim sua adaptação e convivência. (Duarte, 1994; Gonçalves et al, 1996).

Este cenário exige o aprimoramento das políticas públicas e aponta para a necessidade da sociedade brasileira adequar-se a um contexto marcado por uma população envelhecida. Para que o atendimento das necessidades do idoso torne-se eficaz, Rodrigues (1983) afirma que a adequação de recursos na área da saúde é fundamental, com abrangência de competência, tanto no que se refere ao processo de envelhecimento, quanto à assistência integral à pessoa.

Objetivos: assim, este trabalho tem o objetivo de identificar o perfil dos idosos egressos das unidades de internação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de fevereiro de 2000 a janeiro de 2001.

Casuística: o estudo é de cunho exploratório descritivo, contemplando uma abordagem quantitativa. A população é constituída por idosos com idade igual e/ou superior a 60 anos.

A amostra foi calculada através do volume de internações hospitalares do período, totalizando 442 pacientes. A coleta de dados foi realizada através da análise de prontuários, com instrumento semi-estruturado, contemplando as dimensões demográfica, social e comportamental. Para análise de dados quantitativos, foi utilizado o software Epi Info 6.0.

Resultados: foi realizada uma análise parcial de 94 prontuários que demonstrou paridade entre os sexos (50%) e média de idade de 72 anos. 53% dos idosos são de Porto Alegre;

65% são aposentados; 62% são casados. 22% residem com os cônjuges e 24% voltaram a residir com os filhos. O índice de massa corpórea demonstrou 28% dos idosos com sobrepeso e 13% obesidade. O sedentarismo apresenta uma taxa elevada de 52,1%. 19% são fumantes há mais de 40 anos e 18%

fumaram no passado. A análise dos dados está em fase de conclusão.

Conclusões: concluiu-se que para a implementação de programas de caráter interdisciplinar e interinstitucional de cuidado de enfermagem domiciliar e para a melhoria da assistência prestada é necessário conhecer a população com a qual se quer trabalhar, levando em conta suas particularidades de acordo com o ciclo vital.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO ÁCIDO PERACÉTICO COMPARADO COM GLUTARALDEÍDO. Altmann, A.R., Olguins, J.S., Tavares, S.L., Caregnato, R.C.A. Ulbra/Outro.

Uma preocupação muito difundida em todo âmbito da assistência à saúde é o controle e a prevenção das infecções hospitalares, assim como a desinfecção e esterilização dos materiais realizadas nos artigos críticos e semicríticos, utilizados nos hospitais e serviços de saúde. A maioria das instituições hospitalares atualmente utiliza o Glutaraldeído a 2% em solução aquosa para o processo de esterilização e desinfecção de instrumentais e materiais específicos, sendo que poucos hospitais tiveram a possibilidade de testar o Ácido Peracético, lançado no mercado para o mesmo fim. Resolvemos então, motivadas pela disciplina de controle e prevenção do curso de Pós-Graduação em Enfermagem da ULBRA, realizar uma pesquisa bibliográfica comparativa entre os dois produtos, para apontar as vantagens e desvantagens dos mesmos. Objetivo geral: realizar um estudo bibliográfico comparativo entre Glutaraldeído e Ácido Peracético.

Objetivos Específicos: pesquisar e relacionar dados sobre Glutaraldeído e Ácido Peracético. Relatar dados pesquisados.

Metodologia: estudo bibliográfico comparativo.

Desenvolvimento: o Glutaraldeído a 2% em solução aquosa e o Ácido Peracético são considerados desinfetantes de alto nível, muito utilizados para tratamento de materiais

termossensíveis, principalmente dispositivos de assistência ventilatória e endoscópia em geral. Glutaraldeído 2%: 20-30 minutos para desinfecção; 10 horas de esterilização; validade de 14-28 dias; não biodegradável; ativo em presença de matéria orgânica; ativo contra vírus, micobactéria, esporos; compatível com instrumentos como lentes, metal, borracha. Desvantagens:

instável (vida útil de 2 semanas a 28 dias; algumas preparações podem causar queimaduras químicas na pele e mucosas; pode haver contaminação durante os processos de secagem e embalagem. Ácido Peracético: 10 minutos para desinfecção; 1 hora esterilização; validade 30 dias; biodegradável; ativo em presença de matéria orgânica; ativo contra vírus, micobactéria, bactérias, esporos e fungos; compatível com lentes endoscópias metal, borracha, plástico; esporicida a baixa temperatura.

Desvantagens: instável (vida útil 2 semanas-30 dias) quando diluído; corrosivo e altamente oxidante; baixa toxidade; dispendioso;

odor forte (vinagrado); não consta na portaria 2616; aguardar 30 minutos para uso, após adicionar o inibidor de corrosão.

Considerações finais: com esta revisão bibliográfica comparativa, percebemos que ambos os produtos têm suas vantagens e desvantagens e que a escolha na compra e utilização do produto vai depender da preferência, necessidade e realidade de cada instituição.

Referências bibliograficas: BOLICK, D. et al. Segurança e controle de infecção. Tradução de: Safety and Infection Control.

Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso editores, 2000.

CAREGNATO, R.C.A. et al. Controle e prevenção da infecção.

Canoas: ULBRA, 2001, 84p (Caderno Universitário; 020).

FERNANDES, A.T, FERNANDES M. V, RIBEIRO FILHO, N.

Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São Paulo:

Atheu, 2001. OLIVEIRA, A.C et al. Infecções hospitalares - abordagem, prevenção e controle. Rio de Janeiro: Medsi, 1998.

VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO A VAPOR COM BAIXA TEMPERATURA E FORMALDEÍDO. Vedoin, J.,

Caregnato, R.C. ULBRA. Outro.

Por muito tempo usou-se como único método para esterilização de materiais termossensíveis o óxido de etileno, processo demorado e de custo elevado. Nos últimos anos surgiram novas tecnologias permitindo esterilizar estes materiais;

entre outras, se inclui a esterilização a vapor a baixa temperatura com formaldeído (VBTF). Este método seguro e eficaz é usado em muitos hospitais na Europa para esterilizar uma grande variedade de artigos termossensíveis médicos hospitalares, os quais seriam danificados com esterilização por meio de calor seco ou vapor saturado. O processo é realizado em autoclaves, através de formaldeído gasoso com vapor saturado. O Hospital Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre adquiriu uma autoclave de VBTF para uso do serviço de esterilização com a finalidade de substituir, paulatinamente, o óxido de etileno

e agilizar a entrega dos materiais termossensíveis esterilizados.

Trabalhando neste serviço, senti a necessidade de aprofundar meus conhecimentos sobre esse tipo de esterilização, por ser um processo novo na instituição bem como no RS, e definir com clareza a validação do tempo de esterilização do material esterilizado por este método. A verificação do correto funcionamento da esterilização a VBTF se faz mediante o uso de indicadores biológicos e químicos, como nas esterilizações a vapor. Validação é o conjunto de medidas que testa determinado processo confirmando o que ele se propõe a fazer.

Objetivos: validar o processo de esterilização de materiais termossensíveis com VBTF e validar o tempo de manutenção dos pacotes esterilizados com VBTF. O ciclo consiste na evacuação do ar seguida por um número de pulsos nos quais o vapor, a uma temperatura de 50° e 60°C, junto com o formaldeído, são introduzidos na câmera interna da autoclave.

Esses pulsos são seguidos por uma fase de manutenção da esterilização, durante a qual o formaldeído se difunde através da carga. Após há remoção do gás e o estágio de secagem. O gás é removido da câmara da autoclave através de repetidas evacuações e jatos de vapor ou ar. A solução de formaldeído a 2% é acondicionada em bolsas de 2,75 l com capacidade para dois ciclos cada bolsa. Na autoclave de VBTF são usadas as mesmas embalagens para esterilização a vapor de água, ou seja, de papel grau cirúrgico. A validação de uma autoclave de VBTF inclui testes físicos, como a leitura dos mostradores de temperatura, pressão e tempo das etapas dos ciclos programados, além de testes microbiológicos (indicadores biológicos simulando as condições reais de inativação de esporos).

Utiliza-se bacillus stearothermophillus para autoclave de formaldeído 2% e também controles químicos (fitas que mudam de coloração após processo de esterilização).

Material e método: este trabalho trata-se de uma pesquisa experimental realizada no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre entre novembro de 2001 e junho de 2002. No processo de validação da esterilização proposto por este trabalho usou-se como material-teste parafusos, que foram lavados, secos e empacotados conforme rotina e submetidos à esterilização de VBTF. Após, o material teste foi armazenado em oito locais diferentes, pré-determinados pelos pesquisadores, selecionados levando-se em consideração as condições usuais de armazenamento dos demais materiais submetidos a este processo. Semanalmente foram retirados de cada local alguns exemplares de material teste e enviados ao laboratório de microbiologia para a realização de testes microbiológicos, os quais indicaram as condições de esterilização do material teste.

Cada local possuía material teste suficiente para acompanhamento durante um ano. Neste período o material teste não foi submetido ao processo de re-esterilização.

Semanalmente foram encaminhados ao laboratório de microbiologia 16 parafusos testes, sendo 2 parafusos de cada local diferente.

Resultados: no período pesquisado foram todos negativos, perfazendo um período de 180 dias. Comprovou-se que os materiais continuam estéreis até o momento do teste e que neste período o local de armazenamento não interferiu nos resultados.

Conclusão: os materiais esterilizados pelo processo de VBTF mantiveram-se estéreis no período de monitorização de 180 dias.

FATORES RELEVANTES RELACIONADOS À PERIODICIDADE DA TROCA DE CIRCUITOS DE VENTILADORES MECÂNICOS.

Ferreira, C.V., Varnier, F., Vieira, J., Gonçalves, M.T.S., Nonemacher, R.P., Caregnato, R.C.A. ULBRA. Outro.

A ventilação mecânica é a aplicação de uma máquina que substitui, total ou parcialmente, a atividade ventilatória de um paciente grave. Por ser um tratamento invasivo, a ventilação mecânica pode trazer complicações respiratórias ao paciente. A maioria dos profissionais da saúde acredita que a periodicidade na troca dos circuitos de respiradores, em uso contínuo, tem importância na prevenção da infecção respiratória. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) exerce papel importante, pois ele é o responsável em estabelecer a rotina de troca de circuitos para a prevenção de infecção.

Objetivo geral: conhecer as rotinas de troca dos circuitos de ventiladores mecânicos de três instituições hospitalares de Caxias do Sul.

Específicos: apresentar os fatores relevantes para a troca de circuitos dos respiradores estabelecidos por três instituições;

identificar as diferenças existentes quanto às trocas dos circuitos de ventiladores entre as instituições; traçar um paralelo comparativo entre as rotinas de trocas dos circuitos dos respiradores existentes nos hospitais pesquisados; confrontar os dados levantados com a literatura.

Metodologia: este é um estudo exploratório descritivo. Para a coleta de dados foi entregue um instrumento com duas perguntas abertas aos Serviços de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) de três instituições hospitalares de Caxias do Sul, escolhidas de forma intencional, no mês de março de 2002.

Os dados apresentados estão de acordo com o termo de consentimento assinado pela enfermeira do SCIH de cada instituição.

Resultados: a periodicidade da troca dos circuitos de ventiladores mecânicos depende dos fatores relevantes considerados pelos SCIH de cada instituição. A troca no hospital A é feita após 168 horas de uso, no B 72h, e no C após 48h. Os fatores relevantes argumentados pelas instituições foram: no A, evitar o acúmulo de umidade nas vias dos circuitos e diminuir o risco de colonização; no B, argumentaram que o CDC recomenda trocas diárias, mas há estudos comprovando que uma maior manipulação (trocas) aumenta o risco de pneumonia no paciente; e no C, alegaram que esse prazo foi definido para

diminuir os riscos de infecções de nível respiratório e evitar o acúmulo de secreções nos circuitos. Conforme Cintra et al (2001), estudos mostraram que a troca semanal não acarreta aumento na incidência de pneumonia relacionada à ventilação mecânica.

Provavelmente o hospital A optou pela troca conforme indicam estes autores. Richtmann e Galvão (2001) recomendam não trocar os circuitos respiratórios com intervalos inferiores a 48 horas, nem os tubos e válvulas expiratórias com umidificador acoplado. Observamos que o hospital B segue esta linha. Barreto et al (2001) indicam evitar trocar os circuitos e componentes respiratórios com freqüência superior a 48 horas; o hospital C está de acordo com esta recomendação.

Conclusões: os resultados obtidos com a realização da coleta de dados sobre a troca de circuito de respiradores nas instituições pesquisadas demonstram um tempo mínimo de 48 horas e um indicador máximo de 168 horas. O CDC não recomenda a troca do circuito de respirador. Sendo assim, percebe-se que tanto as instituições analisadas quanto as bibliografias consultadas, mesmo com suas divergências, não seguem a recomendação do CDC. As rotinas da troca de circuitos de ventiladores mecânicos, bem como os fatores relevantes considerados pelas três instituições hospitalares foram identificados.

Referências bibliográficas: MENA BARRETO, S.S.; VIEIRA, S.R.R.; PINHEIRO, C.T. dos S. Rotinas em terapia intensiva. 3.

ed. Porto Alegre: ArtMed Editora, 2001. RICHTMANN, R.;

GALVÃO, L.L. Prevenção de infecções em UTI. Parte 1.

Barcelona: Per Manyer Publications, 2001. CINTRA, E.A.;

NISHIDE, V.M.; NUNES, W.A. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. São Paulo: Atheneu, 2001.

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO DE INSTRUMENTAIS EM SERVIÇOS DE SAÚDE AMBULATORIAIS. Alvarez, A.G., Alves,

K.M., Molon, N.R., Caregnato, R.C.A. ULBRA. Outro.

Frente aos variados métodos de esterilização de materiais empregados nos estabelecimentos de saúde que prestam serviços ambulatoriais à população e à disponibilidade de novos equipamentos no mercado, decidimos realizar este estudo, tendo como finalidade provocar uma discussão e reflexão sobre os métodos de esterilização empregados atualmente, conhecendo duas realidades diferentes e comparando-as com a literatura consultada, permitindo uma possível adequação de seus processos de esterilização com a finalidade de prevenir e controlar as infecções nestes locais.

Objetivos: comparar os métodos de esterilização de instrumentais entre duas instituições ambulatoriais de Porto Alegre e região metropolitana; buscar embasamento teórico em literatura atualizada sobre métodos de esterilização indicados para instituições ambulatoriais; discutir sobre processos de esterilização adequados e inadequados para controle de infecções, utilizados nas instituições ambulatoriais.

Metodologia: este trabalho constitui-se de um estudo descritivo entre duas realidades: o Centro de Material e Esterilização (CME) de uma clínica de pequeno porte em Porto Alegre e o CME de uma Unidade de Saúde Pública (US) da região metropolitana, acompanhado de revisão da literatura sobre o assunto.

Autoclaves rápidas x autoclaves flash: entre os profissionais enfermeiros há dúvidas quanto a diferença entre as autoclaves rápidas (fig. 01) e autoclaves flash (fig. 02), sendo freqüentemente confundidas, inclusive devido à falta de conhecimentos dos próprios vendedores dos produtos. A diferença consiste em que a autoclave rápida tem sistema de retirada do ar de dentro da câmera interna de forma gravitacional e a autoclave flash por alto vácuo (bomba de vácuo). As autoclaves flash são pouco usadas no Brasil. Analisando os métodos mais utilizados nas duas instituições pesquisadas, apresentamos a autoclave rápida e a estufa.

Autoclave rápida (vapor saturado): temperatura 121ºC/

135ºC, tempo do ciclo 10 até 20 min para uso imediato (abortado ciclo de secagem) 1 hora com secagem e invólucro papel grau cirúrgico. Estufa (calor seco): 160oC/170oC por 2h usar para invólucros papel alumínio, caixas metálicas e vidros refratários.

Vantagens x desvantagens: a autoclave rápida é de fácil e rápida penetração do calor distribuindo-se de forma homogênea, facilidade no controle da esterilização, ciclo curto, fácil manuseio, material de corte perde mais rápido o fio e alto custo; estufa não forma ferrugem nos materiais, esteriliza pós e óleos, material de corte perde o fio mais lentamente, penetração do calor é difícil, lenta e distribui-se de forma heterogênea, processo demorado - aparelho demora a aquecer e resfriar, ciclo de esterilização longo, dificuldade no controle da esterilização.

Considerações finais: analisando as vantagens e desvantagens dos métodos de esterilização apresentados, podemos concluir que a esterilização de instrumentais por calor seco utilizado na US não é o melhor método, pois não permite um eficiente controle das esterilizações e utilização correta de embalagens, necessitando muito tempo para realização dos ciclos. O uso de vapor saturado para esterilização, mais especificamente das autoclaves rápidas, é o melhor método de processamento de instrumentais em ambulatórios, pois possibilita um meio seguro no controle da esterilização, sendo um método rápido e seguro para prevenção das infecções. Frente ao estudo, percebemos que a alternativa de esterilização através de autoclaves rápidas poderá, num futuro próximo, substituir o uso de estufas em ambulatórios, trazendo maior segurança e rapidez no processo de esterilização.

Referências bibliográficas: BRASIL. Ministério da Saúde.

Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar. Processamento de artigos e superfícies em estabelecimentos de saúde. 2. ed.

Brasília, DF, 1994. CRUZ, M.J.R. de la; LOPÉZ, M.A. Centro cirúrgico - guias práticos de enfermagem. Rio de janeiro:

McGraw-Hill, 1998. CERARETI, I.U.R.; RODRIGUES, A.L.i; SILVA, M.D'Á.A. Enfermagem na unidade de centro cirúrgico. Ed. E.P.U.

MEEKER, M.H.; ROTHROCK, J.C. Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HIDATIDOSE HEPÁTICA. Folharini, G.R., Goes, M.G.

Faculdade de Enfermagem/PUCRS.

Fundamentação: a hidatidose é uma zoonose pouco difundida, a população em geral e os profissionais da saúde desconhecem esta patologia, este fato faz com que seja necessário ampliar os conhecimentos destes profissionais, para que a população seja orientada de forma adequada e a assistência do cuidado em enfermagem seja de melhor qualidade. Assim, este trabalho está embasado em um estudo de caso envolvendo a paciente L.V.F, portadora de hidatidose hepática.

Objetivos: oportunizar a aplicação do processo de enfermagem como instrumento do cuidado humano, aprofundar conhecimentos teóricos relacionados ao tema, identificar os diagnósticos de enfermagem relacionados ao paciente, realizar um plano de cuidados de enfermagem.

Metodologia: trata-se de um estudo exploratório descritivo, a coleta de dados foi realizada através da análise do prontuário, entrevista e exame físico, os dados foram analisados a fim de identificar diagnósticos de enfermagem e um plano de cuidados.

Apresentação e análise dos dados: através da entrevista e do exame físico foram obtidos 3 diagnósticos de enfermagem, sendo aplicadas intervenções de enfermagem para os mesmos.

Considerações finais: pode-se perceber o quanto é importante humanizar as ações de enfermagem de forma a implementar o processo de enfermagem de uma forma ampla contemplando assim as necessidades dos pacientes.

REFLEXÃO: TROCAR OU NÃO O CATETER VENOSO PERIFÉRICO E SONDA VESICAL DE DEMORA NA ADMISSÃO

DO PACIENTE NA CTI? Paz, B.R., Silva, K., Weber, M.K., Caregnato, R.C.A. ULBRA. Outro.

Na práxis diária da enfermagem em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), seguimos a rotina de troca do cateter venoso periférico (CVP) e sonda vesical de demora (SVD) na admissão de paciente de origem externa. Motivados pela disciplina de Controle e Prevenção da Infecção do curso de Pós-Graduação em Enfermagem da ULBRA, escolhemos este tema para realizar o trabalho. A cateterização intravenosa e vesical são procedimentos invasivos executados mais freqüentemente. É essencial que todos os profissionais da saúde estejam conscientes dos perigos de infecção e das medidas que podem ser tomadas

para evitá-la. Desejamos fundamentar estas técnicas realizadas, a fim de comprovar a real necessidade ou não de tais procedimentos adotados para prevenir e controlar o índice de infecção hospitalar. Nos questionamos se há necessidade de submeter o paciente a novos procedimentos invasivos, para prevenir uma possível infecção.

Objetivos: verificar a necessidade de trocar o cateter venoso periférico e a sonda vesical de demora, nos pacientes admitidos na UTI; fundamentar, embasadas em estudos bibliográficos, a necessidade de trocar o CVP e SVD para controle e prevenção da infecção hospitalar.

Metodologia: este estudo caracteriza-se por ser um estudo de revisão bibliográfica comparativo com a realidade vivenciada.

A população trata-se dos pacientes críticos internados em UTI, provenientes de outros hospitais com acesso venoso periférico e/ou sonda vesical de demora.

Desenvolvimento: através deste estudo realizado, identificamos alguns fatores que são de extrema importância a serem citados e que fundamentam a nossa pesquisa.Os cateteres venosos periféricos são os dispositivos intravasculares mais utilizados nos hospitais. Segundo Fernandes (2000), as complicações existentes durante o uso de cateteres periféricos são a flebite, a infecção ou a bacteremia associada ao cateter.

Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento das flebites parecem ser a duração da cateterização, a habilidade do profissional de saúde, a localização (ponto de inserção) e o cuidado com o cateter em si. Quanto à técnica de punção, o mesmo autor cita a importância do preparo da pele antes da inserção, recomenda que seja feito com cuidado, que a escolha do anti-séptico seja de largo espectro e que tenha pelo menos 30 segundos para secagem antes da punção; pois o sistema vascular constitui um dos acessos mais importantes, por se tratar de um acesso direto à corrente sanguínea, podendo levar pacientes a sepse ou causar a disseminação hematogênica a outros sítios no organismo. O motivo que recomenda a troca de cateter venoso, é assim que possível e quando o paciente esteja estável, num prazo máximo de 24 horas após a inserção, é quando o acesso disponível foi estabelecido numa situação de emergência onde a técnica asséptica possa não ter sido realizada corretamente. A padronização de troca a cada 48-72 horas no caso deste estudo, na admissão de pacientes com origem externa, é indicada pelo CDC. Um CVP deve ser removido aos primeiros sinais de uma potencial infecção. De acordo com Fernandes (2000) a infecção do trato urinário é a forma de infecção hospitalar mais comum e está associada, na maioria dos casos, às cateterizações vesicais prolongadas. O mesmo autor cita como medidas desnecessárias quanto à prevenção da infecção urinária: a troca rotineira da sonda vesical, o uso de agentes anti-sépticos locais, a irrigação da bexiga com antibióticos.Também, segundo recomendações do CDC é desnecessário a troca de sondas vesicais de demora. Fernandes (2000) cita como principais medidas preventivas: a indicação

precisa e utilização do dispositivo pelo menor tempo possível;

educação e treinamento a equipe multidisciplinar; rigor na inserção asséptica do cateter vesical e uso de coletores de sistema de drenagem fechados, não havendo nunca a desconexão deste sistema.

Considerações finais: os doentes internados que sofrem procedimentos invasivos são mais suscetíveis de adquirir infecção nosocomial. Existem várias complicações sistêmicas potenciais oriundas da terapêutica intravenosa e do cateterismo vesical, muitas das quais se podem tornar fatais. Segundo critérios indicados pelo CDC, troca-se cateteres venosos periféricos e evita- se a troca de sondas vesicais, reduzindo sua permanência para um curto período. Através deste estudo, concluímos que a rotina adotada pelo hospital referenciado, com relação à troca do cateter venoso periférico está de acordo com o CDC. Em contra- partida, é desnecessário a troca da SVD, que por rotina é realizada na internação do paciente de origem externa e/ou a cada 15 dias quando o paciente permanece hospitalizado por um longo período.

Referências bibliográficas: FERNANDES, A.T. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São Paulo:

Atheneu, 2000. NURSING. Revista Técnica de Enfermagem. N.

5 outubro de 1998.

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PACIENTES SOBRE A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, O AUTO-CUIDADO E, A QUALIDADE DOS CUIDADOS PRESTADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO BRASIL. Ruschel, K.B., Aliti, G., Marona D.S., Domingues, F.B., Goldraich, L., Rabelo, E.R. Serviço de Enfermagem em Terapia Intensiva e Serviço de Cardiologia.

HCPA.

Fundamentação: vários estudos na literatura sobre Insuficiência Cardíaca (ICC) têm demonstrado um limitado conhecimento por parte dos pacientes sobre a doença e o auto- cuidado, levando desta forma a baixa aderência ao tratamento.

Isto por sua vez implica em elevadas taxas de re-admissões hospitalares.

Objetivos: avaliar o conhecimento dos pacientes com ICC sobre a doença, auto-cuidado e a qualidade dos cuidados em um Hospital Universitário no Brasil.

Casuística: foram entrevistados pacientes com ICC na unidade de internação utilizando-se um questionário estruturado.

Resultados: 14 (53% 155 pacientes, com idade de 65 feminino). Destes, 59 (38%) tinham sido admitidos pelo menos uma vez no último ano por ICC e 40 (25%) duas. Sobre a restrição de líquidos e sal, 88 (56%) e 30 (19%) respectivamente nunca haviam sido informados sobre estes cuidados. A maioria dos pacientes 103 (66%) desconhecia a importância do controle regular do peso. Sobre as medicações que fazem uso regularmente 66 (42%) não sabiam informar o nome ou a dose

No documento Funda o onom stico (páginas 72-89)