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FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL

No documento Funda o onom stico (páginas 138-143)

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA ASSOCIADA A PRESSÃO EXPIRATÓRIA POSITIVA (PEP) COM ACOMPANHAMENTO

AMBULATORIAL EM ATELECTASIAS COMPLETAS DE LOBO MÉDIO E LOBO INFERIOR ESQUERDO DE DIFÍCIL RESOLUÇÃO: RELATO DE UM CASO. Lemos, A.T., Ruzzante,

D.M., Fischer, G.B., Vianna, C.L.V., Jaeger, J., Loth, V.T.

Outro.

A atelectasia ocasiona perda de volume pulmonar decorrente de oclusão das vias aéreas com conseqüente absorção do ar aprisionado. Desse modo, a recuperação da função pulmonar é obtida através da reexpansão da área acometida. A fisioterapia respiratória convencional associada à PEP tem demonstrado resultados bastante positivos. O atendimento ambulatorial visa a promover uma maior adesão dos familiares ao tratamento e minimizar o período de internação, diminuindo o risco de novas infecções e reinternações.

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia das manobras fisioterapêuticas associadas a PEP e ao tratamento fisioterapêutico domiciliar através de orientação ambulatorial dos pais em um caso de atelectasia completa de lobo inferior esquerdo (LIE) e lobo médio (LM) que apresentava difícil resolução.

O estudo foi observacional, experimental, em forma de relato de caso. Criança, do sexo feminino, 7 anos de idade, com pneumopatia crônica, que apresentava colapso total em LIE e LM já diagnosticada há um ano, com áreas associadas de bronquiectasias. Foi submetida a tratamento medicamentoso, fibrobroncoscopia e fisioterapia convencional (manobras de higiene brônquica, manobras reexpansivas, direcionamento de fluxo, "huffing" e tosse), associado à PEP por selo d'água, com pressão de 10 cmH2O.

Após uma semana de tratamento domiciliar com as técnicas de fisioterapia respiratória, houve reexpansao total das regiões acometidas, comprovada através de RX de tórax controle.

Nesse caso, verificou-se que a fisioterapia respiratória convencional associada à PEP e mantida em domicilio sob orientação ambulatorial, demonstrou ser uma alternativa eficaz para reexpansão pulmonar em atelectasias lobares totais crônicas.

IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO DOS FAMILIARES PARA ADESÃO AO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO APÓS ALTA

A HOSPITALAR: RELATO DE UM CASO. Martins, B.C., Ruzzante, D.M., Lemos, A.T., Vianna, C.L.V., Fischer, G.B., Jaeger, J. Outro. Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista -

Faculdade de Ciências da Saúde / Serviço de Fisioterapia, Hospital da Criança Santo Antônio, Porto Alegre/RS.

A atelectasia ocorre quando uma via aérea é ocluída e o ar é aprisionado nas unidades pulmonares e absorvido pela perfusão sangüínea. Os "plugs" de muco nas vias aéreas são os principais fatores de formação de atelectasias em pacientes

hipersecretores. Neste caso, o tratamento básico terá como principal intuito a reexpansão da área acometida, assim como a eliminação dos fatores causais do colapso (tampões de muco).

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia da fisioterapia respiratória domiciliar a partir da orientação dos pais a nível ambulatorial em um caso de atelectasia em lobo médio e foco de consolidação.

Relata-se o caso de V.L.P., sexo masculino, cinco anos, com asma intermitente e diagnóstico de pneumonia bacteriana e foco de consolidação associado à área de atelectasia total em lobo médio, sendo submetido a tratamento medicamentoso e fisioterapia respiratória convencional (manobras de higiene brônquica, manobras reexpansivas, estímulo de tosse, aspiração de vias aéreas e drenagem postural) e pressão expiratória positiva de 10 cmH2O por coluna d'água.

Após três dias do inicio da fisioterapia respiratória, o paciente teve alta hospitalar com reexpansão parcial do colapso e resolução do foco de consolidação, comprovada através de RX de tórax controle. Os pais foram orientados a realizar a fisioterapia domiciliar com controle ambulatorial, o que levou à reexpansão total do colapso após quinze dias de tratamento.

Verificou-se que a fisioterapia respiratória pode ser eficaz como um recurso para a reexpansão pulmonar em atelectasia, em pacientes pediátricos e que sua continuidade domiciliar é um complemento importante para o resultado favorável do tratamento.

PERFIL DOS PACIENTES ENCAMINHADOS AO AMBULATÓRIO DE FISIOTERAPIA COM ORIENTAÇÃO DOMICILIAR CONTINUADA. Martins, B.C., Lemos, A.T., Lopes, P.P., Silva, R.S., Bonmann, C., Jaeger, J., Ruzzante, D.M., Dias, A.S. Serviço de Pneumologia - HCSA e Serviço de

Fisioterapia/IPA. Outro.

A doença supurativa pulmonar crônica ocorre como conseqüência de doenças pulmonares subagudas ou infecções crônicas, deixando na maioria das vezes seqüelas como foco de consolidação, atelectasias, bronquiectasias, alterações pleurais, e propensão a novas infecções. A intervenção médica e um programa fisioterapêutico eficiente em nível hospitalar e ambulatorial são essenciais para o manejo favorável desses pacientes (Dinwinddie, 1992; Chan, 2000).

O presente estudo teve como objetivo determinar o perfil demográfico e epidemiológico dos pacientes atendidos no ambulatório de fisioterapia respiratória do HCSA no período de agosto de 2001 a agosto de 2002.

O ambulatório de fisioterapia visa a manter o acompanhamento fisioterapêutico iniciado durante o período de internação da criança. Os atendimentos são realizados duas vezes por semana associados à orientação aos familiares quanto à patologia e as técnicas que deverão ser continuadas em nível

domiciliar no intervalo das consultas. Essas técnicas baseiam-se em: terapia expiratória manual passiva, vibração, drenagem postural, estímulo de tosse e aspiração quando necessário.

Durante esse primeiro ano de funcionamento do serviço foram atendidas 110 crianças, sendo 42 (38,18%) do sexo feminino e 68 (61,81%) do sexo masculino com idades compreendidas entre cinco anos e um mês e dez anos e cinco meses. Deste total, 24 crianças (21,81%) tinham até um ano de idade; 51 crianças (46,36%) estavam na faixa etária de um ano e um mês a três anos; 15 crianças (13,63%) encontravam- se entre três anos e um mês a cinco anos e 20 crianças (18,18%) apresentavam idade superior a cinco anos. As doenças mais freqüentes observadas no ambulatório foram: broncopneumonia/

pneumonia em 39 casos (29,32%), asma em 25 casos (18,79%), atelectasias em 22 casos (16,54%), bronquiolite viral aguda em 14 casos (10,52%), derrame pleural em 13 casos (9,77%), bronquiolite obliterante em 6 casos (4,51%), entre outras que totalizaram 14 casos (10,52%). Foi realizada uma média de três atendimentos por paciente, além do acompanhamento domiciliar pelos pais.

O delineamento do perfil dos pacientes acompanhados permite um maior embasamento para posteriores pesquisas em crianças dessa faixa etária. Com base nesses dados, visa-se a futuros estudos a respeito dos resultados do tratamento fisioterapêutico ambulatorial após alta hospitalar, nas referidas patologias.

RESPOSTAS FISIOLÓGICAS DA POSIÇÃO CANGURU EM NEONATOS PRÉ-TERMOS, DE BAIXO PESO E VENTILANDO

ESPONTANEAMENTE. Miltersteiner, A.R., Dalle Molle, L., Miltersteiner, D.R., Dias, A.S., Rech, V. Hospital da Criança

Conceição e Hospital Nossa Senhora da Conceição - GHC / Curso de Fisioterapia - Pró-Reitoria Acadêmica, Universidade

Luterana do Brasil, Canoas/RS. GHC.

Fundamentação: a cerca da humanização ao atendimento do recém-nascido pré-termo e de baixo peso, destaca-se o estudo da Metodologia Mãe Canguru por esta ser um método simples, de baixo custo, onde o aspecto Posição Canguru promove manutenção da estabilidade das respostas fisiológicas, incremento no ganho ponderal e consequente alta precoce desses bebês.

Objetivo: avaliar as respostas fisiológicas: freqüência cardíaca, saturação periférica de oxigênio, temperatura corporal e freqüência respiratória, em bebês pré-termos estáveis e em ventilação espontânea, submetidos à Posição Canguru.

Casuística e Métodos - Delineamento: estudo de caso- controle com amostras pareadas, de intervenção e descritivo.

Pacientes: foram estudados 23 neonatos pré-termos, estáveis hemodinamicamente, em ventilação espontânea, sem patologia pulmonar diagnosticada, provenientes do Centro de Neonatologia

do Hospital Conceição, Porto Alegre, com média de idade gestacional de 34,21 semanas, média de peso pós-natal de 1780g e mediana de 264 horas de vida. Métodos: os bebês foram distribuídos em: grupo I (incubadora) e grupo II (Posição Canguru).

Os dados foram registrados no primeiro minuto (T01), aos trinta (T30) e aos sessenta minutos (T60). Utilizou-se o teste estatístico do Sinal de Wilcoxon para comparar separadamente os valores das respostas fisiológicas entre o grupo I e o grupo II.

Resultados: foi observado um aumento estatisticamente significante na freqüência cardíaca em T30, na saturação de oxigênio em T30 e T60 e na temperatura axilar em T60, comparando o grupo da Posição Canguru ao grupo controle.

Conclusão: a Posição Canguru promoveu aumento nos parâmetros fisiológicos estudados em recém-nascidos pré-termos de baixo peso, quando instituída no período de uma hora, em comparação ao mesmo período de observação na incubadora, mostrando a manutenção da estabilidade dos mesmos e tornado possível sua utilização durante o atendimento fisioterapêutico.

ACOMPANHAMENTO LONGITUDINAL DE CRIANÇAS ATENDIDAS EM AMBULATÓRIO DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA APÓS ALTA HOSPITALAR. Bonmann, C., Ruzzante, D.M., Dias, A.S., Lemos, A.T., Lopes, P.P., Silva, R.S., Martins, B.C. Serviço de Pneumologia - HCSA e Serviço

de Fisioterapia/IPA. Outro.

Criscione (1993), McDowell (1998), Chan (2000), relatam que serviços ambulatoriais mantidos com acompanhamento e orientação para cuidados em nível domiciliar são capazes de reduzir o tempo de internação, readmissões e os custos hospitalares.

Este trabalho visa a acompanhar os resultados da fisioterapia respiratória em crianças encaminhadas ao ambulatório após internação por pneumopatias, comparando- se um período (6 meses) pré e pós-início dos atendimentos ambulatoriais.

Foram acompanhados 68 pacientes, 25 (36,7%) do sexo feminino e 43 (63,3%) do sexo masculino com idade média de 3,4 anos. As técnicas utilizadas foram terapia expiratória manual passiva, drenagem postural, pressão expiratória positiva, estímulo de tosse e aspiração de vias aéreas, quando necessário.

Dos 68 pacientes estudados, 52 (76,4%) não tiveram história de reinternação no período de 6 meses após o início do acompanhamento ambulatorial, dos quais 8 tinham registros de mais de uma internação nos seis meses que antecediam o mesmo. Dentre os 16 pacientes (23,5%) que reinternaram após a fisioterapia ambulatorial, 10 tinham relato de mais de uma internação prévia.

Com base nesses resultados e em bibliografias afins, acredita- se que o serviço de fisioterapia ambulatorial, mantido após a alta hospitalar, pode contribuir para a redução do volume de reinternações hospitalares a médio prazo.

PERFIL DOS PACIENTES ACOMPANHADOS EM AMBULATÓRIO DE FISIOTERAPIA MOTORA APÓS ALTA HOSPITALAR. Levy, B.S., Rebello, L.R., Trapp, J., Passuelo, A., Silva, F., Ghiorzi, V., Becker, A., Ruzzante, D., Simões A.

Ambulatorial. Outro.

O desenvolvimento de um indivíduo se faz através das transformações experimentadas por ele durante toda a vida. Os fatores de risco na primeira infância obstaculizam o desenvolvimento normal da criança, podendo gerar atrasos cognitivos e motores e deixando seqüelas limitantes para o futuro. Isso porque dificuldades motoras representam um problema à adaptação ao ambiente físico e social. Desta forma, o tratamento fisioterapêutico buscará a otimização da qualidade de vida dos pacientes, proporcionando maior grau de independência nas atividades de vida diária e, por conseguinte, sua reinserção na sociedade (Brazelton, 1995; Ramey, 1999;

Ulrich, 2001).

O serviço de atendimento ambulatorial de fisioterapia motora do Hospital da Criança Santo Antônio oferece assistência continuada após alta hospitalar nessa instituição. Esse ambulatório tem o objetivo de trabalhar a motricidade dos pacientes, fornecer orientações aos pais e aprimorar o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças.

Este estudo objetivou delinear o perfil dos pacientes encaminhados ao serviço ambulatorial de fisioterapia motora do Hospital da Criança Santo Antônio de outubro de 2001 a agosto de 2002. Foram acompanhadas 47 crianças, das quais 53,2% do sexo masculino e 46,8% do sexo feminino, com idades que variavam de 5 meses a 8 anos (média de 3,2 anos), sendo 91,5% da raça branca e 8,5% da raça negra. Em relação à epidemiologia, verificou-se Atraso do Desenvolvimento Neuropsicomotor em 27,6% dos pacientes, Paralisia Cerebral em 21,2%, Hidrocefalia em 17,02%, Síndrome de Down em 10,6%, Paralisia Facial em 4,2%, Neurofibromatose em 4,2%, Epilepsia em 4,2%, dentre outros (10,6%). Foi realizada uma média de 5,6 atendimentos por criança a cada mês.

Através do delineamento do perfil dos pacientes, o serviço ambulatorial do Hospital da Criança Santo Antônio revela-se um campo apto a realização de futuras pesquisas científicas na área da fisioterapia motora, uma vez que dispõem de uma amostra significativa de pacientes, com um amplo espectro de patologias.

ESTUDO COMPARATIVO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DA "ENDURANCE" DE MEMBROS SUPERIORES EM PORTADORES DE DPOC. Bosco, A.D., Casagrande, I., Dias, A.S., Grün, F. Complexo Hospitalar

Santa Casa - Pavilhão Pereira Filho. Outro.

Na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ocorre uma diminuição na tolerância ao exercício e AVD's afetando a

musculatura esquelética destes portadores. O objetivo deste estudo foi avaliar a endurance muscular dos MsSs e a força da musculatura respiratória em portadores de DPOC sedentários, não sedentários e indivíduos sem a patologia. Destes, 8 indivíduos eram DPOC sedentários (Grupo A), 7 DPOCs não sedentários (Grupo B) e 7 sem patologia pulmonar (Grupo C). Para avaliar a endurance utilizou-se o princípio da facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) com carga e a musculatura respiratória avaliou-se com mavacuômetro. O VEF1 dos grupos A e B deveria ser inferior ou igual a 60% do predito para inclusão. Observou- se os melhores resultados na endurance de MsSs do grupo B (p<0,05), sendo AC e o tempo de realização da endurance também foi maior, mas sem diferença significativa. A Pemáx de B>A (p<0,02). A Pimáx de B não foi maior que C significativamente, porém se aproximaram, sendo que C>A (p<0,04). Concluiu-se que o treinamento de MsSs em portadores de DPOC reduz a fadiga, aumentando a tolerância as AVD's e que a força dos músculos respiratórios pode ser mantida dentro dos padrões normais realizando somente treinamento de MsSs e exercícios aeróbicos sem treinamento específico para esta musculatura.

EFEITOS DA REABILITAÇÃO PULMONAR EM PACIENTES CANDIDATOS A TRANSPLANTE DE PULMÃO. Corrêa, M.C.G.F., Campani, D.P., Dal Bosco, A., Dias, A.S. Santa

Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Outro.

Fundamentação: nos pacientes com doença pulmonar crônica ocorre diminuição na tolerância ao exercício, afetando a musculatura periférica. Conforme Celli (Am. J. Crit. Care Med.1995;152:861-864) estes pacientes apresentam uma diminuição das atividades físicas, pois geralmente qualquer forma de exercício desencadeia uma piora na sensação de dispnéia, gerando assim, um ciclo vicioso e a um descondicionamento físico progressivo.

Objetivos: o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos da reabilitação pulmonar na força dos músculos respiratórios, habilidade funcional e na função pulmonar em candidatos a transplante de pulmão.

Casuística: para avaliar a força dos músculos respiratórios realizamos a manovacuometria. A habilidade funcional através do teste da caminhada dos seis minutos e a função pulmonar foi expressa pela espirometria. Estas medidas foram verificadas no ambulatório de reabilitação pulmonar do Pavilhão Pereira Filho, antes e após dez semanas de treinamento. Foram avaliados dez pacientes de ambos os sexos, com critérios de inclusão na lista de espera para o transplante de pulmão. O protocolo de treinamento consistia em exercícios ativos para aqucimento e resistido de membros superiores. A atividade aeróbica variava entre bicicleta ou esteira, conforme a capacidade do paciente.

Por fim eram realizados alongametos para os grupos musculares trabalhados e musculatura acessória da respiração.

Resultados: em relação a pressão inspiratória máxima (PImáx.), foi observado que apenas o paciente um apresentou piora (18,1%). Os pacientes dois, três, cinco e sete melhoraram em 42,8%, 40%, 200%, 23% e 5,2%. Apenas o paciente quatro não alterou o valor da PImáx. Na pressão expiratória máxima (PEmáx) os pacientes dois e seis apresentaram um decréscimo de 14,2% e 9,6% respectivamente. O paciente quatro novamente não alterou o valor pressórico. Os pacientes um, três, cinco e sete aumetaram os valores em 38,7%, 25%, 26,6% e 63,6%.

Em relção a distância percorrida nos testes da caminhada dos seis minutos, o paciente um aumentou a distância em 86%. O paciente dois melhorou em 35,7%, o três em 4,17%, o quatro em 31,8% e o paciente sete em 55,5%. Apenas os pacientes cinco e seis pioraram a distância percorrida em -4,4% e -23,3%

respectivamente. Na espirometria apenas o paciente dois apresentou melhora significativa no volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), passando de 51,9% para 70% após a reabilitação.

Conclusões: com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que a reabilitação pulmonar eleva os valores das pressões respiratórias máximas. Em um estudo semelhante Neder e col (J. Pnemol.1997;23(3):115-124) sugerem que o incremento da PImáx. pode ser em consequência da melhora nutricional do paciente, entretanto não descartam o componente de treinamento inespecífico da musculatura ventilatória induzida pelo exercício dinâmico ou de membros superiores. O aumento das medidas na força muscular respiratória leva a concluir que durante o tempo de treinamento os músculos foram suficientemente sobrecarregados, induzindo a uma adaptação estrutural e funcional. No teste da caminhada dos seis minutos houve um aumento da distância percorrida, concordando com Berry e col. (Am. J. Respir. Crit. Care Med.1998;158(1):335- 339), no qual pacientes com DPOC foram submetidos a um programa de exercício durante doze semanas, e no final deste período apresentaram um aumento significativo na distância percorrida. Em relação à função pulmonar, o estudo revela que a reabilitação não exerce influência nos valores da espirometria.

O ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS RESULTADOS DO USO DOS INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS A FLUXO E A

VOLUME EM RELAÇÃO AO TEMPO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR. Bernardi, M.M., Lazzarotto, R.A., Fagundes,

P.C., Saraiva, C. FEVALE. Outro.

Fundamentação: na cirurgia abdominal ocorre uma série de alterações no compartimento tóraco-abdominal com uma importante redução dos volumes pulmonares (Couture,1994). A fisioterapia respiratória atua no pós-operatório para a prevenção de complicações pulmonares e restaurando precocemente os valores pulmonares alterados (Russo, 2000). Objetivo: o objetivo desta pesquisa foi verificar se há diferenças entre os

incentivadores a fluxo e a volume no tratamento pós-operatório de cirurgia abdominal em relação ao tempo de internação no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. Casuística e Métodos:

participaram da pesquisa um grupo de 16 pacientes,divididos em dois grupos de 8 (fluxo e volume), no período de janeiro a abril de 2002. Utilizou-se o termo de consentimento livre e esclarecido (R.196/96, Conselho Nacional de Saúde). A pesquisa esteve caracterizada numa abordagem quantitativa, metodologia não experimental (ex post facto), tipo de estudo comparativo e amostragem probabilista. Utilizou-se os testes de cirtometria e espirometria antes de cada atendimento sendo anotados posteriormente na ficha de apontamentos de dados. Resultados:

a média de idade dos pacientes foi de 28,75 ± 11,2 anos. Não houve diferença significativa (p=0,5974) entre o incentivador respiratório a fluxo (Respiron) e a volume (Voldyne) em relação ao tempo de internação hospitalar. Os resultados foram significativos nas comparações intergrupos em relação à CVF com o uso do Respiron (p=0,00007) e o uso do Voldyne (p=0,0011), também para o VF1 no grupo Respiron (p=0,003) e no Voldyne (p=0,001), no volume (p=0,0009) e no fluxo (p=

0,00001) inspiratórios. Não houve nenhum tipo de complicação respiratória decorrentes das cirurgias e o tempo de internação hospitalar foi de 4,5 a 5,1 dias. Conclusões: com o uso dos incentivadores percebeu-se um importante aumento na função pulmonar dos pacientes em relação ao fluxo inspiratório, o qual foi extremamente significativo (p = 0,000001; t=7,51) e o volume inspiratório também (p = 0,0009; t=4,83). Os resultados indicaram a eficiência dessa técnica no tratamento pós-operatório para recuperar as funções pulmonares alteradas e também para prevenção de complicações respiratórias.

ESTUDO DAS LESÕES NO FUTEBOL APÓS UMA TEMPORADA.

Chiappa, G.R.S., Oliveira, J.E.B.V., Guntzel, A.M. Serviço de fisioterapia/Clínica de Fisioterapia de Santo Ângelo/RS. Outro.

O presente estudo apresenta uma análise das principais lesões encontradas no futebol ao longo de uma temporada da SER Santo Ângelo/RS. Foram estudadas 10 equipes e 187 jogadores com 405 lesões atendidas no Serviço Médico da Clínica de Fisioterapia Reabilita, que atende o time de futebol. As lesões foram classificadas segundo sua etiologia e distribuição por estrutura anatômica lesada, idade do jogador, equipe, posição em campo. A lesão mais freqüente é a muscular, ficando em segundo lugar as lesões osteoarticulares. A articulação mais afetada pelas lesões foram os tornozelos que aglomeraram 19,1% do total de lesões e 78,6% sobre o total de lesões ligamentares. O maior nº de lesões foram produzidas por equipes da 2ª e 3ª divisão de futebol, apresentando uma porcentagem de 33,7 das lesões. O presente estudo mostra que a incidência das lesões, suas características e traumatologia determinam a necessidade de algumas medidas de prevenção na Medicina do Esporte.

PROGRAMA DE ESCOLA POSTURAL: CONHECIMENTO E CORREÇÃO DE POSTURAS ADOTADAS NO TRABALHO PELOS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA FERGA. Slongo, D.,

Estivalet, E.P. FEVALE. Outro.

Fundamentação: as posturas corporais assumidas para a execução das atividades de vida diária e nas tarefas laborais, muitas vezes são responsáveis pelos excessos provocados sobre determinadas estruturas ósseas e grupos musculares, especialmente quando executadas de forma inadequada e desrespeitando os princípios cinesiológicos. Conforme KNOPLICH (1986), pode-se admitir que a postura inadequada agride três estruturas da coluna: o disco intervertebral através das pressões intradiscais, a vértebra, mudando-lhe a forma e as apófises intra- articulares que resultam na diminuição do orifício de conjugação, que por sua vez, agride a raiz nervosa, causando a dor. Objetivos:

Verificar se um Programa de Escola Postural beneficiaria os funcionários da empresa FERGA no conhecimento e correção de posturas adotadas no seu trabalho. Casuística e Métodos: esta pesquisa caracterizou-se em um paradigma quantitativo, metodologia semi-experimental, tipo de estudo antes e depois com um grupo, sendo a amostra não probabilista, formada por 17 funcionários da empresa FERGA. Os encontros com os funcionários eram realizados às terças-feiras, quartas-feiras e quintas-feiras onde eram oferecidos três horários distintos com duração de 15 minutos cada, nos quais abordou-se o mesmo assunto. O conteúdo programático desenvolvido durante a realização do programa incluiu: explanações sobre anatomia da coluna vertebral; orientações sobre a prática correta das atividades no trabalho e na vida diária, exercícios de alongamentos e atividades de relaxamento. As informações foram coletadas através do Formulário de Avaliação Ergonômica, Diagrama proposto por Corlett e Manenica e Questionários, validados no Projeto Piloto. Utilizou-se o termo de consentimento informado segundo a resolução 196/96 (Conselho Nacional de Saúde). Resultados: as posturas mais citadas, adotadas pelos funcionários foi ficar em pé e sentado associados aos movimentos de inclinação e rotação de tronco. Foi realizado teste t para duas amostras em par para média ao nível de significância de 5%, referente a sensação de desconforto/dor obtendo-se os seguintes valores para região do tronco: pescoço (stat t = 2,74);

região cervical (stat t = 2,56); costas superior (stat t = 4,1);

costas media (stat t = 2,34); costas inferior (stat t = 1,4);

Bacia (stat t = 3,45), sendo que o t critico utilizado foi de 2,11 onde se obteve resultados significativos para todas as regiões exceto para o segmento costas inferior. Nos questionários aplicados os resultados indicam que todo o grupo amostral estava mudando seus hábitos posturais. Conclusões: observa-se que os funcionários mudaram os hábitos posturais e melhorando o conhecimento e a sua percepção corporal. As orientações posturais associadas aos exercícios de alongamento e relaxamento reduziram de maneira significativa a sensação de

No documento Funda o onom stico (páginas 138-143)