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ENFERMAGEM MÉDICO- CIRÚRGICA

No documento Funda o onom stico (páginas 96-106)

ESTRESSE DOS FAMILIARES QUE AGUARDAM INFORMAÇÕES DOS PACIENTES DA SRPA. Porto, R.B. UTI.

Outro.

O estresse pode aparecer em qualquer indivíduo em uma determinada situação. A maneira de reagir frente ao estresse pode ser diferente de pessoa para pessoa. Sabemos que o Centro Cirúrgico não é só uma área complexa para os profissionais que nela atuam, mas também para os pacientes e seus familiares.

Enquanto o paciente recupera-se na Sala de Recuperação Pós- Anestésica, após ter realizado um procedimento cirúrgico, seus familiares ficam aguardando notícias de seus entes queridos com seus medos, suas dúvidas, ansiedades e inseguranças, desta forma aumentando cada vez mais seu nível de estresse. Kaplan (1997) diz que o estresse ocorre quando um evento ou situação de vida estressante (interno ou externo, agudo ou crônico) gera um desafio ao qual o organismo não consegue responder adequadamente, manifestando reações psicofisiológicas como cefaléia, tensão muscular, ansiedade e outras. Sendo enfermeira de um hospital de médio porte, situado em Porto Alegre, e atendendo pacientes que se encontram na sala de recuperação pós-anestésica, observei que seus familiares ficam ansiosos e estressados aguardando notícias, a partir desta percepção, resolvi realizar este trabalho de conclusão do curso de pós-graduação em Enfermagem de Centro Cirúrgico, para poder saber mais sobre os familiares dos pacientes que aguardam na sala de espera. Os objetivos deste trabalho foram: saber se os familiares que aguardam na sala de espera, as informações dos pacientes

da sala de recuperação pós-anestésica, encontram-se e se julgam estressados; avaliar o grau de compreensão dos familiares sobre as informações recebidas da enfermagem sobre as condições de recuperação do paciente; e avaliar a freqüência dessas informações. A pesquisa realizada foi do tipo exploratória descritiva com abordagem quantitativa, usando como campo de ação a sala de espera para os familiares dos pacientes que estão na sala de recuperação pós-anestésica, que tem 7 leitos. A população foi de familiares dos pacientes que se encontravam na sala de recuperação pós-anestésica, a amostra foi constituída por 25 familiares que responderam o questionário com 9 perguntas fechadas e 1 aberta, aplicado pela pesquisadora. Os resultados traçaram uma amostra com o perfil 68% do sexo feminino, 32% com idade entre 31 a 40 anos, sendo estes familiares constituídos de 40% entre esposas e mães, 48% provenientes de Porto Alegre e 64%

com nível de instrução de primeiro grau. A maioria dos familiares (68%) aguardava pacientes internados, 60%

receberam informações do paciente, 40% as informações foram dadas há mais ou menos 1 hora, 32% entendeu mais ou menos, o tempo que estiveram aguardando 44% foi de 1 a 2 horas e 40% de 3 a 4 horas. Quanto aos sentimentos referidos 76% disse estar preocupado enquanto aguardava e 48% estar ansioso; as relações físicas relatadas foram 56% dor de cabeça, 56% tensão muscular, 44% mãos e pés frios e suados.

Os familiares responderam que 52% estavam estressados e 40%

não sabiam informar. Quando os familiares foram questionados sobre a melhor forma que eles julgariam para diminuir o estresse, 76% responderam que gostariam receber informações mais freqüentes sobre o paciente. Quando foram solicitados a quantificar seu nível de estresse através de uma nota sendo considerado 0 (zero) sem estresse e 10 (dez) o nível insuportável de estresse, 48% atribuíram uma nota de 0 a 5, coincidentemente 48% deram uma nota de 6 a 10 e 4% não responderam. Os resultados permitiram concluir que a maioria dos familiares julga-se estressada, porém em níveis variados, manifestando reações físicas características do estresse. O baixo grau de compreensão dos familiares sobre as informações recebidas, da enfermagem, sobre as condições de recuperação do paciente, quem sabe se deve pelo baixo nível cultural da amostra. Embora, mais da metade dos familiares tenha recebido informações durante a espera, ainda a melhor forma de diminuir o estresse, na concepção dos familiares, seria receber informações mais freqüentes sobre o paciente. A enfermagem deverá conhecer o perfil e as expectativas de sua clientela, para poder adequar-se a sua necessidade prestando uma assistência de qualidade e contribuindo para aliviar o nível de estresse.

CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS EM CIRURGIAS TRAUMATOLÓGICAS. Veronese, A.M. Enfermaria de

Traumatologia do HPS. Outro.

O presente estudo faz parte do processo de sistematização da assistência de Enfermagem da Enfermaria de Traumatologia do Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre (HPS).

O processo de sistematização referido acima teve sua origem em preocupações e dúvidas dos profissionais desta enfermaria no cotidiano do trabalho, em reuniões das(o) enfermeiras(o) desta enfermaria e em questionamentos dos auxiliares de enfermagem e de alunos estagiários sobre cuidados aos pacientes traumatológicos.

Inicio este trabalho abordando os cuidados e complicações pós-operatórias gerais, comuns a qualquer paciente traumatológico. A seguir, apresento a as cirurgias traumatológicas mais realizadas neste hospital (tipos e quantidades), assim como os materiais mais utilizados nestas cirurgias e os respectivos cuidados pós-operatórios.

A coleta das informações sobre as cirurgias foi realizada através da pesquisa direta na agenda de marcação de cirurgias eletivas e na agenda diária do Bloco Cirúrgico no período de 17 de dezembro de 2001 e de 17 de abril de 2002. Para fundamentar este estudo foi realizada uma revisão bibliográfica em publicações da área (Ventura, 1996; Herbert, 1998; Tashiro, 2001).

Este trabalho está sendo utilizado como referência nas aulas do curso de sistematização do cuidado ao paciente traumatológico e na prática da assistência de enfermagem do HPS.

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM IDENTIFICADOS NOS PACIENTES ADMITIDOS NA UNIDADE DE HEMODINÂMICA APÓS A REALIZAÇÀO DE CINEANGIOCORONARIOGRAFIA E ARTERIOGRAFIA. Goes, M.G.O., Alba, C.R. Unidade de Hemodinâmica - Serviço de Enfermagem em Centro Cirúrgico.

HCPA/UFRGS.

Introdução: buscando adequar-se à sistematização da assistência de enfermagem no HCPA, foi iniciado o processo de identificação dos diagnósticos de enfermagem presentes nos pacientes admitidos na unidade de Hemodinâmica (UHD), devido à relevância que tem no atendimento das suas necessidades humanas básicas. Levando em consideração as características dos exames realizados na unidade e da necessidade de permanência dos pacientes na sala de observação, identificou- se a importância de estabelecer os diagnósticos e, posteriormente, as suas respectivas intervenções.

Objetivos: identificar os sinais e sintomas apresentados pelos pacientes admitidos na UHD, após a realização dos exames diagnósticos.

Estabelecer os diagnósticos mínimos de enfermagem baseados nos sinais e sintomas identificados nos pacientes admitidos na UHD, após a realização de exames diagnósticos.

Material e métodos: realizada coleta preliminar de dados das fichas de admissão e evolução dos pacientes da UHD,

utilizando-se de instrumento elaborado pelo GTDE, no período 01 de junho de 2002 a 30 de junho de 2002.

Resultados: os sinais e sintomas preliminarmente identificados nos pacientes são: dor lombar, cefaléia, precordialgia, retenção urinária, hipotensão, hipertensão, sangramento recidivante, hematoma e equimose no sítio de punção, náuseas e vômitos, reação vaso-vagal, dor no sítio de punção, dor nos membros inferiores. Baseados no levantamento anterior foi possível identificar os seguintes diagnósticos de enfermagem: dor, retenção urinária, risco para diminuição do débito cardíaco, náuseas, integridade tissular prejudicada, mobilidade física prejudicada, entre outros.

Conclusões: o cuidado de enfermagem baseado nos sinais e sintomas não prescinde a idéia de visualizar o paciente como um ser complexo, circundado por aspectos sócio-afetivo-culturais que influenciam a sua saúde. Desse modo, cada paciente que apresente os mesmos sinais/sintomas e diagnóstico de enfermagem pode necessitar de diferentes intervenções de enfermagem.

CUIDADOS AO PACIENTE QUE SERÁ SUBMETIDO A MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL -

UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA. Alba, C.R., Goes, M.G.O. Unidade de Hemodinâmica. HCPA.

Fundamento: a hipertensão é caracterizada pela presença de níveis pressóricos maiores que 140/90mmHg em três medidas realizadas em diferentes ocasiões (McKenzie, 1998). Conforme dados obtidos em 1996, 31,5% da população de todo o estado do RS têm diagnóstico de hipertensão (Fuchs, 1996). A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) é um método diagnóstico com monitorização contínua da pressão arterial, por medições automáticas, programadas e seqüenciais durante um período de 24 horas.

Objetivos: relatar as intervenções de enfermagem, com o intuito de minimizar a influência de possíveis problemas que o exame acarreta.

Métodos: breve revisão de literatura sobre as ações de enfermagem ao paciente que será submetido à MAPA.

Resultado: a atenção de enfermagem ao indivíduo que necessita fazer uso da MAPA deve concentrar-se na orientação do paciente quanto aos diversos aspectos relacionados ao seu dia acompanhado do gravador (Smeltzer e Bare, 1996). A MAPA é considerada mais acurada na verificação da pressão arterial do que a medição de consultório por que possibilita acompanhar o comportamento da pressão arterial do indivíduo em um dia normal da sua vida (Vidigal, 2002). Contudo, não veio substituir a consulta médica e de enfermagem e as medidas esfigmanométricas minuciosas e repetidas da pressão arterial (Giorgi, 1997).

Conclusão: o enfermeiro tem a oportunidade de desenvolver suas atividades junto aos pacientes submetidos a este exame

pode ampliar sua área de atuação, realizando o treinamento dos técnicos que operacionalizam o método ou orientando o paciente diretamente. Deve-se atentar sobre a importância da orientação para minimizar os temores do paciente e sua família já que a realização deste exame pode ser motivo de ansiedade (Smeltzer e Bare, 1996; Azevedo, 2002).

CONSTRUINDO UM MODELO DE ANAMNESE E EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO AMBULATORIAL - EM BUSCA DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM. Lagemann, R.C., Crossetti, M.G.O. Serviço de

Enfermagem em Centro Cirúrgico/Escola de Enfermagem/

UFRGS. HCPA/UFRGS.

Fundamentação: durante a implantação do sistema de prescrição informatizada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, surgiu a necessidade de criação de um modelo de registros de enfermagem, próprio para o Centro Cirúrgico Ambulatorial, por ser uma unidade com características próprias. Julgou-se importante que as enfermeiras dessa unidade tivessem participação na criação deste modelo.

Objetivos: construir um instrumento para anamnese e exame físico para pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos e endoscópicos ambulatoriais e elaborar um manual para o seu preenchimento.

Casuística: caracterizou-se como um estudo qualitativo, que utilizou o método de pesquisa-ação, baseado em Thiollent (2000), em que as enfermeiras atuantes em um Centro Cirúrgico Ambulatorial foram as responsáveis pela construção do instrumento e do manual. A coleta das informações ocorreu em dois momentos distintos, denominados de "fase exploratória"

e "seminários". Na "fase exploratória" foi entregue um questionário a nove participantes, com o objetivo de conhecer suas dúvidas e expectativas em relação ao estudo. Os

"seminários" foram encontros entre as participantes, quando foram tomadas as decisões acerca do objeto de investigação, e que geraram material registrado em ata. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, proposta por Bardin (1977), para a análise das informações resultantes das atas.

Resultados: a análise das atas originou a criação de cinco categorias: avaliando as necessidades humanas básicas;

elaboração da anamnese de enfermagem; necessidade de conhecimento teórico e prático, e a prescrição de enfermagem informatizada. Apresentou-se o modelo do instrumento construído, e o manual de orientação para o seu preenchimento.

O instrumento construído foi constituído dos seguintes itens:

identificação; preparo para o procedimento; história; educação para a saúde; regulação neurológica; percepção dos órgãos e sentidos; oxigenação; alimentação e hidratação; eliminações;

integridade cutâneo-mucosa; atividade física; segurança emocional e observações.

Conclusões: sugere-se a validação do instrumento construído, a definição dos diagnósticos de enfermagem mais freqüentes nos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos e endoscópicos ambulatoriais e o estudo das intervenções respectivas. Ressalta-se a importância da inclusão do diagnóstico de enfermagem no processo de enfermagem como diferencial no trabalho da enfermeira, considerando-se assim, os aspectos que individualizam as ações em busca do cuidado humanizado.

PRÁTICA EDUCATIVA EM SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA COMUNIDADE ESCOLAR. Cogo, A.L.P., Lirio, A.M.

Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica. HCPA - UFRGS.

O processo educativo abrange um conjunto de experiências vivenciadas pelo homem, com o propósito do desenvolvimento social e pessoal. A educação em saúde é um processo dinâmico em que a comunidade, grupo ou pessoa deparam-se com novas informações, novos conhecimentos frente a uma temática (Meyer,1998). Dentro deste contexto é que desenvolvem-se práticas educativas em enfermagem com a finalidade de compartilhar conhecimentos e experiências que venham a difundir informações úteis para a população em geral. O tema suporte básico de vida é desenvolvido no intuito de divulgar os sinais e sintomas de uma parada cárdio-respiratória (PCR), bem como as ações a serem adotadas por qualquer indivíduo da comunidade frente a tal situação. O treinamento básico é fundamental para que cidadãos leigos identifiquem uma PCR, solicitando socorro avançado e início das manobras de reanimação cárdio-pulmonar. A enfermagem, em suas atividades educativas, inclui a divulgação das medidas de atendimento a população em geral, visto que a sobrevida de uma pessoa em PCR está relacionada ao início precoce do seu atendimento e a rapidez com que receber atendimento avançado por uma equipe especializada. Este trabalho tem como objetivo relatar a realização de práticas educativas em suporte básico de vida junto a uma comunidade escolar. Esta atividade educativa faz parte do Projeto de Extensão Atendimento de Enfermagem ao Adulto em Parada Cárdio-Respiratória, desenvolvido pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Desenvolveu-se em Escola da Rede Pública da Região Metropolitana de Porto Alegre para alunos, adultos e adolescentes, do ensino fundamental no módulo supletivo e para grupos das turmas de educação para jovens e adultos. Foram atendidos 75 alunos divididos em quatro grupos distribuídos em dois dias. Os encontros tiveram a duração média de 1 hora e 30 minutos. Durante os encontros inicia-se apresentando uma breve revisão da anatomia e da fisiologia do sistema cardiopulmonar, a epidemiologia e as causas de PCR, e o roteiro do protocolo de atendimento em suporte básico de vida estabelecido pela Associação Americana de Cardiologia (Fundación Interamericana

del Corazón; American Heart Association, 1999). Após demonstração em boneco de reanimação os alunos em duplas realizaram as manobras, revezando-se na massagem cardíaca e na ventilação boca-a-boca. Ao final dos encontros foram distribuídos formulários de avaliação da atividade. Quanto ao conhecimento prévio sobre suporte básico de vida o instrumento de avaliação possibilitou observar que 65% dos alunos não tinham esse conhecimento. Dentre os alunos que obtiveram este aprendizado antes da atividade (32,5%), 50% foi no ambiente de trabalho e 28,5% através da televisão. Relacionado a avaliação da atividade, 72% dos alunos relatou que a atividade foi excelente e 18,6% que foi boa. No item comentários e sugestões, destacou- se a opinião dos alunos sobre a importância da atividade e a necessidade de continuidade da mesma. Através da atividade foi possível rever a importância da atuação do enfermeiro junto a comunidade para a educação em saúde. A oportunidade de um profissional qualificado e disposto a compreender as dificuldades desta comunidade, possibilitou a essas pessoas um sentimento de cidadania, onde todos os que ali estavam tinham a mesma oportunidade quanto ao conhecimento das manobras de suporte básico de vida.

ESTUDO DE CASO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQÜÊMICO DE ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA. Fernandes, F.S.,

Callai, M., Aragão, E.A. Escola de Enfermagem da UFRGS.

HCPA/UFRGS.

Introdução: o presente trabalho é um estudo de caso de um paciente admitido na Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) por AVCI de artéria cerebral média ocorrido no mês de março de 2002, período este em que foi realizado estágio na disciplina de Enfermagem no Cuidado ao Adulto I do V semestre do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Casuística e método: a metodologia utilizada neste estudo foi o relato de experiência, o qual apresenta e analisa as ações acadêmicas realizadas junto ao paciente, familiares e equipe no ambiente hospitalar. Tais ações foram planejadas e executadas com base no processo de enfermagem.

Objetivo: relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem no processo de assistência de um paciente com AVCI internado na Emergência de um hospital universitário.

Resultados: através de um Histórico de Enfermagem e de um Exame Físico eficaz, foram elaborados os Diagnósticos de Enfermagem Mínimos para este paciente, utilizando como referenciais teóricos:

CARPENITO (1998), BENEDET (1998/2001), DOENGES (1999) e SMELTZER (2002) entre outros. A partir dos diagnósticos de Enfermagem, estabeleceu-se o plano de cuidados e as intervenções de enfermagem, após promovendo um comparativo com a prescrição da enfermeira da Emergência do HCPA.

Conclusões: o paciente com AVCI exige uma vigilância mais intensa da Equipe de enfermagem. As seqüelas do AVCI trazem um comprometimento global à saúde do paciente, pois este está sujeito à múltiplas complicações, sobretudo um déficit expressivo no autocuidado. A enfermeira, através da aplicação do processo de enfermagem, desempenha um papel fundamental no manejo deste paciente durante a fase aguda do AVCI, principalmente, quanto à prevenção de complicações potenciais, bem como orienta e reeduca o paciente e a família para a manutenção adequada das novas adaptações que o indivíduo irá enfrentar.

ESTRATIFICACÃO DE RISCO E PROFILAXIA PARA TROMBOEMBOLIA VENOSA EM PACIENTES INTERNADOS EM HOSPITAL GERAL. Chaves, E.H.B., Barreto, S.S.M., Silva,

P.O. Escola de Enfermagem UFRGS/HCPA.

Fundamentação: a tromboembolia Venosa Aguda ( TVP)está associada a fatores e situações de riscos que podem ser prevenidas e tratadas de forma profilática pela atuação da equipe de saúde.

Objetivos: identificar a freqüência de fatores de risco, a estratificação de risco e a prática da profilaxia para tromboembolia venosa (tvp) em pacientes hospitalizados.

Casuística: o estudo é parte de um projeto de pesquisa multicêntrico, de abrangência nacional que identifica o perfil, a estratificação de risco e o emprego de medidas profiláticas para TVP em pacientes internados em unidades clínico/cirúrgicas de adultos em hospital universitário, utilizando-se um protocolo para identificação e registro dos dados. Os critérios de risco e estratificação seguiram parâmetros estabelecidos em consensos internacionais (Hirsh e Hoak, 1996).

Resultados: avaliou-se 540 prontuários no período de maio a julho de 2001. Os cenários de risco mais freqüentes foram:

idade>60 anos (45,18%),idade<de 40 anos (32,03%, neoplasias (26,48%, diabetes (21,11%, infecção grave (20,55%), anestesia geral (12,22%) e outros. A profilaxia utilizada foi Heparina (44,81%) sendo que o percentual de complicações de uso foi apenas 92,03%.

Conclusões: evidenciou-se elevada prevalência de fatores de risco para tvp nas unidades estudadas, 88,69% dos pacientes preeenchendo critérios para classificação de risco moderado e alto. Demais dados podem ser observados no quadro abaixo.

AS REPERCUSSOES DO ESTRESSE OCUPACIONAL DOS ENFERMEIROS QUE TRABALHAM EM UTI. Lanius, M.A.

Outro.

Fundamentação: despertar uma visão crítica nos enfermeiros que atuam em UTI de como estão lidando com o estresse em sua vida pessoal.

Objetivos: conhecer como o enfermeiro enfrenta na vida pessoal o estresse vivido em UTI.

Identificar como o enfermeiro enfrenta o estresse vivenciado na uti para obter uma melhor qualidade de vida

Casuística: estudo descritivo com abordagem qualitativa e quantitativa. População: 32 enfermeiros que atuam em UTI, sendo 29 alunos de um curso de pós-graduação em uti.Foi utilizado um questionário para a coleta de dados.

Resultados: 56,25% entre 21 e 30 anos de idade,90,63%

são do sexo feminino, 81,25% são solteiros, 62,50% tem de 1 a 5 anos de graduação e 56,26% atuam de 1 a 5 anos em UTI.

87,52% atuam em t.

Conclusões: causas de estresse: carência de recursos humanos e materiais, as realções interpessoais. Repercussões do estresse na vida pessoal: tensão, irritação. Maioria das instituições não oferecem apoio para os seus funcionários, sendo que os mesmos o consideram importante.

UM NOVO OLHAR PARA A DESCOBERTA DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE. Guimarães, S., Pires, M., Martins, R., Muller,

S., Silveira, R. CM/HCPA.

Introdução: a busca permanente pelo melhor desempenho das gestões hospitalares tem incentivado a descoberta de indicadores que validam e estimulam o planejamento dos serviços técnicos e administrativos.

Entre os indicadores que monitoram as metas alcançadas no planejamento estratégico expostas através de gráficos no Centro de Material e Esterilização do HCPA, tem sido uma constante para que se tenha informações através da leitura dos índices, como por exemplo, da produtividade da Zona 6, liberação de lotes, estatísticas de esterilização, de desenvolvimento pessoal,da sistematização dos treinamentos e o grau da satisfação de clientes e funcionários de enfermagem. Podemos inferir que existe um estreita relação entre a busca das opiniões dos clientes e a eficácia e eficiência dos fornecedores, no caso o pessoal de enfermagem que prestam o serviço de recebimento e entrega de instrumentais para todos os setores do hospital.

O CME dentro do contexto hospitalar possui atividades gerenciais complexas decorrentes do desenvolvimento técnico e cirúrgico, que estimula a procura de uma melhor qualificação dos funcionários de enfermagem. Alcançar as metas propostas pelo planejamento anual e incentivado pelo recente diagnóstico da acreditação da Unidade de Centro de Material e Esterilização foi enfatizado como uma das estratégias para a validade dos indicadores de qualidade e para conhecimento do desempenho do setor e busca da satisfação do cliente.

Objetivo: pelo exposto o presente estudo teve como objetivo a investigação do desempenho técnico e humano do CME, através das opiniões dos clientes e da descoberta das sugestões para uma melhor performance do atendimento.

Metodologia: a trajetória do presente estudo iniciou no primeiro semestre de 2001, onde fomos motivados a conhecer o nível de satisfação dos nossos clientes e foi efetivado como indicador de qualidade, pelos avaliadores durante a Acreditação Hospitalar no mesmo ano.

O estudo proposto teve uma significação de discussão da nossa prática, onde pretendeu-se criar uma sistematização que busque permanentemente a opinião dos clientes que são atendidos diariamente no Centro de Material e Esterilização (CME).

A utilização de um estudo quantitativo foi no pensamento dos autores a melhor linha por ser uma pesquisa de campo, de natureza exploratória-descritiva, ter uma realidade dinâmica, e estas experiências podem ser repetidas, discutidas e reformuladas.

A pesquisa deste tipo tem como objetivo a descrição das características de determinada população, sendo incluídas as pesquisas de opinião. Lakato e Marconi (1991).

Neste sentido, nos reportamos a Haase e Meyer (1998) que enfatizam que deve-se ter uma visão ecológica, como forma de se obter uma compreensão total do contexto do CME.

A população escolhida para a pesquisa foram os clientes usuários dos serviços do CME, e amostra se caracterizou como intencional, segundo Goldim (1997, p.38), "a amostragem intencional permite aumentar a utilização de dados" e julgamos que é a mais apropriada, pois a nossa intenção foi de coletar dados com um determinado grupo usuário do CME, sendo noventa (90) respondentes preencheram os requisitos, e registraram a sua participação.

O instrumento de pesquisa constou de um formulário contendo três (03) tipos de ícones que ilustraram com expressões visuais com a informação de MUITO BOM, BOM e REGULAR, e uma parte descritiva para sugestões e identificação da unidade de origem.

Foram utilizados dados da pesquisa de opinião dos usuários do CME de 2001 e foram identificadas três (3) categorias, sendo nominadas como: Agilidade no Atendimento, Cordialidade e Disponibilidade e Resolução de problemas.

Procedimento de análise: os dados descobertos através das respostas dos pesquisados foram trabalhados estatisticamente sob forma de tabelas, com freqüência e percentual.

A análise dos dados tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de resposta ao problema proposto para a investigação (Gil, 1991).

Os dados relativos à sugestões foram descritos sob forma de quadros, denominando as categorias e temas procurando dar o sentido mais amplo às respostas relacionadas com o atendimento MUITO BOM, BOM, REGULAR.

Após as respostas à análise dos dados, estes foram interpretados sob forma gráficos

GRÁFICO I - AGILIDADE NO ATENDIMENTO

Quadro I: opinião dos respondentes sobre o atendimento no CME CATEGORIA TEMAS

No documento Funda o onom stico (páginas 96-106)