• Nenhum resultado encontrado

Mana vol.10 número2

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Mana vol.10 número2"

Copied!
4
0
0

Texto

(1)

RESEN HAS 433

b é m ve m tra n scrito e tra n slite ra d o p or C a b a llos, q u e a tu a lizou a g ra fia d e u m a form a “ in te ira m e n te fie l a o orig in a l” com vista s a re cu p e ra r “ u m a form a d e g u a ra n i a n tig o” (:XVIII). Alé m d isso, com o re su lta d o d e la b orioso tra b a lh o, o te xto orig in a l ve m a cre scid o d e “ n u m e -rosa s e n tra d a s re m issiva s a p a la vra s ca ste lh a n a s a m od o d e ‘voze s ocu lta s’ q u e só fig u ra m n o in te rior d a s fra se s e m p re g a d a s p or M on toya , m a s n ã o co-m o e n tra d a s a u tôn oco-m a s” (:XVIII). De s-sa form a , o le itor p od e rá e n con tra r com m a ior fa cilid a d e m u ita s p a la vra s q u e M on toya n ã o ord e n ou a lfa b e tica m e n te e m se p a ra d o. M e lià ta m b é m la b orou n a tra n slite ra çã o e re a lizou ou tra cu rta , m a s b rilh a n te in trod u çã o sob re a h istó-ria d o tra b a lh o d e M on toya e n tre 1613 e 1640. Aliá s, M e lià , o g ra n d e e sp e cia -lista n a lín g u a g u a ra n i a n tig a e n a s su a s va ria n te s con te m p orâ n e a s, tra d u ziu re ce n te m e n te su a te se d e d ou tora d o d e -fe n d id a n a Un ive rsité d e Stra sb ou rg e m 1969, ou tra ob ra d e g ra n d e in te re sse lin g ü ístico, La le n g u a g u aran í e n e l Pa-rag u ay colon ial (Asu n ción : C EPAG , 2002), n a q u a l a n a lisa d e ta lh a d a m e n te o p roce sso h istórico d a re d u çã o d a lín -g u a -g u a ra n i p a ra a -g ra m á tica e n tre os sé cu los XVI e XVIII.

O con te ú d o e a q u a lid a d e ím p a r d e ste s livros a b re m u m im e n so le q u e d e p ossib ilid a d e s d e p e sq u isa p a ra lin -g ü ista s, e tn ólo-g os, h istoria d ore s, b iólo-g os, m é d icos, a rq u e óloiólo-g os, te óloiólo-g os, g e óg ra fos e tc. J u n to com ou tra g ra n -d iosa ob ra -d e M on toya , o Te soro -d e la le n g u a g u aran i (1639), a tu a lm e n te e m p re p a ra çã o p a ra p u b lica çã o p or C a b a l-los e M e lià , a A rte e o Vocab u lário con stitu e m o m a ior corp u s sob re a lín -g u a e a cu ltu ra -g u a ra n i n o p e ríod o co-lon ia l, cu ja e xte n sã o n ã o foi a lca n ça d a p or n e n h u m ou tro tra b a lh o a n tig o ou con te m p orâ n e o.

REILY, Suzel Ana. 2002. Voices of The M agi: Enchant ed Journeys in Sou-t heasSou-t Brazil. Chicago e London: The University of Chicago Press. 266 pp.

Wagner Neves Chaves

Dou tora n d o, PPG AS/ M N / UFRJ

Voice s of Th e M ag i: En ch an te d Jou r-n e y s ir-n S ou th e ast Braz il, d e Su ze l Re ily, é u m a im p orta n te re fle xã o sob re a p e rform an ce m u sica l n os ritu a is d o ca tolicism o p op u la r — n a folia d e re is, e m p a rticu la r. Tra ta -se d e u m b om e xe m p lo d e com o u m a in ve stig a çã o d e se n volvid a a p a rtir d e u m a re g iã o d e fron te ira d iscip lin a r – o livro situ a -se n a in te rfa ce e n tre a n trop olog ia e e tn om u -sicolog ia – p ossib ilita a d iscu ssã o d e a m p lo e sp e ctro d e q u e stõe s, con trib u in d o d e cisiva m e n te p a ra , p e lo m e n os, d u a s á re a s d o con h e cim e n to a n -trop ológ ico: a p rim e ira , m a is g e ra l, d iz re sp e ito a o ca m p o d e e stu d os d o ritu a l, te m a clá ssico d a d iscip lin a q u e ve m se re n ova n d o n a s ú ltim a s d é ca d a s n u m a p rolife ra çã o d e p e rsp e ctiva s, com o a s q u e se re la cion a m com a s a b ord a g e n s p e rform a tiva s ou com o q u e se con ve n -cion ou ch a m a r d e u m a “ a n trop olog ia d a e xp e riê n cia ” (p e rsp e ctiva s e ssa s q u e , com o ve re m os, sã o cru cia is n a con stru çã o d o livro e m q u e stã o); a se -g u n d a é se m d ú vid a a d a s d iscu ssõe s sob re cu ltu ra p op u la r, m a is e sp e cifica -m e n te sob re ca tolicis-m o p op u la r e su a s re la çõe s com p le xa s com os d om ín ios e ru d ito e / ou oficia l.

(2)

a s com u n id a d e s d e folia con stroe m e xp e riê n cia s d e tota lid a d e s fra g m e n tá -ria s a tra vé s d a coe rê n cia con tra d itó-ria d e su a s re a lid a d e s e n ca n ta d a s” (:25). O u n ive rso d e su a p e sq u isa é a cid a d e d e Sã o Be rn a rd o d o C a m p o, n o ABC p a u lista , on d e d e se n volve u tra b a lh o d e ca m p o, e m cu rta s via g e n s, d u ra n te trê s a n os (d e 1986 à 1989). N os lim ite s d e u m a re se n h a com o e sta , n ã o p re te n d o d e m a n e ira a lg u m a e sg ota r a s in ú m e -ra s d iscu ssõe s e p rop osta s le va n ta d a s n o livro ou d a r con ta d e se u con te ú d o. M e u p rop ósito a q u i é tã o-som e n te a p re se n ta r o q u e con sid e ro a s lin h a s ce n tra is d o tra b a lh o, d e sd e já re com e n -d a n -d o su a le itu ra .

A q u e stã o ce n tra l d e Voice s of Th e M ag i é e n te n d e r com o os p a rticip a n te s d a s jorn a d a s d a s folia s d e re is, p or m e io d o fa ze r m u sica l, con stroe m e se in se re m n u m e sp a ço sa cra liza d o, “ e n ca n ta n d o” n a te rra se u s id e a is socia is, e n tre os q u a is o “ im p e ra tivo m ora l d a re -cip rocid a d e ” é se m d ú vid a o p rin -cip a l. De se n volve n d o e ssa q u e stã o, q u e p e r-p a ssa tod o o livro, Re ily d e scortin a u m e sp e ctro va ria d o d e d iscu ssõe s, com o a s q u e e n volve m a s re la çõe s e n tre ca toli-cism o p op u la r e ca tolitoli-cism o oficia l; o p a p e l d a p e rform an ce m u sica l n a a n á li-se d o ritu a l; a visã o d e m u n d o e o e th os d os p a rticip a n te s d a folia ; a re la çã o e n tre h ie ra rq u ia n a org a n iza çã o e e stru tu ra çã o d os g ru p os e ig u a ld a d e n a s re -p re se n ta çõe s e n a b a se é tica ; o e sta tu to d a e xp e riê n cia n o ritu a l e su a a rticu la -çã o com a s re p re se n ta çõe s com p a rtilh a d a s; a s re la çõe s e n tre ritu a l, cotid ia -n o e co-n te xto socia l m a is a m p lo; a folcloriza çã o d a tra d içã o, e n tre ou tros. En -fim , o livro tra z u m a g a m a d e te m a s q u e se su ce d e m e se ju sta p õe m , cria n d o n o le itor m ú ltip la s a ssocia çõe s e e stím u los. M a s, a ssim com o a con te ce com o foliã o q u e p a rticip a d a jorn a d a d a folia d e re is, ta m b é m con se g u im os, a o fin a l d a

le itu ra , in te g ra r e sse s e stím u los/ te m a s n u m a tota liza çã o, e m b ora e sta , d ife re n -te m e n -te d a vivid a com o “ e xp e riê n cia re lig iosa ” , se ja p rop orcion a d a p e la vi-sã o “ h olística ” d a a u tora .

N a a b e rtu ra d o livro, a o a p re se n ta r o te m a ce n tra l d o tra b a lh o, Re ily e xp li-cita d ois n íve is q u e e stru tu ra m su a a n á lise : “ As jorn a d a s d a folia ta n to fa -ze m p a rte q u a n to e stã o se p a ra d a s d a vid a cotid ia n a . Ela s e stã o e m b u tid a s n os p a d rõe s d a vid a socia l d iá ria , m a s ta m b é m sã o e sp a ços e sp e cia is q u e in -te n sifica m a e xp e riê n cia socia l a tra vé s d o fa ze r m u sica l e d a in te n sa socia b ili-d a ili-d e ” (:1).

Um p rim e iro n íve l, m a is sociológ ico, e n volve a in ve stig a çã o d a s a rticu la -çõe s com p le xa s e n tre d om ín ios com o o ritu a l (ce n tra d o n a m ú sica ), o cotid ia n o (re la çõe s fa m ilia re s e com u n itá ria s) e o con te xto sócioh istórico m a is a b ra n g e n -te (m ob ilid a d e , p a d rõe s d e su b sistê n cia e a tivid a d e s e con ôm ica s n a re g iã o d e s-d e os te m p os colon ia is a té os s-d ia s s-d e h oje ). N e ssa d ire çã o, Re ily vê o e sp a ço ritu a l com o u m “ fa to socia l tota l” , p orta d e e n tra d a p rivile g ia d a p a ra se te r a ce sso à vid a socia l d e m ig ra n te s ru ra is e n g a ja d os e m a tivid a d e s d o ca tolicism o p op u la r. A p e sq u isa re ve la q u e e m u m con te xto u rb a n o, on d e se d e p a ra m com u m a situ a çã o d e p ob re za e m a rg in a li-d a li-d e , a folia li-d e re is se torn a u m li-d os ú n icos e sp a ços n os q u a is os m ig ra n te s p od e m e xp re ssa r os p rin cíp ios m ora is d a “ solid a rie d a d e ” e “ ob rig a çõe s m ú tu a s” , d e fin id ore s d a b a se é tica d o ca -tolicism o p op u la r. “ N e sse a m b ie n te h ostil, a s a tivid a d e s d a folia tê m p rod u -zid o u m m e io d e cria çã o e su ste n ta çã o d a re d e d e a u xílio m ú tu o” (:2).

Pa rtin d o d e ssa con sta ta çã o e le va n -d o e m con si-d e ra çã o a s re fle xõe s -d e An ton io G ra m sci, Re ily a n a lisa o “ p o-p u la r” com o u m a re a lid a d e d in â m ica , q u e se in te g ra d e m od o com p le xo à vi-RESEN HAS

(3)

RESEN HAS 435

d a , visã o d e m u n d o e a sp ira çõe s d a s cla sse s p op u la re s. N e ssa d ire çã o, o ca -tolicism o p op u la r — d im e n sã o re lig iosa d e sse “ p op u la r” m a is g e ra l — é ca ra c-te riza d o com o u m d om ín io e m con tín u a te n sã o, e sforça n d o-se p a ra m a n te r a coe rê n cia e n tre d ou trin a re lig iosa , e x-p e riê n cia ritu a l e vid a d iá ria d os d e vo-tos. Essa te n sã o, a p e sa r d e con stitu tiva d os siste m a s re lig iosos e m g e ra l, é m a is e vid e n te n o ca so d a re lig iosid a d e p o-p u la r, e m q u e a s n e g ocia çõe s se d ã o ta n to n o p la n o im e d ia to d a a çã o ritu a l (n a s in te ra çõe s fa ce a fa ce ), q u a n to n o p la n o re lig ioso m a is g e ra l (e n tre o p o-p u la r e o oficia l).

Ao a p rofu n d a r a a n á lise d e ssa s re -la çõe s n o p -la n o re lig ioso e n tre ca toli-cism o p op u la r e ca tolitoli-cism o oficia l, a a u tora m ostra com o a s n a rra tiva s p re -se n te s n o u n ive rso d a folia d e re is sã o con stru íd a s fora d os te m a s d e a m p la d ifu sã o n o m u n d o cristã o. N e sse se n ti-d o, a s h istória s sã o su b sta n cia lm e n te re cria d a s e m u ita s ve ze s se op õe m à s in te rp re ta çõe s ortod oxa s. Ao se a p ro-p ria re m d e te m a s cristã os, os foliõe s tê m sid o se le tivos, sile n cia n d o a lg u n s e le m e n tos, e n fa tiza n d o ou tros, in te rp re ta n d o o m a te ria l d e m od o a in te g rá -lo e m su a s e xp e riê n cia s d e vid a com o m e m b ros d a s cla sse s p op u la re s (:160).

Pa ra Re ily, a p e sa r d e n ã o a g ir com o p rop ósito p olítico e xp lícito e p ú b lico, com o os m ovim e n tos socia is ou e n tid a -d e s -d e cla sse , a folia -d e re is n ã o -d e ixa d e a tu a r p olitica m e n te . A “ m ora lid a d e su b a lte rn a ” , visã o d a le i d ivin a com o a le i d a re cip rocid a d e in sta u ra d a n a te rra e q u e a folia p rocu ra a tu a liza r a ca d a jorn a d a , e stá e m con tra ste d ire to com su a s e xp e riê n cia s d o d ia -a -d ia . É n e ssa d ire çã o q u e a a u tora in te rp re ta a fig u ra a m b íg u a e in trig a n te d o H e rod e s, q u e n a folia é re p re se n ta d o p e lo Ba stiã o, co-m o o re p re se n ta n te d a re cip rocid a d e n e g a tiva , d a a cu m u la çã o e , e m ú ltim a

in stâ n cia , d o p a trã o. “ M u ito e m b ora (a o m e n os n e sse m om e n to) a tra d içã o d a folia n ã o se re la cion e com a çõe s p olíti-ca s p ú b liolíti-ca s, e la p od e se r vista com o p a rte d e u m a re d e in fra p olítica , p rom ove n d o cob e rtu ra se g u ra p a ra a con stru çã o d e h id d e n tran scrip ts e p a ra a cria -çã o d a in te g rid a d e cu ltu ra l” (:20-21).

N u m se g u n d o n íve l d a a n á lise , m a is d e n so te orica m e n te e d e on d e sã o tira d a s im p orta n te s con trib u içõe s p a ra o e stu d o d o ritu a l e d a ritu a liza çã o, Re ily in ve stig a o ritu a l e m se u s a sp e ctos in trín se cos e g e ra tivos. N e ssa d ire -çã o, volta -se p a ra a d iscu ssã o d e q u e s-tõe s q u e e n volve m a e ficá cia d o ritu a l, su a e sp e cificid a d e com o m e io com u n i-ca tivo e o p a p e l cru cia l d e se m p e n h a d o p e la m ú sica e p e lo fa ze r m u sica l n a a r-ticu la çã o e n tre e xp e riê n cia p e ssoa l e h e ra n ça cu ltu ra l com p a rtilh a d a .

(4)

ti-za r a d im e n sã o e xp e rie n cia l, ta m b é m p rocu ra circu n scre ve r a in te rp re ta çã o d e ssa e xp e riê n cia . Se , p or u m la d o, o con te ú d o d o q u e é e xp e rie n cia d o é in form a d o cu ltu ra lm e n te , p or ou tro, a p e n a s a tra vé s d a e xp e riê n cia a s re p re se n -ta çõe s cu ltu ra is se torn a m sig n ifica ti-va s n o n íve l p e ssoa l.

Pa ra e xp lica r com o a m ú sica n o con te xto ritu a l d a folia d e re is p rod u z a e xp e riê n cia d o “ e n ca n ta m e n to” n os p a rticip a n te s, Re ily, e m d iá log o com a u tore s com o Rich a rd Ba u m a m , M a u ri-ce Bloch , J a m e s Fe rn a n d e z, J oh n Bla c-k in g , e n tre ou tros, a va n ça n a d iscu ssã o d a s p rop rie d a d e s e sp e cífica s d e sse m e io com u n ica cion a l. In icia lm e n te , a tra vé s d e a b ord a g e m p e rform a tiva , p rocu ra m ostra r com o, n o con te xto ri-tu a l, a com u n ica çã o se torn a p rog re ssi-va m e n te m a is m u sica l, form a liza d a e re p e titiva n a m e d id a e m q u e d im in u i se u ca rá te r re fe re n cia l e se m â n tico. Em se g u id a , e a in d a d ire ta m e n te lig a d a à id é ia a n te rior, m ostra com o e ssa e stru tu ra se q ü e n cia l e fixa d o ritu a l e stá e n -volvid a p or u m a m u ltip licid a d e d e m e ios com u n ica cion a is, cria n d o u m a g lom e ra d o d e e stím u los se n soria is q u e se a rticu la m form a n d o a m p la s re d e s d e a ssocia çõe s. N o te rce iro m om e n to, a n a -lisa com o a p e rform an ce m u sica l, a o p rom ove r “ a e xp e riê n cia ritu a l d a re la-te d n e ss” (:14), con trib u i d e cisiva m e n la-te p a ra a cria çã o d e u m m u n d o id e a l m o-ra lm e n te con stitu íd o. Pa o-ra d e se n volve r e sse ú ltim o p on to, a a u tora p a rte ta n to d a ob se rva çã o d a s in te ra çõe s con cre ta s d u ra n te o fa ze r m u sica l q u a n to d a a n á -lise d a s con ce p çõe s d os foliõe s sob re m ú sica . Por m e io d e u m a m in u ciosa “ e tn og ra fia d o fa ze r m u sica l” ce n tra d a n a s re la çõe s socia is d e p rod u çã o m u si-ca l, e la m ostra com o a socia b ilid a d e é o ob je tivo ú ltim o d o fa ze r m u sica l.

Esse s d ois n íve is (sociológ ico e o p e rform a tivo) a rticu la m -se d e m od o

com p le xo n a a n á lise d e Re ily. A p e rfor-m an ce rfor-m u sica l é , se rfor-m d ú vid a , o e ve n to p rivile g ia d o p a ra q u e se ob se rve m e s-sa s a rticu la çõe s, e é a p róp ria a u tora q u e m sin te tiza e sse im p orta n te p on to: “ O p od e r p e rsu a sivo d o ‘e n ca n ta m e n to’ se e n con tra e m su a ca p a cid a d e d e p e r-m itir q u e os p a rticip a n te s visu a lize r-m -se d e n tro d a ord e m m ora l d e su a s cre n ça s re lig iosa s. Pa rticip a n d o d o fa ze r m u si-ca l, con stroe m e se colosi-ca m d e n tro d e u m a re a lid a d e a lte rn a tiva q u e lh e s p e r-m ite a d q u irir vislu r-m b re s tra n sitórios d e u m m u n d o g ove rn a d o p or su a s visõe s d a le i n a tu ra l d e De u s” (:219).

A p e rsp e ctiva d e se n volvid a e m Voice s of Th e M ag i p or Su ze l Re ily va i m u ito a lé m d e u m a a n á lise form a l d os son s e m si, d a m ú sica com o p rod u to, con ce n tra n d o-se p rim ord ia lm e n te n a in ve stig a çã o d a s in te ra çõe s socia is e n volvid a s n a p rod u çã o m u sica l. Em su m a , p od e m os a firm a r q u e u m a d a s con -trib u içõe s orig in a is d e sse in stig a n te e su g e stivo tra b a lh o e stá e m n os re ve la r a s a m p la s p ossib ilid a d e s a n a lítica s d e u m ob je to q u e , a p e sa r d e sig n ifica tivo e m m u itos con te xtos d e p e sq u isa , te m sid o p ou co te m a tiza d o n a a n trop olog ia .

VASCONCELOS, Luís. 2003. Heroína. Lisboa como t errit ório psicot rópico nos anos novent a. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. 146 pp.

Catarina Frois

In stitu to d e C iê n cia s Socia is d a Un ive rsid a d e d e Lisb oa

H e roin / w ill b e th e d e ath of m e H e roin / it’s m y w ife an d it’s m y life (“ H e roin ” – Ve lve t Un d e rg rou n d )

H e roín a. Lisb oa com o te rritório p sico-tróp ico d os an os n ov e n ta, d e a u toria d e RESEN HAS

Referências

Documentos relacionados

azul esverdeada. A adição desse radical a um meio contendo antioxidantes permite avaliar, através do grau de descoloração, sua capacidade antioxidante. Alguns autores sugerem o

referido, diferenciam-se t rês vert ent es: o Observat ório como pont o de encont ro, o cent ro de encont ro de est udiosos e especialistas do t errit ório e a

Poder, hierar- quia e reciprocidade: saúde e harmo- nia ent re os Baniw a do Alt o Rio Ne- gro. Rio de Janeiro: Edit ora Fiocruz (Coleção Saúde dos

Rio de Janeiro: Edit ora Fiocruz (Coleção Saúde dos

Int ri- gas e questões: vingança de família e t ramas sociais no sert ão de Pernam- buco.. Rio de

Int ri- gas e questões: vingança de família e t ramas sociais no sert ão de Pernam- buco.. Rio de

Voices of The M agi: Enchant ed Journeys in Sou- t heast Brazil.. Chicago e London: The University of

Lisboa como t errit ório psicot rópico nos anos novent a.. Lisboa: Imprensa de