• Nenhum resultado encontrado

Rev. Bras. Ciênc. Esporte vol.39 número4

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. Bras. Ciênc. Esporte vol.39 número4"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

www.rbceonline.org.br

Revista

Brasileira

de

CIÊNCIAS

DO

ESPORTE

ARTIGO

DE

REVISÃO

Aspectos

biomecânicos

da

locomoc

¸ão

de

pessoas

com

doenc

¸a

de

Parkinson:

revisão

narrativa

Elren

Passos

Monteiro

a,b,c

,

Lúcia

Bartmann

Wild

d

,

Flávia

Gomes

Martinez

a

,

Aline

de

Souza

Pagnussat

b

e

Leonardo

A.

Peyré-Tartaruga

a,∗

aUniversidadeFederaldoRioGrandedoSul,ProgramadePós-Graduac¸ãoemCiênciasdoMovimentoHumano,

LaboratóriodePesquisadoExercício,PortoAlegre,RS,Brasil

bUniversidadeFederaldeCiênciasdaSaúdedePortoAlegre,ProgramadePós-Graduac¸ãoemCiênciasdaSaúde,PortoAlegre,

RS,Brasil

cHospitaldeClínicasdePortoAlegre,SetordePesquisasemDistúrbiosdoMovimento,PortoAlegre,RS,Brasil

dPontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul,LaboratóriodeBiologiaDesenvolvimentaleNeurobiologia,PortoAlegre,

RS,Brasil

Recebidoem7dedezembrode2015;aceitoem30dejulhode2016 DisponívelnaInternetem27deagostode2016

PALAVRAS-CHAVE Cinemática; Eletromiografia; Marchapatológica; Parkinsonismo primário

Resumo A presente revisão narrativatem porobjetivo analisar osaspectos biomecânicos dalocomoc¸ão eos efeitosde intervenc¸ões nos padrõesdamarcha de pessoascomdoenc¸a deParkinson(DP).Fez-seumapesquisabibliográficanobancodedadosdossistemasSciELO e PubMed,com as seguintes palavras:human locomotion, biomechanics, pathologic gait e Parkinson’sdisease,em periódicos nacionaise internacionais.Concluímos que asprincipais alterac¸õesbiomecânicassãonosparâmetrosespac¸otemporais,como menorcomprimentode passadaeestabilidadedinâmica,alémdabaixaativac¸ãomuscularnosmúsculospropulsores, bemcomomenorvelocidadeautosselecionadadamarcha.Fazem-senecessáriosprotocolosde treinamentodecaminhada queconsideremesses parâmetrospara auxiliarareabilitac¸ãoda marchadepessoascomDP.

©2016Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´e umartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/).

Autorparacorrespondência.

E-mail:leonardo.tartaruga@ufrgs.br(L.A.Peyré-Tartaruga).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2016.07.003

(2)

KEYWORDS Kinematic; Electromyography; Pathologicgait; Parkinsonism

BiomechanicalaspectsoflocomotionpeoplewithParkinson’sdisease:reviewstudy

Abstract The purposeofthisreviewwas toanalyze thebiomechanical aspectsofwalking inindividualswithParkinson’sdisease(PD),aswellastoexaminetheeffectsofintervention ongaitpatternofPD.Wecarried outabibliographicsearchonelectronicdatabases SciELO andPubMed,usingthefollowingwords:humanlocomotion,biomechanics,pathologicgait e Parkinson’sdisease,innationalandinternationalscientificjournals.Themainalterationson walkingbiomechanicsarerelatedtospatiotemporalparameters,lowerstridelengthand dyna-micalstability,aswellasreducedelectromyographicactivationonpropulsionmusclesandlower self-selectedspeed.Theseoutcomesseemtobeimportanttargetsinwalkingtrainingprotocols forrehabilitationofgaitinPD.

©2016Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

PALABRASCLAVE Cinemática; Electromiografía; Marchapatológica; Parkinsonismo primario

AspectosbiomecánicosdelalocomocióndepersonasconenfermedaddeParkinson:

unarevisión

Resumen Lapresenterevisióntiene porobjetivoanalizar losaspectosbiomecánicosdela locomoción y los efectos de las intervenciones en los patronesde la marcha en personas conenfermedaddeParkinson(EP).Serealizóunainvestigaciónbibliográficaenlasbasesde datosSciELOyPubMed,utilizandolassiguientespalabras:humanlocomotion,biomechanics, pathologicgaity Parkinson’sdisease,enrevistasnacionaleseinternacionalesindexadas.Se llegóala conclusióndequelasprincipalesalteracionesbiomecánicasse encuentranen los parámetrosespacio-temporales,comomenorlongituddelazancada yestabilidaddinámica, además deunabajaactivación electromiográficade losmúsculospropulsores,como menor velocidadautoseleccionadadelamarcha.Estosresultadosconviertenennecesariosprotocolos deentrenamientodelamarchaquetenganencuentaestosparámetrosparalarehabilitación depersonasconEP.

©2016Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Estees unart´ıculoOpenAccessbajolalicenciaCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/).

Introduc

¸ão

Adoenc¸adeParkinson (DP)é umadesordemneurológica, crônica,progressivaepolissintomática.Afisiopatologia se caracterizapeloacúmulodeumaproteínachamadade alfa--sinucleína e inclusões intraneuronais de corpos de Lewy, quegeramperdasseletivasdepopulac¸õescelulares,como osneurônios dopaminérgicosnavianigro-estriada(Kleiner etal.,2015).Somando-seaisso,ocorreumadesordemno sistemaextrapiramidal, que é composto pelos núcleos da base(NB)eotálamo,noqualpromovemdistúrbiosdos movi-mentosquepodemserhipercinéticosouhipocinéticos(Gallo etal.,2014).

Osprincipaissintomasclínicosmotoresseconstituemem tremoresderepouso,rigidezmuscularealterac¸ões postu-rais(Wildetal.,2013).Outrosdistúrbios,comobradicinesia e reduc¸ão de movimentos, constituem uma das maiores dificuldades dos pacientes e eles podem estar associados comadificuldadedeiniciaramarcha,devidoàreduc¸ãoda

velocidade,doequilíbrioeàinstabilidadeestáticae dinâ-mica, fatores que são preponderantes para a marcha patológica(Choetal.,2010).

Na caminhada parkinsoniana, os padrões de atividade muscular da marcha são alterados e são principalmente caracterizadospelabaixaativac¸ãodogastrocnêmiomedial (GM). Esse padrão é muito mais acentuadonos pacientes parkinsonianoscomfreezing, quedemonstram umaperda deadaptac¸ãodaatividademuscularcomavariac¸ãoda velo-cidadedelocomoc¸ão(Albanietal.,2003;Rochesteretal., 2009;Kleineretal.,2015).

(3)

dasintervenc¸õessobreosparâmetrosbiomecânicosda mar-chanessapopulac¸ão.

Nessesentido,oobjetivodapresenterevisãoéidentificar asprincipaisalterac¸õesbiomecânicasdamarchadepessoas comDPeosbenefíciosdasintervenc¸õesterapêuticassobre essasalterac¸õesbiomecânicas.

Metodologia

Fez-se uma revisãoda literaturacientífica nos bancos de dadosdossistemasPubMedeSciELOcomasseguintes pala-vras: humanlocomotion, biomechanics, pathologicgait e Parkinson’sdisease,em periódicosnacionaise internacio-naisde2000a2016.Apesquisaonlinedosartigoslimitou-se aosidiomas inglêse português e o critériode selec¸ão foi baseadonaleituracríticadomaterialencontrado,os arti-gosmaisrelevantesdotemapropostoeosmaiscitados.A partirdessabuscaestruturamosarevisãodaseguinteforma: 1---Locomoc¸ãodesujeitoscomDP:aspectosbiomecânicos; 2---EstabilidadedinâmicadamarchadeParkinson;3--- Ati-vidadeeletromiográficanamarchadesujeitoscomDP;4 ---Reabilitac¸ãodamarchaeprogramasdeintervenc¸ão.

Locomoc

¸ão

de

sujeitos

com

doenc

¸a

de

Parkinson:

aspectos

cinemáticos

As deficiênciasna marchasão observadas com frequência naDP.Elassão:dificuldadedaregulac¸ãoespac¸o-temporal, reduzidocomprimentodepassada(CP),maiorfrequênciade passada(FP),maiortempododuploapoiodospésnochão emaiorvariabilidadedosparâmetrosespac¸o-temporaisem relac¸ãoaossujeitossaudáveis(Hausdorffetal.,2003;Cho etal.,2010;Frazzittaetal.,2013;Kleineretal.,2015).Por exemplo,noestudodeMorrisetal.(2012),oCPmédionos sujeitoscomParkinson foide1,06m navelocidade autos-selecionada(VAS)de0,99m.s-1,enquantoqueemsujeitos

controleoCPfoide1,25mnaVASde1,30m.s-1.Nesses

mes-mossujeitosecondic¸ões,aFPfoide125passosporminuto nosparkinsonianose112passosporminuto.

NaDPoparâmetroquemaisprejudicaacaminhadae pro-movequedaséareduc¸ãodoCP,aincapacidadedecontrolar aFP(festinac¸ão)eaalterac¸ãonospadrõesposturais(Morris etal.,2005;Choetal.,2010).Osfatoresneurofuncionais quealteramadinâmicadalocomoc¸ãosãoadiminuic¸ãoea lentidãodemovimentos(bradicinesia),adificuldadede ini-ciaressesmovimentosporcausadofreezing(congelamento, que é sensac¸ão deestar ‘‘colado’’ ao solo)e a acinesia, que é a falta ou ausência de movimento (Sofuwa et al., 2005).Outromecanismoenvolvidonamodificac¸ãoda mar-chadeparkinsonianoséadisfunc¸ãocolinérgica,queparece serumfatorpreditivoimportanteparaareduc¸ãoda veloci-dadedalocomoc¸ãonessapopulac¸ão(Rochesteretal.,2009; Frazzittaetal.,2013).

O impulso dopaminérgicoparece serfundamental para ocontroledemovimento eparticularmenteparaa estabi-lidade delocomoc¸ão, como demonstrado em estudosque avaliamoefeitodasubstâncialevodopaemparkinsonianos (Caliandroetal.,2011).Sofuwaetal.(2005)compararam parâmetrosde marchaem DP durante a fase ondo ciclo de medicac¸ão com sujeitos idosos saudáveis (grupo con-trole---GC)eosresultadosmostraramqueemsujeitoscom

DPhouveumareduc¸ãosignificativanosparâmetrosespac ¸o--temporais,comooCPeavelocidade,emcomparac¸ãocom oGC. Eaindafoiobservado,pormeiodacinemetria, que o grupo DP executou uma excursão de flexão plantar do tornozelo,marcadamente reduzida(a50%-60%docicloda marcha).

Outrosaspectos sãoa alterac¸ão nos padrões posturais e areduc¸ão na coordenac¸ão dascinturasescapulare pél-vicaocasionada pelarigidezmuscular, oquecaracterizaa marchaemblocos(Morrisetal.,2005).Essesfatores inter-ferem na variabilidade dos parâmetros espac¸o-temporais dacaminhada,promovem,dessaforma,ummaior dispên-dioenergéticodurante alocomoc¸ão(Merelloetal.,2010; Hamletetal.,2011).

NosestudosdemarchadeHermanetal.(2007),Merello etal.(2010)eIvkoviceKurz(2011)sãodescritosos parâme-trosespac¸o-temporaisdamarchaparkinsonianaeosgraus da doenc¸a,bem como as intervenc¸ões dereabilitac¸ão da locomoc¸ãodeDP.Apartirdosestudosanalisados, conclui--sequeasprincipaisalterac¸õesbiomecânicasdacaminhada depacientescomDPsão:areduc¸ãodadissociac¸ãodas cin-turasescapularepélvica,oaumentodaFP,areduc¸ãodoCP edaVAS,bemcomodasamplitudesarticularesdosmembros inferiores,comopodeserobservadonatabela1.

Esses descritores cinemáticos podem ser parâmetros clínicos para a avaliac¸ão de mobilidade, risco de que-dase respostaaintervenc¸õesdereabilitac¸ão.Entretanto, os estudos encontrados têm algumas lacunas, pois não analisam parâmetros importantes, como os parâmetros espac¸o-temporaisdamarcha,comoCPeFP,aVASro estadi-amentodadoenc¸a,enãotêmGCpareadosporsexoeidade. Dessaforma,tornam-serelevantesenecessáriosnovos estu-dos,principalmenterelacionadosaosaspectosbiomecânicos dacaminhada,visto queesses parâmetrossãoimportante para a reabilitac¸ão damarcha, reduc¸ão de quedas, inde-pendênciafuncionaleQVdessessujeitos.

Estabilidade

dinâmica

da

marcha

na

doenc

¸a

de

Parkinson

A estabilidadedinâmica da marcha(ED) envolve aspectos biomecânicos, de equilíbrioe de controle postural e está subdivididaemglobalelocal.Aestabilidadeglobal refere--seàvariabilidadedosparâmetrosespac¸os-temporais,tais comoCP,FP,tempodecontato(TC),tempodebalanc¸o(TB)e velocidade.Essavariávelpodeserrelacionadacomo equilí-brioeoriscodequedas.AEDlocalserefereàdeterminac¸ão da cinemática angular e da variabilidade das amplitudes dasarticulac¸ões(EnglandeGranata,2007).Avariabilidade dos parâmetrosespac¸o-temporais,representadopelo coe-ficientedevariac¸ão(CoV),temumarelac¸ãoinversacoma ED,umavezquequantomaioravariabilidade,menorserá aEDdamarchaemaiororiscodequedas(Hausdorffetal., 2003;Beauchetetal.,2009;Choetal.,2010;Oliveiraetal., 2013).

(4)

Tabela 1 Parâmetros espac¸o-temporais da marcha parkinsoniana, os graus da doenc¸a e as intervenc¸ões de reabilitac¸ão, advindosdeestudosdemarchaemsujeitoscomDPegrupocontrole

Autoresdos estudos

Intervenc¸ão Velocidade (m.s-1)

EstágioH&Y GrauUPDRS N sujeitos

Idade (anos)

FP CP

IvkoviceKurz

(2011) Suspensão peso corporal

VAS

X X 9DP

9ID 21JV

DP(73,4) ID(74,8) JV(19,9)

DPtêm maiores variac¸õesna cinemática do balanc¸oda pernaque osIDeJV.

Merelloetal. (2010) Piso

VAS Fest.:3

N.Fest.:3

Fest.:21,66 N.Fest.: 20,43

20DP 17GC

DP(68,4) GC(67,8)

X Fest.↓

N.Fest.↓

GC↑

Choetal. (2010)

Esteira 0,6;0,9;1,2; 1,5;1,8e2,1

Off:2,9 On:2,3

Off-32,1 On-21,6

10DP 7GC

DP(62,9) GC(36,6)

DP

-↑

GC

-↓

DP-↓

GC-↑

Hermanetal. (2007)

Esteira X X Pré-treino:

29,0 Pós-treino: 22,0

‘9DP DP(70) X Pré-treino

-↓

Pós-treino

-↑

Hausdorffetal. (2003)

Piso Freezing

X X Off---44,3

On---25,6

32DP DP(62) X X

Morrisetal. (1996)

Piso VAS X X 27DP

27GC

DPEGC (73,4)

X DP---↓

GC-↑

Dietzetal. (1995)

Esteira 0,25;0,5; 0,75e 1

X X 14DP

10GC

DP(61) GC(60,6)

DP-↑

GC-↓

DP---↓

GC-↑

Nota:Asabreviaturascorrespondema:CP=comprimentodepassada;DP=Doenc¸adeParkinson,Fest.=marchafestinada,FP=frequência depassada,GC=grupocontrole,H&Y=HoehneYahr,ID=idosossaudáveis,JV=jovens,N.Fest.=marchanãofestinada,off=períodosem oefeitodamedicac¸ão,on=períodoativodamedicac¸ão,VAS=velocidadeautosselecionada,X=nãoinformouodado,UPDRS=Unified Parkinson’sDiseaseRatingScale(Escalaunificadadeavaliac¸ãodaDoenc¸adeParkinson).

serexplicadopelaestratégiaadotadapelocontrolemotor quandoo sujeitoaumentao tempodeduplo-apoiopara a reestabilizac¸ãopostural,temassimumaativac¸ãoexcessiva dosmúsculosposturaiseestabilizadores(Albanietal.,2003; Rochesteretal.,2009).

Deformageral,oindivíduocomDPémaisinstável,uma vezqueosparâmetrosespac¸o-temporaiseamagnitudedos movimentosarticularessãoreduzidoseumdosdanosmais frequentes pela reduc¸ão da flexibilidade é a diminuic¸ão da mobilidade do quadril, dos joelhos, dos tornozelos e dacolunavertebral,juntamentecomadiminuic¸ãodaforc¸a musculardosmembrosinferioreseposturais,oqueprovoca assimetriasnopadrãoena velocidadedamarcha(Hamlet etal.,2011).

Essas alterac¸ões promovem assimetrias durante a caminhada e consequentemente maior variabilidade dos parâmetros espac¸o-temporais, reduzem a velocidade e a ED damarcha(Beauchetetal.,2009).Dessaforma,esses parâmetros vêm sendo estudados por fornecer dados sig-nificativos para análises clínicas do risco de quedas e de respostasdeprogramasdereabilitac¸ão.Entretanto,pouco

seconhecesobreasestratégiasadotadaspelosistema ner-voso central (SNC) parao controle motor e ED durante a locomoc¸ão de parkinsonianos em situac¸ões de diferentes velocidades.

Atividade

eletromiográfica

na

marcha

da

doenc

¸a

de

Parkinson

Aeletromiografia(EMG)constitui-sedeummétodobastante usadoparaaanáliseclínicadamarcha,principalmentepara compreenderosmecanismosqueoSNCusaparaexecuc¸ão dessa tarefa. O uso dessa técnica, associado à cineme-tria,oferece informac¸ões paraumaanáliseintegrativa da locomoc¸ão(Hausdorffetal.,2003).

(5)

anterior(TA)quando comparadoscom ossujeitosnormais (Rochesteretal.,2009;Chastanetal.,2009).

Esse padrãodeativac¸ão muscular reduzidatambémse confirma em sujeitos com Parkinson com e sem congela-mento damarcha, freezing.Ainda assim, em velocidades muitobaixas(1,08km.h-1)decaminhadaomúsculoTA

apre-senta maior ativac¸ão nos sujeitos com DP do que no GC (Albanietal.,2003;Chastanetal.,2009).

Abaixaativac¸ãodoGMduranteacaminhadaémuitomais acentuadanos parkinsonianoscom congelamento da mar-cha,quemostramumaperdadeadaptac¸ãocomavariac¸ão da velocidade de locomoc¸ão. Nessa situac¸ão de variac¸ão develocidade,oefeitodocongelamentoémais pronunci-adoemrelac¸ãoaopadrãotemporaldeativac¸ãodoqueem relac¸ãoàmagnitudedeativac¸ão(Rochesteretal.,2009).

Apesar da baixa ativac¸ão eletromiográfica durante a caminhada,existe uma ativac¸ão contínua de baixa inten-sidade na fase de apoio nos músculos reto femoral e semimembranoso (Mitoma et al., 2000; Ferrarin et al., 2007). Esse padrão subtônico pode estar relacionado ao aumentoda gerac¸ão de momento extensor interno resul-tante da postura mais flexionada de joelho e quadril (Ferrarinetal.,2007)aliadoaumacocontrac¸ão maiorde TAe GMna fasedesuporte em Parkinsonianos(Rochester etal., 2009).Esse padrãomenosfásico de ativac¸ão mus-cularpareceserumaestratégiacompensatóriaadvindado sistema de feedback proprioceptivo prejudicado, princi-palmente dos músculos flexores plantares do tornozelo e extensoresdojoelho.

Outro reflexo importante baseado nas evidências de menorativac¸ãodoGMduranteoapoiodamarchaserefere àfunc¸ãodoGMcomopropulsorhorizontaldocorpo, parti-cularmentenafasefinaldoapoio(GottschalleKram,2003). Adiminuic¸ãodaatividademusculardoGMpodeestar dire-tamenteassociadaàdiminuic¸ãodeforc¸asdereac¸ãodosolo anteroposteriores(Rochesteretal.,2009)e, consequente-mente, na menor velocidade de marcha de sujeitos com DP.

Terapiasrecentestêmtentadodiminuirasalterac¸õesde ativac¸ãomusculardacaminhadadesujeitoscomDP.Alémdo tradicionalusodasubstâncialevodopa,aestimulac¸ão senso-rialcutâneaplantar(Jenkinsetal.,2009;Gallietal.,2015; Kleineretal.,2015),aestimulac¸ãodonúcleosubtalâmico unilateralebilateral(Ferrarinetal.,2007)eaestimulac¸ão rítmicaauditiva(Fernandeze Cudeiro, 2003)modificam o padrãodeativac¸ãomuscularduranteacaminhadaetornam os valores de pico e tempos de contrac¸ão da caminhada em sujeitos com DP mais próximos dos valores de sujei-toscontrole.Notabela2épossívelobservarosparâmetros neuromusculares da marcha parkinsoniana em diferentes velocidades, bem como as respostas de intervenc¸ões de reabilitac¸ãodalocomoc¸ãodeDP.

Osajustesneuromuscularesduranteamarchade Parkin-sonianos sãoexplicados, no mínimo parcialmente,devido àsalterac¸õesnocontroledaatividadecortical,observado pelasmudanc¸asnospadrõesdeativac¸ãomuscularde mem-brosinferiores,relacionadosresumidamenteaseguir:

i) menorativac¸ãodeGMduranteapoio;

ii) maiorativac¸ão de TA em velocidades muitobaixasde locomoc¸ão;

iii) maiorcocontrac¸ãodeantagonistasflexoresplantarese dorso-flexoresdotornozelo

iv) ativac¸ãomaistônicaoucontínuademúsculosdos mem-brosinferiores.

Reabilitac

¸ão

da

marcha

e

programas

de

intervenc

¸ão

Diversassãoasformasdeintervenc¸õesquebuscamreabilitar afuncionalidadedospacientescomDP.Intervenc¸ões medi-camentosas (Stansleye Yamamoto, 2014),neurocirúrgicas deestimulac¸ãocerebralprofunda(DBS---DeepBrain Stimu-lation) (Vercruysseet al., 2014) e não cirúrgicas (Alberts etal.,2011;Kleineretal.,2015)têmsidopropostasna ten-tativadecontribuirparaamelhoriadeaspectosmotorese nãomotoresdaDP.

Todavia, terapêuticas que envolvem medicamentos, comoéocasodousodoLevodopa,ecirurgiascomooDBS sãométodosque,em longoprazo,trazemcomplicac¸õese provocammuitosefeitoscolateraisindesejáveisemcercade 80%dospacientescomDP,taiscomoflutuac¸ões,discinesiase distúrbiosmentais(Santosetal.,2010;Kleineretal.,2015). Somando-seaisso,essasestratégiasestãomuitoaquémde gerenciartodososaspectosdadoenc¸aquecontribuempara aQV(BegaeZadikoff,2014).

Diantedetodasasintervenc¸õesterapêuticas apresenta-dasanteriormente,oexercíciofísicoaeróbiosistematizado e supervisionado,pelo menoscom frequênciasemanal de 3 vezes,durac¸ãode30 minutospordia detreino, parece ser uma opc¸ão eficaz e de baixo custo para amenizar os sintomas deletérios da doenc¸a (Abbruzzese et al., 2009;Soarese Peyré-Tartaruga,2010;Kluger etal.,2014; ZigmondeSmeyne,2014).

Dentre os principais benefícios do exercício aeróbio, especialmente a caminhada, destaca-se maior impacto sobreamobilidadefuncional(Klugeretal.,2014),equilíbrio (Prodoehlet al.,2015; Eyetal., 2014), parâmetros cine-máticoscomoparâmetrosespac¸o-temporaisdacaminhada. Alémdisso,épossívelterefeitospositivossobreosaspectos psicológicos,comoadepressão(Ebersbachetal.,2014;Ey etal.,2014;Tuonetal.,2014),esobretudonaQVdos paci-entescomDP(Eijkerenetal.,2008;Eyetal.,2014;Kluger etal.,2014).

Deacordo com alguns estudos,o treino da caminhada emesteirasemecomsuspensãodopesocorporal(SPC)tem sido bastante eficiente para o desempenho motor e para a reabilitac¸ão da marcha, principalmente quando é rela-cionados com parâmetros biomecânicos, sobretudo como comprimentodapassadaemelhoriadavelocidade(Peurala etal.,2005).Alémdeserumtrabalhoaeróbico,oque con-tribui paraodesenvolvimentodaindependênciafuncional dospacientes(SoaresePeyré-Tartaruga,2010).

(6)

Tabela2 Parâmetrosneuromuscularesdamarchaparkinsonianaapósprogramasdeintervenc¸õesdereabilitac¸ão,advindosde estudosdemarchaemsujeitoscomDPegrupocontrole

Autoresdos estudos

Populac¸ão SexoIdade

Método Músculos

analisados

Resultadosprincipais

Dietzetal. (1995)

14DP

10saudáveis

61±11,4 60,6±6

*Estudo transversal; *Caminhadaem Split-belt(esteira dividida); *Velocidades: 0,25-0,5-0,75-1 m/s;

*Combinac¸õesde velocidades (0,5-1); *Análisede20 passadas;

*TAdasduas pernas; *GMdasduas pernas;

*↑daatividade musculardoTAeGM, nacaminhadanormale naSplit-belt;

*Aatividademuscular foimaiornoTAqueno GM,massemdiferenc¸a significativa;

*Oestudosugerequea

↓daatividadedos extensoresdacoxa deterioraacaminhada.

Milleretal. (1996)

19DP

18saudáveis

71±8; 67±7;

*Estudo longitudinal; *3semanasde terapiademarcha commúsica durante25min; *VAS;

*ostestesforam feitosde90a 120mindepoisde tomaro

medicamento;

*EMG:GM;TA;e VL;

*Amaiordiferenc¸a entreos3músculosfoi comoGM;

*AsimetriadoTAnos doisgruposnãoteve diferenc¸asignificativa; *As3semanasde terapiamelhorarama velocidadenamarcha.

Mitomaetal. (2000)

16DP;

14atáxicos;

17saudáveis

65,06±0,9; 63,76±7,7; 74,46±5,8

*Estudo transversal; *VASnaesteira;

*EMG:GC;TA; GM,VL,BF;AD;

*↓ativac¸ãomuscular doGCeTAnaVAS parkinsoniana; *↑ativac¸ãomusculardo GCeTAnaVASdos sujeitoscomataxia;

Albanietal. (2003)

G1:5DPcom freezing

G2:5DPsem freezing

G3:7saudáveis

63anos *Estudo transversal; *Caminhadana esteira; *Diferentes velocidades0,3e 1,5m/s; *1minde gravac¸ão;

*EMG:TAmedial; TAlateral;GM medialeGM lateral;

*↑daatividade musculardoTAlateral emedialemB1,mais queB2eB3; *↑daatividadedoTA lateralemB2,mais queB3,semdiferenc¸as significativasemTA medial;

*↓daativac¸ãodeGM nafasedeapoioem B1.Nãohádiferenc¸as entreB2eB3.

Nota: AD=adutores, BC=bíceps, BF=bíceps femural, CL=caminhada livre, CN=caminhada nórdica, DP=Doenc¸a de Parkin-son, DT=deltoide, FL=fibularlongo, EMG=eletromiografia, G=grupo, GM=gastrocnêmio medial, GMx=glúteo médio, H=homem, iEMG=integral eletromiográfica, M=mulher, RF=reto femural, SO=sóleo, Split- belt=esteira dividida, ST=semitendinoso, sub--Máx.=submáximo,TA=tibialanterior,take-off=momentodedespreguedopécomosolo,TR=tríceps,V=velocidades,VAS=velocidade autosselecionadadecaminhada,VL=vastolateral,VM=vastomedial,x=dadonãoinformado,↑=aumento,↓=reduc¸ão.

cerebelo e córtex pré-motor, a fim de regular a func¸ão motoraprejudicada(Marinhoetal.,2014).

Recentemente,acaminhadanórdicatemrecebidouma atenc¸ão maior para a reabilitac¸ão de pessoas com DP (Ebersbachetal.,2010;Fritzetal.,2011;Eijkerenetal.,

(7)

osefeitos dacaminhadanórdica,em curtoelongoprazo, sobreafrequênciacardíaca,oconsumomáximodeoxigênio, QVeoutrosparâmetrosdesaúde,sãosuperioresnos progra-masdecaminhadanórdicacomparadoscomcaminhadalivre ejogging.

Deacordocomessesachados,programasdecaminhada nórdicaparecemserpromissoresparaessesparâmetros fun-cionaisdalocomoc¸ãohumana.Entretanto,nãoháconsenso naliteratura quantoaosprotocolosdeintervenc¸ãoporse tratar deum métodorecente. Necessita-se,portanto, de estudosespecíficossobreparâmetrosbiomecânicosda cami-nhanórdicaemDP.

Assim,fazem-senecessáriosprotocolosdeexercícios físi-cosqueenglobemo treinamentodamarchaeconsiderem parâmetrosdeestabilidade dinâmica, espac¸o-temporais e de equilíbrio, assim como a melhoria postural, padrões eletromiográficosecinemáticosdacaminhada,poissão fun-damentaispararespostasdereabilitac¸ãoeparâmetrospara riscodequedas.

Conclusão

Pode-seconcluir queasprincipaisalterac¸õesnosaspectos biomecânicosdepessoascomDP,noqueserefereaopadrão normaldacaminhada,são:instabilidade,alterac¸ãonoCM, variabilidadedemarcha,reduc¸ãodadissociac¸ãodotronco equadril, gastoenergéticoelevado duranteacaminhada, diminuic¸ãodaamplitudeangular,reduc¸ãodoCP,doFP,da velocidadeebaixaativac¸ãomuscularduranteacaminhada, oquecomprometeasAVDseinterferemnaQL.Entretanto, osprogramas de exercícios, como caminhada no solo, na esteira,comesemsuspensãodopesocorporal,pistas visu-ais, plataforma vibratória e caminhada nórdica, parecem contribuir para melhoria funcional de todos os aspectos mencionadosanteriormente,especialmentesobreaVASeos parâmetrosespac¸o-temporaisdamarcha.Contudo,aindahá poucosestudoscomacaminhadanórdicasobreosaspectos biomecânicos,masosresultadosapresentadospelas pesqui-sasapontamqueessemétodopareceserbastanteeficiente paraareabilitac¸ão.

Dessaforma,fazem-se necessários protocolosde exer-cícios físicos, para minimizar os efeitos provenientes da DP, que englobem treinamento da marcha e levem em considerac¸ãoparâmetrosdeestabilidadedinâmica,espac ¸o--temporais,cinemáticos,eletromiográficosedeequilíbrio, parareabilitac¸ãodessamarchapatológica.

Não foram encontrados, até o presente momento, estudosdacaminhadarelacionadoscomosaspectos biome-cânicos com inclinac¸ão e diferentes ambientes. Portanto, sugerem-se futuros estudos com esses parâmetros, uma vez que situac¸ões de caminhada em terrenos inclinados, comorampaseescadas,estãopresentesnocotidianodessas pessoas.Portanto,épreciso conhecerospadrõesde esta-bilidade dinâmica, ativac¸ão muscular e cinemática nesses ambientes,paraserviremdeparâmetrosparaintervenc¸ões clínicasempacientescomDP.

Apoio

financeiro

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Edital Universal, projeto número:

483510/2013. Elren Monteiro recebeu bolsa de mestrado da Coordenac¸ão de Aperfeic¸oamento de Pessoal de Nível Superior(Capes).

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

AoGrupoLocomotion/UFRGS,pelasdiscussõesesugestões.

Referências

AbbruzzeseG,TrompettoC,MarinelliL. Therationalefor motor learning in Parkinson’s disease. Eur J Phys Rehabil Med 2009;45:209---14.

AlbaniG,SandriniG,KunigG,Martin-SoelchC,MauroA,Pignatti R, et al. Differences in theEMG pattern ofleg muscle acti-vationduringlocomotioninParkinson’s disease.Funct Neurol 2003;18(3):165---70.

AlbertsJL,LinderSM,PenkoAL,LoweMJ,PhillipsM.Itisnotabout thebike,itisaboutthepedaling:forcedexerciseandParkinson’s disease.ExercSportSciRev2011;39(4):177---86.

AriasP,EspinosaN,Robles-GarciaV,CaoR,CudeiroJ.Antagonist muscleco-activationduringstraightwalkinganditsrelationto kinematics:insightfromyoung,elderlyandParkinson’sdisease. BrainRes2012;1455:124---31.

BegaD,ZadikoffC.Complementary&alternativemanagementof Parkinson’sdisease:anevidence-basedreviewofeastern influ-encedpractices.JMovDis2014;7(2):57---66.

BeauchetO,AnnweilerC,LecordrochY,AllaliG,DubostV,Herrmann FR,etal.Walkingspeed-relatedchangesinstridetime variabi-lity:effectsofdecreasedspeed.JNeuroEngRehab2009;6:32---7.

CaliandroP,FerrarinM,CioniM,BentivoglioAR,MinciottiI,D’urso PI,etal.Levodopaeffectonelectromyographicactivation pat-terns oftibialisanterior muscleduringwalkingin Parkinson’s disease.GaitPosture2011;33(3):436---41.

ChastanN,WestbyGW,YelnikJ,BardinetE,DoMC,AgidY,etal.

Effectsofnigralstimulationonlocomotionandposturalstability inpatientswithParkinson’sdisease.Brain2009;132(1):172---84.

Cho C, Kunin M, Kudo K, Osaki Y, Olanow CW, Cohen B, et al.

Frequency-velocity mismatch: a fundamental abnormality in parkinsoniangait.JNeurophysiol2010;103(1):1478---89.

DiasN, FragaDA, CachoEWA,Oberg TD.Treinode marchacom pistasvisuaisnopacientecomdoenc¸adeParkinson.Fisioterapia emMovimento2005;18(4):43---51.

DietzV,ZijlstraW,ProkopT,BergerW.Legmuscleactivationduring gaitinParkinson’sdisease:adaptationandinterlimb coordina-tion.ElectroencephalogrClinNeurophysiol1995;97(6):408---15.

EbersbachG,EbersbachA, EdlerD,KaufholdO,KuschM,Kupsch A,etal.ComparingexerciseinParkinson’sdisease---TheBerlin LSVT1BIGStudy.MovementDisorders2010;25(12):1902---8.

EbersbachG, EbersbachA,GandorF,WegnerB,WisselJ,Kupsch A.Impactofphysicalexerciseonreactiontimeinpatientswith Parkinson’sdisease-data from theBerlinBIGStudy. ArchPhys MedRehabil2014;95(5):996---1003.

Eijkeren FJM,ReijmersRSJ,KleinveldMJ,Minten A,BruggenJP, BloemBR.NordicwalkingimprovesmobilityinParkinson’s dise-ase.MovementDisorders2008;23(15):1792---7.

EnglandSA,GranataKP.Theinfluenceofgaitspeedonlocaldynamic stabilityofwalking.Gait&Posture2007;25(2):172---8.

(8)

FernandezdelOlmoM,CudeiroJ.Asimpleprocedureusing audi-torystimulitoimprovemovementinParkinson’sdisease:apilot study.NeurolClinicalNeurophysiol2003;2003(2):1---7.

Ferrarin M, Carpinella I, Rabuffetti M, Rizzone M, Lopiano L, CrennaP.Unilateraland bilateralsubthalamicnucleus stimu-lationinParkinson’s disease: effectsonEMG signalsof lower limbmusclesduringwalking.IEEETransNeuralSystRehabilEng 2007;15(2):182---9.

FrazzittaG, BalbiP,Maestri R, Bertotti G, BoveriN, Pezzoli G.

Thebeneficialrole ofintensiveexercise onParkinsondisease progression.AmJPhysMedRehabil2013;92(6):523---32.

FritzB,Rombach S,GodauJ,BergD,HorstmannT, GrauS. The influenceofnordicwalkingtrainingonsit-to-standtransferin Parkinsonpatients.Gait&Posture2011;34:234---8.

GalliM,KleinerA,GaglioneM,SaleP,AlbertiniG,StocchibF,etal.

TimedUpandGotestandwearableinertialsensor:anew com-biningtooltoassesschangeinsubjectwithParkinson’sdisease afterautomatedmechanicalperipheralstimulationtreatment. IntJEngInnovativeTech2015;4:155---63.

GalloPM,Mcisaac TL, GarberCE. Walking economyduringcued versusnon-cuedself-selectedtreadmillwalkinginpersonswith Parkinson’sdisease.JParkinsonsDis2014;4:705---16.

Gottschall JS, Kram R. Energy cost and muscular activity required for propulsion during walking. J Appl Physiol 2003;94(5):1766---72.

HamletS, Geisinger D,Ferreira ED, Nogueira S, Arocena S, San RomanC,etal.Equilíbrionadoenc¸adeParkinsonalterandoas informac¸õesvisuais.BrazJOtorhinolaryngol2011;77(5):651---5.

HausdorffJM,SchaafsmaJD,BalashY,BartelsAL,GurevichT,Giladi N.ImpairedregulationofstridevariabilityinParkinson’sdisease subjectswithfreezingofgait.ExpBrainRes2003;149:187---94.

HermanT, Giladi N,GruendlingerL, Hausdorff JM.Sixweeks of intensivetreadmilltrainingimprovesgaitandqualityoflifein patientswithParkinson’sdisease:apilotstudy.ArchPhysMed Rehabil2007;88:1154---8.

Ivkovic V,Kurz MJ.Parkinson’s disease influences the structural variations presentin thelegswingkinematics.MotorControl 2011;15:359---417.

JenkinsME,AlmeidaQJ, SpauldingSJ,vanOostveenRB, Holmes JD,JohnsonAM.Plantarcutaneoussensorystimulationimproves single-limbsupport time,andEMG activationpatternsamong individualswithParkinson’sdisease.ParkinsonismRelatDisord Nov2009;15(9):697---702.

KleinerA,GalliM,Gaglione,M,HildebrandD,SaleP,AlbertiniG, etal.TheParkinsonianGaitSpatiotemporalParameters Quan-tifiedbya SingleInertialSensorbefore and afterAutomated Mechanical Peripheral Stimulation Treatment. Parkinson’s Dis 2015;2015:390512.

KlugerBM,BrownRP,AertsS,SchenkmanM.Determinantsof Objec-tively Measured Physical Functional Performance in Early to Mid-stageParkinsonDisease.PMR2014;6:992---8.

Marinho MS,Chaves PM,Tarabal TO. Dupla-tarefanadoenc¸a de Parkinson:umarevisãosistemáticadeensaiosclínicos aleato-rizados.RevBrasGeriatrGerontol2014;17:191---9.

MerelloM,FantaconeN,Balej J.Kinematicstudyofwholebody center of mass position during gait in Parkinson’s disease patients with and without festination. Movement Disorders 2010;25(6):747---54.

MillerRA,ThautMH,McIntoshGC,RiceRR.ComponentsofEMG sym-metryandvariabilityinparkinsonianandhealthyelderlygait. ElectroencephalogrClinNeurophysiol1996;101(1):1---7.

MitomaH,HayashiR,YanagisawaN,TsukagoshiH.Characteristicsof parkinsonianandataxicgaits:astudyusingsurface electromyo-grams,angulardisplacementsandfloorreactionforces.JNeurol Sci2000;174:22---39.

MorrisME,IansekR,MatyasTA,SummersJJ.Stridelengthregulation inParkinson’sdisease.Normalizationstrategiesandunderlying mechanisms.Brain1996;119:551---68.

Morris M, Iansek R, Matyas TA, Mcginley J, Huxham F. Three--dimensionalgaitbiomechanicsinParkinson’sdisease:evidence for acentrallymediatedamplituderegulationdisorder. Move-mentDisorders2005;20(1):839---45.

MorrisME,MartinC,McginleyJL,HuxhamF,MenzH,TaylorN,etal.

Protocolforahomebasedintegratedphysicaltherapyprogram toreducefallsandimprovemobilityinpeoplewithParkinson’s disease.BMCNeurol2012;92(11):1395---410.

OliveiraHBD,RosaRGD,Gome˜nukaNA,Peyré-TartarugaLA. Esta-bilidade dinâmicada caminhadadeindivíduoshemiparéticos: a influência da velocidade. Rev. Educ. Fis/UEM 2013;24(4): 559---65.

Peurala H, Tarkka IM, Pitkänen K, Sivenius J. The Effecti-veness of Body Weight-Supported Gait Training and Floor WalkinginPatientsWithChronicStroke.ArchPhysMedRehab 2005;86(8):1557---64.

ProdoehlJ,RaffertyMR,DavidFJ,PoonC,VaillancourtDE,Comella CL,etal.Two-yearexerciseprogramimprovesphysicalfunction in Parkinson’sdisease: thePRET-PDrandomizedclinicaltrial. NeurorehabilNeuralRepair2015;29(2):112---22.

ReuterI,MehnertS,LeoneP,KapsM,OechsnerM,EngelhardtM.

Effectsofaflexibilityandrelaxationprogramme,walking,and NordicwalkingonParkinson’sdisease.JournalofAgingResearch 2011;2011(1):1---18.

RochesterL,BurnDJ,WoodsG,GodwinJ,NieuwboerA.Does audi-toryrhythmicalcueingimprovegaitinpeoplewithParkinson’s diseaseandcognitiveimpairment?Afeasibilitystudy.MovDisord 2009;24(6):839---45.

Santos BA, Castro FAS, Bona RL, Peyré-tartaruga LA. Aspectos biomecânicos eFisiológicos dafadiga nalocomoc¸ão humana: conceitos, mecanismos e aplicac¸ões. Ciência em Movimento 2010;23:89---98.

Soares GS, Peyré-Tartaruga LA. Doenc¸a de Parkinson e exercí-cio físico: uma revisão da literatura. Ciência em Movimento 2010;24:69---86.

Sofuwa O, Nieuwboer A, Desloovere K, Willems AM, Chavret F, JonkersI.QuantitativegaitanalysisinParkinson’sdisease: com-parison witha healthy controlgroup. ArchPhys Med Rehabil 2005;86(5):1007---13.

StansleyBJ,YamamotoBK.Chronicl-DopaDecreasesSerotonin Neu-ronsinaSubregionoftheDorsalRapheNucleus.JPharmacolExp Ther2014;351(2):440---7.

Tschentscher M, Niederseer D, Niebauer J. Health benefits of Nordic walking. A systematic review. Am J Preventive Med 2013;44(1):76---84.

TuonT,ValvassoriSS,DalPontGC,PaganiniCS,PozziBG,Luciano TF, etal.Physicaltrainingpreventsdepressivesymptoms and a decreaseinbrain-derivedneurotrophicfactorinParkinson’s disease.BrainResBull2014;108C:106---12.

Vercruysse S, Vandenberghe W, Munks L, Nuttin B, Devos H, NieuwboerA.Effectsofdeepbrainstimulationofthe subtha-lamic nucleus on freezing of gait in Parkinson’s disease: a prospective controlled study. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2014;85(8):871---7.

WildLB,deLimaDB,BalardinJB,RizziL,GiacobboBL,Bromberg E,etal.Riedercharacterizationofcognitiveandmotor perfor-manceduringdual-taskinginhealthyolderadultsandpatients withParkinson’sdisease.JNeurol2013;260(2):580---9.

Imagem

Tabela 1 Parâmetros espac ¸o-temporais da marcha parkinsoniana, os graus da doenc ¸a e as intervenc ¸ões de reabilitac ¸ão, advindos de estudos de marcha em sujeitos com DP e grupo controle
Tabela 2 Parâmetros neuromusculares da marcha parkinsoniana após programas de intervenc ¸ões de reabilitac ¸ão, advindos de estudos de marcha em sujeitos com DP e grupo controle

Referências

Documentos relacionados

Apesar do significativo número de trabalhos publica- dos nos últimos anos na área de Educac ¸ão Física e que empregam narrativas de professores para discussão de pro- blemáticas

O instrumento usado na coleta de dados foi composto por um questionário que indagava sobre os aspectos sociodemo- gráficos e profissionais, como sexo, ciclos vitais, ciclos

Os referenciais teóricos que permearam a elaborac ¸ão e construc ¸ão inicial do Pecopes foram as publicac ¸ões do Banco Virtual de Teses e Dissertac ¸ões (BVTD) da Capes, com

The observational system for goalball match analysis here presented is thought to represent all possible actions avail- able in the offensive (how the ball is controlled; how the

As participantes fizeram em média 207 ± 15 repetic ¸ões nos cinco minutos de exercício swing com um ritmo de 40 ± 1 repetic ¸ões por minuto (variac ¸ão de 40 até 43); já para

We conclude that eight weeks of progressive resistance training resulted in improvements on body composition evidenced by reduction of body weight and body fat, as well as

Se considerarmos -se as diferentes características de cada tipo de deficiência, os atletas de HCR passam pelo processo de classificac ¸ão funcional, no qual é avaliado o

Resumo O objetivo do presente estudo foi verificar a associac ¸ão entre dependência do exer- cício físico (DEF) e percepc ¸ão da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS)