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As mulheres como seres-no-mundo: o valor da experiência

Conforme os depoimentos anteriormente apresentados, parece que as mulheres de candomblé adquirem ao longo do tempo uma profundidade e uma compreensão da vida que vai muito além do visível. Quando uma sacerdotisa torna-se mãe-de-santo, sua vida será praticamente dedicada às obrigações com os orixás e à ajuda às pessoas.

As mulheres que se tornam mães-de-santo conseguem sempre menos ter uma vida particular ou, colocando de outra maneira, suas vidas privadas ficam estreitamente relacionadas ao lado religioso. Desse modo, também aquelas que já passaram pelas obrigações, tornam-se conselheiras e consoladoras das pessoas, pois tiveram tantas experiências próprias de vida e já escutaram tantas histórias alheias que, por isso, conhecem a fundo o coração humano.

Parece que as mães-de-santo conseguem encaixar as experiências, inclusive as de sofrimento, numa ordem que deve ser alcançada por meio das várias obrigações. O mundo do candomblé é um mundo de obrigações, de deveres, de disciplina. Detrás dos sorrisos das sacerdotisas se esconde uma firme procura interior e uma fé inabalável. Como uma vez falou Mãe Stella: "Para ser livre precisa passar através das obrigações!".

Elas não são mais donas de suas próprias vidas apenas, mas, pelo fato de saber mais, de não ser mais ingênuas, têm a obrigação - como me explicaram - de fazer a caridade. As pessoas de fora não sabem, então é necessário entender isso e ajudar como se pode.

As outras mulheres que não são mães-de-santo não têm obrigações tão pesadas, porém, além do trabalho e da família, devem voltar ao terreiro periodicamente a fim de ajudar na preparação dos rituais. As experiências da iniciação tornam-se um pacto indestrutível entre elas, o orixá e a comunidade, porque no futuro um pode precisar do outro. Cria-se, então, uma corrente na qual quem foi ajudado deverá ajudar depois. A iniciação é uma experiência prática, vivida no corpo e que será lembrada para sempre, pois foi incorporada na carne e, por isso, seu trabalho principal é dar valor à vida, à memória da ancestralidade, ao orixá.

Numa sociedade na qual essas mulheres foram historicamente vítimas da escravidão169, tornaram-se "mulheres que sabem" diante de um mundo de pessoas que "não sabem". Elas dão valor ao seu orixá, pois, conforme Mãe Stella, "o orixá é dentro de nós!"; elas podem se tornar o próprio orixá e, assim, transformar suas vidas. Há, desse modo, uma revalorização do papel da

mulher, pois o fato de poder ser mãe e não só num sentido carnal, é o valor supremo, e é através de parir filhos que assegura-se a continuação da vida e da tradição.

No candomblé e na vida dessas mulheres há um outro ponto de força: a vivência do sagrado no cotidiano. Não se trata de um deus distante que mora no céu. Os orixás vivem com e nas pessoas e descem periodicamente para trazer conforto e axé. O mundo do sagrado não é algo de difícil acesso, ou alcançável somente através de um mediador especial, o padre. No percurso ritual, no entanto, há todo um processo que leva as mulheres a acreditarem sempre mais na própria intuição e na própria experiência, pois elas são uma parte do divino e tornam-se deusa ou deus em determinadas circunstâncias. Tal experiência de entrar em transe e de saber-se ser um cavalo do deus faz a própria pessoa adquirir uma grande importância. O cotidiano não é mais algo ameaçador, pois elas sabem das dificuldades que podem encontrar e acreditam em suas intuições e na ajuda do sobrenatural. O dia, portanto, é experimentado como algo de acolhedor, de bom, que deve ser trabalhado, tanto para si mesmas, quanto para o orixá, o que se torna um valor supremo.

Nesses depoimentos percebe-se que a religião desempenha um papel fundamental de organização e de orientação de vida. É da religião que as mulheres de candomblé apreendem o próprio valor como mães, trabalhadoras, seres-no-mundo. Um mundo no qual cada um é chamado a agir conforme o próprio destino e a sua capacidade. Então a religião não consiste apenas numa série de princípios abstratos, mas em um conjunto de padrões corporificados ao longo do processo ritual, e nisso reside sua eficácia para se experiênciar e reorientar a própria vida e a dos outros. Cria-se assim uma cumplicidade entre mulheres que experimentaram os mesmos sentimentos e que passaram pelos mesmos rituais. Cumplicidade que não fica só dentro da própria comunidade, apesar de ter laços mais estreitos entre os irmãos e as irmãs-de-santo, mas abre-se aos outros seres humanos e enfim ao mundo, pois a vida pertence a todos.

C

ONCLUSÃO

Apesar da grande influência que as tradições africanas tiveram no Brasil, o candomblé na Bahia é ainda percebido como algo "de baixo nível"; algo "muito ligado à terra", em que "as pessoas não conseguem ter um maior desenvolvimento espiritual ou mental", pois os de fora "não sabem o que significam os rituais" e ainda vêem essa religião como ligada a algo de perigoso. A despeito de avaliações negativas e preconceituosas, há no candomblé uma sabedoria diferente, fundamentada na junção das partes que formam o ser humano, numa dinâmica "dançante". No candomblé, o ser humano não é percebido como algo fixo, mas como um processo e um diálogo de várias partes que se entrelaçam num jogo dinâmico, um jogo em que se ligam as forças externas do macrocosmo.

No candomblé, portanto, é considerado sábio, de conhecimento, aquele que sabe lidar com a união dessas partes numa dinâmica que abra possibilidades e que não feche "os caminhos". Através de oferendas e rituais tudo pode ser reavaliado e renegociado com as divindades, inclusive as questões que dizem respeito ao mundo social170. Essa concepção é profundamente diferente daquela ocidental, segundo a qual os saberes tornam-se sempre mais diferenciados e fechados, faltando a visão do todo. Esse todo é percebido no candomblé — a partir de suas próprias premissas, é claro — e é para o todo que o processo ritual leva os fiéis.

O candomblé enquanto religião estrutura e organiza uma visão do mundo na qual o indivíduo está em harmonia com a natureza. Por isso, a religião reorienta as pessoas no seu "ser- no-mundo" e atribui valor especial às coisas, aos animais, às plantas e aos outros seres humanos; enfim, à própria comunidade, pois é desenvolvendo seu papel na sociedade que o indivíduo também se constrói e dinamiza.

O corpo é, de fato, o centro de todo o processo ritual no candomblé. Um corpo que não é rejeitado ou afastado como fonte de "pecado", mas algo de valor, como uma base firme sobre a qual cada um deve se apoiar com confiança. Através do processo ritual, os fiéis aprendem a dar valor ao seus sentimentos e às suas intuições, abrindo-se a um outro tipo de conhecimento que

não se fundamenta só sobre o lado mental, mas sobre a experiência sensorial do corpo. O conhecimento se dá através da experiência do corpo, que não é simplesmente percebida como irracional ou de segundo nível, mas como algo que impulsiona a força vital que mantém e move o corpo humano.

Durante as diferentes etapas iniciáticas, as sacerdotisas do candomblé experimentam um processo do corpo, orgânico, no qual, por meio do sofrimento e da dor, conseguem alcançar um novo equilíbrio e uma nova força. Aprendem que não são mais sozinhas, mas amparadas por seu orixá e pela comunidade. No início, elas se defrontam com várias situações de perigo e de desequilíbrio, pois as percepções do corpo são pesadas e às vezes assustadoras, mas num segundo momento, a se estabelecer o vínculo da iniciada com o seu orixá pessoal, elas vão sentindo se equilibrarem as sensações e emoções, antes desordenadas e desconexas.

Esse "processo orgânico" leva os filhos-de-santo, ao prosseguirem no caminho místico, à feitura de santo, e então eles passam a dançar no ritual público: o transe passa a ser vivido como experiência fundamental. Podemos entender o transe como uma outra maneira de compreender o mundo que nos circunda; não há mais limite entre o interno e o externo, e o corpo habita o mundo no seu tempo e espaço. Pela possessão, que é uma reorganização dos princípios constitutivos da pessoa nos aspectos físico, mental e espiritual, o fiel se encontra com uma nova força dinâmica, que pode até mesmo em alguns casos curar doenças físicas e desequilíbrios mentais. No candomblé, como religiões de possessão, há um outro tipo de atenção e de sabedoria que é fundamentado no corpo e na procura da comunicação com os orixás. Há uma outra compreensão, mais sutil, que é baseada numa abertura maior para o "sentir", uma abertura dos sentidos.

A aprendizagem dos rituais dá-se através da interiorização de atos, palavras e gestos que não se apóia na leitura, mas na experiência da repetição, repetição que, não sendo algo de frio, permite um "ser-no-mundo" que penetra estavelmente nas coisas cotidianas, pois as representações dos caminhos místicos observam e utilizam os processos concretos do corpo e as técnicas da existência cotidiana. Nesse processo de constituição do conhecimento e do sentimento, a "presença" ameaçada consegue reagir e dinamicamente se reconstrói com técnicas e meios cotidianos ligados à cultura. Como dizia De Martino (1958), "a presença é estar presente

no próprio horizonte histórico-existencial", significando, assim, que a presença é a vida e o seu

movimento. Por isso o orixá, que é uma força viva, que dança no ritual, é "presente": ele age no mundo e nos mostra as suas ações, distribuindo o axé.

Conforme Prandi,

"É através do rito e do mito que cada um pode encontrar-se com uma identidade primal religiosamente descoberta e desvendada" (1991a: 24).

Essa identidade é o orixá dono da cabeça que acompanhará o fiel por toda a sua vida, amparando-o, protegendo-o ou até castigando-o, porque essa religião é uma religião de divindades-humanas que, como os seres humanos, experimentam as paixões. Assim, apreendendo a lidar com os orixás, o devoto apreende a lidar consigo mesmo e com a vida.

A arte presente nos rituais do candomblé, além de propiciar a fruição estética, serve para construir e chamar as energias dos orixás, pois acredita-se nas energias da natureza.

Diferentemente do pensamento ocidental que inclui as energias como parte do nosso ambiente, para os fiéis do candomblé os orixás são energias reais, são "as coisas-em-si-mesmas". Há assim algumas técnicas como a música e a dança que constroem e abrem os "caminhos energéticos" para o orixá se manifestar no ritual. Assim, também a audição e a visão não são mais simplesmente o ouvir, o ver, mas uma ampliação de todos os sentidos para um "sentir" que abrange a realidade, o lado energético-espiritual.

A história do candomblé está ligada à história da escravidão e das mulheres negras. Apesar de haver nos candomblés várias pessoas brancas de classe média, a raiz provém da ancestralidade africana e da luta para se manter fiel à própria cultura e tradição. Assim, a tristeza e a depressão dos escravos foram transformadas pelas sacerdotisas e pelos sacerdotes do candomblé numa "nascente" de força, vida e alegria, pois sempre os fiéis relatam a passagem do sofrimento a uma nova visão da vida fundamentada numa consciência do corpo, nas suas percepções e na fé aos orixás.

As filhas-de-santo conseguiram ter e dar uma visão de continuidade de vida, pois encontraram um caminho para a própria vida que não é uma série de fragmentos, mas apóia-se numa tranqüilidade interior que provém de sua prática religiosa. O adepto encontra seu lugar na ordem da cosmovisão, no jogo dos conceitos, dos sons, das rezas, das danças, dos perfumes e dos ritmos. As mulheres de candomblé ao alcançarem os níveis hierárquicos na religião, assumem uma sabedoria que lhes permite desenvolver também os papéis sociais com mais segurança e dignidade, pois elas aprenderam a dar valor aos seus próprios orixás, que no final são elas mesmas, e a divindade transforma a vida.

A ligação com o sagrado continua no cotidiano, dá força e ajuda a enfrentar a vida, que é difícil e continua sendo, agora até com mais obrigações a cumprir. A entrada do sagrado no cotidiano, do extraordinário no ordinário, também permite a consciência de não ser só, mas de ter um amigo sagrado que ampara. Elas aprendem no cotidiano, na prática das coisas, na escuta, que a vida continua e que apesar dos problemas e das dificuldades, há um fluxo de continuidade de existência desde o ancestral até o recém-nascido, seja no âmbito carnal seja no espiritual. As devotas têm consciência disso e do destino que deve ser cumprido, como afirma sempre a famosa Tia Cantu, "cada um tem seu destino a cumprir, eu já cumpri minha missão!". As mulheres de candomblé tornam-se orientadoras, pois percebe-se em suas palavras uma experiência de vida "verdadeira"; não são palavras vazias, por trás têm o valor da experiência e da continuidade da vida, pois enxergam os problemas das pessoas dentro de uma ordem na qual cada pessoa e coisa adquire um valor e um significado. Há uma grande simplicidade atrás deste mundo, simplicidade que não significa "coisa de pouco", mas uma compreensão do mundo nas suas coisas-em-si.

O papel central da mulher nas casas de tradição queto provém de sua condição de mãe e provedora, daquilo que materialmente dá continuidade à vida e à descendência, como Iemanjá ou Oxum. Ela também é uma mulher que luta e guerreia contra os inimigos por sua própria liberdade, como Oiá na mitologia encarnada pelos orixás que dançam. Quando, na Bahia, se fala em "ser escravo do orixá", o sentido é o de "ser servidor do orixá", de ser aquela pessoa que foi escolhida para caminhar segundo às vontades do deus. É a religião se auto-justificando.

Assim, esses e essas crentes que adotam tal visão de mundo conseguem "produzir um sentido" e dar sentido aos seus corpos, pois é ele o lugar onde se mostra o sentido.

B

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