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Capacidades Operacionais – Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco

4.4 Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco Análise dos Parâmetros

4.4.2 Capacidades Operacionais – Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco

Após a análise das Práticas Operacionais da Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco, foi realizada a análise das Capacidades Operacionais. Destaca-se que tais análises são comparativamente entre os elos, tendo em vista as oito dimensões utilizadas nesta pesquisa. Os quadros a seguir apresentam informações quanto ao grau de intensidade destas Capacidades, a partir do panorama encontrado em cada elo, gerando graus de intensidade comparativos entre eles, além da influência da tecnologia e do relacionamento com a T-KIBS para o desenvolvimento das referidas Capacidades.

Capacidades Operacionais Elos da Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco Elo PCP Elo PCG Elo EAP Elo EAG

C Cooperação Operacional Fraco Moderado Forte Moderado

C Customização Operacional Fraco Fraco Moderado Moderado

C Resposta Operacional Fraco Moderado Forte Moderado

C Melhoria Operacional Fraco Moderado Moderado Moderado

C Inovação Operacional / Forte Moderado /

C Reconfiguração Operacional Fraco Moderado Forte Moderado

C Cooperação Tecnológica Fraco Moderado Forte Moderado

C Cooperação em Cadeia de Suprimentos / Moderado Forte / Quadro 39 – Capacidades Operacionais da Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco. Fonte: Elaboração própria.

Capacidades Operacionais da Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco

Influência da Tecnologia nos elos Agrícolas Processamentos

C Cooperação Operacional / Fraca

C Customização Operacional / /

C Resposta Operacional Moderada Forte

C Melhoria Operacional Forte Forte

C Inovação Operacional Forte Forte

C Reconfiguração Operacional Moderada Forte

C Cooperação Tecnológica Forte Forte

C Cooperação Cadeia de Suprimentos / /

Quadro 40 – Influência da Tecnologia nas Capacidades Operacionais da Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco.

Fonte: Elaboração própria.

Com relação à Cooperação Operacional, verificou-se que os elos agrícolas e de processamentos apresentaram atividades para esta dimensão. Com relação aos elos agrícolas, verificou-se que o elo Produtores de Coco – Pequeno Porte (PCP) apresenta mais dificuldades para o estabelecimento de cooperações, tanto entre empresas do mesmo elo quanto com fornecedores. Estas dificuldades também são apontadas pelo elo Produtores de Coco – Grande Porte (PCG) porém, mesmo assim, as empresas conseguem

realizar algumas atividades voltadas para esta dimensão. Por serem mais estruturadas, conseguem articular melhor suas relações operacionais dentro e fora do elo. Já para os elos de processamento, ambos apresentam bons indicadores para esta dimensão, apesar do elo Envasadores de Água de Coco – Pequeno Porte (EAP) exibir maior intensidade nas atividades. Isto se deve ao fato deste elo possuir mais atividades diretamente com seus fornecedores. No entanto, conforme relatos, esta dimensão é afetada pela falta de organizações setoriais como associações, cooperativas, ou fóruns setoriais que auxiliem no desenvolvimento de Cooperações Operacionais para estes elos. Porém, conforme apresentado nas análises dos elos, a tecnologia de processos de envase de água de coco ou o relacionamento com a T-KIBS não apresentaram influência para o desenvolvimento desta dimensão para os elos agrícolas, já que as poucas atividades são decorrentes de ações gerenciais e não da tecnologia em si. Para os elos de processamento, apresentaram pouca influência.

Para a dimensão de Customização Operacional, verificou-se que os elos agrícolas apresentaram menor intensidade de ações quando comparados com os elos de processamento. Isto se deve ao fato dos elos de processamento apresentarem mais atividades de ajustes de máquinas e equipamentos, desenvolvimento de patentes e know- how, além de participação da equipe na resolução de problemas e proposição de ajustes operacionais. Conforme apresentado, tem-se que a tecnologia de processos de envase de água de coco ou o conato com a T-KIBS não apresentaram influência sobre esta dimensão, sendo suas atividades consequências de ações gerenciais das empresas.

Quanto à dimensão de Resposta Operacional, apesar das oscilações, apresentou ser um pouco mais intenso nos elos de processamento do que nos elos agrícolas. Isto se deve à flexibilidade que os elos de processamento possuem no que diz respeito ao trabalho mais próximo aos clientes e possibilidades de implementação de certificações, ajustes de produtos, dentre outros. Estas atividades são mais expressivas no elo Envasadores de Água de Coco – Pequeno Porte (EAP) devido a algumas destas empresas possuírem como clientes algumas empresas do elo Envasadores de Água de Coco – Grande Porte (EAG), o que facilita estas relações operacionais. Conforme apresentado nas análises, tem-se que a tecnologia de processos de envase de água de coco ou o relacionamento com a T-KIBS influenciaram o desenvolvimento da dimensão de Resposta Operacional de forma modera

para os elos agrícolas e forte para os elos de processamento, apesar das diferenças apresentadas nas intensidades das atividades.

Com relação a Melhoria Operacional, verificou-se que os elos apresentam intensidade aproximada quanto às ações para esta dimensão, salvo o elo Produtores de Coco – Pequeno Porte (PCP) que apresentou menor intensidade. Isto se deve ao fato de que as empresas de pequeno porte para a área agrícola possuem mais restrições de recursos para executarem alterações que repercutam em Melhorias Operacionais, apesar de apresentarem atividades neste sentido. Por outro lado, para os elos de processamento, a execução de ações para esta dimensão são parte de suas estratégias de competitividade, haja vista o crescente número de empresas do setor, o que demanda maior efetividade operacional que auxiliem no alcance de bons desempenhos. Conforme apresentado nas análises, tem-se que a tecnologia de processos de envase de água de coco verde ou o relacionamento com a T-KIBS influenciaram no desenvolvimento desta dimensão, ao proporcionarem demandas de mercado para que as empresas fossem estimuladas às ações de Melhorias Operacionais, para manterem-se competitivas.

No que diz respeito a Inovação Operacional, tem-se que os elos Produtores de Coco – Grande Porte (PCG) e Envasadores de Água de Coco – Pequeno Porte (EAP) apresentaram bons índices de ações visando mudanças em seus modelos de negócios ou a busca por novos tipos de clientes, por meio de inovações radicais para as empresas, mesmo que dentro de seus contextos. Estes dois elos se destacaram, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento de ações para processamento intermediário da água de coco, visando o mercado B2B, bem como o processamento da casca de coco verde, visando o uso agrícola e soluções para problemas com o acúmulo deste resíduo nas indústrias de processamento. Destaca-se a atuação da T-KIBS quanto ao processamento da casca, uma vez que possui tecnologias de processamento que viabilizam estas operações. Tais ações são mais expressivas no elo Produtores de Coco – Grande Porte (PCG) por envolver a ampliação de atuação agrícola para a inserção de etapas industriais. Assim, conforme apresentado nas análises, tem-se que a tecnologia de processos de envase de água de coco verde ou o relacionamento com a T-KIBS influenciaram fortemente no desenvolvimento desta dimensão para os referidos elos, apesar da não atuação expressiva dos elos Produtores de Coco – Pequeno Porte (PCP) e Envasadores de Água de Coco – Grande Porte (EAG).

Para a Reconfiguração Operacional, nos elos agrícolas, verificou-se que as empresas atuam aproximadamente nos mesmos temas de atividades. Porém, devido ao porte das empresas do elo Produtores de Coco – Grande Porte (PCG), elas acabam se diferenciando ao apresentarem mais ações de Resposta Operacional às mudanças de cenários externos. Como exemplo disso, tem-se as alterações que este elo enfrentou no que diz respeito à estiagem que já estava no seu quinto ano seguido, à época da coleta de dados desta pesquisa. Com isso, estas empresas tiveram que investir em readequações operacionais, principalmente quanto a novas formas de captação, armazenagem e uso hídrico, para manterem a produtividade e atenderem a demanda, principalmente das indústrias. Estas ações foram mais expressivas nas empresas de maior porte, devido à disponibilidade de recursos. Já com as empresas do elo Envasadores de Água de Coco – Pequeno Porte (EAP), as ações mais intensivas ocorreram devido à sensibilidade que tais empresas possuem quanto à entrada de novos concorrentes, falta de matéria prima (devido à estiagem), adequações normativas e ajuste operacionais visando a manutenção dos níveis de competitividade. Conforme apresentado nas análises, tem-se que a tecnologia de processos de envase de água de coco e o relacionamento com a T-KIBS influenciou o desenvolvimento desta dimensão moderadamente para os elos agrícolas e de fortemente para os elos de processamento.

Quanto à Cooperação Tecnológica, para os elos agrícolas, verificou-se que as empresa do elo Produtores de Coco – Grande Porte (PCG) apresentaram melhores intensidades nas ações de acesso a T-KIBS, principalmente no que diz respeito a participação em capacitações e consultorias, NPD, resoluções de problemas em conjunto, bem como ajustes em máquinas e equipamentos. Esta diferença para tais elos refere-se ao porte das empresas, bem como à desarticulação das empresas de pequeno porte, sem associações ou cooperativas, o que pulveriza amplamente as demandas e dificulta possibilidades de interações com T-KIBS. Quanto aos elos de processamento, verificou-se que as empresas do elo Envasadores de Água de Coco – Pequeno Porte (EAP) utilizam muito mais as ações de capacitações, consultorias e resoluções de problemas com T-KIBS, do que as empresas do elo Envasadores de Água de Coco – Grande Porte (EAG). Isto se deve ao fato de que as empresas de maior porte investem mais agressivamente em formação técnica interna para resolução de problemas e ajustes, utilizando-se menos destas cooperações com T-KIBS, apesar de possuírem bastante interrelações. Conforme

apresentado nas análises, verificou-se que a tecnologia de processos de envase de água de coco verde e o relacionamento com a T-KIBS influenciaram fortemente no desenvolvimento desta Capacidade, guardadas as devidas proporções para os elos.

Para a dimensão de Cooperação em Cadeia de Suprimentos, para os elos agrícolas, verificou-se a existência de atividades relevantes para o elo Produtores de Coco – Grande Porte (PCG). Isto se deve ao fato que tais empresas mantêm algumas relações entre si, principalmente para ações de benchmarking, além de conseguirem barganhar algumas relações com as indústrias de envase de água de coco verde. Já para os elos de processamento, verificou-se que as atividades foram mais relevantes para as empresas do elo Envasadores de Água de Coco – Pequeno Porte (EAP), do que para o elo Envasadores de Água de Coco – Grande Porte (EAG). Tais ações estão voltadas para relacionamentos com fornecedores, bem como atividades de benchmarking. Vale destacar que todos os elos relataram dificuldades em se estabelecer parcerias operacionais dentro do mesmo elo, ou entre os elos. Com isso, mesmo com algumas atividades para esta dimensão, verificou-se que a tecnologia de envase de água de coco verde não apresentou influência para o desenvolvimento desta dimensão, uma vez que as atividades resultam de ações gerenciais e relacionamentos interpessoais entre as empresas.

Após estas análises, verificou-se que a tecnologia de processos de envase de água de coco verde contribuiu, de forma geral, para o desenvolvimento de Capacidades Operacionais da Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco Verde. Estas Capacidades, conforme apresentado, são reflexo da influência exercida pela tecnologia nas Capacidades Operacionais dos elos, bem como nas Práticas Operacionais, que se mostram como antecessoras do desenvolvimento de Capacidades. Destaca-se a que estas contribuições foram mais expressivas nas Capacidades de Resposta Operacional, Melhoria Operacional, Inovação Operacional, e Cooperação Tecnológica. Reforça-se que esta última não estava prevista na proposta inicial desta pesquisa, mostrando-se como relevante Capacidade para auxiliar na compreensão dos diferenciais competitivos proporcionados pela interação com a T-KIBS pesquisada ou com outras empresas de tecnologia. No entanto, destaca-se que três Capacidades apresentaram resultados menos expressivos que as demais. A Capacidade de Cooperação Operacional chamou atenção para oportunidade de desenvolvimento de ações no sentido de se inter-relacionar melhor as empresas e os elos da Cadeia, principalmente nas relações com fornecedores e pares.

Já a Capacidade de Customização Operacional não apresentou interação com a tecnologia ou a T-KIBS por se tratar de ações que dizem mais respeito às ações gerenciais das empresas. Vale destacar a presença das Capacidades de Cooperação em Cadeia de Suprimentos e de Cooperação Tecnológica, mesmo que somente em alguns elos, devido às restrições já apresentadas. Estas duas Capacidades não pertenciam à proposta inicial de pesquisa, formulada a partir da revisão teórica. Porém, elas apareceram como achado de pesquisa, mediante os relatos das empresas pesquisadas. Assim, trata-se de uma contribuição às Capacidades Operacionais, quando analisadas no contexto amplo da Cadeia de Suprimentos e suas relações com agentes externos, como T-KIBS e suas tecnologias.

4.4.3 Desempenhos Operacionais – Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco

Após a análise das Práticas e das Capacidades Operacionais da Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco, foi realizada a análise dos Desempenhos Operacionais. Com este Parâmetro Operacional consegue-se verificar quais tipos de resultados operacionais os elos e a Cadeia têm alcançado. Destaca-se que tais análises são comparativas, tendo em vista as seis dimensões utilizadas nesta pesquisa. Os quadros a seguir apresentam informações quanto ao grau de intensidade das dimensões do Desempenho, a partir do panorama encontrado em cada elo, gerando graus de intensidade comparativos entre eles, além da influência da tecnologia e do relacionamento com a T-KIBS para as referidas dimensões.

Desempenhos Operacionais Elos da Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco Elo PCP Elo PCG Elo EAP Elo EAG

D Qualidade Fraco Moderado Forte Moderado

D Entrega Fraco Moderado Forte Moderado

D Flexibilidade (Produto) Forte Moderado Forte Moderado

D Custos Moderado Forte Forte Moderado

D Negócio Moderado Moderado Fraco /

D Produtividade Moderado Moderado Fraco /

Quadro 41 – Desempenhos Operacionais da Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco. Fonte: Elaboração própria.

Desempenhos Operacionais da Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco

Influência da Tecnologia nos elos Agrícolas Processamentos

D Qualidade Moderada Forte

D Entrega / Forte

D Flexibilidade (Produto) Forte Forte

D Custos / Forte

D Negócio Forte Forte

D Produtividade / Forte

Quadro 42 – Influência da Tecnologia nos Desempenhos Operacionais da Cadeia de Suprimentos de Envase de Água de Coco.

Fonte: Elaboração própria.

Com relação ao Desempenho de Qualidade, para os elos agrícolas, verificou-se que esta dimensão foi mais intensa no elo Produtores de Coco – Grande Porte (PCG) do que no elo Produtores de Coco – Pequeno Porte (PCP). Isto se deve ao fato de que as empresas de maior porte apresentaram mais ações que contribuem com bom Desempenho em Qualidade, como conformidade de produtos, controle e redução de desperdícios de frutos, além de processos de estabelecimento e controle de políticas de qualidade mais rígidos. Com isso, verifica-se que o porte das empresas, bem como a disponibilidade de recursos (estruturais, financeiros, equipamentos e pessoal), influenciou no alcance destes resultados superiores. Com relação aos elos de processamento, as empresas de menor porte apresentaram informações mais detalhadas sobre esta dimensão, apesar das empresas do elo Envasadores de Água de Coco – Grande Porte (EAG) também apresentarem bons índices. Como estas são comparações qualitativas, elas não estão medindo quais empresas possuem mais qualidade, mas sim, quais empresas apresentaram mais códigos referentes a ações de qualidade. Além disso, destaca-se que a água de coco verde é um produto bastante sensível a alterações físico-químicas, o que leva às empresas de processamento a processos mais rígidos de qualidade. Assim, tem-se que, para esta dimensão, a tecnologia de processos de envase de água de coco verde e a relação com a T-KIBS influenciaram moderadamente os elos agrícolas e fortemente os elos de processamento.

Para o Desempenho de Entrega, com relação aos elos agrícolas, verificou-se que as empresas do elo Produtores de Coco – Grande Porte (PCG) apresentaram mais ações voltadas para esta dimensão, tais como cumprimentos de prazos, de critérios de entrega, bem como flexibilidade de negociação quanto aos modais de entrega e prazos. Além dos portes das empresas, outro ponto influenciou nesta dimensão que foi o fato de que as empresas do elo PCG lidam diretamente com as indústrias de envase. Já as empresas do elo Produtores de Coco – Pequeno Porte (PCP), em sua maioria, negociam com

intermediários, ou “atravessadores”, por não possuírem volume suficiente para custear o frete ou o meio de transporte para o frete. Assim, verifica-se que estes aspectos interferem no desempenho desta dimensão. Para as empresas dos elos de processamento, tem-se situação análoga. No caso das empresas do elo Envasadores de Água de Coco – Pequeno Porte (EAP), elas mantêm contato mais próximo com os clientes, inclusive os consumidores finais. Além disso, algumas empresas atuam bastante no mercado B2B, o que favorece a interface com o cliente, apresentando mais ações quanto a esta dimensão. Por outro lado, as empresas do elo Envasadores de Água de Coco – Grande Porte (EAG) possuem ações mais objetivas quanto a esta dimensão, por tratarem com varejistas, atacadistas ou exportadores. Isto faz com que as ações desta dimensão sejam mais específicas. Assim, conforme já apresentado, tem-se que a tecnologia de processos de envase de água de coco verde ou o relacionamento com T-KIBS não influenciaram o desenvolvimento desta dimensão para os elos agrícolas, por estarem mais focados em questões logísticas de transporte. Já para os elos de processamento, estas variáveis apresentaram forte influência no desenvolvimento desta dimensão, na medida em que possibilitaram mais flexibilidade para envase, armazenamento e tempo de prateleira.

No que diz respeito ao desempenho de Flexibilidade de Produtos, para os elos agrícolas, verificou-se que as empresas do elo Produtores de Coco – Pequeno Porte (PCP) apresentam maior flexibilidade devido à alternância de produtos entre coco verde e coco seco, de acordo com as variações de mercado, além de trabalharem com outras culturas agrícolas ou pastoris no mesmo ambiente. Já as empresas do elo Produtores de Coco – Grande Porte (PCG) atuam de forma mais focada em coco verde. Além disso, dado o tamanho das propriedades, preferem atuar em monocultura, ou policultura em menor proporção, quando comparados com as empresas de pequeno porte. Para os elos de processamento, verificou-se que as empresas do elo Envasadores de Água de Coco – Pequeno Porte (EAP) apresentam maior flexibilidade de produtos, uma vez que trabalham com mais de um tipo de apresentação para poder atingir diversos perfis de clientes. Além disso, trabalham, também, com água de coco em grandes embalagens, para o mercado B2B, o que proporciona a estas empresas maior intensidade quanto a esta dimensão. Assim, conforme já apresentado, tem-se que a tecnologia de processos de envase de água de coco verde e o relacionamento com T-KIBS influenciaram fortemente no desenvolvimento desta dimensão.

Com relação ao Desempenho de Custos, verifica-se que os elos apresentam bons resultados quanto a esta dimensão. Para os elos agrícolas, apesar dos aumentos dos custos de produção e redução dos preços do fruto, dado o aumento da demanda, as empresas afirmaram que a redução do desperdício e a implementação de ações para a redução dos custos operacionais contribuíram para o bom desempenho nesta dimensão. Isto foi mais expressivo nas empresas do elo Produtores de Coco – Grande Porte (PCG), uma vez que o volume de produção e de comercialização é maior, o que faz com que o custo final se torne menor, por se diluir entre as quantidades. No entanto, as empresas relataram que esta melhoria na redução de custos se deu como resultado de ações das próprias empresas do que do mercado. Já para as empresas dos elos de processamento, o elo Envasadores de Água de Coco – Pequeno Porte (EAP) apresentou melhores resultados quanto a custos