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3. Enquadramento da prática profissional

3.2. Caracterização da instituição educativa

A Escola Básica Dr. Costa Matos pertence à rede pública, sendo portanto, a sua entidade tutelar o Ministério da Educação. Esta instituição educativa localiza-se na Rua José Fontana, freguesia de Mafamude e Santa Marinha, concelho de Vila Nova de Gaia.

O atual edifício do estabelecimento de ensino encontra-se em funcionamento desde outubro de 1973, substituindo a antiga Escola Preparatória Teixeira Lopes, situada na Rua Raimundo de Carvalho, que foi, em tempos, um edifício com três pisos e que abarcava cerca de trezentos alunos. A instituição educativa possui, atualmente, capacidade para admitir cerca de mil alunos.

Os espaços físicos que compõem este estabelecimento de ensino são diversificados, promovendo condições de conforto e qualidade aos alunos, embora seja uma instituição que já celebrou os seus trinta e nove anos de existência.

Assim sendo, relativamente ao espaço interior do edifício, que se encontra distribuído por seis blocos, em termos gerais, este é constituído por salas de aula, algumas delas com recursos materiais como projetor multimédia e computadores com ligação à internet; uma biblioteca que dispõe de um vasto acervo, nomeadamente, obras literárias, livros didáticos, obras de referência como enciclopédias e dicionários, bem como uma área de informática; um auditório; salas destinadas a atividades/funcionalidades específicas, nomeadamente salas de informática e salas de música; uma sala de estudo; uma cantina com lotação para 87 alunos; uma cozinha pedagógica, reservada aos Cursos de Educação e Formação (CEF) na vertente de cozinha; um espaço polivalente onde se localiza o bar de alunos e a papelaria/reprografia; uma sala de professores, destinada a reuniões, trabalho e convívio dos docentes; um local reservado aos serviços administrativos; uma sala para a

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direção executiva; um gabinete para os diretores de turma, destinada a reuniões com os encarregados de educação; um gabinete de integração educativa e, ainda, uma Unidade de Multideficiência reservada aos alunos que necessitam de infraestruturas diferentes daquelas que a escola normalmente disponibiliza.

Ainda no que respeita aos recursos físicos, é de todo importante salientar que esta instituição está preparada para receber alunos com dificuldades motoras/NEE, uma vez que apresenta um conjunto de recursos adequados a estas, nomeadamente casas de banho adaptadas e uma sala de educação especial equipada com materiais adaptados com vista a apoiar esses alunos.

No que respeita à área destinada à EF, o estabelecimento de ensino dispõe de um pavilhão gimnodesportivo, com uma arrecadação bem apetrechada com um vasto leque de materiais para uso nas aulas de EF e treinos de Desporto Escolar (DE).

No que concerne ao espaço exterior da Escola Básica Dr. Costa Matos, este é bastante considerável, com condições favoráveis à utilização livre e segura por parte dos alunos. Este também dispõe de uma área reservada à EF, concretamente um relvado sintético que possui um campo de futebol de sete e dois de futebol de cinco. Com ligação ao relvado sintético, existe, ainda, outro campo com pavimento cimentado, porém de menores dimensões, constituído por duas balizas e dois cestos de basquetebol.

De notar, ainda, que é possível constatar que a escola revela uma consciência ecológica, podendo comprová-lo com o envolvimento no projeto intitulado "Projeto eco escolas e proteção da natureza", enumerado no projeto educativo (PE). Este tem como objetivo conquistar "...um espaço próprio na consciencialização educativa e formativa de todos os membros da comunidade educativa para a preservação da natureza e [para] as questões ambientais" (PE, 2013, p. 24).

Destaca-se, também, a presença de extintores em todos os blocos no caso da ocorrência de alguma emergência, o que facilita o seu acesso aquando de um perigo eminente.

Importa ressalvar que, o estabelecimento de ensino tem sofrido alterações/remodelações ao longo dos tempos com vista a apresentar um aspeto mais cuidado e asseado, todavia, alguns espaços ainda necessitam ser

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remodelados. Era importante, nomeadamente, que os espaços fossem equipados com aquecimento central, com o intuito de melhorar o conforto de quem o frequenta, na medida em que há alguns deles, por exemplo o pavilhão, em que se faz sentir muito frio.

Relativamente às interações que se estabelecem na instituição educativa, estas são bastante positivas e acima de tudo baseadas no apoio e respeito mútuo.

A Escola Básica Dr. Costa Matos é sede do agrupamento de escolas, portanto, “…é uma unidade organizacional, dotada de órgãos próprios de administração e gestão, constituída por estabelecimentos de educação pré- escolar e escolas de um ou mais níveis e ciclos de ensino, com vista à realização (…) [de determinadas] finalidades” (DL n.º 137/2012, artigo 6.º, ponto 1).

Deste modo, a instituição educativa em causa reúne cinco escolas do ensino básico com as valências educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico (Escola EB1/JI da Bandeira; Escola EB1/JI das Matas; Escola EB1/JI Quinta dos Castelos; Escola EB1 Cabo-Mor; e a Escola EB1/JI das Devesas) e uma de 2.º e 3.º ciclo do ensino básico. Esta última corresponde, precisamente, ao estabelecimento de ensino no qual se desenvolveu o estágio profissional e onde, tal como referido, se situa a sede do agrupamento designado agrupamento de escolas Dr. Costa Matos.

A Escola Básica Dr. Costa Matos possui instrumentos que constituem o exercício da sua autonomia, tal como é preconizado no Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho (artigo 9.º), nomeadamente o PE, o regulamento interno (RI), os planos anual e plurianual de atividades e o orçamento.

O PE, de acordo com o mesmo documento legal, constitui-se como “…o documento que consagra a orientação educativa do agrupamento de escolas (…), no qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o agrupamento de escolas (…) se propõe cumprir a sua função educativa” (DL n.º 137/2012, capítulo II, artigo 9.º, ponto 1, alínea a). Portanto, elaborar um PE é delinear, sobretudo, as opções da escola, a sua missão, isto é, os valores, princípios e finalidades que mobilizam a ação educativa. Neste sentido, o PE do agrupamento de escolas Dr. Costa Matos estabelece como principal finalidade educativa “…criar um contexto de

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aprendizagem desafiador que encoraje altas expectativas de sucesso através do desenvolvimento de um ensino e formação adequados que facilitem a emergência de diferenças individuais e diversos estilos de aprendizagem” (PE, 2013, p. 4).

Conforme este mesmo projeto, são definidos alguns valores e princípios orientadores que vão ao encontro da finalidade educativa enunciada anteriormente onde uma das principais preocupações se centra na preparação dos alunos para a inserção na sociedade, dotar os alunos de espírito crítico, consciência dos seus atos, capacidade de intervenção e participação, valorização do outro, entre outros aspetos que influenciarão, em grande medida, a sua participação na vida pública enquanto cidadãos (PE, 2013).

No que respeita ao RI, este trata-se de um documento que facilita o bom funcionamento das instituições educativas que integram o agrupamento de escolas, na medida em que “…define o regime de funcionamento do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada, de cada um dos seus órgãos de administração e gestão, das estruturas de orientação e dos serviços administrativos, técnicos e técnico – pedagógicos…” (DL n.º 137/2012, artigo 9.º, ponto 1, alínea b). Além do mais, é precisamente no RI que estão traçados os direitos e os deveres de todos os intervenientes no processo educativo (DL n.º 137/2012, de 2 de julho).

Os planos anual e plurianual de atividades regem-se pelo PE, pois, conforme o Decreto-Lei n.º 137/2012 (artigo 9.º, ponto 1, alínea c) definem, em função do mesmo, “…os objetivos, as formas de organização e de programação das atividades e que procedem à identificação dos recursos necessários à sua execução”.

Por último, não posso deixar de referir o orçamento, dado que este também se constitui como um instrumento de autonomia que o agrupamento possui. Neste documento estão esboçadas as receitas que o agrupamento de escolas preveem obter, bem como as despesas que presumem efetuar (DL n.º 137/2012, de 2 de julho).

Terminada a análise global da instituição educativa, parece agora oportuno fazer uma breve caraterização da turma onde decorreu o estágio profissional, uma vez que é crucial que o profissional de educação conheça,

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não só a instituição educativa, como também a turma onde vai intervir para poder adequar a sua ação educativa.