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Idéias sobre a relação família-escola

Nesta categoria, incluem-se idéias e concepções sobre a relação família- escola, indicações de quando e porque a relação acontece, momentos cotidianos nos quais se percebe a ocorrência desta relação e, também, a quem é atribuída a iniciativa para esta relação.

Funções da escola

Nesta categoria, incluem-se as funções, papéis e responsabilidades atribuídas à escola e aos seus atores na relação família-escola, e sugestões de possíveis funções e ações em prol dessa relação.

Funções da família3

Nesta categoria, incluem-se as funções, papéis e responsabilidades atribuídas à família (pais) na educação dos filhos, na relação família-escola, e sugestões de possíveis funções e ações em prol dessa relação.

Papel do aluno na relação família-escola

Nesta categoria, incluem-se as funções, papéis e responsabilidades atribuídas aos alunos no seu processo de desenvolvimento e de aprendizagem e na relação entre família e escola.

Participação dos pais no Ensino Médio

Nesta categoria, incluem-se indicações relacionadas à participação e ao acompanhamento dos pais no Ensino Médio - dificuldades, limites e projetos - e sugestões de como poderia ser a participação dos pais nesta etapa da escolarização.

Relação pais e filhos adolescentes

Nesta categoria, incluem-se indicações sobre a relação entre os pais e seus filhos adolescentes e, também, concepções sobre a adolescência.

Dificuldades dos psicólogos escolares na atuação com as famílias4

Nesta categoria, incluem-se indicações sobre as dificuldades percebidas e vivenciadas pelos psicólogos escolares na atuação junto às famílias, e sugestões que podem contribuir para melhorar a relação família-escola.

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Esta categoria não está presente no Grupo 4 - Alunos.

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Tabela 7

Tabela-definição das categorias referentes ao grupo 5

CATEGORIAS5 DEFINIÇÕES

Desvalorização do professor

Nesta categoria, incluem-se indicações sobre a desvalorização do professor pelos pais, alunos, sociedade e governo.

Alunos como reflexos dos contextos familiar e

social

Nesta categoria, incluem-se indicações sobre as atitudes e valores dos alunos como reflexos passivos da dinâmica, dos problemas familiares e da cultura na qual estão inseridos.

(Des)Preparo dos professores e da escola para receber críticas dos

pais

Nesta categoria, incluem-se indicações sobre o (des)preparo dos professores e da escola para receber e lidar com as críticas dos pais, bem como sobre a necessidade de se prepararem para recebê-las.

A escola deve ensinar os pais a serem pais

Nesta categoria, incluem-se indicações relacionadas à função da escola de ensinar, orientar e instrumentalizar os pais no que diz respeito a como ser um bom pai e as formas adequadas de participação na escola, atendendo ao perfil de família idealizado pelos professores.

Dá trabalho educar filho

Nesta categoria, incluem-se indicações relacionadas à percepção dos pais como responsáveis pela função educativa, no sentido de ser uma função trabalhosa.

Sugestões para promover a relação família-escola

Nesta categoria, incluem-se sugestões dos participantes no sentido de transformar e promover a relação família-escola.

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Nas categorias referentes ao Grupo 5 – Grupo de professores, incluem-se, também, as categorias: Idéias sobre a relação família-escola; Funções da escola; Funções da família; e Participação dos pais no Ensino Médio, apresentadas na Tabela 6.

6.1.2 ETAPA 2: RESULTADOS ESPECÍFICOS DE CADA GRUPO DE PARTICIPANTES

Nesta etapa, as tabelas-síntese das categorias são apresentadas e discutidas, por grupo de participantes, a partir dos temas e das categorias que apresentam maior relevância e capacidade de diálogo com a teoria. As verbalizações dos próprios sujeitos são utilizadas como recurso exemplificativo.

Cada tabela contém três colunas, sendo que a primeira refere-se à identificação dos participantes, a segunda refere-se aos temas e a terceira contém exemplos das verbalizações dos participantes.

Grupo 1 – Psicólogos Escolares

Antes de iniciar a discussão das categorias criadas a partir da análise das entrevistas com as psicólogas escolares é importante contextualizar a atuação das participantes desse estudo, por entender que este procedimento já esclarece alguns pontos de discussão que se apresentarão adiante.

A diferença no tempo de atuação em Psicologia Eescolar (PE1 tem mais de 20 anos de atuação e PE2 tem quase dois anos), reflete experiências bastante distintas e específicas a considerar o momento histórico no qual cada uma se formou e se inseriu no mercado de trabalho, o processo de construção da identidade profissional, o percurso profissional, as vivências pessoais e profissionais, entre outros aspectos. Entretanto, apesar de PE2 ter menos tempo de formação e de atuação em Psicologia Escolar, a mesma tem mais experiência na atuação com o Ensino Médio6, pois que a escola particular em que trabalha oferece essa modalidade de ensino. Já PE1 tem uma experiência recente, por volta de seis

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PE2 tem um ano e seis meses de tempo de atuação em Psicologia Escolar, que é o mesmo tempo de trabalho na instituição em que está inserida.

meses, de atuação com o Ensino Médio, uma vez que a atuação da Psicologia Escolar na rede pública de ensino do Distrito Federal tem uma proposta específica que se destina, preferencialmente, aos alunos da Educação Infantil e primeira etapa do Ensino Fundamental (1ª à 4ª série). No momento atual, esta proposta diz respeito às Equipes de Atendimento/Apoio à Aprendizagem, constituídas por um psicólogo, um pedagogo e um orientador educacional. Estas equipes realizam avaliação diagnóstica, processual e intervenção psicopedagógica aos alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem e/ou necessidades educacionais especiais; apoio ao corpo docente com objetivo de auxiliá-lo a desenvolver estratégias educacionais adequadas às diferentes necessidades dos alunos; sensibilização das famílias para maior participação no processo de avaliação e de intervenção; e intervenção preventiva na comunidade escolar para informar e sensibilizar sobre a importância do serviço de apoio psicopedagógico (SEE-DF, 2006).

A partir da análise histórica realizada por G. M. G. Araújo (2006) em relação à atuação da Psicologia e da Educação no âmbito da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal – SEE-DF, observa-se que, desde a década de 60, instituíram-se serviços de apoio destinados aos alunos com dificuldades de aprendizagem, portadores de deficiência e distúrbios que afetam a aprendizagem. Ao longo dos anos, o serviço de apoio oferecido aos alunos recebeu diversos formatos e nomes, sendo que o atendimento sempre foi prioritário à Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª à 4ª série.

Sendo assim, o âmbito de atuação de PE1, em virtude da proposta elaborada pela SEE-DF, prioriza, preferencialmente, os alunos com dificuldades de aprendizagem e com necessidades educacionais especiais das séries iniciais da escolarização.

No ano de 2006, a Regional de Ensino7 do Guará8 identificou a seguinte demanda: alunos com necessidades educacionais especiais da rede pública que eram atendidos pelas

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Regional de Ensino é uma unidade orgânica executiva subordinada à Diretoria de Unidades Regionais da Subsecretaria de Suporte Educacional com a competência de, dentre outras, coordenar, orientar e

equipes ingressaram no Ensino Médio sem o apoio das equipes. As escolas que receberam estes alunos em caráter inclusivo se depararam com diversas dificuldades e solicitaram apoio às Equipes de Atendimento/Apoio à Aprendizagem. Diante dessa demanda, a Regional do Guará indicou uma equipe para acompanhar quatro escolas de Ensino Médio com o intuito de auxiliar na inclusão de tais alunos, sendo que, entre os profissionais desta equipe, inclui-se a psicóloga escolar (PE1) participante deste estudo. O trabalho desta equipe iniciou-se e encerrou-se no ano de 2006.

Durante a entrevista, PE1 esclarece como foi seu trabalho junto às escolas de Ensino Médio. Toda semana ela ia às quatro escolas, que atendem por volta de 3.700 alunos, “com a proposta menos de um olhar no aluno, no sistema educacional, e apresentando ao sistema educacional o aluno, esse aluno que era encaminhado, fosse ele com dificuldade de aprendizagem, fosse ele com dificuldade de relacionamento ou porque ele é especial” (PE1). O trabalho desenvolvido na escola pública de Ensino Médio tinha como foco principal este último ponto: a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, especificamente “como é o processo de ensino aprendizagem de alunos com distúrbio de comportamento” (PE1). Assim, “a grande demanda ficou como agir com esse aluno em sala de aula, como eu posso dar a minha aula, como eu posso avaliar meu aluno porque eram avaliações bastante diferenciadas do padrão” (PE1).

E é a partir deste contexto e desta demanda específica de inclusão que se desenvolve a experiência e atuação de PE1 com o Ensino Médio e com as famílias, diferentemente de PE2 que atua em uma única escola particular que oferece turmas do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. Assim sendo, no decorrer da entrevista, PE1 menciona diversas ações próprias da Psicologia Escolar, mas que não foram desenvolvidas supervisionar as ações administrativas e pedagógicas, executadas pelas unidades de ensino em sua área de atuação. (Regimento Interno da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, 2001).

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na realidade do Ensino Médio pelo fato de que sua experiência profissional de 22 anos na SEE-DF ter sido, principalmente, na Educação Infantil e Ensino Fundamental.

Feita esta contextualização dá-se início à discussão dos principais indicadores que emergiram da análise dos dados das psicólogas escolares. A análise das entrevistas de PE1 e PE2 indicou um total de 7 categorias conforme apresentado nas tabelas de 8 a 14 e discutidas a seguir.

Tabela 8