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Descrição do gesto técnico (4) Deslocamento frontal para frente e parada

No documento LIVRO HANDEBOL (páginas 95-98)

8 Fundamentos técnico-táticos individuais comuns de ataque e defesa

8.1 Posições de base

8.2.1 Deslocamentos sem bola

8.2.1.4 Descrição do gesto técnico (4) Deslocamento frontal para frente e parada

Se a posição de pernas é assimétrica, levanta- -se o calcanhar da perna de trás para impulsiona-se com a parte do pé que continua apoiada no chão.

Em deslocamentos em forma de marcha e deslizando, assim como nos deslocamentos curtos correndo, é conveniente que os braços se colo- quem na posição de base recomendada de acordo com a fase ofensiva ou defensiva em que se encon- tre o jogador.

Em deslocamentos longos, convém mudar a posição dos braços indicada nas trajetórias longas pelas posições de base correspondentes, quando o jogador se encontra próximo do objetivo, ou seja, com a proximidade (possibilidade) de receber a bola.

Trata-se de obter a maior eficácia levando à prática o conceito fundamental da antecipação postural.

Quando a posição das pernas é simétrica, cumpre, para começar o ciclo de iniciação do des- locamento, suspender e projetar à frente a perna contrária à de impulso.

Para interromper o deslocamento e ado- tar uma posição de base, o jogador apoiará uma perna no chão com a força suficiente como se tentasse realizar um deslocamento para trás, di- minuindo, ao mesmo tempo, a inclinação do tronco para frente.

A perna que tentar deter o impulso da pro- gressão deve ser:

 A que no momento do impulso esteja em

suspensão;

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 Se o jogador está em suspensão, tomará

contato com o chão de forma alternada, sendo a perna mais adiantada (à frente), cor- respondente ao último passo, a que inter- vém, necessitando tentar parar o percurso;

a separação entre ambas as pernas ficar exagerada, modifica-se imediatamente a situação da perna de trás, para obter uma posição equilibrada.

(5) Deslocamento frontal para trás e parada Se a posição das pernas é assimétrica, freia-se totalmente com o pé correspondente à perna de trás, tanto na forma de marcha quanto na corrida e no deslizamento.

O começo dos outros ciclos determina- -se por um novo impulso da perna de trás. O tronco projeta-se muito ligeiramente na posi- ção do deslocamento, adotando, praticamente a posição vertical que facilite a velocidade e evite a perda de equilíbrio. Essas possibilidades não poderão ser alcançadas tentando-se man- ter a postura do tronco para trás, acentuando o abandono da vertical.

O deslocamento em questão se realiza em forma de deslizamento; convém pontualizar que o grau de inclinação do tronco para frente é o mesmo preconizado para a posição de base.

Na posição simétrica das pernas, é neces- sário, para iniciar o ciclo de deslocamento, sus- pender e projetar para trás a perna contrária à de impulso. Com referência aos braços, devem manter-se as mesmas recomendações indicadas no deslocamento frontal para frente.

Para interromper o deslocamento e adotar a posição de base, o jogador freará o seu impulso, apoiando no chão com suficiente força a perna correspondente, como se na tentativa de se rela- cionar a uma progressão para frente.

FIgura 8.8 – Recepção da bola alta na corrida.

 Nos casos em que o deslocamento seja des-

lizando e, portanto, não exista nenhuma perna em suspensão, a ação da parada será efetuada, logicamente, com a perna mais próxima à direção de transição.

Nas posições indicadas, se a força de impulso não permite obter a parada imediata com o apoio recomendado, deve-se conseguir definitivamente após mais um passo de um novo contato com o chão da perna que não interveio no princípio. Se

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De modo sincronizado se efetuará uma re- ação regulada no sentido contrário à trajetória adotada anteriormente. O apoio indicado será realizado com o tornozelo levantado.

Com respeito à perna que intervém na de- tenção da progressão, é necessário observar as se- guintes normas:

 Deve-se utilizar a perna que, no momento

da ação, se encontra em suspensão (deslo- cando-se em forma de marcha ou corrida); a perna indicada deve colocar-se para trás da situada em contato com o chão;

 Estando o jogador em suspensão (corrida),

tomará contato com o chão de forma al- ternada, sendo a perna adiantada à frente, correspondente ao último passo, a que in- tervém em primeiro lugar para tentar deter a progressão.

 Quando o deslocamento é deslizante, a para-

da tentará ser igualmente com a perna mais adiantada (à frente) na direção do deslocamen- to. Deverão ser levadas em conta as recomen- dações específicas no deslocamento frontal para a frente, fazendo as correções oportunas na colocação das pernas, para tentar a deten- ção (parada) definitiva, supondo não conse- guir no primeiro momento (tentativa). (6) Deslocamento lateral e parada

Tanto na posição simétrica como na assimé- trica, eleva-se ligeiramente o tornozelo da perna de trás, impulsionando com a parte do pé que se

encontra apoiada no chão; é igual na forma de marcha, de corrida ou de deslizamento.

Novos impulsos sucessivos sobre a perna de trás supõem o começo de outros ciclos para conti- nuar o deslocamento.

Seja qual seja a direção escolhida, a perna de trás situa-se à altura daquela que está à frente (adiantada), mas sempre sem se cruzarem.

Com respeito à perna que intervém na de- tenção do deslocamento, é recomendado que:

 se a perna adiantada estiver em contato

com o chão, apoia-se a outra perna à al- tura da primeira, ampliando, seguidamen- te, a abertura mediante uma retificação da perna à frente. Se a perna situada em sus- pensão é a que estiver à frente, esta deverá tomar contato com o chão energicamente;

 Se o jogador se encontrar em fase de suspen-

são no deslocamento, a tomada de contato com o chão efetuar-se-á alternadamente;

 No deslocamento deslizante, a tentativa

de parada efetua-se com a perna adiantada com respeito à direção empreendida. (7) Troca de sentido sem mudar a orientação

Em qualquer deslocamento, deve-se impul- sionar-se com a perna mais adiantada (à frente), respeitando a direção seguida antes de produzir a mudança de direção, em forma de marcha, de corrida como deslizante.

No deslocamento para frente e para trás, a perna de impulso será a direita ou a esquerda, in-

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distintivamente. Nos deslocamentos laterais, será a perna esquerda para o lado direito e a direita para a esquerda.

(8) Troca de direção sem mudar a orientação Realiza-se igualmente impulsionando com a perna mais à frente (adiantada) com respeito à direção escolhida antes de se produzir a troca de direção, tanto nos deslocamentos frontais quanto nos laterais. É necessário levar em conta a força do impulso para facilitar a aceleração.

(9) Troca de direção e mudança de sentido varian- do a orientação

No deslocamento, seja frontal ou lateral, impul- siona-se com a perna que está adiantada mais à frente respeitando a direção adotada, antes de se produzir mudança de direção, tanto em deslocamentos em for- ma de marcha quanto nos de corrida ou deslizamen- to. Coincidindo com o impulso, tem de se realizar um giro com o pé correspondente para trocar (mudar) a orientação de que se trata, coordenando tudo com o resto do corpo. A nova orientação origina, logicamen- te, um deslocamento frontal ou lateral.

No documento LIVRO HANDEBOL (páginas 95-98)