• Nenhum resultado encontrado

Terminologia específica e classificação

No documento LIVRO HANDEBOL (páginas 161-167)

Meios técnico-taticos de grupo no ataque

12.3 A noção par-ímpar

12.5.3 Terminologia específica e classificação

As permutas podem ocorrer de acordo com o posicionamento dos atletas em relação à defesa:

 frente à defesa;  através da defesa;  por dentro da defesa.

Participam de uma ação de permuta:

 jogador iniciador: é o responsável por

iniciar a ação com um passe para um colega;

 jogador resposta: é quem realiza a ação

de cruzamento sem bola com o joga- dor iniciador;

 jogador colaborador: realiza a recep-

ção do passe do jogador iniciador e dá sequência ao jogo.

12.5.4 Considerações

Para se realizar a permuta, são necessárias ca- pacidades técnico-táticas individuais dos partici- pantes dessa ação, tais como variedade de desloca- mentos, eficácia e variedade de lançamentos, uma boa movimentação sem bola, uma boa decisão em

posse da bola e qualidades na fixação e continui- dade do jogo de ataque.

12.6 O bloqueio

Pablo Juan Greco, Siomara A. Silva, Fernando Lucas Greco

12.6.1 Definição

O bloqueio define-se quase exclusivamente como a interrupção da trajetória do defensor por parte de um atacante sem/com a posse da bola. Realiza-se sobre qualquer defensor, ainda que sua maior utilização se proceda no jogo estático e quase de forma única pelo(s) pivô(s), podendo e devendo ser feito por qualquer jogador sem restrições.

12.6.2 Objetivos

 Conseguir a penetração;

 Melhorar a distância de lançamento;  Quebrar a coordenação do sistema de-

fensivo;

 Buscar o erro ou o atraso na ação de-

fensiva, objetivando-se a superiorida- de numérica em um setor específico.

12.6.3 Terminologia específica e classificação

Ao denominar os jogadores que intervêm no bloqueio, distinguem-se:

Manual de handebol

162

 bloqueador: jogador que realiza o blo-

queio (1);

 beneficiado: jogador atacante, com opo-

nente em defesa que é bloqueado (2);

 bloqueado: jogador de defesa que so-

fre o bloqueio (3);

 colaborador direto defensivo: defensor

que participa no contrabloqueio (4).

FIgura 12.10 – Bloqueio.

Quadro 12.1 – Tipos de classificação dos bloqueios

Tipo Modo de ação Imagem

Segundo a trajetória da bola/defensor

Frontal (para frente e para trás).

Lateral (pela esquerda e pela direita).

Diagonal (pela frente e por trás).

Segundo a linha defensiva em que ocorre

Primeira linha.

Segunda linha.

Os bloqueios podem se classificar sobre vá- rios parâmetros (Román; Petkovic; Teixeira):3-7

fundaMentos da tátIca coletIva no ataqueI 163

Tipo Modo de ação Imagem

Segundo a linha defensiva

em que ocorre Terceira linha.

Segundo a ação posterior

Bloqueio direto ou estático, quando o beneficia- do é quem finaliza a ação.

Bloqueio indireto ou dinâmico, quando o bene- ficiado passa a bola ao bloqueador para que este

finalize a ação.

Segundo o número de jogadores

Bloqueio simples

(um atacante atua sobre um defensor).

Bloqueio duplo

Manual de handebol

164

Tipo Modo de ação Imagem

Segundo o número de jogadores Duplo bloqueio

(dois atacantes atuam sobre dois defensores).

Segundo a saída

Bloqueio com saída para seu lado.

Bloqueio com saída para o lado falso, ou seja, lado contrário àquele realizado pelo bloqueador.

12.6.4 Considerações

Para realizá-lo, o regulamento permite a antecipação espaço-temporal sobre o defensor, em forma de choque simultâneo e com resistên- cia mútua. Recomenda-se que o bloqueador se posicione fechando a saída do defensor bloquea- do a 50-70 cm dele e não indo sobre ele, a fim de evitar a falta de ataque. A respeito disto, o blo- queador não pode empurrar, mas somente ofere- cer resistência corporal. O regulamente prevê a

impossibilidade de utilizar os braços estendidos ou pernas afastadas.

A orientação do bloqueador pode ser fron- tal ou, até mesmo, dando as costas ao defensor, mas, em todo caso, não deve nunca perder a bola de vista. Somente se deve realizá-lo perante um defensor que se encontra em uma linha de jogo distinta para se ter maior garantia de êxito, já que a coordenação defensiva ficaria mais difícil em ra- zão da surpresa da ação.

fundaMentos da tátIca coletIva no ataqueI 165

 um bloqueio será eficaz se houver

coincidência espaço-temporal nas ações dos atacantes.

 perante um bloqueio frontal, bloque-

ador e beneficiado devem coincidir no mesmo eixo.

 uma vez produzido o bloqueio, o blo-

queador deve se desmarcar o mais rá- pido possível no espaço livre.

O bloqueio constitui uma série de fases:

1. Iniciação: quando o principal proble-

ma está na sincronização da ação do atacante com o restante da jogada de ataque, que estará em função da dis- tância e da situação dos jogadores en- tre si.

2. Realização: o bloqueador é o jogador

que começa a ação, mas em função da bola, e é o primeiro que deve chegar ao ponto escolhido. O beneficiado deve passar lateralmente o defensor, na hora em que acontece o bloqueio, e o bloqueador se coloca pelo lado em que pretende passar o beneficiado.

3. Finalização: se dá quando o beneficia-

do ultrapassa lateralmente a linha de

bloqueio (formada entre o bloqueador

e o jogador com a bola) e implica um lançamento ao gol, uma continuação com um passe ao bloqueador (blo- queio dinâmico) ou uma possibili- dade de superioridade numérica nas ações seguintes.

FIgura 12.11 – Desenvolvimento de bloqueio dinâ-

mico.

12.7 A pantalha

Pablo Juan Greco, Siomara A. Silva, Fernando Lucas Greco

12.7.1 Definição

É um meio tático coletivo pelo qual dois ou mais atacantes cortam simultaneamente a trajetória de um defensor (ou defensores) em profundidade para facilitar o lançamento de um companheiro.

A pantalha é um muro que se interpõe entre os defensores e um atacante para facilitar a este o lan- çamento à distância. Pode-se considerar, também, como a soma de dois ou mais bloqueios frontais.

12.7.2 Objetivos

 Conseguir uma situação ótima para o

Manual de handebol

166

geralmente envolve um especialista que possui grande qualidade no lan- çamento de média e longa distância;

 Buscar, de forma secundária, a penetra-

ção pela ruptura da pantalha, ou pela liberação do espaço do lado contrário.

12.7.3 Classificação

As pantalhas são denominadas segundo o número de jogadores que as compõem:

a) Pantalhas de dois ou duplas. b) Pantalhas de três ou trios.

c) Pantalha múltipla: normalmente uti- lizadas em situações especiais, como no caso dos lançamentos em tiro livre ou nos instantes finais da partida. Também podemos classificá-las em função do momento do jogo em que elas acontecem:

a) Pantalha dinâmica: aquela que acon- tece dentro da ação normal do jogo com mais um procedimento tático. b) Pantalha estática ou estratégica: tem

seu início em uma situação de inter- rupção do jogo (tiro livre).

12.7.4 Considerações

Seu emprego é muito efetivo contra defesas fechadas e de uma só linha ou, também, em ações estratégicas do jogo (lançamento em um tiro li-

vre). Contudo, exige opções de continuação dian- te da possibilidade de fracasso da pantalha.

Devemos levar em conta que:

 envolve uma boa estruturação espaço-

-temporal: ocupar o espaço da panta- lha no momento em que o lançador recebe a bola.

 deve ser adequado ao lugar em que se en-

contra o lançador, em consideração à tra- jetória do lançador e dos bloqueadores.

 os jogadores estarão próximos e não

em graduação.

 se não houver êxito na pantalha (não

se chegara executar o lançamento), um dos bloqueadores deve continuar o jogo de pivô, aproveitando o jogo em profundidade (bloqueio dinâmico).

 buscar a maior profundidade por par-

te dos integrantes da pantalha para conseguir maior efetividade e melho- rar a distância em relação ao gol.

fundaMentos da tátIca coletIva no ataqueI 167

12.8 Cortina

No documento LIVRO HANDEBOL (páginas 161-167)