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Treinamento da força

No documento LIVRO HANDEBOL (páginas 61-64)

Preparação física aplicada aos esportes coletivos: exemplo para o handebol

6.3 Treinamento da força

6.3.1 Níveis de aproximação

Para fazer que uma capacidade básica (força) seja aplicada pelo jogador naquilo que ele quer (por exemplo: lançamento em suspensão), o joga- dor deve ter passado por uma série de fases, cujo processo denominaremos a seguir.

6.3.1.1 Distintos níveis de aproximação

 Localizar as investigações e a avaliação.  Primeiro nível – força geral

Quadro 6.2 – Detalhes do primeiro nível de trei- namento de força (força geral)

Tarefa: trabalho de carga

Recursos do ambiente

 Instrumentos não similares aos do jogo

 Próprio corpo  Lugar não específico  Grupos variados Caracte-

rísticas da contração muscular

 Todo tipo de contrações  Todos os grupos musculares  0% de trabalho semelhante  Distintas velocidades de

contração

Aspectos de sobrecarga

 Peso (kg) de acordo com as possibilidades pessoais  Variadas colocações da C.G.  Formas de contato semelhante Condições

Quantitativas

 Nº de tentativas segundo as possibilidades pessoais  Pausas variadas segundo

necessidade dos sistemas Gesto: mo- vimento Variações na execução  Amplitude  Simetrização Coor- denação Combinação de Movi- mentos

 Sucessivas uniões, específi- cas e não específicas  Movimentos simultâneos

específicos e não específicos Variações

espaciais

 Equipamentos distintos  Modificações na orientação

Os exercícios gerais podem ser:

 compensatórios;  orientados;

 não orientados (atividades coordenativas

não próprias ao esporte praticado).

fIgura 6.5 – Níveis de aproximação.

Existem quatro níveis de aproximação que permitirão, no momento da planificação, progra- mar e organizar:

Quadro 6.1 – Níveis de aproximação da força no plano de treino Força Geral Força Específica Força Dirigida Força de Competição

Em cada nível de aproximação, dão-se as três categorias de força do handebol: força de luta, força de salto e força de lançamento. Esses níveis de aproximação permitirão:

 Desenvolver os aspectos, condicionais e co-

ordenativos

 Alcançar estados de forma

Efeito específico Qualidade básica

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Segundo nível – força dirigida

Permite melhorar o rendimento da ação téc- nico-táctica geral da capacidade.

Quadro 6.3 – Detalhes do segundo nível de trei- namento de força (força dirigida).

Tarefa: trabalho da carga Recursos do ambiente  Instrumentos parecidos  Lugares específicos  Grupo estável Caracte- rísticas da contração muscular  Contrações parecidas  Grupos musculares prota-

gonistas da ação  0% de trabalho parecido  Velocidades similares Aspectos de sobre- carga

 Peso (kg) de acordo com as necessidades do gesto  Colocação ajustada da C.G.  Formas de contato adequadas Condições quantita- tivas do tempo  Tentativas ajustadas às necessidades do esporte  Pausas ajustadas ao sistema

de adaptação ao esporte Gesto: movimento e coordena- ção Variações na execução  Diferenciação  Amplitude  Simetrização (bilateralidade) Combina- ção de mo- vimentos  Sucessivos específicos  Simultâneos específicos  Alternativos específicos e não específicos Variações espaciais e temporais  Equipamentos semelhantes  Orientação preferencial (em

função da posição específica)  Variações no ritmo de

execução (nos permite di- ferenciação e bilateralidade de uma vez)

 Adaptação a um ritmo

Os exercícios dirigidos podem ser:

 de ação indireta (somente combinam um

elemento coordenativo e um condicional);

 de ação direta (combinam vários);

 de situação parcializada (criamos uma situ-

ação que simula uma situação real de jogo).

Terceiro nível – força especial

Quadro 6.4 – Detalhes do terceiro nível de treina- mento de força (força especial)

Tarefa: trabalho com carga Recursos do ambiente  Instrumentos desenhados  Lugares específicos de prática Caracte- rísticas da contração muscular  Contrações idênticas  Grupos específicos  Objetos idênticos reforçados  Velocidade específica Aspectos de

sobrecarga

 Peso (kg) de acordo com a qualidade específica  Colocação da C.G. idêntica  Contatos específicos Condições quantita- tivas do tempo  Recuperação conjugando sistema e participação específica Gesto: movimento e coordenação Variações na execução  Complexidade aumentada do nível 2 (força dirigida) Combina-

ção de mo- vimentos

 Complexidade aumentada do nível 2 (força dirigida) Variações

espaciais e temporais

 Variações rítmicas criativas  Antecipação

Tarefas em estado de fatiga

 Por acumulação de tarefas específicas ou não específicas  Cansaço fisiológico

PreParação físIca aPlIcada aos esPortes coletIvos 63

Os exercícios especiais podem ser:

 de variação espacial;

de controle tátil-cinestésico (relação entre

o tato e a cinestesia, aproveitando a força adversária para próprio benefício);

 de hiperestimulação setorial (relação força-

-peso do instrumento).

Quarto nível – força de competição

É aquele que tem de desenvolver, por sua vez, o preparador físico e o treinador, já que se necessitam de componentes táticos.

Quadro 6.5 – Detalhes do quarto nível de treina- mento de força (força de competição)

Tarefa, carga, trabalho

Como os exercícios especiais, mas dificul- tando as condições do ambiente. Gesto:

Movimento coordenação

Iguais às do terceiro nível, incluindo-se: fadiga por excesso de informação, que se necessita para o jogo; dificuldade crescen- te mesclando dois ou três fatores por vez (combinação + tempo + espaço).

Os exercícios competitivos podem ser:

 competitivos “especiais” (porque tem uma

sucessão de jogo que não se pode categori- zar nas três categorias de força);

 de ação “diferencial” (possibilidade de tro-

car em maior ou menor rapidez os dese- nhos do jogo);

 de supercomplexidade tática.

6.3.1.2 Aplicação prática do trabalho de força O quadro seguinte é um resumo dos distin- tos trabalhos que devem ser realizados para chegar aos níveis de aproximação das diferentes manifes- tações da força.

Quadro 6.6 – Detalhes dos distintos trabalhos de treinamento de força

Força Geral Dirigida Especial Competição

Lança- mento  Pull over  Variações de press  Tríceps  Munhecas  Dedos  Multilançamentos  Estáticos-Dinâmicos  Apoio-suspensão (2 kg + 2 mãos)  Multilançamentos  Estático-Dinâmico  Apoio-Suspensão  (2 mãos - 1 kg; 1 mão - 800 g)  Lançamentos específicos  Distância  Velocidade  Act. diferencial (400 g) Salto  Variações do squat  1\2 squat + salto  Pliometria  Multissaltos  Multissaltos

 Encadeados + tarefas específicas  Simultâneos + tarefas específicas

 Lançamentos em suspensão  Saltos, bloqueios sucessivos  Modificação da trajetória Luta  Arrancada  Dois tempos  Giros em desloca- mento  Rosca  Leves (-10 kg)  Pesadas (-25 kg)  Estático-dinâmico

 Exercícios de simulação com sobrecarga (mais ou menos 8-10 kg de acordo com o peso dos jogadores 10%-15% p.c)

 Jogo específico:  Diferencia do princípio

defesa-ataque

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 Os que se encontram na parte final de

sua carreira esportiva eliminam o traba- lho de força geral e de competição, re- alizando um suporte de força dirigida e específica exclusivamente.

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