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Formas de intervenção

No documento LIVRO HANDEBOL (páginas 141-146)

Fundamentos técnico-táticos individuais na defesa

11.3 Aspectos gerais da técnica

11.3.5 Formas de intervenção

11.3.5.1 Em relação aos diferentes segmen- tos do corpo

Defesa com a mão

Para lançamentos aos ângulos superiores, se elevará rapidamente uma mão, executando um pequeno passo com o pé do mesmo lado. Para maior segurança, poderão ser utilizadas ambas as mãos para bolas com menor potência e maior dis- tância. Em nenhum caso deve se segurar a bola,

FIgura 11.3 – Posição do goleiro no momento de che-

gar à trave, na situação de lançamento do ponta.

fIgura 11.4 – Deslocamento do goleiro para chegar à bola.

No deslocamento para se chegar à bola, o goleiro deve estar preparado para defender; por- tanto, a perna do lado do deslocamento deve ser a que chega à bola, e a outra serve como apoio, conforme demonstrado na Figura 11.4.

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ela deve ser rebatida na área de onde pode ser recuperada ou por cima da linha do gol. Desta maneira além de se evitar o gol, se impede que a bola possa cair em posse do adversário. O corpo e os braços devem formar uma linha direta com os pés e a perna de apoio.

FIgura 11.6 – Posicionamento do goleiro para defesa

com os pés no ângulo inferior.

Defesa com o tronco

Para os lançamentos dirigidos diretamente ao tronco do goleiro, quando não existe outra pos- sibilidade, deve-se defender com o tronco. Ocor- re normalmente ou por erro no lançamento feito pelo adversário, desvio da bola pelos defensores ou ainda pelo mal-posicionamento no momen- to de defesa do lançamento por parte do goleiro. Além de uma boa condição muscular abdominal, são recomendáveis espumas de proteção e outros componentes que completam a vestimenta do go- leiro, principalmente no handebol feminino.

11.3.5.2 Em relação à trajetória da bola

Defesa de bola alta

Arremesso de cima para baixo, em suspen- são. A bola vem de uma altura superior à trave.

fIgura 11.5 – Posicionamento do goleiro para defesa

com as mãos no ângulo superior.

Defesa com o pé

Para lançamentos baixos nos ângulos inferio- res, o goleiro defende com o pé, acompanhado com a mão. Para este ato, deve realizar um passo lateral com a perna do lado do lançamento (espacato), gi- rando o pé de maneira que sua parte interna esteja na direção da bola, para opor a ela a maior superfície possível de contato. Durante a extensão da perna, o pé não deve ser elevado do solo excessivamente. O regulamento permite a possibilidade de defender o lançamento com pernas, joelhos e coxas.

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Impulsão no pé contrário (o pé mais afastado da trajetória da bola, sem deslocamento). A outra perna, em suspensão, se deslocará lateral- mente para atingir o ponto de contato com a bola, juntamente com a elevação do braço cor- respondente à altura adequada, projetando-o ligeiramente para frente. Cobertura maior do ângulo. Não girar o tronco. Posicionar de fren- te para a bola. Pés direcionados para frente. Na elevação de um braço na bola, o ganho de altu- ra é maior, porque o deslocamento da cintura escapular, elevando-se do lado que elevamos o braço, permite isso. Se levantarmos a perna do lado, deslocamos, também, a cintura pélvica, e esse ganho em alcance aumentará, favorecendo, também, a intervenção para defesas em qual- quer altura. Em qualquer sentido do movimen- to a situação é a mesma, sobretudo em sentido diagonal, em que, para se levar os dois braços, tornam-se necessários uma torção do tronco e um ligeiro atraso de movimentos. A diferença talvez não vá além de um palmo, mas é o bas- tante para defender certas bolas que de outra maneira entrariam. A defesa deve ser realizada apenas no sentido de desviar a bola. Deve-s es- perar e não sair para frente.

Defesa de bola de média altura

Braço e perna correspondentes, realizan- do a impulsão na perna contrária (a fundo ou elevação). O braço contrário ao da defesa atua- rá como ponto de equilíbrio no contato com a bola. Braços sempre à frente dos joelhos, a fim

de propiciar o ataque à bola. Para defesas a meia altura altas e longas, utilizam-se os dois braços, não havendo elevação da perna, mas um ataque em diagonal à fundo com inclinação do tronco e para defesas curtas, com um braço só. É necessá- rio muito trabalho de mobilidade na articulação coxo-femoral.

FIgura 11.7 – Posicionamento do goleiro para defesa

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FIgura 11.8 – Posicionamento do goleiro para defesa

de bola de média altura com uma mão.

Defesa de bola baixa

A característica principal é realizar a defesa com auxílio das pernas e dos pés. Olha-se para a bola, desloca-se o corpo todo, o trabalho de pernas é em diagonal, dando-se preferência ao trabalho com as mãos, deixando-se o braço livre à frente das pernas e visando-se atacar a bola. Para os goleiros com dificuldades em defesas bai- xas, deve-se utilizar maior afastamento dos pés, mantendo o posicionamento entre eles igual, va- riando, ainda, com movimento de flexão do joe- lho lateral para bolas entre as pernas. Os goleiros não muito altos devem flexionar um pouco mais as pernas para, por meio de um pequeno salto, realizar o movimento com maior amplitude e melhor impulsão. A mão faz parte do movimen- to de defesa, trabalhando como recurso para au- mentar o contato e a superfície de defesa da bola. O equilíbrio ao movimento é dado com o braço contrário quando da utilização de um só braço no movimento, senão é com a projeção e incli- nação do tronco à frente.

FIgura 11.9 – Posicionamento do goleiro para defesa

de bola baixa.

Movimentos de espacato e queda com meio rolamento para trás são também muito utilizados nesse tipo de defesa.

FIgura 11.10 – Posicionamento do goleiro para defesa

de bola baixa (final da ação).

Defesa de bola quicada

Quando se trata de lançamentos à meia al- tura ou de quadril do atacante, especialmente nos casos de bolas picadas na frente do goleiro, é ab- solutamente conveniente combinar a defesa com o pé e com a mão. O alcance da bola deve ser o mais próximo possível do solo, em razão da maior dificuldade de controlar as trajetórias ascenden-

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tes. Olhar para a bola é fundamental, bem como fazer a flexão e a queda do corpo.

FIgura 11.12 – Posicionamento do goleiro para defesa

na posição central.

Posições externas (pontas)

O goleiro se posiciona no poste correspon- dente, cobrindo completamente o primeiro poste, com o braço levantado deste lado. Os lançamen- tos executados no segundo poste serão defendidos com o outro braço, tronco ou pés. O corpo do go- leiro estará direcionado permanentemente para o lançador, e os movimentos são executados para o outro lado lateral, ou seja, para o centro da quadra e não para trás ou para a largura da linha de gol. Uma corrida para frente produz êxito, no caso de lançamentos potentes, pois reduz mais ainda o escasso ângulo de lançamento. Movimentos de pés são caracterizados por passos curtos, acom- panhando o salto do arremessador dos extremos. O movimento de defesa é curto e rápido, pois o goleiro não sai muito. Situado no momento do lançamento, tranquilo, calmo, sem movimento. Deve mover-se antes e se posicionar, pois o ata- cante quer que o goleiro tome a iniciativa. No tra- balho em conjunto com o defensor, não permitir o lançamento; realizar o lançamento com menor

FIgura 11.11 – Posicionamento do goleiro para defesa

de bola quicada.

11.3.5.3 Em relação à distância dos lançamentos

Defesa dos lançamentos de curta distância Posições centrais

São os mais difíceis de deter, pois oferecem o maior ângulo de lançamento. Neste caso, é van- tajoso reduzir o ângulo mediante uma corrida para frente, encurtar a distância, ficando de 1 a 3 metros de distância do lançador, e, no momento do lançamento, o movimento para frente deve ser parado e estar na posição fundamental de defesa. Sair com o corpo, deixar os braços abertos e voltar a atacar; saída pelo lado contrário, ataca com o tronco a bola, naturalmente voltar e atacar. Obri- ga o pivô a retificar o lançamento, não permitin- do o lançamento reto (mais forte).

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ângulo; não tocar no arremessador (muda a traje- tória do salto e conseqüentemente o lançamento).

de salto. A movimentação dos braços é de bai- xo para cima e acompanha a perna flexionada. Quanto o adversário estiver mais próximo do gol, os movimentos deverão ser mais amplos e, quanto mais à frente, mais curtos e próximos do corpo. Deve o goleiro ter a capacidade de reagir no ar para qualquer movimento variado em re- lação à trajetória da bola realizado pelo ataque. Neste tipo de defesa, o goleiro perde a condição futura de uma nova reação rápida e sequencial. Não deve ser utilizada como técnica básica, re- petindo-a em cada ação. A tática defensiva do goleiro na defesa do contra-ataque é a mesma dos lançamentos de 6 metros, o movimento se inicia com uma saída para a frente e defesa late- ral, fechando o ângulo.

fIgura 11.13 – Posicionamento do goleiro para defesa

de lançamento dos pontas.

No documento LIVRO HANDEBOL (páginas 141-146)