Parte I – Investigação Teórica
4.3. Hipóteses da Investigação
A partir da questão principal, e no decorrer da investigação teórica, foram desenvolvidas as seguintes hipóteses, das quais se prende verificar a veracidade.
Hipótese 1 – Passou a existir uma séria preocupação (legal) com o Permission Marketing (opt-in).
A partir da definição de Godin (2007) que se revelou importantíssimo nesta matéria, e perante o enquadramento legal, entende-se que este é um assunto que não pode ser deixado de parte. Portanto, pretende-se avaliar até que ponto a importância desta questão está a ser tomada em conta, quer pela e-list, quer pelas empresas emissoras.
Hipótese 2 – Tendencialmente o receptor começa a receber apenas as
campanhas que subscreveu.
Novamente, perante o quadro legal, prevê-se que de uma forma evolutiva, as empresas em Portugal estejam a praticar o modelo de subscrição opt-in. É importante compreender se, quer as empresas clientes da E-goi, quer os subscritores em geral, têm a mesma visão, isto é, se as empresas enviam apenas aos subscritores, e se os receptores estão a receber apenas aquilo que subscreveram.
Hipótese 3 – Das empresas as quais o receptor subscreveu newsletters,
existe o sentimento de que a privacidade é garantida.
Porque a confiança é considerada por vários autores um elemento primordial nas relações entre as empresas e o cliente (Reichheld, 1994; Morgan et al, 1994; Park et al, 2006; Strauss et al, 2006), prevê-se que exista uma tradução dessa confiança na garantia de confidencialidade, por parte da empresa em relação aos seus dados.
Hipótese 4 – A subscrição dos serviços de uma e-list simplificou as
Esta hipótese pretende reflectir sobre as preocupações comuns de legalidade de políticas de privacidade. No âmago avalia se as empresas que subscrevem os serviços da E-goi pretendem simplificar todos esses procedimentos, mas acima de tudo se têm ciente essa preocupação.
Hipótese 5 – As empresas que utilizam a plataforma E-goi enviam
newsletters com conteúdo segmentado e personalizado.
A quinta hipótese recai sobre se o potencial da plataforma está a ser aproveitado, isto é, se utilizam todo o seu potencial de segmentação e personalização enunciados pelos respectivos autores (Bonett 2001; Annon, 2002; Silva et al, 2003; Adomavicius et al, 2005; Almeida, 2008).
Hipótese 6 – As frequências mais utilizadas são a Semanal e a Mensal.
Visto serem estas a frequências mais predominantes (na Europa e nos EUA segundo o levantamento bibliográfico), pretende-se confirmar a mesma realidade em território nacional.
Hipótese 7 – As newsletters são consideradas spam quando são
demasiado frequentes e/ou quando já não correspondem aos gostos e preferências dos receptores
Pretende-se aqui verificar até que ponto o estudo realizado pela Q Interactive (2008) e pela MarketingSherpa sobre a redefinição de spam e as preocupações partilhadas por Arnold (2008), se aplicam no contexto Português.
Hipótese 8 – O actual planeamento das campanhas de e-mail Marketing
segue a estrutura recolhida na bibliografia.
Questiona-se as e-lists sobre que plano é usado para o desenvolvimento de uma campanha de e-mail Marketing, e caso este exista ou seja similar, que se identifique as diferenças propostas por Al Brendenberg (Roberts et al, 2001) e Brown (2007).
Hipótese 9 – A recolha de e-mail está a ser feita maioritariamente por
formulários no sítio do cliente.
No seguimento da hipótese 1 e 2, prevê-se que a maioria das subscrições seja feita por formulário, no seguimento do levantamento bibliográfico dos autores Brown (2007), Rivis (2009) e Arnold (2008).
Hipótese 10 – A newsletter é vista como um canal de Vendas.
Esta hipótese pretende responder à pergunta colocada por Roberts et al. (2001), se as newsletters estão a ser usadas como um canal de divulgação (da disponibilidade) ou como um canal de vendas.
Hipótese 11 – O HTML é mais utilizado, embora continue a ser enviada
uma versão em texto simples.
Embora a utilização do formato HTML para as newsletters seja hoje comum, calcula-se que ainda exista alguma percentagem de utilizadores que, ou por razões de privacidade e segurança, ou meramente por opção, preferem receber uma versão mais simples (Collin, 2000; Brown, 2003; Brown, 2007).
Hipótese 12 – Embora o formato mais visualizado seja HTML, este ainda
acarreta alguns problemas na visualização.
É do conhecimento geral que, existem alguns problemas na visualização das mensagens HTML em alguns clientes de e-mail (quer sejam softwares dedicados ou webmails). De uma recolha de problemas comuns, pretende-se questionar os receptores para a sua identificação e respectiva persistência.
Hipótese 13 – Os layouts tendem a ser mais completos, complexos e
graficamente mais bonitos.
Com o advento da banda larga via redes fixas e móveis, cada vez as transferências são mais rápidas e eficazes. A própria evolução gráfica e tecnológica tem conduzido a que cada vez mais, a imagem seja um ponto importante em todas as formas de comunicação empresarial. Isto permite que os layouts com base em imagens, possam ser mais amplamente utilizados. Pretende-se averiguar se essa evolução é também visível nas newsletters portuguesas.
Hipótese 14 – Ainda são preferidas as estruturas (layouts) simples aos
mais completos e complexos.
No âmbito da entrevista realizada à E-goi, foi assinalada em divergência entre os gostos e preferências ditos internacionais e os nacionais. Esta divergência conduz a uma selecção mais simplista por parte dos receptores quanto à estrutura das newsletters. É intenção verificar a veracidade desta hipótese e qual o seu fundamento.
Hipótese 15 – Destacam-se pela seguinte ordem os conteúdos das
newsletters: Promocionais/Comerciais, Informacionais e Relacionais.
Com base nos conteúdos apresentados por Arnold (2008), pretende-se verificar qual a ordem e os conteúdos mais utilizados pelos emissores portugueses e por outro lado, qual a preferência do receptor.
Hipótese 16 – O conteúdo é tendencialmente relevante para o receptor.
Durante toda a investigação foi dado ênfase à necessidade de segmentação, personalização e precisão do conteúdo (Rizzi, 2002; Silva et al, 2003; Brown, 2007; Almeida, 2008). Tento em conta que o caso de estudo é uma plataforma que auxilia todos estes procedimentos, prevê-se que existe uma tendência do emissor em lançar campanhas que sejam relevantes para o receptor.
Hipótese 17 – Existe um cuidado no Remetente, Assunto e Destinatário.
Hipótese 18 – Existe um cuidado redobrado na construção do Corpo da
Mensagem.
Hipótese 19 – As campanhas são testadas antes de serem enviadas.
Estas três hipóteses pretendem essencialmente verificar se as recomendações de Roberts (et al, 2001), Strauss (et al, 2006), Arnold (2008) e Rivis (2009) são igualmente praticáveis no contexto português.
Hipótese 20 – As ligações lideram como opções de resposta.
Como refere Roberts (et al, 2001), ter opções, mecanismos e ferramentas que permitam a interacção e resposta simples, fácil e prática por parte do receptor, é tão importante como a própria newsletter em si. A inclusão de ligações nas comunicações passa por ser a forma mais simples de mecanismo de medição (taxa de cliques ou CTR) e opção para resposta (apenas com um clique o cliente pode ser reencaminhado para uma página e confirmar a sua inscrição, por exemplo, num evento).
Hipótese 21 – São utilizadas pelo menos as métricas OR, CTR, Opt-out Rate, Bounces Rates e Localização Geográfica.
Visto estas serem as métricas identificadas como as mais utilizadas, fará sentido, no contexto do estudo de caso, a utilização destas dentro da plataforma da E-goi.
Hipótese 22 – O OR excelente aproxima-se no geral dos 30%.
Com base no levantamento feito nas entidades que se dedicam ao estudo desta ferramenta de marketing (a newsletter), e após discussão com as diversas entidades, aponta-se este valor médio como um valor “óptimo” para uma taxa de abertura.
Hipótese 23 – Uma CTR excelente aproxima-se no geral 25%.
Da mesma forma que o OR, aponta-se este valor como um valor de excelência para uma taxa de cliques.
Hipótese 24 – O investimento numa e-list garante um retorno
compensatório.
Pretende-se averiguar com esta hipótese se uma estratégia for melhorada com o know- how da E-goi, de que forma existe um retorno, e se esse garante o investimento (Roberts et al, 2001; Rivis, 2009).
Hipótese 25 – A subscrição dos serviços de uma e-list trouxe benefícios
para a empresa de acordo com estratégia de e-mail Marketing / Newsletters.
Por último, pretende-se esclarecer, no geral, se a subscrição dos serviços da e-list E-goi trouxe benefícios à empresa emissora.