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LIÇÃO 9 Frase e motivo musical

2.2.7 Infra-estrutura física e tecnológica

Considerando a realidade das escolas públicas brasileiras, a estrutura física do CEFET-RN, unidade Mossoró, foi extremamente favorável à realização da Oficina de

Violão a Distância. De fato, no Brasil, há uma enorme diferença, em termos estruturais, entre as escolas federais e as demais escolas públicas. Para que se tenha uma idéia da estrutura física da escola em que realizamos o projeto, seguem abaixo os espaços dos quais ela dispõe:

- 13 Salas para aulas teóricas;

- 02 Laboratórios de Desenho Climatizados; - 03 Laboratórios de Informática;

- Laboratório de Língua Estrangeira; - Laboratório de Química;

- Laboratório de Física; - Laboratório de Biologia;

- Sala de Estudos dos Professores; - Auditório Climatizado (200 lugares);

- 03 Salas de Projeções Climatizadas (40 lugares); - Biblioteca Climatizada (com acesso à internet); - Laboratório de Eletrônica;

- Laboratório de Instalações Elétricas e Hidrosanitárias; - Sala de Música;

- Sala de Vídeo conferência.

A sala de música e a sala de vídeo conferência foram os ambientes da escola onde o curso de violão a distância funcionou. Naturalmente, a sala de vídeo conferência foi destinada à realização das vídeo conferências do nosso curso. Já os encontros presenciais aconteceram na sala de música ou na de vídeo conferência.

A sala de vídeo conferência dispunha de espaço para cerca de sessenta pessoas confortavelmente sentadas, sobrando ainda bastante espaço na parte da frente da sala, onde ficava uma mesa com um computador desktop e o aparelho de data-show, usado para projetar a imagem do professor num quadro branco.

Na sala de música, havia seis violões, assim como banquinhos de pé20, estantes para partitura e cadeiras adequadas para estudar violão. Todo esse material precisava ser transportado para a sala de vídeo conferência, trabalho que era realizado pelo tutor do curso, que precisava chegar ao ambiente pelo menos trinta minutos antes do início de cada

20 Banquinhos usados para que o violonista apóie o pé, conseguindo assim uma postura mais adequada para

vídeo conferência. Além de transportar esse material, era preciso ligar o equipamento eletrônico: Data-show, computador, câmera para transmitir a imagem dos alunos e filmadora para registrar a aula. Na Figura 4, pode-se verificar a organização do espaço físico e dos alunos na sala de vídeo conferência.

Figura 4. Distribuição dos alunos e dos equipamentos na sala de vídeo conferência

Alunos

1 - Data-show 2 - Computador

3 - Câmera para transmitir

a imagem dos alunos para o professor 4 - Filmadora para registrar a aula 5 - Tela para projetar a imagem do professor

Ao longo do curso, foram utilizados quatro computadores, sendo dois Desktop Pentium 04 da Intel, ambos com memória de 1 GB, e dois notebook, sendo um Toshiba Satélite U405, com memória de 3 GB, e um Compaq Presario C700, com memória de 2GB. Um dos Desktop era usado na sala de vídeo conferência do CEFET. Os outros três computadores foram testados pelos professores ao longo das aulas. A largura de banda disponível na escola era inicialmente de 1 Mbps21, mas ainda durante o primeiro módulo foi ampliada para 2 Mbps. Já onde as aulas estavam sendo transmitidas era de 600kbps. Apesar da velocidade da conexão da escola ser superior, ressaltamos que por se tratar de um local onde geralmente havia várias máquinas sendo utilizadas na mesma hora das vídeo

21 Mbps – Megabytes por segundo.

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conferências22, percebemos que a conexão dos locais de onde os professores estavam ministrando as aulas era mais estável.

Na Vídeo conferência, utilizamos a Lifecam VX 7000 da Microsoft na transmissão do professor para a turma. Já a câmera utilizada na escola foi a SNC-RZ3023 da Sony, uma câmera feita para vídeo conferência com alta definição. A Lifecam da Micfosoft mostrou-se eficiente na qualidade do som, mas, por outro lado, apresentou limitações quanto ao número de pessoas que permitia filmar. Apesar de sua limitação, ela foi eficiente o bastante, pois ela foi utilizada para transmitir as imagens do professor, o que exigia apenas a visualização do mesmo e do violão. Já a câmera da Sony, que filmou até seis alunos ao mesmo tempo, permitiu captar imagens da sala em quase toda a sua amplitude. Além do mais, o seu recurso de zoom possibilitou aproximar dos detalhes que o professor quisesse observar melhor no transcorrer da aula. A operação da filmadora, inclusive do zoom, era feita por controle remoto, pelo tutor presencial do curso.

As vídeos conferências do curso foram realizadas no Skype, Versão 3.8. Essa ferramenta foi escolhida por oferecer uma boa resposta de áudio, e por proporcionar a visualização simultânea dos dois ambientes. Ou seja, além de ver quem estava do outro lado da conferência, também era possível ver como sua própria imagem estava sendo transmitida.

Ainda antes de passarmos à fase de implementação, destacamos que havia sido planejado um pré-teste do curso, com duração de um mês, que não foi possível implementar por conta de atraso na produção do material didático, que elaboramos como

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Inicialmente, escolhemos o horário das 18:00 às 19:00 horas para realizar as vídeo conferências, por se tratar de um momento de intervalo das atividades na escola. No entanto, ainda que o horário escolhido para o transcorrer das vídeo conferências fosse menos utilizado, às vezes, havia problemas com a conexão. Por isso, depois experimentamos outros horários da tarde. Não houve mudança significativa. Algumas dificuldades freqüentes eram: Atrasos e congelamento na imagem, ruídos e distorção do som.

23 A câmera SNC-RZ30 é um equipamento conhecido como câmera IP, que transmite áudio e vídeo para um

parte de um projeto de extensão já citado. Apesar de não termos tido a oportunidade de efetuar essa experiência prévia, acreditamos que não houve problemas significativos em decorrência disso. Em última instância, o próprio curso funcionou, de fato, como uma experiência piloto e de formação para os professores envolvidos no projeto.

2.3. IMPLEMENTAÇÃO

Nesse tópico, relatamos sinteticamente como se desenrolou o curso Oficina de Violão a Distância, para que o leitor tenha uma visão geral de como as ações se efetuaram na prática. Como o capítulo de análise se concentrará na análise dos padrões de interação encontrados durante o curso, sem a preocupação de descrever o que aconteceu numa ordem cronológica, julgamos imprescindível apresentar aqui esse panorama, especialmente para que se tenha uma idéia da participação dos alunos nas atividades de cada módulo. Além disso, explicitamos o processo de coleta de dados, que ocorreu paralelamente a nossas ações, ou seja, durante a fase da implementação do curso.