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Os padrões que você vê nos gráficos ou na tela do computador são as trilhas deixadas pelos touros e ursos. O grafista é um caçador que segue esses rastros sutis, visíveis apenas para aqueles que sabem o que procurar. Os padrões dos gráficos podem ajudá-lo a avaliar a probabilidade de continuação ou de rever- são da tendência.

Dois são os principais grupos de padrões: continuação e reversão. Os padrões de continuação incluem bandeiras e flâmulas e sugerem que se nego- cie na direção da tendência em curso. Os padrões de reversão abrangem cabe- ça e ombros, cabeça e ombros inversos, e topos e fundos duplos. Indicam que é hora de realizar lucro nas posições existentes. Alguns padrões podem atuar como formações de continuação ou de reversão. Os triângulos e retângulos são notórios por exercerem essa dupla tarefa.

Quando vários padrões de gráficos apontam na mesma direção, seus sinais são reforçados. Por exemplo, se uma linha de tendência de alta é rompida quando um topo cabeça-e-ombros está sendo completado, ambos confirmam que a tendência de alta está terminando. Quando diferentes padrões emitem mensagens conflitantes, seus sinais cancelam-se recipro- camente, e é melhor não operar.

Topos cabeça-e-ombros

Uma tendência de alta saudável movimenta-se em passos. A maioria das al- tas alcança picos mais elevados do que os da alta anterior e os declínios pa- ram em níveis mais altos do que os da baixa anterior. Quando as tendências de alta não alcançam uma máxima mais elevada ou os declínios ficam aquém da mínima anterior, essa situação mostra que os touros estão per- dendo o controle.

Topos cabeça-e-ombros marcam o fim de tendências de alta (Figura 23.1). A “cabeça” é um pico de preço cercado por dois picos mais baixos, ou “ombros”. Uma linha de pescoço liga as mínimas dos declínios nos dois ombros. A linha de pescoço não precisa ser horizontal – também pode ser ascendente ou descendente. A linha de pescoço com inclinação para baixo é especialmente baixista – mostra que os ursos estão ficando mais fortes.

Quando os preços não sobem além da cabeça, confirma-se o desenvol- vimento de um topo cabeça-e-ombros. O ombro direito pode ser mais alto ou mais baixo do que o ombro esquerdo, assim como mais curto ou mais longo. A queda a partir do ombro direito rompe a linha de pescoço. Quan- do isso ocorre, a tendência está morta.

Depois de romper a linha de pescoço, os preços às vezes retrocedem a ela, com volumes mais baixos. Essa alta débil representa excelente oportu- nidade para operar a descoberto, com stop lógico logo acima da linha de pescoço.

Os topos cabeça-e-ombros geralmente apresentam padrões de volume típicos. O volume quase sempre é mais baixo na cabeça do que no ombro esquerdo. É ainda mais baixo no ombro direito. Os volumes tendem a au- mentar quando os preços rompem a linha de pescoço. Quando os preços retrocedem a ela, o volume é muito pequeno.

Os padrões cabeça-e-ombros fornecem um alvo aproximado para nova tendência de baixa. É possível determiná-lo medindo-se a distância do topo da cabeça até a linha de pescoço e daí projetando-a para baixo.

Regras de negociação

Ao identificar um topo cabeça-e-ombros, você precisa tomar duas deci- sões: o que fazer com suas posições compradas e como operar a descober- to. Você tem três escolhas para gerenciar suas posições compradas: desfa- zer-se totalmente delas, estreitar suas ordens de stop ou vender algumas e manter as outras.

Muitos investidores optam pela quarta alternativa – simplesmente fi- cam parados e não fazem nada. Operar nos mercados é um jogo complexo e não-trivial, que exige decisões numa atmosfera de incerteza.

23. PADRÕES DOS GRÁFICOS 111 Milho Alvo Volume LS H A B RS Linha de pescoço 267 263 258 253 248 243 238 233 228 Nov

Out Dez Jan Fev Mar Abr Maio Jun

548.460 411.345 274.230 137.115 0

Figura 23.1: Cabeça e ombros

A tendência de alta mantém-se vigorosa enquanto as novas altas gerarem novas máximas. Os volumes crescentes confirmam as altas. Os volumes caem quando os preços alcançam a cabeça (H), disparando o alarme para estreitar os stops nas posições compradas. O declínio a partir da cabeça rompe a linha de tendência de alta e sinaliza que a tendência de alta está terminada.

A cabeça, neste caso, é uma “ilha de reversão” (ver “Gaps”, Seção 22) — pa- drão muito baixista. O volume aumenta de maneira agourenta, durante o de- clínio a partir da cabeça. O ombro direito (RS) é muito menor do que o esquer- do — outro sinal de fraqueza. O baixo volume no ombro direito também apon- ta para uma boa oportunidade de operação a descoberto.

O declínio a partir do ombro direito rompe a linha de pescoço. Completa-se, assim, o padrão cabeça-e-ombros. É excelente a oportunidade de operação a descoberto quando os preços sobem de volta à linha de pescoço, com baixos volumes. A distância do topo da cabeça até a linha de pescoço (A) é um alvo para o declínio (B). Na borda direita do gráfico, mantenha-se comprado, pois os preços continuam a cair com volumes crescentes e ainda não alcançaram o alvo; coloque um stop de proteção no topo da faixa de negociação dos últimos cinco dias.

Sua decisão depende da intensidade de seu sentimento de certeza quan- to ao padrão. Também depende do tamanho de sua conta de investimentos. Uma conta grande permite que você compre e venda gradualmente. Ter de negociar um único contrato com uma conta pequena exige apurado senso de oportunidade – é uma boa escola para investidores iniciantes.

Você precisa analisar os gráficos em mais de uma referência temporal (ver Seção 36). Se os gráficos semanais parecerem cambaleantes, um pa- drão cabeça-e-ombros nos gráficos diários talvez o leve a correr para a saí- da. Ao contrário, se os gráficos semanais estiverem fortes, quase sempre é preferível simplesmente estreitar as ordens de stop. Os indicadores técni- cos também podem ajudá-lo a concluir quanto à urgência da venda.

Os mercados geralmente são mais voláteis nos topos, com grandes os- cilações entre máximas e mínimas de curto prazo. Vender a descoberto e colocar um stop acima da máxima mais recente talvez o exponha a mais risco do que a quantia máxima por contrato compatível com sua conta (ver Capítulo 10). Talvez você tenha de deixar de operar ou de comprar opções de venda para manter seu risco monetário dentro dos limites aceitáveis.

1. Venda quando reconhecer a cabeça ou o ombro direito de um pa- drão cabeça-e-ombros, baseado em baixos volumes, o rompimen- to de uma tendência de alta e uma divergência entre indicadores e preços.

2. O declínio a partir da cabeça estabelece uma linha de pescoço. Se ainda mantiver uma posição comprada, coloque um stop abaixo da linha de pescoço.

3. A alta para o ombro direito geralmente é marcada por baixos volu- mes e por fraqueza ostensiva nos indicadores técnicos; oferece a úl- tima boa oportunidade para retirar o dinheiro da tendência de alta. Os indicadores técnicos geralmente alcançam níveis mais altos no ombro direito do que na cabeça, mas nunca superam os níveis alcan- çados no ombro esquerdo. Ao vender a descoberto no ombro direi- to, coloque seu stop no topo da cabeça. Especifique a ordem como “stop-and-reverse” – se parar fora da posição a descoberto, reverta e opere vendido (ver sinal “O Cão dos Baskervilles”).

4. Depois do rompimento da linha de pescoço, o retorno com baixos volumes oferece excelente oportunidade de operar a descoberto, com stop de proteção um pouco acima da linha de pescoço.

O Cão dos Baskervilles

Este sinal ocorre quando um padrão confiável, sob a forma de gráfico ou indicador, não resulta no comportamento esperado e os preços se movi-

mentam na direção oposta. Um padrão ombro-e-cabeça indica o término da tendência de alta. Se os preços continuam a subir, configura-se o sinal Cão dos Baskervilles.

O nome do sinal inspira-se na história de Sir Arthur Conan Doyle, na qual Sherlock Holmes foi chamado para resolver um caso de assassinato numa propriedade rural. Ele descobriu a pista básica ao se dar conta de que o cão da família não latiu enquanto se cometia o assassinato. Isso significa- va que o cão conhecia o criminoso e que o criminoso era alguém de dentro da casa. O sinal consistiu na falta da ação esperada – a ausência de latidos!

Quando o mercado se recusa a latir em resposta a uma situação perfei- tamente configurada, o sinal daí resultante é o do Cão dos Baskervilles. A situação revela que algo fundamental está mudando abaixo da superfície. Então, é hora de atrelar-se a uma nova tendência poderosa.

O padrão cabeça-e-ombros emite um forte sinal de venda. Se o merca- do se recusa a cair e, ao contrário, sobe a partir do ombro direito, o sinal daí resultante é o do Cão dos Baskervilles. Quando os preços sobem acima da cabeça, é hora de cobrir as posições vendidas, revertê-las e operar com- prado. O aborto de um topo cabeça-e-ombros geralmente resulta em alta muito forte. Compre no rompimento para cima e coloque um stop de pro- teção um pouco abaixo do topo da cabeça.

Cabeça e ombros ao contrário

Alguns investidores chamam esse padrão de fundo cabeça-e-ombros – imagem inversa de um topo cabeça-e-ombros. Parece a silhueta de uma pessoa de cabeça para baixo. Esse padrão se desenvolve quando uma ten- dência de baixa perde a força e está a ponto de reverter (Figura 23.2).

Nas verdadeiras tendências de baixa, cada nova mínima cai abaixo da anterior e cada nova alta cessa em nível inferior à precedente. Uma forte alta a partir da cabeça permite que se trace uma linha de pescoço. Quando um declínio a partir da linha de pescoço não alcança o nível da cabeça, cria-se um ombro direito. Quando os preços sobem a partir do ombro direi- to e ultrapassam a linha do pescoço, com limites crescentes, completa-se o fundo cabeça-e-ombro e inicia-se nova tendência de alta.

Às vezes, a um fundo cabeça-e-ombros segue-se um retrocesso à linha de pescoço, com baixos volumes, oferecendo excelente oportunidade de compra. Meça a distância do fundo da cabeça até a linha de pescoço e a projete para cima a partir do ponto em que se rompeu a linha de pescoço. Daí resulta a medida mínima de uma alta, que em geral é superada.

As táticas para operar em cabeça-e-ombros invertido são semelhantes às dos topos cabeça-e-ombros. Arrisca-se menos dinheiro operando nos fundos, pois os preços são menos voláteis, e podem-se usar stops mais próximos.

Retângulos

Retângulo é um padrão de gráfico que contém movimentos de preços en-

tre duas linhas paralelas. Geralmente são horizontais, mas podem, por ve- zes, inclinar-se para cima ou para baixo (ver “Linhas e bandeiras”, mais

Trigo Linha de pescoço Alvo Volume LS H A B RS

Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr

325 315 305 295 285 275 265 155.550 116.663 77.775 38.888 0

Figura 23.2: Cabeça e ombros invertido

Enquanto a tendência de baixa estiver em curso, os altos volumes confirmam todos os declínios, até o ombro esquerdo (LS). O declínio para dentro da ca- beça (H) ocorre com baixos volumes — uma advertência para os ursos. A alta para fora da cabeça irrompe acima da linha de tendência de baixa e sinaliza o esgotamento da tendência de baixa.

A ocorrência de baixos volumes enquanto os preços percorrem o ombro di- reito (RS) e a inclinação ascendente da linha de pescoço indica a aproximação de alta vigorosa. A explosão dos volumes no rompimento da linha de pescoço confirma a nova tendência de alta. Nenhum retorno jamais alcançou essa li- nha de pescoço.

O alvo preliminar está tão acima da linha de pescoço quanto a cabeça do pa- drão (A) está abaixo dela. Não raro, as altas para fora dos fundos cabe- ça-e-ombros ultrapassam seus alvos. A melhor oportunidade de compra ocor- reu no ombro direito, com um stop de proteção poucos pontos abaixo da ca- beça. Na borda direita do gráfico, um gap confirma a forte tendência de alta. Coloque um stop de proteção nas posições compradas poucos pontos abaixo da borda inferior do gap.

adiante, nesta seção). Os retângulos e triângulos às vezes também atuam como padrões de continuação ou de reversão.

São necessários quatro pontos para traçar um retângulo: o limite supe- rior liga dois topos de alta e a linha inferior conecta dois fundos (Figura 23.3). Essas linhas devem ser traçadas entre as bordas de áreas de congestio- namento, em vez de entre as máximas e mínimas extremas (ver Seção 19).

A linha superior do retângulo identifica resistência, ao passo que a li- nha inferior identifica suporte. A linha superior mostra onde os touros perderam o gás; a linha inferior mostra onde os ursos ficaram exaustos. O retângulo mostra que os touros e os ursos estão empatados, em igualdade de condições. A principal questão aqui é que grupo acabará ganhando a ba- talha nesse padrão: se os touros ou os ursos.

23. PADRÕES DOS GRÁFICOS 115

Eurodólares A B C D F E Jan

Dez Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago

92,60 92,40 92,20 92,00 91,80 91,60 91,40 91,20 91,00 90,80 Figura 23.3: Retângulos

O limite superior de cada retângulo é traçado pela ligação de duas ou mais máximas. O limite inferior é obtido pela ligação de duas ou mais mínimas. O retângulo pode atuar como padrão de continuação ou de reversão. Se impor- tante linha de tendência mantiver-se intacta, é mais provável que o retângu- lo represente padrão de continuação.

Depois de romperem o retângulo, os preços geralmente retrocedem e to- cam na parede da figura pelo lado de fora (B, D e E). Esses retrocessos ofere- cem excelente acesso a operações de baixo risco na direção do rompimento, com stop de proteção dentro do retângulo.

Os mesmos níveis de preço tendem a servir como suporte e resistência. Observe como a linha D converteu-se de suporte em resistência e depois nova- mente em suporte. Na borda direita do gráfico, os preços estão bem acima de sua linha de tendência de alta, e é melhor esperar um recuo antes da compra.

Se os volumes aumentam quando os preços se aproximam do limite superior do retângulo, o rompimento para cima é mais provável. Se os volumes aumentam quando os preços se aproximam do limite inferior do retângulo, o rompimento para baixo é mais provável. O efetivo rompi- mento de um retângulo geralmente é confirmado pelo aumento do volu- me – mais alto um terço ou a metade em relação à média dos cinco dias anteriores. Se o volume estiver baixo, é provável que se trate de falso rompimento.

Os retângulos tendem a ser mais largos nas tendências de alta e mais es- treitos nas tendências de baixa. Quanto mais comprido for o retângulo, mais significativo será o rompimento. Os rompimentos de retângulos em gráficos semanais são sobremodo importantes, pois marcam vitórias ex- pressivas para os touros ou para os ursos.

Várias são as técnicas para projetar a distância provável a que chegará o rompimento. Meça a altura do retângulo e projete-a a partir do lado rompido na direção do rompimento. Esse é o alvo mínimo. Obtém-se o alvo máximo pela projeção vertical do comprimento do retângulo, a partir do lado rompido, na direção do rompimento. Tony Plummer escreve que o retângulo é parte do desenvolvimento de uma tendência em forma de es- piral. Recomenda que se meça a altura do retângulo, multiplicando-a por três índices Fibonacci (1,618, 2,618 e 4,236) e projetando o resultado na direção do rompimento para obter o alvo de preço.

Regras de negociação

Os operadores da sala de negociações podem lucrar operando nas oscila- ções de curta duração entre as paredes do retângulo, mas para ganhar mui- to dinheiro deve-se operar na direção do rompimento.

1. Ao operar dentro de um retângulo, compre na fronteira mais baixa e venda a descoberto na fronteira mais alta. Os osciladores podem ajudá-lo a descobrir quando os preços estão prontos para uma re- versão dentro do retângulo. O estocástico, o índice de força relati- va e o Williams %R (ver Capítulo 4) marcam reversões de preço dentro de retângulos, quando atingem as linhas de referência e mudam de direção.

Ao comprar no lado inferior do retângulo, coloque o stop de proteção um pouco abaixo do retângulo. Ao vender a descoberto perto do lado superior do retângulo, coloque o stop de proteção um pouco acima desse limite. É preciso ser muito flexível e realizar lucro ao primeiro sinal de reversão. Dentro de um retângulo, é pe- rigoso esperar por alguns pontos extras.

2. Para descobrir o mais provável entre o rompimento de alta e o rompimento de baixa, analise o mercado num referencial de tem- po mais longo do que aquele em que está operando. Se quiser aproveitar um rompimento num gráfico diário, identifique a ten- dência semanal, pois é mais provável que o rompimento ocorra nessa direção (ver Seção 43).

3. Ao comprar num rompimento de alta ou vender a descoberto num rompimento de baixa, coloque seu stop de proteção ligeiramente dentro do retângulo. Talvez ocorra um retrocesso para a parede do retângulo, mas os preços não devem retornar ao interior do re- tângulo depois de um verdadeiro rompimento.

Linhas e bandeiras

A linha é uma espécie de retângulo – uma área de congestionamento alon- gada. Na teoria Dow, a linha é uma correção contra a tendência primária. É uma zona de congestionamento cuja altura é de aproximadamente 3% do atual valor do mercado das ações. Quando o mercado de ações “traça uma linha”, em vez de reagir com maior intensidade contra sua principal tendência, está demonstrando tendência primária especialmente forte.

A bandeira é um retângulo cujas fronteiras são paralelas, mas inclina- das para cima ou para baixo. Os rompimentos tendem a ir contra a incli- nação da bandeira. Se a bandeira se inclina para cima, o rompimento de baixa é mais provável. Se a bandeira se inclina para baixo, o rompimento de alta é mais provável.

Ao ver uma bandeira com inclinação para baixo numa tendência de alta, emita uma ordem de compra acima do pico mais recente da bandeira, para aproveitar o rompimento de alta. A bandeira ascendente numa ten- dência de alta marca distribuição, caso em que o rompimento de baixa é mais provável. Emita uma ordem para vender a descoberto abaixo da mí- nima mais recente na bandeira. Reverta o procedimento nas tendências de baixa.

Triângulos

O triângulo é uma área de congestionamento cujas fronteiras superior e in- ferior convergem à direita (Figura 23.4). Pode atuar como padrão de re- versão ou, mais freqüentemente, como padrão de continuação. Alguns técnicos chamam os triângulos de coils (bobinas). O mercado enrola-se em torno de si mesmo e a energia dos investidores torna-se comprimida, pron- ta para pular do triângulo.

Um pequeno triângulo cuja altura seja de 10% a 15% da tendência pre- cedente tende a atuar mais como padrão de continuação. Muitas tendências de alta e de baixa são pontilhadas por esses triângulos, da mesma maneira como os períodos são salpicados de vírgulas. Grandes triângulos, cujas al- turas correspondem a um terço ou mais da tendência precedente tendem a atuar mais como padrões de reversão. Finalmente, alguns triângulos sim- plesmente se arrastam letárgicos dentro das faixas de negociação.

Os triângulos podem ser divididos em três grandes grupos, dependendo de seus ângulos. A linha superior e a linha inferior dos triângulos simétricos convergem nos mesmos ângulos. Se a linha superior for inclinada em 30º em relação à horizontal, a linha inferior também apresentará inclinação de 30º. Os triângulos simétricos refletem um equilíbrio de poder eqüitativo entre os touros e os ursos e tendem a atuar mais como padrões de continuação.

Nikkei Dow Desc T Desc T Desc T Symm T Symm T P Jul Jun

Maio Ago Set

Jan Fev Mar Abr

28.000 27.222 26.444 25.667 24.889 24.111 23.333 22.556 21.778 21.000 Figura 23.4: Triângulos

Os triângulos são definidos por duas linhas convergentes. A linha superior liga dois ou mais picos e a linha inferior liga dois ou mais fundos.

O triângulo com a fronteira inferior inclinada para cima é denominado triângulo ascendente (marcado como Asc T no gráfico). Sugere que se espere um rompimento de alta. O triângulo descendente (Desc T) tem a fronteira su-