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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.2 DESCRIÇÃO DOS DADOS OBJETO DA ANÁLISE DE CONTEÚDO

4.2.3 Síntese dos Significados das Unidades de Registro e Anotação

De acordo com Moraes (1999), como resultante da fase da descrição na análise de conteúdo deve ser apresentado um texto-síntese que expresse o significado das unidades de registro, nos moldes do quadro 26.

QUADRO 26 - SÍNTESE DA FASE DA DESCRIÇÃO

continua CATEGORIA DE ANÁLISE UNIDADES DE REGISTRO CATEGORIAS

DE CONTEXTO SÍNTESE DA DESCRIÇÃO REFERÊNCIA

Regras do Jogo Regras Formais - atributos

CPI e TDVEPI

Principais regras com enfoque na cooperação:

 na CF/88 a que: qualifica o federalismo como cooperativo, fixa entre os objetivos da nação o desenvolvimento nacional e a redução de desigualdades, cria o CP como instrumento de cooperação interfederativa;  na LRF a que: empresta a natureza

de cooperação às TDV e fixa a transparência e participação como princípios;

 na Portaria 507/2011 a que: estabelece que as TDV serão repassadas preferentemente a CP;

 no Decreto 6.017/17 a que: aponta entre objetos dos CP ações e políticas de desenvolvimento urbano, local, regional.

BRASIL (1988, 2000, 2011, 2007)

CPI

Atributos: segurança jurídica, transparência, estabilidade, suporte para transferências orçamentárias, indução à cooperação e mecanismo de coordenação.

Docs. 7, 8, 9, 10, 11

TDVEPI

Atributo: geradora de competitividade eleitoral. Docs. 1, 2 Ponderação: são identificadas barreiras a

particularismos como o PPA, LDO, LOA e na magnitude dos distritos.

QUADRO 26 - SÍNTESE DA FASE DA DESCRIÇÃO continuação CATEGORIA DE ANÁLISE UNIDADES DE REGISTRO CATEGORIAS

DE CONTEXTO SÍNTESE DA DESCRIÇÃO REFERÊNCIA

Regras do Jogo Regras Informais - Atributos

CPI

Atributos: Confiança, laços comuns, história, capital social;

reciprocidade; solidariedade,

compartilhamento; cultura cooperativa e do diálogo; atributos associados aos princípios de governança.

Docs. 7, 8, 10, 11

TDVEPI

Atributo: moeda de troca que se vincula às redes entre prefeitos e congressistas, à retribuição de localidades onde se obteve votação expressiva e ao histórico parlamentar, inclusive tendo em conta aspectos da política como carreira.

Docs. 1, 2, 3, 5, 6

Ponderação: ausência de dados empíricos a demonstrar o uso das emendas como moeda de troca parlamentar.

Doc. 4

Comportamento

Político Metas políticas

CPI Concentração de poder político. Doc. 12 Despersonalização da gestão. Doc. 11

TDVEPI

Reeleição e sobrevivência política. Docs. 1, 2, 5 Ponderações:

implementação de política pública valorizada pelo parlamentar pode corresponder a uma meta. A depender do sistema eleitoral o partido pode influenciar na condução de metas de interesses mais amplos.

Doc. 1, 5

Comportamento

Político Estratégia política CPI

Inclusivas e Integrativas (parcerias: interfederativas, político-partidárias e com ator mediador; capacitação de lideranças com propósitos regionais; integração entre atores com manutenção de independência).

Docs. 7, 8, 10, 11

Autárquicas (conflitos políticos partidários, competição interfederativa, atuação localista)

Docs. 7, 8, 10, 12 Utilitárias com foco em custo-benefício e

sujeitos a free rider´s Doc. 9 TDVEPI Individualistas (articulações políticas para

credit clamiling, personalismo, pork barrel) Docs. 1, 2, 6,

LIDERANÇAS

Atores ocupantes da condição de líderes

CPI

Prefeitos - inclusive a Frente Nacional de Prefeitos (FNP); Associações de Municípios - como a FECAM; órgãos do Poder Executivo - como o Ministério das Cidades e FUNASA; SEBRAE; Representantes de usuários de serviços.

Docs. 7, 8, 10, 11, 12

TDVEPI Prefeitos, Líderes de Partidos,

Congressistas, Dirigentes de ONGs. Docs. 1, 2 Papel da

liderança

CPI Técnicos; políticos; de legitimação; de

fomento à cooperação e à aderência popular. Docs. 7, 8, 10, 11, 12 TDVEPI Político. Docs. 1, 2, 3

Ação Coletiva Motivações da Ação Coletiva CPI

Implementação de política pública: (racionalização

de recursos, ganho de escala, redução de custos financeiros, redução de custos de transação e de informação no plano das interações dos atores; ampliação da escala do desenvolvimento para

planos regionais.

Docs. 7, 8, 9, 10, 11, 12

QUADRO 26 - SÍNTESE DA FASE DA DESCRIÇÃO conclusão CATEGORIA DE ANÁLISE UNIDADES DE REGISTRO CATEGORIAS

DE CONTEXTO SÍNTESE DA DESCRIÇÃO REFERÊNCIA

Ação Coletiva

Advocacy, inclusive para fins de obtenção de transferências orçamentárias de entes supralocais

Doc. 7, 8, 9, 10, 11, 12 TDVEPI Políticas distributivas e localistas Docs. 1, 2, 3, 4

Ação Coletiva

Atributos da Participação Social

CPI

Fragilidade. Docs. 7, 8, 11, 12 Dissociação pela população das ações e a

respectiva prática por meio de consórcios. Docs. 8, 11 TDVEPI Não identificados (NI) no corpus específico. NI

Dilemas da ação coletiva

CPI

Incertezas quanto aos ganhos passíveis de aferição; fragilidade deliberativa no processo decisório e baixa interação entre atores; assimetrias advindas do porte do município e do desenho das regras de distribuição de custos; concentração de poder em determinados atores; falta de indução de níveis federativos supralocais; traições, rivalidade, isolamento, precariedade do diálogo federativo, limitação financeira, administrativa, política, orçamento inflexível para investimento; divergências ou interferências político-partidárias.

Docs. 7, 8, 9, 10, 11, 12

TDVEPI Distribuição inadequada de recursos comuns Doc. 1

FONTE: Adaptado pela autora a partir dos dados objeto da fase de descrição.

Tendo por baliza o objetivo geral do trabalho, o quadro 27 registra a frequência com que, nos seis documentos representativos do conteúdo específico sobre CPI (docs. 7, 8, 9, 10, 11, 12), os repasses orçamentários de outros entes em favor dos Consórcios figuraram como relevantes na ação coletiva. O quadro registra, também, a ausência de apontamentos nos outros seis documentos do conteúdo específico (docs. 1, 2, 3, 4, 5, 6) sobre as transferências orçamentárias por emendas, acerca de eventual destacamento de recursos para Consórcios Públicos.

QUADRO 27 - TRANSFERÊNCIAS ORÇAMENTÁRIAS SUPRALOCAIS COMO INCENTIVO AO CONSORCIAMENTO INTERMUNICIPAL-FREQUÊNCIA DOS REGISTROS Informações sobre relevância das TDV para Consórcios Públicos Intermunicipais

Documentos Frequência

1, 2, 3, 4, 5, 6 Ausência de registros

Anotação de relevância na ação coletiva das Transferências orçamentárias de outros entes para CPI

Documentos Frequência

7, 8, 9, 10, 11, 12 6/6

FONTE: A autora, a partir dos dados objeto da fase de descrição.

Segue-se, por fim, a fase final da análise de conteúdo, correspondente às inferências ou interpretação dos dados.