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Por uma TGP simetricamente generalizada e informaticamente formalizada: uma nova e estruturante lógica para um novo e telemático processo p

OS PRINCÍPIOS ESTRUTURANTES DA TEORIA GERAL JUSCIBERNÉTICA DO PROCESSO

2. Por uma TGP simetricamente generalizada e informaticamente formalizada: uma nova e estruturante lógica para um novo e telemático processo p

3. Uma nova teoria para um novo processo...p.929 4. A sistemática processual civil de 1973 e o processo civil de 2003...p.930 5. Em relação à ação...p.933 6. Quanto à intervenção de terceiros...p.934 7. Quanto à jurisdição e à coisa julgada inconstitucional...p.935

BIBLIOGRAFIA:

LIVROS...p.939 ARTIGOS DE REVISTAS E PERIÓDICOS...p.953 ARTIGOS DE INTERNET...p.955 TESES DE DOUTORADO, DISSERTAÇÕES DE MESTRADO

ABREVIATURAS

Ac. Acórdão

ADI –Ação Direta de Inconstitucionalidade ADR (Alternative Dispute Resolution) AgRg – Agravo Regimental

AJUFE – Associação dos Juízes Federais

ASCC - Automatic Sequence Controlled Calculator (Calculadora Automática de Seqüência Controlada)

CC código civil

CE Comunidade Européia CF – Constituição Federal Cf. - Confira-se

CPCB - Código de Processo Civil do Brasil CPC - Código de Processo Civil do Brasil CPCI – Código de Processo Civil da Itália CPCP - Código de Processo Civil de Portugal

CPDC - Código de Proteção e Defesa do Consumidor CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito

CPIs – Comissões Parlamentares de Inquérito CPJI - Corte Permanente de Justiça Internacional DJU – Diário da Justiça da União

DNS - Domain Name System

D.P.R. – Decreto do Presidente da República DOU – Diário Oficial da União

ENIAC - (Eletronic Numerical Integrator and Calculator) ESMAPE – Escola Superior da Magistratura de Pernambuco FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo IBM - International Business Machines Corporation

Inc. - Inciso

ICP – Infra-Estrutura de Chaves Públicas do Brasil KIPS - (Knowledge Information Processing Systems), LICC - Lei de Introdução ao Código Civil

LOMAN – Lei Orgânica da Magistratura Nacional LRP – Lei de Registros Públicos

MJ – Ministério da Justiça MP - Ministério Público

MRE – Ministério das Relações Exteriores N.E.P - Ofício Único do Judiciário

OIT – Organização Internacional do Trabalho Op. cit. – obra citada

PE – Pernambuco PL – Projeto de Lei

PLANIN - Plano nacional de informática PLC – Projeto de lei da Câmara dos Deputados

PR – Paraná

SEL - Sistemas Especialistas Legais SIC – Sistema Informático Civil STF - Supremo Tribunal Federal STJ - Superior Tribunal de Justiça

TATE - Tribunal Administrativo Tributário do Estado de Pernambuco TGD – Teoria Geral do Direito

TGP – Teoria Geral do Processo TLDs - Top Level Domains

TFR -Tribunal Federal de Recursos

TRF1ª - Tribunal Regional Federal da Primeira Região TRF2ª - Tribunal Regional Federal da Segunda Região TRF3ª - Tribunal Regional Federal da Terceira Região TRF4ª - Tribunal Regional Federal da Quarta Região TRF5ª - Tribunal Regional Federal da Quinta Região

RISTJ – Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça RISTF - Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal RCJF – Regimento de Custas da Justiça Federal

Segs. – Seguintes

TJRS – Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul TJPR – Tribunal de Justiça do Paraná

TJRJ – Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro TJPE – Tribunal de Justiça de Pernambuco TJES – Tribunal de Justiça do Espírito Santo TST – Tribunal Superior do Trabalho

UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco USP – Universidade de São Paulo

RJTJERGS – Revista de Jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul TACivSP

RT - Revista dos Tribunais

Uncitral - United Nations Commission on International Trade Law ZPO – Ordenança Processual Civil Alemã

Introdução.

Esta tese objetiva a demonstração da necessidade de uma reengenharia da concepção do fenômeno processual, em razão do advento do processo telemático. Visa expor a possibilidade de se engendrar uma nova teoria geral do processo e do direito processual civil. Pretendemos demonstrar que a relação processual - como até então concebida numa ambiência secularizada - está a exigir urgentes alterações para adaptar-se à nova realidade da virtualização: a telematização do processo. Para tanto, subdividimos o estudo em três seções. Primeiramente, trataremos da determinação conceitual do objeto de abordagem nuclear da tese, posto que tal mister foi considerado como uma etapa propedêutica imprescindível a uma nova proposição teórica, pois, corroborando Kelsen: “... uma teoria do direito deve, antes de tudo, determinar conceitualmente seu objeto”.1

Pois bem, no primeiro capítulo da primeira seção (Lógica, linguagem e processo) abordaremos a realidade decorrente do advento da informática, na qual a lógica deixou de ser concebida como mero exercício mental-analítico para se manifestar na existência empírica do cotidiano como algo efetivamente “concreto”. Em seguida, no segundo capítulo (Informática, telemática e cibernética. Direito: informático, telemático e cibernético), analisaremos a tecnologia e seus principais conceitos, iniciando-se com a informática, depois com a telemática e, enfim, com a cibernética, relacionando estes saberes com os respectivos aspectos jurídicos: o direito teleinformático-cibernético. No terceiro capítulo (Direito e relação processual) partiremos da concepção de que a efetivação do Direito, enquanto sistema de normas, não prescinde do uso da força juridicamente controlada, rejeitando-se, porém, a idéia de Direito como sistema autônomo do sistema social. Com base em Lourival Vilanova, ressaltaremos que o Direito é relacional e o é na exata medida em que consiste num fato social, cujo objeto são as condutas humanas juridicamente relevantes, ainda que decorrentes de fato-relação derivado

1 KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Tradução por João Baptista Machado. Original em alemão: Reine

da natureza.2 O suporte fático da norma, portanto, será, via de regra, a conduta humana assim considerada.

Neste contexto exsurge que a relação jurídica processual é efectual porque o exercício do direito de ação depende de uma lesão ou ameaça a direito. Ainda na primeira seção demonstraremos que, mesmo sob o enfoque positivista, o fundamento do direito estatal é o direito natural, como o admite Vilanova: “... o direito natural é o fundamento último, transcendental do direito positivo: é o seu fundamento de validez”,3 ainda que hodiernamente encontre-se (o direito natural) trivializado, no sentido de Tércio Sampaio Ferraz Júnior,4 aquela assertiva não perde o sentido, pois se é certo que as regras de direito natural encontram-se positivadas, não é certo, todavia, que o seu fundamento de validez resida, unicamente, nesta positivação. O nosso enfoque neojusnatural é de índole retroalimentadora e antientrópica, isto é, defendemos a tese de incidência refratária e de retroalimentação sistemática neojusnatural, no sentido de que as regras jusnaturais, como o direito à vida, à liberdade e à religião, por exemplo, permanecem em contato com a realidade juspositivista, mas sem se confundir com ela.

Em nossa visão neojusnaturalista os princípios de direito natural – princípios jurídicos, não os gerais do direito - têm escopo adstrito à função retroalimentadora de reserva termostática. Atuarão para corrigir alterações entrópico-sistemáticas, pois como muito bem lecionou Cabral de Moncada: a lei reina, mas quem governa são os juízes, é a jurisprudência.5 Afora isso, defendemos a obediência às regras estatuídas pelo parlamento estatal, no sentido de Nelson Saldanha, para admitir que direito é ordem, mas é, também, e muito mais, hermenêutica. Admitimos, ainda, com Dworkin e Alexy que as normas jurídicas constituem-se num gênero ao qual pertencem como espécies as regras e os princípios, sendo estes superiores hierarquicamente àquelas.

Antes de qualquer engendro sobre o tema central da presente tese pareceu-nos metodologicamente adequado preparar o campo jurídico sobre o qual incidirá a proposta

2 VILANOVA, Lourival. Causalidade e relação no direito. 2. ed. São Paulo: Saraiva, p. 66. 3 Ibidem. p. 132.

4 FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito – Técnica, decisão, dominação. São Paulo: Atlas, 1990, p. 160-161.

final. Mediando a delimitação conceitual prévia e a etapa conclusiva situa-se o objeto de atuação da jurisdição: a relação jurídica processual, objeto da segunda seção. Aqui, será a exposta a estrutura dogmática da relação processual civil de conhecimento, tomada como objeto de referência, como espécie de elo entre a primeira e a terceira seções, mas, advirta- se, sempre com finalidade panorâmica e não exauriente.

Na terceira seção, demonstrarmos como a aplicação da tecnologia cibernética repercute no presente e como repercutirá no futuro na seara processual, exigindo uma teoria processual juscibernética como solução a proporcionar a adaptação do direito e do processo à revolução tecnológica com prevalente caráter instrumental. Veremos que o centro das atenções da doutrina européia atual deslocou-se do conceito de ação e do processo para o de jurisdição, numa perspectiva publicista e socializante em detrimento do prisma individualista atrelado à revolução liberal e proporcionado pelo excessivo apego à teoria da ação e às formas processuais.

Objetivamos, enfim, estabelecer a proposição de uma principiologia específica para o direito cibernético, capaz de lhe outorgar o caráter de ciência jurídica autônoma; a demonstração do seu nítido caráter ‘instrumental’; a idealização de uma nova teoria geral do processo e do direito processual civil. Pela nossa taxonomia, o fenômeno da virtualização do processo constitui-se num super-princípio situado no âmbito do direito cibernético, mas que, por si só, estrutura o mecanismo de engendro de uma nova e tecnológica jurisdição.

Sobre a instrumentalidade do direito cibernético deve-se adscrever acerca de sua semelhança, quanto ao aspecto da teleologia, com o direito processual. Se o fim deste último é a efetivação de direitos e garantias através de uma jurisdição instrumentalizante, o daquele revelar-se-á sempre na instrumentalização de uma gama inestimável de direitos, e de direitos não apenas processuais. Interessante que o caráter instrumental do direito cibernético revela-se tanto em relação ao direito dito ‘material’, exemplo da contratação eletrônica, quanto em face do próprio direito processual, exemplo da virtualização do processo. Como se observa, se o processo é instrumento da jurisdição, o direito cibernético é instrumento do instrumento (o

processo), pois que a aplicação da tecnologia à experiência jurídica constitui-se hoje em fenômeno indispensável e irreversível na vida forense mundial.

Pois bem, demonstrada a autonomia do direito cibernético, será possível verticalizar a discussão doutoral para se demonstrar que uma nova teoria geral do processo está a surgir exigindo tratamento taxonômico-doutrinário apropriado. Na medida em que o processo revela-se como instrumento virtualizado a serviço da jurisdição, ultrapassando o superado modelo de documentação processual incorporado através da celulose, conseqüentemente uma nova ambiência jurídica há de ser reconhecida. Feito isto, não mais haverá óbice para a propositura de uma nova teoria do processo, com a redefinição de vários institutos tradicionais. Essa teoria, por sua vez, pode ser intitulada de geral, posto que o fenômeno da telematização processual irradiará efeitos jurídicos no âmbito de todas as espécies processuais.

Quanto às normas técnicas, adotamos as regras determinadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas contidas na NBR 6023 de agosto 1989. Além disso, tomamos também como parâmetro a doutrina de Umberto Eco e Deisy Ventura, tentando evitar defeitos pertinentes à autenticidade das referências bibliográficas e às citações a obras dos autores consultados. Com efeito, procurando atalhar transcrições desnecessárias, mas, ao mesmo tempo, visando à preservação ética e autoral, a fim de conferir autenticidade ao trabalho. As citações encontram-se, em sua maioria, em notas de rodapé, o que representa uma tentativa de preservar idéias alheias que corroborem o pensamento aqui desenvolvido.6 Mas é certo que a preocupação excessiva quanto ao método consiste num ‘descaminho’ da teoria, pois este não pode sobrepor-se ao conteúdo, como ensina Nelson Saldanha: “... pareceu-nos válido chamar a atenção para um certo descaminho da teoria, descaminho vinculado a um exagero: o exagerado apego aos problemas do método, que tendem a se substituir aos problemas ‘de conteúdo’”.7

6 Esta orientação é encontrada em VENTURA, Deisy. Monografia jurídica: uma visão prática. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2000, p. 97.

7 SALDANHA, Nelson. Da teologia à metodologia: secularização e crise no pensamento jurídico. Belo Horizonte: Del Rey, 1993, p. 11.

Esclarecemos, finalmente, que muitas vezes se verificarão referências a artigos legais sem a explicitação do respectivo texto de lei a que pertence, nesses casos deve-se entender como sendo, sempre, uma menção ao código de processo civil do Brasil. Foi com este propósito que a tese: ‘Principiologia juscibernética. Processo telemático. Uma nova teoria geral do processo e

CAPÍTULO 01

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