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Geoprocessamento aplicado à área da saúde.

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Academic year: 2017

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GEOPROCESSAMENTO APLI CADO À ÁREA DA SAÚDE

Paula Hino1 Ter eza Cr ist ina Scat ena Villa2 Cint hia Midor i Sassaki1 Jor dana de Alm eida Nogueir a3

Claudia Benedit a dos Sant os2

O uso de m apas e a pr eocupação com a dist r ibuição geogr áfica de doenças r em ont a a um passado dist ant e. Um exem plo clássico foi o t r abalho r ealizado por John Snow , que ut ilizou m apeam ent o par a localizar casos de cóler a, r elacionando- os com font es de abast ecim ent o de água. As t écnicas de r epr esent ação espacial ainda são pouco ut ilizadas na ár ea da saúde, dev ido às dificuldades iner ent es à m anipulação desse t ipo de infor m ação. O obj et iv o do t r abalho foi est abelecer a dist r ibuição espacial da doença no m unicípio de Ribeir ão Pr et o, 2002. Ut ilizou- se o banco de dados Epi- t b. Ut ilizou- se o soft w ar e MapI nfo 7.8 par a geocodificação dos casos. Os casos concent raram - se na região Noroest e do m unicípio. Os result ados cont ribuem para o conhecim ent o d a d ist r ib u ição esp acial d a Tu b er cu lose em Rib eir ão Pr et o, r essalt an d o a im p or t ân cia d a cat egor ia esp aço com o alt ernat iva m et odológica para auxiliar no planej am ent o, m onit oram ent o e avaliação das ações em saúde, dir ecionando as int er v enções par a dim inuir as iniqüidades.

DESCRI TORES: t uber culose; saúde pública; sist em as de infor m ação geogr áfica

GEOPROCESSI NG I N HEALTH AREA

The m ap’s usage and t he concerns about geographic dist ribut ion relat ed wit h diseases are not a recent issue. A classical exam ple is t he John Snow survey - m aps were used t o locat e cholera’s cases and relat ed t hem wit h t he wat er supplying. The spat ial represent at ion t echniques are fewer used in healt h sect ors due t o t roubles in m anaging such infor m at ion. So, t he aim of t his sur v ey w as t o est ablish t he disease spat ial dist r ibut ion in Ribeir ão Pr et o, 2002. Secondar y dat a w er e used t o elabor at e t his st udy . The spat ial dist r ibut ion of cases w as realized by using t he MapI nfo 7.8 soft ware. Alt hough m any cases were concent rat ed in t he nort heast region in t he cit y , w hich consist s t he quar t er s of low econom ical incom e. The r esult s cont r ibut e t o show t he Tb spat ial dist ribut ion in Ribeirao Pret o, t hey also reinforce t he space cat egory as a m et hodological alt ernat ive t o m anage, t o m onit or and t o evaluat e t he healt h act ions by dir ect ing int er vent ions t o decr ease t he iniquit ies.

DESCRI PTORS: t uber culosis; public healt h; geogr aphic infor m at ion sy st em s

GEOPROCESAMI ENTO APLI CADO EN EL ÁREA DE SALUD

El uso de m apas y la pr eocupación con la dist r ibución geogr áfica de enfer m edades se r em ont a a un pasado bast ant e dist ant e. Un ej em plo clásico fue el t rabaj o realizado por John Snow, que ut ilizó el m apeam ient o par a localizar casos de cóler a. A pesar de su gr an pot encial, las t écnicas de r epr esent ación espacial aún son r elat iv am ent e poco ut ilizadas en el ár ea de la salud. El obj et iv o de est e t r abaj o fue est ablecer la dist r ibución esp aci al d e l a en f er m ed ad en Ri b ei r ão Pr et o , 2 0 0 2 . Se u t i l i zó l a b ase d e d at o s secu n d ar i o s Ep i - t b . El georreferenciam ient o de los casos fue realizado por el soft ware MapI nfo 7.8. Los casos est uvieron concent rados en u n a par t e de la r egión n or - oest e del m u n icipio. Los r esu lt ados con t r ibu y en par a el con ocim ien t o de la dist r ibu ción espacial de la Tb en de Ribeir ão Pr et o, r esalt an do la im por t an cia de la cat egor ia espacio com o alt er n at iv a m et odológica par a au x iliar en el plan eam ien t o, m on it or am ien t o y ev alu ación de las accion es en salud, dir igiendo las int er v enciones par a dism inuir las inequidades.

DESCRI PTORES: t uber culosis; salud pública; sist em as de infor m ación geogr áfica

1 Doutoranda, e- m ail: paulahino@yahoo.com .br, m idsas@eerp.usp.br; 2 Docent e, e- m ail: t it e@eerp.usp.br, cbsant os@eerp.usp.br. Escola de Enferm agem

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I NTRODUÇÃO

A

análise da distribuição das doenças e seus

determ inantes nas populações, no espaço e no tem po é um aspecto fundam ental da Epidem iologia e envolve com o quest ões prim ordiais: Quem adoeceu? Onde a doença ocorreu? Quando a doença ocorreu?

Um estudo clássico é o realizado pelo m édico br it ânico John Snow que, analisando um a epidem ia d e cóler a ocor r id a em Lon d r es, n o an o d e 1 8 5 4 , pr ocu r ou dem on st r ar associação en t r e m or t es por cólera e suprim ent o de água por m eio de diferent es bom bas públicas de abastecim ento. Duas com panhias de água concorrent es forneciam água encanada aos lares de Londres: a Lam beth Com pany e a Southwark an d Vau x h al l Co m p an y. Um a d as co m p an h i as, a Lam b et h , p eg av a ág u a d o r i o Tâm i sa, an t es d a ent rada de esgot o de Londres, e a out ra com panhia ret irava água depois desse pont o. Essa era a grande opor t unidade par a ver se a água cont am inada pelo esgot o causava o cólera. Snow obt eve um a list a das m or t es por cóler a n a cidade e com pr om et eu - se a d esco b r i r q u a i s ca sa s u t i l i za v a m á g u a s d e q u a l co m p a n h i a . Os r e su l t a d o s f o r a m co n cl u si v o s: enquant o em 10 m il casas abast ecidas pela Lam bet h Com pany ocorreram 37 m ort es, em 10 m il supridas pela Sout hw ar k and Vaux hall Com pany houv e 3 1 5 m or t es. Assim , ao longo de seu ex aust iv o t r abalho d e co l e t a e i n t e r p r e t a çã o d o s d a d o s, Sn o w v a i gradat ivam ent e const ruindo um dos pont os de m aior i m p o r t â n ci a d o seu m ét o d o , q u e é o d e b u sca r conhecer os fat os em seus aspect os m ais ínt im os, para ent ão form ular um a possível explicação causal para eles( 1).

Com isso, foi identificada a origem da epidem ia m esm o sem conhecer seu agente etiológico(2-3-4). Essa é um a sit uação em que a relação espacial ent re os dados cont ribuiu significat ivam ent e para o avanço na com preensão do fenôm eno, sendo considerado um dos prim eiros exem plos da análise espacial.

O est udo da v ar iação espacial dos ev ent os pr odu z u m diagn óst ico com par at iv o qu e pode ser ut ilizado das seguint es m aneiras: indicar os riscos a q u e a p o p u l a çã o e st á e x p o st a , a co m p a n h a r a dissem inação dos agravos à saúde, fornecer subsídios p a r a ex p l i ca çõ es ca u sa i s, d ef i n i r p r i o r i d a d es d e int ervenção e avaliar o im pact o das int ervenções( 5)

Entende-se por geoprocessam ento o conjunto d e t écn icas d e colet a, t r at am en t o e ex i b ição d e inform ações referenciadas em um determ inado espaço

g eog r áf ico. Dest acam - se: sen sor iam en t o r em ot o, d i g i t a l i za çã o d o s d a d o s, a u t o m a çã o d e t a r e f a s cartográficas, Sistem a de Posicionam ento Global (GPS) e Sist em a de I nform ação Geográfica ( SI G) .

O g e o r r e f e r e n ci a m e n t o d o s e v e n t o s d e saúde é im port ant e na análise e avaliação de riscos à saú de colet iv a, par t icu lar m en t e as r elacion adas com o m eio am bient e e com o perfil socioeconôm ico da população( 6).

Os m a p a s t e m á t i co s sã o i n st r u m e n t o s poderosos na análise espacial do risco de determ inada d o e n ça , a p r e se n t a n d o o s se g u i n t e s o b j e t i v o s: descr ev er e per m it ir a v isualização da dist r ibuição e sp a ci a l d o e v e n t o ; e x p l o r a t ó r i o , su g e r i n d o o s det erm inant es locais do event o e fat ores et iológicos desconhecidos que possam ser form ulados em term os de hipót eses e apont ar associações ent re um event o e seus det erm inant es( 7).

No Brasil, pouco se sabe sobre a distribuição espacial das doenças endêm icas em áreas urbanas. Nas d écad as d e 6 0 e 7 0 , ocor r eu a ex p an são d e en dem ias r u r ais par a r egiões u r ban as dev ido aos d esl o ca m en t o s p o p u l a ci o n a i s. A u r b a n i za çã o d a p o p u l a çã o e o f e n ô m e n o d a p e r i f e r i za çã o d a s m et r ópoles t or nou ainda m ais com plex o o cont r ole da t r an sm issão de algu m as en dem ias e passou a exigir novas est rat égias de cont role( 8).

Os m ét odos para análise espacial são assim div ididos:

- Visualização- onde o m apeam ent o de ev ent os de saú de é a f er r am en t a pr im ár ia, v ar ian do desde a dist r ibu ição pon t u al de ev en t os at é su per posições com plexas de m apas de incidência de doença os quais descrevem a dist ribuição de det erm inadas variáveis de int er esse.

- An á l i se e x p l o r a t ó r i a d e d a d o s- u t i l i za d a p a r a descrever padrões espaciais e relação ent re m apas. Alg u m as t écn icas ex p lor at ór ias t er ão a f or m a d e g r áf icos ( h ist og r am as, scat t er p lot s en t r e ou t r os) enquant o out ras serão de nat ureza cart ográfica. - Modelagem - ut ilizada quando se pr et ende t est ar f o r m al m en t e u m a h i p ó t ese o u est i m ar r el açõ es, co m o , p o r e x e m p l o , e n t r e a i n ci d ê n ci a d e u m a det erm inada doença e variáveis am bient ais.

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No en t an t o, a av aliação do pesqu isador é im pr escindív el, pois não há m ecanism o aut om át ico para a int erpret ação dos result ados const ruídos( 4).

Em b o r a o SI G p o ssa se r u t i l i za d o co m o am biente de consolidação e análise de grandes bases de dados sobre am bient e e saúde, é necessário um e sf o r ço p a r a co m p a t i b i l i za r t é cn i ca s d e endereçam ento de dados, o que im plica a adequação e n t r e b a se s d e d a d o s e b a se ca r t o g r á f i ca( 9 ). A qualidade da inform ação de endereço e a eficiência do SI G par a localizar os ev en t os pon t u alm en t e é fundam ental para possibilitar as análises dos padrões de dist ribuição desses event os.

O o b j e t i v o d o e st u d o f o i t r a ze r, co m o e x e m p l o , a d i st r i b u i çã o e sp a ci a l d o s ca so s d e Tuberculose ( Tb) segundo endereço de residência na área urbana de Ribeirão Pret o, para o ano de 2002.

METODOLOGI A

Área geográfica de est udo

Ribeirão Pret o localiza- se a 47º 48’24’’ W de l o n g i t u d e e 2 1 º 1 0 ’ 4 2 ’ ’ S d e l a t i t u d e, n a r eg i ã o Nordeste do estado de São Paulo, a cerca de 313 km da capital. Com 504.923 habitantes, segundo o Censo Dem ográfico de 2000, o m unicípio de Ribeirão Pret o encontra- se entre os m aiores do estado de São Paulo e do Brasil.

Tipo de est udo

Est e est udo car act er iza- se com o seccional. “ Est u d o s secci o n ai s o u d e co r t e t r an sv er sal são investigações que produzem instantâneos da situação de saúde de um a população ou com unidade, com base na avaliação individual do est ado de saúde de cada u m d o s m e m b r o s d o g r u p o , d a í p r o d u zi n d o indicadores globais de saúde para o grupo investigado, se n d o d e g r a n d e u t i l i d a d e p a r a r e a l i za çã o d e d i a g n ó st i co s co m u n i t á r i o s d a si t u a çã o l o ca l d e saúde“( 10).

Colet a de dados

As infor m ações r efer ent es ao ano de 2002 foram colet adas na Vigilância Epidem iológica ( VE) da Secr et ar ia Municipal de Saúde ( SMS) do m unicípio de Ribeirão Pret o- SP; ut ilizou- se o banco de dados

Epi-Tb. A população do present e est udo com preende doent es de Tb, inscrit os no Program a de Cont role de Tuber culose ( PCT) do m unicípio de Ribeir ão Pr et o, para o referido ano.

Análise dos dados

Para a obtenção do m apa tem ático, os dados f o r a m g e o co d i f i ca d o s co m a u x íl i o d o p r o g r a m a MapI nfo, versão 7.8. I nicialm ente, utilizou- se a form a aut om át ica de geocodificação, recorrendo- se à form a in t er at iv a q u an d o n ecessár io. Nessa f ase, f or am m ont ados padrões de pont os de event os.

Os en d er eço s r ef er en t es à s n o t i f i ca çõ es foram dispostos de form a a obter um a ligação com a b ase car t o g r áf i ca d i g i t al . Esse p r o ced i m en t o f o i t rabalhoso e despendeu grande quant idade de t em po d ev i d o a o f a t o d e a l g u n s en d er eço s i n f o r m a d o s e st a r e m i n co m p l e t o s e t a m b é m p o r q u e a s características de arruam ento não perm itiram realizar essa et ap a d e f or m a au t om at izad a. Foi r ealizad a pesquisa m anual dos endereços em list a t elefônica, guia de r uas e m apa analógico par a viabilizar essa t r an sfor m ação.

PROCEDI MENTOS ÉTI COS

Para realização do referido est udo, o proj et o foi previam ent e subm et ido à apreciação e aprovação p el o Co m i t ê d e Ét i ca em Pesq u i sa d a Esco l a d e Enfer m agem da Univ er sidade de São Paulo. Com o est e est udo ut ilizou exclusivam ent e infor m ações do banco de dados Epi-Tb e não envolveu a identificação d os d oen t es, f oi solicit ad a d isp en sa d o Ter m o d e Consent im ent o Livre e Esclarecido, devido à garant ia do sigilo.

RESULTADOS E DI SCUSSÃO

O núm er o de casos de Tb not ificados à VE par a o ano de 2002 for am geocodificados segundo endereço de residência . Foi obtido um percentual de georreferenciam ent o superior a 89,9 % dos casos.

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possam ser ut ilizadas em benefício da com unidade a fim de que se t om em as m edidas adequadas para a redução dos danos aos indivíduos acom et idos e seus com unicant es e, conseqüent em ent e, para im pedir a dissem inação da doença na com unidade.

O m apa tem ático com os casos de Tb para o ano de 1998 é apresent ado a seguir:

O uso do SI G pode ser um m ét odo efet ivo n a i d e n t i f i ca çã o d e á r e a s p r i o r i t á r i a s o n d e h á necessidade de ações de controle da Tb com o obj etivo de int er r om per a t r ansm issão da doença e r eduzir sua incidência.

Foi realizado um estudo ecológico no m unicípio de Olinda, com o em prego do SI G. A identificação de ár eas onde se localizam ev ent os r elev ant es par a o processo de transm issão da Tb (casos de retratam ento e f am ílias com m ais de u m caso n o per íodo) , ou sim plesm ente de áreas de m aior incidência da doença, constituiu instrum ento útil para a estruturação de um sistem a de vigilância com base territorial, identificando grupos populacionais prioritários e para refinar o foco de atenção para m icroáreas prioritárias e carentes de int ervenções int ensivas, com o form a de enfrent ar o problem a da Tb com em prego racional de recursos(11). Est u do r ealizado n o m u n icípio de Ribeir ão Preto, para o período de 1990 a 2000, com vistas ao e n t e n d i m e n t o d o p r o ce sso e n d ê m i co d a Tb e à com plem entação do sistem a de inform ação em saúde do m unicípio apont am que, para cada ano est udado, h á u m padr ão par a a dist r ibu ição espacial da Tb, ident ificando- se ár eas hom ogêneas de r isco par a a doença. A dist ribuição não uniform e dos casos de Tb n o m u n i cíp i o su g er e u m a asso ci ação co m ár eas t radicionalm ent e m ais carent es da região( 12).

A Tb é u m p r o b l e m a d e Sa ú d e Pú b l i ca intim am ente ligado aos problem as da pobreza urbana, desnut r ição, super população, m or adia inadequada, desem prego, à desestruturação dos serviços de saúde e à resistência às drogas utilizadas no tratam ento da d o e n ça . Essa si t u a çã o t e m si d o a g r a v a d a p e l a associação Tb/ Hiv( 13- 14).

A VE d a Tb t em com o ob j et iv o r ed u zir a t r ansm issão do bacilo na população, por m eio das ações de diagnóstico precoce e tratam ento, busca de b aci l íf er o s d en t r o d a p o p u l ação d e si n t o m át i co s respirat órios e cont act ant es.

CONCLUSÃO

Dian t e da cr ít ica sit u ação da Tb, t or n a- se i m p r esci n d ív el u m a av al i ação ep i d em i o l ó g i ca d a doença no m unicípio de Ribeirão Pret o, com vist as à an álise e con t r ib u ição p ar a a im p lem en t ação d as ações de controle e com bate, visto que a política e as ações de saúde devem ser prevent ivas, procurando ir às raízes do problem a para evitar que ele aconteça. Fi g u r a1 - Di st r i b u i ção d o s caso s d e Tu b er cu l o se

segundo endereço de residência. Ribeirão Pret o - SP, 2002

Po r m e i o d o m a p a t e m á t i co , n o t a - se a het er ogeneidade da dist r ibuição espacial dos casos d e Tb p a r a o p e r ío d o e st u d a d o . Um a f r a çã o co n si d e r á v e l d o s ca so s co n ce n t r a - se n a r e g i ã o Noroeste do m unicípio, enquanto o restante encontra-se irregularm ent e dist ribuído nos dem ais bairros. Os casos m ost raram m aior concent ração num a área do m u n i cíp i o q u e e n g l o b a o s b a i r r o s d e Ja r d i m Piratininga, Vila Virgínia, Vila Guanabara, Vila Tibério, Jar dim Ant ár t ica e Par que Ribeir ão Pr et o e Br anca Salles, onde est ão alguns locais de m aior risco para t r an sm issão d a d oen ça: Fav ela d as Man g u eir as e Ca d e i a Pú b l i ca Vi l a Br a n ca , o n d e p r e v a l e ce m a insalubr idade, m isér ia e super lot ação, decr escendo em direção a out ros bairros.

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Po r t a n t o , o u so d o SI G p e l a su a ca p a ci d a d e int egradora, perm it iu associar inform ações do banco de dados Epi- t b com o espaço, const it uindo- se em instrum ento poderoso por m eio de m apas onde podem ser v isualizados o local de r esidência dos casos de Tb, contribuindo para o avanço das análises espaciais. A aplicação do SI G na pesquisa em saúde of er ece gr an des possibilidades, possibilit an do aos pesquisador es aplicação de nov os m ét odos par a o m anej o de sua inform ação espacial, tornando- se um a poder osa f er r am en t a par a con ex ão en t r e saú de e am bient e.

O a m b i e n t e d o SI G o f e r e ce m a r g e m à integração de inform ações diversas, as quais poderão pr opor cionar v isão m ais abr angent e da sit uação no espaço. No ent ant o, a av aliação do pesquisador é im pr escindív el, pois não há m ecanism o aut om át ico para a int erpret ação dos result ados const ruídos.

N o q u e c o n c e r n e à d i f u s ã o e s p a c i a l e t e m p o r a l d a d o e n ç a , a s i n f o r m a ç õ e s , s e n d o

localizáv eis, f or n ecem elem en t os par a con st r u ir a cad ei a ex p l i cat i v a d os p r ob l em as d o t er r i t ór i o e aum ent am o poder de or ient ar ações int er set or iais e sp e cíf i ca s, cr i a n d o su b síd i o s p a r a t o m a d a d e d ecisões.

O SI G pode se t ornar um poderoso recurso t e c n o l ó g i c o a s e r v i ç o d o p l a n e j a m e n t o , m onit or am ent o e av aliação das ações de saúde no Brasil. A ut ilização dessas t écnicas t ende a aum ent ar, por ex em plo n a VE de doen ças t r an sm issív eis, n a co m p ar ação e aco m p an h am en t o d as est at íst i cas vit ais, e na organização espacial de serviços de saúde e r ecur sos hum anos.

AGRADECI MENTOS

Agradecem os à Capes o auxílio e ao proj et o t em át ico FAPESP, pela aquisição da base cart ográfica e soft ware MapI nfo.

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

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Referências

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Enferm eira, Dout oranda em Enferm agem Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ent o da pesquisa em