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ADAPTAÇÃO CULTURAL E VALI DADE DA
EDMONTON FRAI L SCALE – EFS EM UMA AMOSTRA DE I DOSOS BRASI LEI ROS¹
Suzele Cr ist ina Coelho Fabr ício- Wehbe2 Fábio Veiga Schiav et o3 Th aís Ram os Per eir a Ven dr u scu lo4 Vander lei José Haas5 Rosana Apar ecida Spadot i Dant as6 Rosalin a Apar ecida Par t ezan i Rodr igu es7
O obj et ivo dest e est udo foi avaliar a adapt ação cult ural da Edm ont on Frail Scale ( EFS) e sua validade em um a am o st r a d e i d o so s b r asi l ei r o s. Fo r am r eal i zad as as et ap as d e t r ad u ção e r et r o t r ad u ção , d i scu ssão co m pr ofissionais e idosos par a equiv alência conceit ual, v alidação sem ânt ica e pr é- t est e da escala. O inst r um ent o foi aplicado em 137 idosos, com 65 anos ou m ais de idade, que viviam na com unidade. Na validação de grupos conhecidos, do diagnóst ico de fragilidade ent re sexo, idade e déficit cognit ivo, idosos com idade m ais avançada, sexo fem inino e com déficit cognit ivo t iveram m aior pont uação no diagnóst ico de fragilidade. Houve correlação convergent e negat iva da EFS com a Medida de I ndependência Funcional ( MI F) ( - 0,53, p< 0,01) e o escore brut o do Mini- Ex am e do Est ado Ment al ( MEEM) ( - 0, 60, p< 0, 01) . O t est e do r elógio apr esent ou alt a sensibilidade e baix a especificidade. A v er são par a língua por t uguesa da EFS foi consider ada v álida na am ost r a est udada.
DESCRI TORES: idoso fr agilizado; pesquisa m et odológica em enfer m agem ; com par ação t r anscult ur al; est udos de v alidação
CROSS-CULTURAL ADAPTATI ON AND VALI DI TY OF THE
“EDMONTON FRAI L SCALE – EFS” I N A BRAZI LI AN ELDERLY SAMPLE
This st udy aim ed t o assess t he cross- cult ural adapt at ion of t he Edm ont on Frail Scale ( EFS) and it s validit y in a Brazilian elderly sam ple. Translat ion and back- t ranslat ion were perform ed, as well as discussion wit h professionals and elderly for concept ual equivalence, sem ant ic validat ion and pre- t est of t he scale. The scale w as applied t o 137 elder ly aged 65 y ear s or older w ho liv ed in t he com m unit y . I n t he k now - gr oups v alidat ion of t he fr ailt y diagnosis bet w een gender , age and cognit iv e deficit , elder elder ly , fem ale and w it h a cognit iv e deficit scor ed higher on t he frailt y diagnosis. A negat ive convergent correlat ion was found bet ween t he EFS and t he Funct ional I ndependence Measure ( FI M) ( - 0.53, p< 0.01) and t he t ot al score of t he Mini- Ment al St at e Exam inat ion ( MMSE) ( - 0.60, p< 0.01) . The wat ch t est present ed high sensit ivit y and low specificit y levels. The Port uguese version of t he EFS w as considered valid in t he st udy sam ple.
DESCRI PTORS: fr ail elder ly ; nur sing m et hodology r esear ch; cr oss- cult ur al com par ison; v alidat ion st udies
ADAPTACI ÓN CULTURAL Y VALI DEZ DE LA
EDMONTON FRAI L SCALE – EFS EN UNA MUESTRA DE ANCI ANOS BRASI LEÑOS
El obj et ivo de est e est udio fue evaluar la adapt ación cult ural de la Edm ont on Frail Scale ( EFS) y su validez en una m uest r a de ancianos br asileños. Fuer on r ealizadas las et apas de t r aducción y r et r ot r aducción, discusión con pr ofesionales y ancianos par a equiv alencia concept ual, v alidación sem ánt ica y pr ueba pilot o de la escala. El inst r um ent o fue aplicado en 137 ancianos, con 65 años o m ás de edad, que vivían en la com unidad. En la validación de gr upos conocidos, del diagnóst ico de fr agilidad ent r e sex o, edad y déficit cognit ivo, los ancianos con edad m ás avanzada, sexo fem enino y con déficit cognit ivo t uvieron m ayor punt uación en el diagnóst ico de fr agilidad. Hu bo u n a cor r elación con v er gen t e n egat iv a de la EFS con la Medida de I n depen den cia Fu n cion al ( MI F) ( - 0,53, p< 0,01) y el punt aj e brut o del Mini- Exam en del Est ado Ment al ( MEEM) ( - 0,60, p< 0,01) . La prueba del r eloj pr esent ó alt a sensibilidad y baj a especificidad. La v er sión par a la lengua por t uguesa de la EFS fue consider ada v álida en la m uest r a est udiada.
DESCRI PTORES: anciano fr ágil; inv est igación m et odológica en enfer m er ía; com par ación t r anscult ur al; est udios de v alidación
1Artigo extraído de Tese de Doutorado. 2Enferm eira, Doutoranda, Program a I nterunidades de Doutoram ento em Enferm agem da Escola de Enferm agem e
Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, Universidade de São Paulo, Brasil. Professor, Cent ro Universit ário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, SP, Brasil. E- m ail: suzelecris@ig.com .br. 3Enferm eiro, Mest re Enferm agem , e- m ail: schiavet o@yahoo.com .br. 4Enferm eira, Bolsist a de apoio t écnico – CNPq, E- m ail:
t haisvendruscolo@yahoo.com .br. 5Dout or, Pós- Dout orando – CNPq. E- m ail: vj haas@uol.com .br. 6Dout or em Ciências, Professor colaborador, Escola de
Enferm agem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o Desenvolvim ento da Pesquisa em Enferm agem , Brasil, e-m ail: haas@eerp.usp.br. 7Professor Tit ular, Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o
Desenvolvim ento da Pesquisa em Enferm agem , Brasil, e- m ail: rosalina@eerp.usp.br.
I NTRODUÇÃO
F
r agilidade ent r e os idosos t em em er gido com o im portante conceito em gerontologia e geriatria, sendo cit ada com o significat iv o fat or de r isco par a queda, incapacidade, hospit alização e m or t e ent r e i d o so s( 1 ). En t r e t a n t o , co n st i t u i u m t e m a p o u coestudado por pesquisadores nacionais e internacionais e, ainda, não se possui consenso científico sobre sua definição e seus indicadores.
A f r a g i l i d a d e p o d e se m a n i f e st a r e m indiv íduos de t odas as faix as et ár ias, incluindo os i d o so s. Po r é m , n ã o d e v e se r e n t e n d i d a co m o si n ô n i m o d e v e l h i ce . At u a l m e n t e , v e m se n d o f o r t e m e n t e co n si d e r a d a co m o sín d r o m e m u l t i d i m e n si o n a l , q u e e n v o l v e v á r i o s f a t o r e s: biológicos, físicos, cognit ivos, sociais, econôm icos e am bient ais( 2- 3). É um t ipo de síndrom e que pode ser e v i t a d a q u a n d o i d e n t i f i ca d a p r e co ce m e n t e o u , intervindo com base em seus indicadores, pelo m enos post er gada( 4).
Exist em duas grandes vert ent es de est udos so b r e f r a g i l i d a d e n a l i t e r a t u r a i n t e r n a ci o n a l , represent adas por dois grupos de pesquisa: um nos Est a d o s Un i d o s e o u t r o n o Ca n a d á . O g r u p o estabelecido no Canadá, Canadian I nit iat ive on Frailt y
and Aging ( CI F- A) , at ua em colaboração com alguns
países da Europa, I srael e Japão. I niciado em 2002, p o ssu i p esq u i sa s r ea l i za d a s p o r esp eci a l i st a s( 5 ).
Part icipant es desse grupo no Canadá est udaram um a proposta clínica de detecção de fragilidade em pessoas id osas, a Ed m o n t o n Fr a i l Sca l e ( EFS)( 3 ). Essa f oi
v alidada e consider ada confiáv el e v iáv el par a uso r ot ineir o at é m esm o por não especialist as na ár ea ger iát r ica e ger ont ológica. É consider ada, por seus a u t o r e s, co m o p r o p o st a cl ín i ca d e d e t e cçã o d e fr agilidade em pessoas idosas m ais com plet a e de fácil m anuseio e aplicação. Acreditam ser um a escala m a i s a b r a n g en t e, u m a v ez q u e co n si d er a m q u e aspectos de cognição, hum or e suporte social tam bém podem ser indicadores de fragilidade ent re idosos( 3).
Du r an t e a av aliação m u lt id im en sion al d o idoso, o profissional de saúde possui a oport unidade de detectar m uitos fatores de risco para fragilidade e atuar de m aneira preventiva no surgim ento e/ ou piora d esse est ad o. Par a t an t o, é n ecessár io q u e h aj a inst r um ent os ( escalas) obj et iv os, de fácil e r ápida aplicabilidade, validados, e que poderão apont ar, de m aneira m ais obj et iva, os indicadores de fragilidade que precisam ser avaliados em idosos. Dessa form a,
o p r esen t e est u d o t ev e com o ob j et iv o r ealizar a adaptação cultural da Edm ont on Frail Scale ( EFS) e a
sustentação da validade da versão adaptada em um a am ostra de idosos brasileiros. Com o uso dessa escala a d a p t a d a , se r á p o ssív e l a o s p e sq u i sa d o r e s, profissionais e governantes, responsáveis por políticas públicas de saúde, identificar a fragilidade entre idosos b r a si l e i r o s, d e se n v o l v e n d o i n t e r v e n çõ e s m a i s adequadas e específicas a essa população.
CASUÍ STI CA E MÉTODOS
A EFS é u m a e sca l a d e a v a l i a çã o d e f r a g i l i d a d e e m i d o so s, e l a b o r a d a p o r Ro l f so n e colaboradores. em 2006, na Universidade de Albert a, Edm ont on, Canadá. Avalia nove dom ínios: cognição, est ad o g er al d e saú d e, in d ep en d ên cia f u n cion al, suporte social, uso de m edicam entos, nutrição, hum or, continência e desem penho funcional, investigados por 11 itens. Sua pontuação m áxim a é 17 e representa o nív el m ais elev ado de fr agilidade. Os escor es par a a n á l i se d a f r a g i l i d a d e sã o : 0 - 4 , n ã o a p r e se n t a f r ag ilid ad e; 5 - 6 , ap ar en t em en t e v u ln er áv el; 7 - 8 , fragilidade leve; 9- 10, fragilidade m oderada; 11 ou m ais, fr agilidade sever a.
A adapt ação cult ur al foi r ealizada segundo referencial teórico proposto por Guillem in, Bom bardier e Beat on( 6 ), com a or dem das et apas m odificadas
conform e proposto por Ferrer( 7), adaptações utilizadas
em est u dos r ealizados n o Br asil( 8 - 1 0 ): t r adu ção da
escala para língua port uguesa; obt enção da prim eira versão consensual em port uguês; avaliação por um com it ê de j uízes; r et r ot r adução (b ack t r an slat ion) ;
o b t e n çã o d e v e r sã o co n se n su a l e m i n g l ê s e co m p a r a çã o co m a v e r sã o o r i g i n a l ; a v a l i a çã o sem ânt ica do inst rum ent o e pré- t est e da versão em por t uguês.
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da língua por t uguesa e inglesa e conhecim ent o da m etodologia de adaptação cultural. Antes de participar desse com it ê, cada m em br o assinou um t er m o de consent im ent o liv r e e esclar ecido, concor dando em part icipar dest e est udo e, t am bém , na ut ilização dos dados discutidos. Nesse m om ento, foi criada a versão final em língua port uguesa.
Após a t r adução par a a língua por t uguesa, iniciou- se a r et r ot r adução (b ack t r an slat ion) . Par a t an t o, du as t r adu t or as, am er ican as, r esiden t es h á vários anos no Brasil, receberam a versão consensual em p or t u g u ês e n ão f or am i n f or m ad as sob r e os obj et iv os do est udo, nem , t am pouco, conheciam a v er são or iginal da escala. Depois de r ealizadas as t r a d u çõ e s, f o r a m o b t i d a s d u a s v e r sõ e s d e r e t r o t r a d u çã o . Pa r a sa n a r a l g u m a s d i f e r e n ça s v er i f i cad as en t r e as t r ad u çõ es, r eal i zo u - se u m a reunião ent re a pesquisadora, sua orient adora e as d u a s t r a d u t o r a s. Ne sse m o m e n t o , f o r a m a p r esen t a d o s o s o b j et i v o s d o est u d o e a s d u a s v e r sõ e s ( o r i g i n a l e r e t r o t r a d u zi d a ) p a r a se r e m analisadas, proporcionando a obtenção de um a versão em inglês e port uguês consensual.
A an ál i se sem ân t i ca f o i r eal i zad a co m a a p l i ca çã o d a e sca l a e m 6 i d o so s q u e v i v e m n a com unidade, com caract eríst icas sem elhant es, faixas etárias e sexos diferentes ( 3 do sexo fem inino e 3 do se x o m a scu l i n o ) , se l e ci o n a d o s a l e a t o r i a m e n t e , seguindo rigor ét ico. Nessa et apa, a versão aplicada aos idosos n ão f oi alt er ada, sen do av aliada pelos idosos e/ ou cuidador es com o bem com pr eendida e não for am suger idas m odificações. Post er ior m ent e, para o pré- t est e, a escala foi aplicada em 40 idosos q u e v i v i a m n a co m u n i d a d e . Os m e sm o s f o r a m selecionados a partir do critério estabelecido para esta pesqu isa e ex plicit ado, post er ior m en t e, por ém , os m esm os não fizer am par t e da aplicação da escala par a v er ificar sua v alidade. Assim com o na análise sem ânt ica, não houve necessidade de alt eração dos it ens da escala, não foram sugeridas m odificações, e a escala foi bem com preendida pelos ent revist ados, dando origem à versão t raduzida final.
Um a vez realizado o pré- teste e estabelecida a v er são f in al da escala, essa f oi aplicada a u m a am ost r a de idosos par a análise de sua v alidade. O pr esent e est udo, inser ido no pr oj et o “ Condições de vida e saúde de idosos de Ribeirão Preto, São Paulo”, foi realizado na área urbana de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, em idosos com m ais de 65 anos de idade, que viviam na com unidade. Para esse proj et o
cit ado, o processo de am ost ragem foi probabilíst ico, por conglom er ados, de duplo est ágio. No pr im eir o e st á g i o , co n si d e r o u - se o se t o r ce n si t á r i o co m o Un i d a d e Pr i m á r i a d a Am o st r a g e m ( UPA) , se n d o sort eados 30 set ores censit ários, com probabilidade proporcional ao núm ero de dom icílios, ent re os 600 set or es do m unicípio. O segundo est ágio foi v isit ar um núm ero fixo de dom icílios ( 110) em cada set or, co m a f i n a l i d a d e d e g a r a n t i r a a u t o p o n d e r a çã o am ostral, sendo sorteadas as ruas e as quadras onde esse processo de busca foi iniciado. Com o form a de pr ev en ção em caso de r ecu sas ou n ão r espost as, for am sor t eadas 993 pessoas, núm er o que r esult a de correção para t axa de respost a previst a em 80% . A colet a dos dados ocor r eu no per íodo de se t e m b r o d e 2 0 0 7 a j u n h o d e 2 0 0 8 . Fo r a m en t r ev ist ad os 5 1 5 id osos, p or ém , p ar a a an álise psicom ét rica da EFS, foi selecionada subam ost ra de 1 3 7 idosos, em pr egan do- se am ost r agem aleat ór ia sim ples ( AAS) . Para o cálculo do t am anho am ost ral, foram consideradas duas possibilidades: 1) validade de con st r u t o – par a a seleção da su bam ost r a, foi co r r e l a ci o n a d o o d i a g n ó st i co d e f r a g i l i d a d e cat eg or izad a com a MI F, t en d o com o in d icad or o coef icien t e de cor r elação de Spear m an , α= 0 , 0 1 e
β= 0,10, Ha= 0,90 e H0= 0,0, com poder est at íst ico de 0 , 9 0 ; d essa f or m a, ch eg ou - se à n ecessi d ad e d e am ost r a com 9 4 id osos; 2 ) con f iab ilid ad e - p ar a v er ificação da confiabilidade, foi ut ilizado o escor e global da EFS, tendo com o indicador o coeficiente de co r r e l a çã o i n t r a cl a sse ( CCI ) e i n t e r o b se r v a d o r,
α= 0,01 e β= 0,1 com poder est at íst ico de 0,90, Ha: CCI = 0,90 e H0: CCI = 0,8, com núm ero de avaliadores igual a 2. Essa am ostra ficou determ inada com o sendo de 109 idosos, porém , considerando 20% de perdas, chegou- se à necessidade de am ostra com 137 idosos para realização da confiabilidade. Por fim , ut ilizou- se o crit ério am ost ral da confiabilidade, por ser o m aior t am anho am ost ral exigido nest e est udo. Ut ilizou- se o aplicat ivo St at ist ical Pack age f or t h e Social Scien ce
( SPSS) , versão 15.0, para o sort eio dessa am ost ra a part ir de um gerador de núm eros aleat órios.
Os dados foram coletados por entrevistadores treinados pela orientadora do proj eto e pesquisadora, u n i f o r m i za d o s e d e v i d a m e n t e i d e n t i f i ca d o s p o r crachás. Esses realizaram ent revist as com idosos, no dom icílio, m ediant e inst r um ent o com as seguint es in f or m ações: d ad os sociod em og r áf icos, av aliação cognit iva ( MEEM) – independência funcional ( MI F) e fr agilidade (Edm on t on Fr ail Scale – EFS) . Ant es do
Violência contra mulheres amazônicas...
início das ent revist as foi lido ao idoso e/ ou cuidador o t er m o de consent im ent o liv r e e esclar ecido par a q u e os m esm os p u d essem assin ar e au t or izar as m esm as.
Os d a d o s f o r a m d i g i t a d o s n o p r o g r a m a EXCEL, e el ab o r ad o u m b an co d e d ad o s q u e f o i alim entado por técnica de validação por dupla entrada ( digit ação) . Concluídas a digit ação e a consist ência dos dados, os m esm os foram im portados e analisados no aplicat ivo SPSS 15.0.
Para a análise da validade de const ruct o da EFS, foi calculado o coeficient e de cor r elação, não-p a r a m ét r i co e d e não-p o st o s d e Snão-p ea r m a n , en t r e o diagnóst ico de fragilidade e o escore brut o do MEEM e o diagnóstico da MI F. Tam bém foi realizada validação por grupos conhecidos, em pregando- se o t est e não-p ar am ét r ico d e Man n - Wh it n ey, d o d iag n óst ico d e fragilidade entre sexo, idade e déficit cognitivo. Neste est u d o calcu lou - se, com o m ed id a d e v alid ad e d e cr it ér io par a um it em específico, a sensibilidade e especificidade do teste do relógio ( dim ensão cognitiva) da EFS.
Antes do início das entrevistas com os idosos, o proj et o dest e est udo foi apreciado pelo Com it ê de
Ét ica da Escola de Enfer m agem de Ribeir ão Pr et o, obt endo apr ov ação.
RESULTADOS
Durante a análise da tradução da EFS para a língua port uguesa e consenso realizado pelo com it ê de j u ízes, f oi possív el obt er a v alidade de f ace e conteúdo. Nesse m om ento, foi verificado que a escala m ensura o que se propõe a m edir ( validade de face) e q u e seu s i t en s p o ssu em r el ev ân ci a q u an t o ao const ruct o est udado ( validade de cont eúdo) .
A m aioria dos participantes, 102 ( 74,5% ) , era do sex o fem inino, v iúv os ( 58 - 42,3% ) , com idade m édia de 75,33 anos ( desvio padrão de 8,01, idade m ínim a de 65 e m áxim a de 100 anos) , com t em po m édio de est udo form al de um a quat ro anos ( 75 -54,8% ) .
Na validade de grupos conhecidos e análises de com parações do diagnóst ico de fragilidade ent re sexo, idade e déficit cognitivo, foram observados três dados falt ant es ou não r espost as, cor r espondendo ao núm ero de idosos que, por não falarem ou t erem d e m ê n ci a a v a n ça d a , n ã o r e sp o n d e r a m a o s quest ionários, conform e Tabela 1.
Tabela 1 – Result ados dos t est es de associação ent re as variáveis sexo, idade, déficit cognit ivo e diagnóst ico de fragilidade. Ribeirão Pret o, 2007- 2008
p< 0,001
D e ssa f o r m a , n a v a l i d a çã o d e g r u p o s conhecidos, idosos com idade m ais av ançada, sex o f e m i n i n o e co m d é f i ci t co g n i t i v o t i v e r a m m a i o r pont uação par a o diagnóst ico de fr agilidade, sendo classificados com o m ais frágeis. Todas as com parações
for am est at ist icam ent e significat iv as, um a v ez que p< 0,001 nos t est es de Mann-Whit ney.
Par a a v alidade de const r uct o conv er gent e for am com par ados os diagnóst icos obt idos na EFS com a MI F e o MEEM.
s i e v á i r a V
e d a d il i g a r f e d o c i t s ó n g a i D
e d a d il i g a r f m e
S Aparentemente
l e v á r e n l u
v Fragiildadeleve
e d a d il i g a r F
a d a r e d o
m Fragiildadesevera Total
N % N % N % N % N % N %
o x e S
o n il u c s a
M 21 60 7 20 5 14,3 2 5,7 0 0 35 100
o n i n i m e
F 45 44,1 21 20,6 17 16,7 12 11,8 7 6,9 102 100 l
a t o
T 66 49,3 28 20,9 22 16,4 14 9 7 4,5 137 100 o
v it i n g o c ti c if é D
m i
S 5 21,7 2 8,7 6 26,1 6 26,1 4 17,4 23 100 o
ã
N 61 55 26 23,4 16 14,4 6 5,4 2 1,8 111 100 l
a t o
T 66 49,3 28 20,9 22 16,4 12 9 6 4,5 134 100 a
ir á t e a x i a F
9 7 -5
6 53 57,6 19 20,7 13 14,1 3 3,3 4 4,3 92 100 +
0
8 13 28,9 9 20 9 20 11 24,4 3 6,7 45 100
l a t o
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Os result ados relacionados à dist ribuição de i d o so s, se g u n d o d e p e n d ê n ci a f u n ci o n a l ( MI F) e
diagnóst ico de fragilidade ( EFS) , est ão apresent ados na Tabela 2.
Tabela 2 - Result ados dos t est es de associação ent re diagnóst ico de dependência funcional e diagnóst ico de fragilidade. Ribeirão Pret o, 2007- 2008
A q u an t if icação d a con v er g ên cia d os d ois const ruct os foi m edida em pregando- se o coeficient e de cor r elação de post os de Spear m an, ilust r ado na Tabela 3.
Tabela 3 – Coeficient e de cor r elação de Spear m an d a MI F com o d iag n óst ico d e f r ag ilid ad e d a EFS. Ribeirão Pret o, 2007- 2008
n= 137 p< 0,01
Const at ou- se cor r elação negat iv a ent r e as m edidas obtidas pelas escalas EFS e da MI F, um a vez que am bas são inv er sam ent e or denadas. Segundo cl a ssi f i ca çã o p r e co n i za d a p e l a l i t e r a t u r a( 1 1 ), a
correlação existente entre o diagnóstico de fragilidade e as m ed id as d a MI F g lob al e m ot or a m ost r a- se m oderada e negat iva, porém fraca e negat iva com a MI F cog n it iv a, sen d o t od as elas est at ist icam en t e significat ivas ( p< 0,01) .
Ao se an alisar a cor r elação en t r e escor es br u t os de depen dên cia f u n cion al e de f r agilidade, e m p r e g a n d o - se o co e f i ci e n t e d e co r r e l a çã o d e Spearm an, a correlação negat iva se m ant eve, e foi m od er ad a( 1 1 ), sen d o est at ist icam en t e sig n if icat iv a
( - 0,53, p< 0,01) .
Tabela 4 - Result ados dos t est es de associação ent re MI F e it em independência funcional da EFS. Ribeirão Pret o, 2007- 2008
n= 137 p< 0,001
Po r m ei o d a ap l i cação d o co ef i ci en t e d e
cor r elação d e Sp ear m an , con st at ou - se cor r elação
n eg at i v a en t r e as m ed i d as ob t i d as en t r e o i t em
independência funcional da EFS e MI F ( - 0,57 p< 0,01) .
Os r esult ados encont r ados dur ant e a cor r elação da
EFS com o escore bruto do MEEM indicaram correlação
negativa e fraca entre as escalas ( - 0,607) . Nesse caso,
m ais um a vez, o que predom inou é que a validade
co n v er g en t e n eg at i v a é ad eq u ad a co m t o d as as
correlações est at ist icam ent e significat ivas ( p< 0,01) .
Nest e est u do, calcu lou - se, t am bém , com o
m edida de validade de critério para um item específico,
a sensibilidade e especificidade do t est e do r elógio
( dim ensão cognit iva) da EFS. A sensibilidade foi de
82,6% e especificidade de 36,9% .
l a n o i c n u f a i c n ê d n e p e D e d a d il i g a r f e d o c i t s ó n g a i D e d a d il i g a r f m e
S Aparentemente
l e v á r e n l u
v Fragiildadeleve
e d a d il i g a r F a d a r e d o m e d a d il i g a r F a r e v e
s Total
N % N % N % N % N % N %
l a t o t a i c n ê d n e p e
D 0 0 0 0 0 0 0 0 1 100 1 100
a d a r e d o m a i c n ê d n e p e
D 0 0 1 25 0 0 3 75 0 0 4 100
a m i n í m a i c n ê d n e p e
D 0 0 1 7,1 4 28,6 5 35,7 4 28,6 14 100
a i c n ê d n e p e d n
I 66 55,9 26 22 18 15,3 6 5.1 2 1,7 118 100
l a t o
T 66 48,2 28 20,4 22 16,1 14 10,2 7 5,1 137 100
e d e t n e i c i f e o C e d o ã ç a l e r r o c n a m r a e p S l a b o l g F I
M mMotIoFra cogMnIiFtiva Diagndóestico e d a d il i g a r f l a b o l g F I
M 1,000 0,932** 0,851** -0,703**
a r o t o m F I
M 0,932** 1,000 0,646** -0,714**
a v it i n g o c F I
M 0,851** 0,646** 1,000 -0,575**
e d o c it s ó n g a i D e d a d il i g a r
f -0,703** -0,714** -0,575** 1,000
a i c n ê d n e p e D l a n o i c n u f a d u j a e d a s i c e r p s e d a d i v it a s a t n a u q m E 1 a
0 2a4 5a8 Total
N % N % N % N %
a i c n ê d n e p e D l a t o
t 0 0 0 0 1 100 1 100
a i c n ê d n e p e D a d a r e d o
m 1 25 0 0 3 75 4 100
a i c n ê d n e p e D a m i n í
m 0 0 1 7,1 13 92,9 14 100
a i c n ê d n e p e d n
I 88 74,6 17 14,4 13 11 118 100
l a t o
T 89 65 18 13,1 30 21,9 137 100 Violência contra mulheres amazônicas...
DI SCUSSÃO
Na análise da correlação ent re a exist ência ou n ão d e d éf icit cog n it iv o com o d iag n óst ico d e fr agilidade, foi v er ificado que os idosos sem déficit cogn it iv o são, em su a m aior ia, con sider ados sem fragilidade. Assim , pode- se considerar que os idosos com f r ag ilid ad e sev er a são aq u eles q u e p ossu em d éf i ci t co g n i t i v o . Do en ças cr ô n i cas, q u e cau sam i n ca p a ci d a d e co g n i t i v a e m e n t a l , e st ã o m a i s asso ci ad as à f r ag i l i d ad e em i d o so s, co n si d er ad a síndrom e que, dentre outras, pode ser provocada por def iciên cia de sist em as or gân icos, den t r e esses o cognit ivo( 12).
Com r elação ao sex o, as m u lh er es f or am consider adas m ais fr ágeis do que os hom ens. Esse f at o p r eci sa ser m ai s est u d ad o , u m a v ez q u e a am ost r a é com post a por m ulher es m ais v elhas do que os hom ens ( t est e Mann- Whit ney, j á discut ido, p= 0 , 0 4 4 ) . Por ém , ser ia possív el qu e a fr agilidade fosse caract eríst ica de idosos do sexo fem inino. Em u m a pesqu isa do Car d iov ascu lar Healt h St u d y, foi
v er if icad a p r ev alên cia d e 6 , 9 % d e f r ag ilid ad e n a p o p u l a çã o i d o sa , e a sso ci a çã o d a m esm a en t r e algum as v ar iáv eis, dent r e elas o sex o fem inino( 13).
Muit os est udos r elat iv os à queda da pr ópr ia alt ur a entre idosos indicam m aior ocorrência de queda entre as m ulheres. Para alguns aut ores, a causa para essa m aior ocorrência diz respeit o ao fat o de as m ulheres t er em idade m ais av an çada e apr esen t ar em m ais fragilidade que os hom ens( 14- 15). Observando a Tabela
1 , v e r i f i ca - se q u e a m a i o r i a d o s i d o so s co m o diagnóstico “ sem fragilidade”, está entre a faixa etária de 65- 79 anos. Para alguns autores, a fragilidade pode ser car act er íst ica d e p essoas com id ad e ig u al ou superior a 80 anos( 16).
Dur ant e a v alidação da escala or iginal, os aut or es( 3) ut ilizar am o coeficient e de Pear son par a
análise, obt endo correlação significat iva ent re a EFE co m i d a d e ( r = 0 , 2 7 e p = 0 , 0 1 5 ) e n ú m e r o d e m ed icam en t os ( r = 0 , 3 4 e p < 0 , 0 0 1 ) , m as n ão em relação ao sexo ( r= 0,05 e p= 0,647) .
Os result ados obt idos com a correlação das m edidas da EFS e da MI F dem onst raram correlação negat iva, um a vez que são inversam ent e ordenadas, ou sej a, m aior es v alor es na MI F indicam m enor es valor es na EFS, inver sam ent e cor r elacionados.
Ao se analisar a correlação entre diagnóstico de fragilidade com o diagnóst ico da MI F e o escore b r u t o d o MEEM, e m a m b o s h o u v e co r r e l a çã o
con v er g en t e n eg at iv a e m od er ad a( 1 1 ). A p r op ost a
inicial dos pesquisadores era verificar a possibilidade d e v al i d ação d e co n st r u ct o co n v er g en t e en t r e o diagnóst ico de fragilidade e o escore brut o do MEEM ( v ar iando ent r e zer o e 30) . Em bor a esse r esult ado sej a aqu i apr esen t ado, par a sim ples v er if icação e corroboração, a análise de validação m ais apropriada n esse caso é a d e g r u p o s co n h eci d o s, co m o f o i ap r esen t ad a an t er i o r m en t e, p o i s a av al i ação d o diagnóst ico do MEEM é dependent e da escolaridade dos idosos.
Par a um a v alidade de const r ut o da escala or ig in al, os au t or es( 3 ) u t ilizar am o coef icien t e d e
correlação de Pearson durant e a com paração da EFS com MEEM e o índice de Barthel. A correlação com o índice de Barthel foi estatisticam ente significante (r=
-0,58, p= 0,006, n= 21) , m as a correlação com o MEEM não (r= - 0,05, p= 0,801, n= 30) . No present e est udo,
não foi ut ilizado o índice de Bart hel por se t rat ar de inst rum ent o ainda não validado no Brasil. Opt ou- se pela MI F, um a vez que a m esm a j á foi validada e, assim com o o ín d ice d e Bar t h el, p od e v er if icar a independência funcional do idoso em suas atividades. De acor do com os r esult ados apr esent ados dur ant e a v alidade de cr it ér io, o t est e apr esent ou sen si b i l i d ad e al t a, p o r ém esp eci f i ci d ad e b ai x a e conseguiu ident ificar os idosos que possuem déficit cognit ivo de acordo com MEEM. Ent ret ant o, sugere-se qu e est u dos m ais específ icos sugere-sej am r ealizados sob r e o t est e d o r elóg io, n ão n o sen t id o d e su a sensibilidade, m as sim com relação à sua ut ilização para a cultura brasileira. Esse teste exige um m ínim o d e con h ecim en t o d e n ú m er os. O b aix o ín d ice d e escolar idade ent r e os idosos, o que é fr equent e no Brasil( 17),e o fato de que m uitos deles não conheciam
os núm eros foram fatores que dificultaram o desenho do r elógio par a m uit os dos idosos par t icipant es do est udo. Por t ant o, no caso da população de idosos br asileir os, baix o desem penho no t est e do r elógio pode est ar relacionado a dificuldades independent es do déficit cognit ivo.
CONCLUSÕES
Após a conclusão do processo de adapt ação cult ural da Edm ont on Fr ail Scale ( EFS) , a escala em
On
line
Rev Latino- am Enferm agem 2009 novem bro- dezem bro; 17( 6)www.eerp.usp.br/ rlae
São Paulo. Os resultados obtidos confirm am a validade d e co n t e ú d o , d e co n st r u ct o e d e cr i t é r i o d o inst r um ent o adapt ado.
A disponibilidade de um instrum ento válido e confiáv el par a av aliar a fr agilidade ent r e idosos no
Brasil é de grande ut ilidade para os profissionais da saúde sej a no âm bit o da pesquisa com o t am bém na pr át ica clínica. Ent r et ant o, suger e- se que a v er são adapt ada da EFS sej a t est ada t am bém em ou t r os grupos de idosos em out ras regiões do Brasil.
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Recebido em : 7.11.2008 Aprovado em : 14.5.2009
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