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Hipertensão arterial entre universitários da cidade de Lubango, Angola.

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Academic year: 2017

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HI PERTENSÃO ARTERI AL ENTRE UNI VERSI TÁRI OS DA CI DADE DE LUBANGO, ANGOLA

Manuel Sim ão1 Miy ek o Hay ash ida2 Cláudia Benedit a dos Sant os3 Ev an dr o José Cesar in o4 Mar ia Suely Nogueir a5

Tr at a- se de est udo descr it iv o que t ev e com o obj et iv o est udar a pr ev alência de hiper t ensão ar t er ial e fat or es

d e r isco en t r e u n iv er sit ár ios d a cid ad e d e Lu b an g o, An g ola. Os r esu lt ad os ob t id os, seg u n d o o Mod elo d e

Cam po de Saúde for am : a) biologia hum ana - 61, 3% na faix a dos 18 a 29 anos, est im ou- se pr ev alência de

hiper t ensão de 20,3 a 26,7% , 17,1% apr esent av am sobr epeso, 3,2% , obesidade; b) m eio am bient e - 36,1%

t inham dedicação exclusiva aos est udos, 33,1% indicar am r enda fam iliar de at é 250 dólar es; c) est ilo de vida

- 86,2% r ealizav am at iv idade física, 60,6% indicar am pr efer ência par a a ingest ão de alim ent os salgados, 4%

er am fum ant es, 40,6% faziam uso de bebida alcoólica; d) at endim ent o à saúde - 82,8% j á haviam ver ificado

a pr essão ar t er ial em algum a ocasião e 65, 4% deles não se lem br av am do v alor encont r ado.

DESCRI TORES: h iper t en são; fat or es de r isco; doen ças car diov ascu lar es

HYPERTENSI ON AMONG UNDERGRADUATE STUDENTS FROM LUBANGO, ANGOLA

Th i s d escr i p t i v e st u d y ai m ed t o i n v est i g at e t h e p r ev al en ce o f h y p er t en si o n an d i t s r i sk f act o r s am o n g

under gr aduat e st udent s in Lubango- Angola. The r esult s obt ained accor ding t o t he healt h field m odel w er e: a)

hum an biology : 61. 3% w er e bet w een 18 and 29 y ear s old; pr ev alence of hy per t ension fr om 20. 3 t o 26. 7% ;

17.1% w er e ov er w eight ; 3.2% w er e obese; b) env ir onm ent : 36.1% w er e ex clusiv ely st udent s; 33.1% gained

a fam ily incom e of up t o 250 dollar s; c) life st y le: 86. 2% pr act iced phy sical act iv it y ; 60. 6% pr efer r ed salt y

food; 4 . 0 % w er e sm ok er s; 4 0 . 6 % dr ank alcohol; d) healt h car e: 8 2 . 8 % alr eady had t heir ar t er ial pr essur e

ver ified som et im e in t heir life, and 65.4% did not r em em ber t he obt ained value.

DESCRI PTORS: h y per t en sion ; r isk fact or s; car diov ascu lar diseases

LA HI PERTENSI ÓN ARTERI AL ENTRE UNI VERSI TARI OS DE LA CI UDAD DE

LUBANGO, ANGOLA

Se t rat a de un est udio descript ivo que t uvo com o obj et ivo est udiar la presencia de la hipert ensión art erial y los

f act or es de r iesgo en t r e u n iv er sit ar ios de la ciu dad de Lu ban go- An gola. Los r esu lt ados obt en idos segú n el

Modelo de Cam po de Salud fuer on: a) biología hum ana: 61,3% en el int er v alo de edad de 18 a 29 años; se

est im ó la presencia de la hipert ensión ent re 20,3 a 26,7% ; 17,1% present aban sobrepeso; 3,2% , obesidad; b)

m edio am bient e: 36, 1% t enían dedicación ex clusiv a al est udio; 33, 1% indicar on una r ent a fam iliar de hast a

250 dólar es; c) est ilo de vida: 86,2% r ealizaban act ividad física; 60,6% indicar on pr efer encia por la ingest ión

de alim en t os salados; 4 , 0 % er an f u m ador es; 4 0 , 6 % h acían u so de bebidas alcoh ólicas; d) at en ción de la

salud: 82, 8% y a habían v er ificado la pr esión ar t er ial en alguna ocasión y el 65, 4% de ellos no r ecor daba el

v alor en con t r ado.

DESCRI PTORES: h iper t en sión ; fact or es de r iesgo; en fer m edades car diov ascu lar es

1 Dou t or em En f er m ag em , Un iv er sid ad e Ag ost in h o Net o, An g ola, e- m ail: m sim ao4 0 @h ot m ail. com ; 2 En f er m eir a, Dou t or em En f er m ag em ,

e- m ail: m iyeko@eerp.usp.br; 3 Professor Dout or, e- m ail: cbsant os@eerp.usp.br. Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, da Universidade de São Paulo,

Cent ro Colaborador da OMS para o Desenvolvim ento da Pesquisa em Enferm agem , Brasil; 4 Professor Doutor da Faculdade de Ciências Farm acêut icas de

Ribeirão Pret o da Universidade de São Paulo, Brasil, e- m ail: cesarino@fcfrp.usp.br; 5 Professor Associado da Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, da

(2)

I NTRODUÇÃO

A

Hipertensão Arterial ( HA) tem sido indicada

com o o fator de risco de m aior valor para a m orbidade e m o r t a l i d a d e p r e co ce s ca u sa d a s p o r D o e n ça s Car diov ascu lar es ( DCV) .

Est u d o s d e Fr a m i n g h a m m o st r a m q u e o aum ent o da pr essão ar t er ial ( PA) est á associado à m aior in cidên cia das DCVs, as qu ais r epr esen t am im port ant e problem a de saúde pública e const it uem a principal causa de m ort e ent re a população adult a, na m aioria dos países( 1).

Dad os d a Or g an ização Mu n d ial d e Saú d e ( OMS) , d e 1 9 9 7 , i n d i ca m q u e a s D CVs f o r a m responsáveis por cerca de 30% de t odas as m ort es que ocorreram no m undo, o que corresponde a quase 15 m ilhões de óbitos a cada ano, sendo a m aioria ( 9 m ilhões) proveniente dos países em desenvolvim ento. Esses d a d o s co l o ca m a s D CVs co m o v er d a d ei r a pandem ia, e para o seu tratam ento exige- se a adoção d e m ed id as p r ev en t iv as ef et iv as t an t o p r im ár ias com o secundár ias( 2).

Dados da VI I Join t Nat ion al Com m it t ee on Pr ev en t ion , Det ect ion , Ev alu at ion an d Tr eat m en t of

High Blood Pressure indicam que, nos Estados Unidos da Am érica, a HA at inge aproxim adam ent e cinqüent a m ilhões de pessoas, e em nív el m undial est im a- se que cerca de um bilhão de indivíduos são acom etidos pela m olést ia( 3).

Apesar do reconhecim ent o da gravidade que esse gr u po de doen ças r epr esen t a, m u it os países afr icanos dedicam pouca at enção à sua pr ev enção, p o i s n ã o f o r a m i d e n t i f i ca d o s e m l e v a n t a m e n t o bibliogr áfico est udos r elacionando a pr ev alência de HA, em alguns países da r egião, e especificam ent e em Angola.

A prevenção prim ária da HA é fundam ent al para a redução da m orbidade e m ortalidade por DCV. Te m co m o o b j e t i v o p r i m o r d i a l a r e d u çã o o u m o d i f i ca çã o d o s f a t o r e s d e r i sco d a d o e n ça hiper t ensiv a at r av és da im plem ent ação de polít icas apr opr iadas e pr ogr am as educat iv os que busquem evit ar ou ret ardar o desenvolvim ent o da doença. As m udanças result ant es do nível de com port am ent o da p op u lação ( b aix a in g est ão d e sal ou au m en t o d a a t i v i d a d e f ísi ca ) p o d e m p r o d u zi r b e n e f íci o s a o indivíduo, e cont ribuir com o um t odo para o cont role da PA ent re a população( 4).

As I V Dir et r izes Br asileir as de Hiper t ensão Ar t e r i a l d ã o ê n f a se à a t u a çã o d a e q u i p e

m u l t i p r o f i ssi o n a l n a s o r i e n t a çõ e s a o p a ci e n t e h ip er t en so e à im p or t ân cia d a im p lem en t ação d e est r at égias v isando a pr ev enção pr im ár ia da HA. A prevenção é o m eio m ais eficiente de com bate à HA, u m a v e z q u e a b r a n g e , f u n d a m e n t a l m e n t e , ensinam ent os que int roduzem m udanças de hábit os de vida, com a finalidade de evit ar o elevado cust o so ci a l e p r e v e n i r a s d i f i cu l d a d e s r e f e r e n t e s a o t rat am ent o e cont role das com plicações em órgãos-alvo com o coração, cérebro e rins( 5).

Quant o aos fat or es de r isco par a a doença h i p er t en si v a , esses p o d em ser cl a ssi f i ca d o s em constitucionais, que com preendem a idade, sexo, com con t r ibu ição gen ét ica ( r aça e h ist ór ia f am iliar ) e, ainda, am bient ais, que incluem a ingest ão excessiva d e sal e d e ál co o l , g o r d u r a, t ab ag i sm o , f at o r es am bient ais ligados ao t rabalho e à classe social( 6).

O d i a g n ó st i co d a HA é b a si ca m e n t e estabelecido pelos níveis tensionais perm anentem ente elevados, ist o é, acim a dos lim it es de norm alidade, quando a PA é det erm inada por m eio de m ét odos e condições apropriados; portanto, a m edida da PA é o e l e m e n t o - ch a v e p a r a o e st a b e l e ci m e n t o d o diagnóst ico da HA. No Br asil, esse é pr ocedim ent o obrigat ório, que deve ser execut ado por m édicos de t odas as especialidades e pelos dem ais profissionais de saúde devidam ent e t reinados, em t oda avaliação clínica de pacient es de am bos os sexos( 5).

REFEREN CI AL TEÓRI CO: O MODELO DE

CAMPO DE SAÚDE

Nest a pesquisa, adot ou- se com o referencial t eór ico o m odelo epidem iológico condicionant e das d oen ças e m or t e, d en om in ad o Cam p o d e Saú d e, proposto por Lalonde( 7), que sustenta a tese de que a

sa ú d e é d e t e r m i n a d a p o r v a r i e d a d e d e f a t o r e s a g r u p a d o s e m q u a t r o co m p o n e n t e s p r i n ci p a i s: biologia h u m an a, m eio am bien t e, est ilo de v ida e organização dos serviços de saúde.

Biologia hum ana inclui todos aqueles aspectos relacionados à saúde física e m ental, que fazem parte d o co r p o h u m a n o e à co n st i t u i çã o o r g â n i ca d o indiv íduo com o a her ança genét ica, o pr ocesso de m a t u r i d a d e e e n v e l h e ci m e n t o e o s d i f e r e n t e s sist em as int ernos do organism o.

(3)

envolvem os indivíduos e sobre os quais esses t êm pouco ou nenhum cont role.

Estilo de vida consiste no conj unto de decisões t om adas pelo indiv íduo, que afet am a sua pr ópr ia saúde, e sobr e as quais ele pode possuir m aior ou m en or g r au d e con t r ole. Com p r een d e d ecisões e hábit os pessoais.

Organização dos serviços de saúde consist e na qualidade, quant idade, adm inist ração, nat ureza e r e l a çõ e s p e sso a i s, b e m co m o r e cu r so s n o oferecim ento do cuidado à saúde. I nclui os diferentes r ecu r so s co m o m éd i co s, en f er m ei r o s, h o sp i t a i s, f ar m ácias, ser v iços de saú de pú blicos e pr iv ados, am bulat órios, serviços odont ológicos, ent re out ros.

No Brasil, esse m odelo foi utilizado em outro est udo env olv endo m ulher es com infar t o agudo do m iocár dio( 8).

OBJETI VOS

- I d en t if icar a p r ev alên cia d a h ip er t en são ar t er ial si st ê m i ca e n t r e o s e st u d a n t e s d e u m ce n t r o universit ário de um a universidade pública de Angola; - Car act er izar a p op u lação, seg u n d o as v ar iáv eis: biologia h u m an a, m eio am bien t e, est ilo de v ida e organização dos serviços de saúde.

METODOLOGI A

Tr at a- se de est u do descr it iv o, t r an sver sal, d e se n v o l v i d o co m a m o st r a r e p r e se n t a t i v a d a população de est udant es universit ários de um cent ro universit ário de um a cidade do int erior de Angola.

D e se n v o l v e u - se a p e sq u i sa n o Ce n t r o Universit ário do Lubango, localizado no m unicípio do Lubango, província ( Est ado) da Huíla.

A cidade de Lubango, capital da província da Huíla, sit ua- se na Região Sul do int erior de Angola.

O Ce n t r o Un i v e r si t á r i o d o Lu b a n g o é o segundo do país, depois daquele de Luanda, sit uado na capit al. O Cent ro é referência para as províncias do Nam ibe, Huíla, Cunene, Cuando- Cubango e cont a com I n st i t u t o Su p er i or d e Ci ên ci as d a Ed u cação ( I SCED) , su b or d i n ad o d i r et am en t e à Rei t or i a d a Univer sidade Agost inho Net o ( UAN) e dois Núcleos, Dir eit o e Econom ia, subor dinados hier ar quicam ent e às Faculdades de Dir eit o e de Econom ia de Luanda da UAN.

A população dest e est udo const it uiu- se de univ er sit ár ios de am bos os sex os, com idade igual ou super ior a 18 anos, que est av am r egular m ent e m at riculados no Cent ro.

Pa r t i ci p a r a m d o est u d o 6 6 7 est u d a n t es, sen d o 3 9 1 d o I n st i t u t o Su p er i o r d e Ci ên ci as d a Educação, 62, do Núcleo da Faculdade de Dir eit o e 2 1 4 , d o Nú cl e o d a Fa cu l d a d e d e Eco n o m i a . O inst r um ent o de colet a de dados foi elabor ado com base nos quat ro elem ent os do Cam po de Saúde de Lalonde ( biologia hum ana, m eio am bient e, est ilo de vida e organização dos serviços de saúde) .

O pr oj et o de pesqu isa, pr im eir am en t e, foi en cam in h ado ao Com it ê de Ét ica em Pesqu isa da Esco l a d e En f e r m a g e m d e Ri b e i r ã o Pr e t o d a Un iv er sidade de São Pau lo ( EERP- USP) , t en do em vist a a inexist ência de Com it ês de Ét ica em Pesquisa em An g ola. A colet a d e d ad os f oi r ealizad a ap ós apr ov ação daquele ór gão.

Os d a d o s f o r a m o b t i d o s p o r m e i o d e ent r ev ist a indiv idual, após assinat ur a do t er m o de consentim ento livre e esclarecido, elaborado conform e Resolução n.196/ 96 do Conselho Nacional de Saúde ( CNS) .

A e st a t u r a f o i a f e r i d a co m f i t a m é t r i ca inelástica de 150cm de com prim ento, afixada de form a invertida com fitas adesivas, em parede plana e sem rodapé, est ando posicionada a 50cm do chão.

Quanto ao peso corporal, foi obtido por m eio de balança ant r opom ét r ica por t át il com capacidade p ar a 1 5 0 k g , colocad a em local p lan o e calib r ad a inicialm ent e.

Calculou- se o Í ndice de Massa Corporal ( I MC) pela fórm ula: peso ( kg) / alt ura2 ( m2) . Os crit érios de

classificação do I MC ut ilizados foram os preconizados pela Organização Mundial da Saúde( 9), quais sej am :

graus de baixo peso m enor de 18,5kg/ m2, peso norm al

de 18,5 a 24,9kg/ m2, pré- obesidade de 25 a 29,9kg/

m2 e obesidade m aior ou igual a 30kg/ m2 ( nível I - 30

a 3 4 , 9 k g/ m2; n ív el I I - 3 5 a 3 9 , 9 k g/ m2 e nív el I I I

-³ 40k g/ m2) .

Os perím et ros da cint ura e do quadril foram ident ificados com fit a m ét r ica inelást ica, est ando o e st u d a n t e e m p o si çã o e r e t a , co m o s b r a ço s estendidos ao longo do corpo e os pés j untos. A partir da aferição dos perím et ros da cint ura e do quadril, obt ev e- se a r elação cin t u r a qu adr il ( RCQ) , com a divisão dos perím et ros da cint ura pelos do quadril.

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valores adequados da RCQ, sendo aqueles inferiores ou iguais a 0,80 para o sexo fem inino e 0,90 para o m asculino( 10).

Em r e l a çã o à ci r cu n f e r ê n ci a d a ci n t u r a , u t ilizou - se os p on t os d e cor t e p r econ izad os p ela WHO( 9), que a classifica em aum entada quando o valor

em cen t ím et r os f or m aior ou ig u al a 8 0 p ar a as m ulheres e m aior ou igual a 94 para os hom ens. É con sider ada m u it o au m en t ada qu an do o v alor f or m aior ou igual a 88 par a as m ulher es e m aior ou igual a 102 para os hom ens.

Consider ando que a gr av idez é um est ado q u e au m en t a alg u m as m ed id as an t r op om ét r icas, com o o peso corporal e a cint ura da gest ant e, para análise das variáveis I MC, circunferência da cint ura e RCQ excluiu- se 8 part icipant es grávidas, evit ando desse m odo, falsas associações.

A PA foi afer ida por m ét odo auscult at ór io, ut ilizando- se esfigm om anôm et ros aneróides, t est ados e devidam ent e calibrados, m anguit os com largura de bolsa de borracha com patível à circunferência braquial do indiv íduo. Os v alor es de PA for am m ensur ados após a ent revist a, possibilit ando ao suj eit o repouso de, no m ínim o, 5 m inutos, devendo ficar sentado com o braço apoiado sobre a m esa. Foram realizadas três m edidas consecutivas, com intervalos de 60 segundos entre um a e outra, e registrados os valores da pressão art erial sist ólica e pressão art erial diast ólica das t rês m edidas.

Após a coleta os dados, foram pré- codificados e arm azenados em um banco de dados criado a partir d o Pr o g r a m a Ex ce l e , e m se g u i d a , f o r a m transportados para o soft ware EPI - I NFO 6 e Program a Statistical Package for Social Sciences ( SPSS) , versão 1 0 . 1 , o que possibilit ou a aplicação dos t est es de correlação, em casos de duas variáveis quantitativas.

RESULTADOS

Participaram do estudo 667 suj eitos de am bos os sex os, sendo 419 ( 62,8% ) do sex o m asculino e 2 4 8 ( 3 7 , 2 % ) d o f e m i n i n o . A f a i x a e t á r i a d o s p a r t i ci p a n t e s v a r i o u e n t r e 1 8 e 5 5 a n o s, co m p r ed o m i n â n ci a d a f a i x a et á r i a d e 1 8 a 2 9 a n o s ( 61,3% ) , seguida de 30 a 39 anos ( 25,3% ) .

Em r e l a çã o à e t n i a , 5 9 0 ( 8 8 , 5 % ) e r a m negros, 57 ( 8,5% ) m ulat os e 20 ( 3% ) brancos.

Dados sobre a biologia hum ana dos universit ários

Para definição da HA na população estudada, ad ot ou - se cr it ér ios d e d iag n óst ico e classif icação p r e co n i za d o s p e l a s I V D i r e t r i ze s Br a si l e i r a s d e Hiper t ensão Ar t er ial, que est abelece a classificação da PA para os indivíduos adultos, de acordo com seus níveis t ensionais, em ót im a ( pressão art erial sist ólica < 120m m Hg e pressão art erial diast ólica < 80m m Hg) ; n or m al ( pr essão ar t er ial sist ólica < 1 3 0 e pr essão ar t er ial d iast ólica < 8 5 m m Hg ) ; lim ít r of e ( p r essão ar t er ial sist ólica 130–139m m Hg ou pr essão ar t er ial diast ólica 85–89m m Hg) ; hipert ensão est ágio I ( leve) ( pressão art erial sist ólica 140–159m m Hg ou pressão art erial diast ólica 90–99m m Hg) e hipert ensão est ágio I I ( m o d e r a d a ) ( p r e ssã o a r t e r i a l si st ó l i ca 1 6 0 -169m m Hg ou diast ólica 100- 109m m Hg) ; hipert ensão est ágio 3 ( grave) ( pressão art erial sist ólica ≥180 ou diast ólica ≥110m m Hg) e hipert ensão sist ólica isolada ( p r e ssã o a r t e r i a l si st ó l i ca ≥1 4 0 e d i a st ó l i ca < 90m m Hg) .

Dessa for m a, par a ident ificar a pr ev alência de HA na população em questão, foram considerados os 8 7 su j eit os qu e apr esen t av am pr essão ar t er ial sistólica de ≥140m m Hg e diastólica de ≥90m m Hg; 13 suj eit os com a pressão art erial sist ólica ≥140m m Hg, 5 7 p a r t i ci p a n t es co m a p en a s a p r essã o a r t er i a l d i a st ó l i ca ≥9 0 m m H g , t o t a l i za n d o 1 5 7 su j e i t o s, obt endo- se assim a prevalência de 23,5% de HA na população est udada.

Co n st a t o u - se q u e , d o s 4 1 9 ( 6 2 , 8 % ) est udant es do sexo m asculino, 18,9% apresent aram pressão art erial sist ólica de ≥140m m Hg, e, dent re os 2 4 8 ( 3 7 , 2 % ) d o se x o f e m i n i n o , 8 , 4 % d e l e s a p r e se n t a r a m p r e ssã o a r t e r i a l si st ó l i ca d e

≥140m m Hg.

Em r elação aos v alor es de pr essão ar t er ial diast ólica, ≥9 0 m m Hg for am obser v ados em 2 7 , 7 % dos est udant es do sex o m asculino e em 11,3% do fem inino.

O I MC dos participantes do estudo variou de m enor 18,5kg/ m2 a 39,9kg/ m2, com m aior freqüência

en t r e 1 8 , 5 k g/ m2 e 2 4 , 9 k g/ m2, in dican do qu e 4 5 5

( 6 9 , 1 % ) i n d i v íd u o s e n co n t r a v a m - se n a f a i x a considerada norm al. Observou- se, ainda, que 10,6% dos part icipant es est avam na faixa de baixo peso e 1 7 , 1 % e n co n t r a v a m - se co m p r é - o b e si d a d e . Const at ou- se a obesidade em apenas 3 , 2 % deles, sendo 2,6% de nível I e 0,6% de nível I I .

(5)

concent ração da RCQ inadequada observou- se j unt o aos indivíduos do sexo fem inino ( 38,3% ) , contra 10% do m asculino.

Em r elação à cir cu n f er ên cia da cin t u r a, a m aioria dos estudantes ( 518- 78,6% ) não apresentava r isco aum ent ado par a as DCVs, quando o dado em quest ão era o perím et ro da cint ura; ent ret ant o, 141 ( 2 1 , 4 % ) deles encont r av am - se na classificação de r i sco a u m e n t a d o , se n d o a m a i o r p r o p o r çã o pert encent e ao sexo fem inino.

Quant o ao r isco m uit o aum ent ado par a as co m p l i ca çõ e s m e t a b ó l i ca s e D CVs, 7 , 6 % d o s est udant es o apresent avam sendo a grande m aioria ( n= 39) t am bém do sexo fem inino.

No que se refere aos antecedentes fam iliares dos par t icipan t es do est u do, v er if icou - se qu e 2 3 2 ( 34,8% ) er am ór fãos de pai e, desses, 14,1% não sabiam in f or m ar a cau sa de óbit o do gen it or ; 2 9 ( 4,3% ) indicaram a guerra, seguindo os hom icídios, m ort e súbit a e AVC, sendo cada um a dessas causas r elat ad a p or 3 , 4 % d os p ar t icip an t es. Ou t r os 1 3 3 ( 19, 9% ) infor m ar am ser ór fãos de m ãe e, desses, 6,9% não souber am infor m ar a causa da m or t e da gen it or a; 1 , 8 % in dicar am a HA e a m or t e sú bit a, r espect ivam ent e, e 1,5% r efer ir am AVC.

Em r elação à h ist ór ia fam iliar de HA, 2 6 9 ( 40,3% ) relataram que pelo m enos um dos pais sofria da doença e 147 ( 22,0% ) est udant es possuíam pelo m enos um par ent e do pr im eir o gr au ( ir m ãos, t ios, avós) com HA.

Dados sobre o m eio am bient e dos universit ários

Em r e l a çã o à p r o ce d ê n ci a d o s 6 6 7 participantes do estudo, verificou- se que 363 ( 54,4% ) eram provenient es de out ros Est ados, 187 ( 28% ) de Lubango ( local onde se coletou os dados) , 100 ( 15% ) procediam do int erior do Est ado, 12 ( 1,8% ) eram da r egião – cidades per t encent es ao m esm o Est ado e que se localizav am à dist ância de at é 100k m , e 5 ( 0 , 7 % ) v ier am d e ou t r os p aíses, n om ead am en t e Por t ugal e Canadá.

No que se r efer e ao ano do cur so, 48, 6% estavam no prim eiro ano letivo e 27,9% , no segundo an o.

Quanto à ocupação dos estudantes, verificou-se que m ais de um terço deles ( 241- 36,1% ) dedicava-se exclusivam ent e aos est udos, 179 ( 26,8% ) , além d e e st u d a n t e s, e r a m p r o f e sso r e s d o e n si n o fundam ental e m édio de escolas públicas ou privadas,

128 ( 19,2% ) exerciam at ividades adm inist rat ivas em instituições públicas ou privadas, 42 ( 6,3% ) , além de est udar em , er am policiais ou per t enciam às for ças a r m a d a s, e o s d em a i s ( 1 1 , 6 % ) t r a b a l h a v a m n o com ércio, indústria, j ornalism o e/ ou com o autônom os. Qu a n t o a o e st a d o ci v i l d o s e st u d a n t e s pesqu isados, obser v ou - se qu e 3 6 1 ( 5 4 , 1 % ) er am so l t e i r o s, 2 9 0 ( 4 3 , 5 % ) ca sa d o s o u v i v i a m co m com panheiros em união consensual, 8 ( 1,2% ) , viúvos e 8 ( 1,2% ) separados. Aproxim adam ente m etade dos participantes ( 48,7% ) não tinha filhos. Dos 51,3% com filhos vivos, 253 ( 37,9% ) tinham de um a quatro filhos. Out r o dado r elacionado ao m eio am bient e, obj eto de investigação, foi a renda individual e fam iliar. Em r elação à r enda indiv idual, par a a m aior ia dos est udant es ( 342- 51, 3% ) a r enda er a de 20 a 250 d ólar es, ap r ox im ad am en t e u m t er ço d eles ( 1 9 3 -28,9% ) não a possuía, 107 ( 16% ) t inham renda que v ar iav a de 251 a 500 dólar es e apenas 25 ( 3,7% ) r efer ir am r enda indiv idual super ior a 5 0 0 dólar es. Quant o à renda fam iliar, 180 ( 27% ) est udant es não souberam inform ar, 221 ( 33,1% ) m encionaram renda infer ior a 251, 163 ( 24,4% ) r efer ir am ent r e 251 e 500 dólares, 81 ( 12,1% ) ent re 501 e 980 dólares e apenas 22 ( 3,3% ) relataram renda fam iliar m aior que 980 dólares.

An a l i sa n d o o n ú m e r o d e p e sso a s q u e m oravam na m esm a residência, 60,4% indicaram de quatro a oito indivíduos, 17,2% nove ou m ais pessoas, 14,8% de duas a três pessoas e 8,1% dos estudantes p esq u isad os in f or m ar am q u e m or av am sozin h os. Regist r ou - se, ain da, qu e 3 5 7 ( 5 3 , 5 % ) est u dan t es residiam em casas próprias, 203 ( 30,4% ) em casas alu gadas.

No q u e co n cer n e a o m ei o d e t r a n sp o r t e p r ed o m i n an t e p ar a su a l o co m o ção at é a esco l a, serviço e vice- versa, 334 ( 50,1% ) referiram que não ut ilizavam nenhum t ransport e, pois na rot ina diária deslocavam - se a pé, 178 ( 26,7% ) usavam transporte p r ó p r i o e 1 5 5 ( 2 3 , 2 % ) u t i l i za v a m o t r a n sp o r t e colet iv o.

Dados sobre o est ilo de vida dos universit ários

A grande m aioria ( 575- 86,2% ) referiu realizar algum t ipo de at iv idade física, apenas 92 ( 13, 8% ) negar am essa pr át ica.

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freqüência e duração com que realizavam a atividade física pr edom inant e, a m aior ia ( 408- 61,2% ) r efer iu realizá- la três ou m ais vezes por sem ana, 101 ( 15,1% ) m enos de t r ês v ezes por sem ana e 66 ( 9,9% ) dos part icipant es a realizavam diariam ent e, 539 ( 80,8% ) dos estudantes executavam a atividade física durante trinta ou m ais m inutos/ dia e 34 ( 5,1% ) m encionaram duração inferior a t rint a m inut os/ dia.

A m aioria dos part icipant es do est udo ( 386-5 7 , 9 % ) f a zi a t r ê s r e f e i çõ e s/ d i a , 1 8 3 ( 2 7 , 4 % ) consum iam duas refeições diárias, 90 ( 13,5% ) quatro r ef eições/ dia e 8 ( 1 , 2 % ) con su m iam apen as u m a r efeição diár ia. As r efeições cit adas com o as m ais co n su m i d a s p e l a m a i o r i a ( 3 5 1 - 5 2 , 6 % ) e r a m com post as por desj ej um , alm oço e j ant ar ; v indo a seguir o alm oço e o j ant ar, indicadas por 160 ( 24% ) dos part icipant es e, nessas refeições, os carboidrat os e as pr ot eínas er am os gr upos de alim ent os m ais consum idos.

D o t o t a l d e p a r t i ci p a n t e s, 4 0 4 ( 6 0 , 6 % ) in d icar am p r ef er ên cia p or alim en t os salg ad os ou preparados com m uit o sal, cit ando o peixe salgado, em butidos e carne salgada com o os m ais consum idos. Dos 667 suj eit os est udados, 27 ( 4% ) eram fum ant es, 271 ( 40,6% ) est udant es ingeriam bebidas a l co ó l i ca s e 3 9 9 ( 5 9 , 8 % ) i n d i ca r a m se r e m est r essados ou ner v osos.

Das 248 m ulher es par t icipant es do est udo, 38 ( 15,3% ) m encionaram usar pílulas cont racept ivas orais, dentre as quais 17 ( 44,7% ) as utilizavam num p er íod o i g u al ou i n f er i or h á u m an o, p or cen t u al sem elhant e regist rou a ut ilização de pílulas há m ais de dois anos.

Dados relacionados ao at endim ent o de saúde

I ndagou- se, inicialm ent e, a cada part icipant e se algum a v ez sua PA t inha sido afer ida e qual o valor encontrado. Dos 667 entrevistados, 552 ( 82,8% ) infor m ar am que for a v er ificada algum a v ez, sendo 428 ( 77,5% ) no m esm o ano do est udo, 56 ( 10,1% ) haviam verificado há dois anos, 49 ( 8,9% ) há m ais de dois anos, 19 ( 3,4% ) não se lem bravam quando tinham verificado a PA, e a m aioria ( 361- 65,4% ) não sabia inform ar o valor da PA encont rado na ocasião da m ensur ação.

A cada est udant e foi indagado se sofr ia ou não de HA, as respostas foram : 60 ( 9% ) sabiam que er am hiper t ensos, 329 ( 49,3% ) negar am possuir a doença e 278 ( 41,7% ) não sabiam inform ar se sofriam

ou não da doença, não obstante, m uitos deles terem verificado a PA ant eriorm ent e.

Dos 6 0 est u dan t es qu e r econ h ecer am ser portadores de hipertensão arterial, apenas 16 ( 26,7% ) faziam algum t ipo de t rat am ent o cont ra a doença.

DI SCUSSÃO

Em relação à prevalência de HAS encontrada nest a pesquisa ( 23,5% ) , é elevada considerando que a grande m aioria da população est udada ( 86,6% ) é j ovem ( 18 a 39 anos) .

Em relação ao sexo, os achados do presente estudo tam bém coincidem com os dados da literatura cient ífica, um a vez que diferent es t rabalhos indicam m aior prevalência da doença entre os hom ens do que entre as m ulheres, até um a determ inada faixa etária. Achados de diversos est udos indicam prevalência de HA m enor em m ulheres se com parados aos hom ens at é os 55 anos e, após essa idade, ocorre aum ent o significat ivo da doença ent re as m ulheres( 11).

Em relação à obesidade, os seus m alefícios são clar am en t e con h ecidos e descr it os por v ár ios aut ores. Os obesos t êm m aior prevalência de HA do que os não- obesos e a dim inuição do peso corporal leva à redução dos níveis de PA( 12).

A associação I MC e HA é tam bém enfatizada nos est udos de Fram ingham , onde foi observado que excesso de 20% do peso ideal aum enta em oito vezes a incidência de HA( 13). A redução de peso é a m aneira

não- farm acológica m ais efet iva para cont rolar a HA, p ois m esm o as r ed u ções d e p eso m od est as t êm dim inuído significat ivam ent e a PA( 14).

Os a n t e ce d e n t e s f a m i l i a r e s d a d o e n ça hipert ensiva devem ser levados em consideração nos est udos sobre prevalência da m olést ia, pois a HA é doença na qual o com ponent e genét ico- her edit ár io t em grande im port ância.

Em relação à estrutura fam iliar da população e st u d a d a , o b se r v o u - se q u e a m a i o r p a r t e d e l a ( 54,1% ) era solteira, talvez pelo fato de a faixa etária pr edom inant e ser de indiv íduos m ais j ov ens, ent r e 18 e 29 anos, ent ret ant o, verificou- se que a m aioria dos est udant es ( 51,3% ) t inha filhos.

(7)

Quant o ao est ilo de v ida dos univ er sit ár ios est udados, m er ece r ealce a r ealização de at iv idade física m encionada pela grande m aioria deles ( 86,2% ) . Esse é fato positivo, pois a prática regular de atividade física traz m últiplos benefícios à saúde, inclusive reduz a incidência de DCVs, com o aquelas decorrent es de at er oscler ose cor onar iana( 15).

Os d a d o s d e m o n st r a m q u e a p o p u l a çã o est udada possuía alguns hábit os saudáveis, no que d i z r esp ei t o à p r át i ca d e at i v i d ad es f ísi cas, q u e con t r ib u em p ar a ev it ar o su r g im en t o d e alg u m as doenças decorrent es da inat ividade física. Ent ret ant o, apesar de a m aioria m encionar que realizava atividade física, ainda exist e parcela da população que não a pr at ica e ou t r os qu e n ão a ex ecu t am con f or m e o propósito, ou sej a, com duração de 30 a 60 m inutos, n o m ín i m o t r ê s v e ze s p o r se m a n a( 5 ). I sso v e m

d e m o n st r a r a n e ce ssi d a d e d a p r o g r a m a çã o e i m p l e m e n t a çã o d e a çõ e s e d u ca t i v a s q u e v i se m inform ar o indivíduo sobre a necessidade da prát ica de at ividade física regular.

Em r elação ao padr ão alim ent ar, obser vou-se que os alim ent os m ais consum idos, vou-segundo eles, e r a m o s ca r b o i d r a t o s e p r o t e ín a s e o s m e n o s consum idos, frut as, verduras e legum es.

O co n su m o d e f r u t a s e v e r d u r a s é aconselhável à saúde, pois há evidências do seu efeito pr ot et or às DVCs e AVCs. Os efeit os fav or áv eis do con su m o d e f r u t as e v er d u r as sob r e a PA f or am r elat ados em n u m er osos est u dos( 1 6 ). Sabe- se qu e

u m a d i e t a e q u i l i b r a d a é f u n d a m e n t a l p a r a a m anutenção da saúde e que deve incluir as principais font es nut ricionais: carboidrat os, prot eínas, gorduras, vit am inas e fibras.

Em relação à ingestão de sal, as inform ações obt idas indicam que os part icipant es do est udo não t inham com pr eensão clar a sobr e os efeit os nociv os da ingest ão excessiva desse íon.

Vár ios au t or es r essalt am q u e a r est r ição sa l i n a d e v e f a ze r p a r t e d a t e r a p ê u t i ca a n t i -hipert ensiva e ser um a das prim eiras recom endações dadas ao pacient e hipert enso e fam ília, com obj et ivo pr ev en t iv o.

Assi m , t o r n a - se i m p e r i o sa a d i f u sã o d e i n f o r m a çõ e s v i sa n d o a p r e v e n çã o d a HA, p o i s, con f or m e m ost r am v ár ios est u d os, a r ed u ção d e ingestão de sal é um a das m edidas de m aior im pacto n a p r e v e n çã o d a d o e n ça , p o r p r o m o v e r m e n o r elev ação da PA e queda pr essór ica pr opor cional à d i m i n u i çã o d o t e o r d e só d i o . Ne sse se n t i d o ,

recom enda- se a ingest ão diária de at é 6 gram as de sal, ev it ar u t ilização d e saleir o à m esa e a n ão-ingest ão de alim ent os indust rializados, por possuírem alto teor de sal( 5).

Quant o ao t abagism o, apesar de o núm er o de fu m an t es ser pequ en o ( 4 % ) , esse h ábit o dev e m erecer at enção, pois o fum o é im port ant e fat or de risco para as m oléstias cardiovasculares e oncológicas e co n st i t u i u m a d as p r i n ci p ai s cau sas d e m o r t e evit áveis no m undo.

Em relação à ingest ão de bebidas alcoólicas, v á r i o s t r a b a l h o s r e l a t a m a a sso ci a çã o e n t r e o consum o excessivo e a HA e/ ou DCV.

CONCLUSÕES

A part ir da análise dos fat ores de risco para a d o e n ça h i p e r t e n si v a , a g r u p a d o s n o s q u a t r o elem entos do m odelo de Cam po de Saúde, constatou-se que, em r elação ao elem ent o biologia hum ana, dest acam - se os fat ores m odificáveis ( alt a prevalência de hiper t ensão ar t er ial e consider áv el por cent agem de est udant es com sobrepeso) e os não- m odificáveis ( idade, raça, sexo, hist ória fam iliar posit iva de HA) ; no m eio am biente constata- se o nível socioeconôm ico ( renda baixa e est rut ura fam iliar) ; no est ilo de vida en q u a d r a m - se o s h á b i t o s a u t o cr i a d o s ( i n g est ã o e x ce ssi v a d e sa l e á l co o l q u e f o r a m b a st a n t e ex p r essi v o s n essa p o p u l a çã o ) e, em r el a çã o a o at endim ent o de saúde, m er ece dest aque o fat o de grande part e dos part icipant es t er aferido a pressão arterial algum a vez e sequer sabiam inform ar o valor encont rado na ocasião.

CONSI DERAÇÕES FI NAI S

As i n f o r m açõ es l ev an t ad as n est e est u d o indicam a necessidade de pr ogr am as de or ient ação à população sobre as doenças crônico- degenerat ivas em geral e, part icularm ent e, a hipert ensão art erial.

(8)

profissionais, devem est ar os órgãos de com unicação e a sociedade com o um todo, no auxílio à difusão de inform ações para que ocorram m udanças no processo educat ivo do cidadão.

Dent re as possibilidades m ais viáveis, est ão os cu r sos de edu cação con t in u ada, t r ein am en t os, folhet os infor m at iv os, palest r as, sem inár ios, dent r e m u i t o s o u t r o s m e i o s d e e n r i q u e ci m e n t o e / o u consolidação do conhecim ent o.

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