• Nenhum resultado encontrado

Rev. Bras. Anestesiol. vol.67 número5

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. Bras. Anestesiol. vol.67 número5"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

REVISTA

BRASILEIRA

DE

ANESTESIOLOGIA

PublicaçãoOficialdaSociedadeBrasileiradeAnestesiologia

www.sba.com.br

ARTIGO

CIENTÍFICO

Perfil

epidemiológico

de

pacientes

atendidos

no

ambulatório

de

avaliac

¸ão

pré-anestésica

de

um

hospital

universitário

Monica

Loureiro

Santos

a,b,∗

,

Cristiane

de

Oliveira

Novaes

c

e

Antonio

Carlos

Iglesias

d,e

aUniversidadeFederaldoEstadodoRiodeJaneiro(Unirio),SaúdeeTecnologianoEspac¸oHospitalar,RiodeJaneiro,RJ,Brasil bUniversidadeFederaldoEstadodoRiodeJaneiro(Unirio),HospitalUniversitárioGaffréeeGuinle,Servic¸odeAnestesiologia,

RiodeJaneiro,RJ,Brasil

cUniversidadeFederaldoEstadodoRiodeJaneiro(Unirio),InstitutodeSaúdeColetiva,RiodeJaneiro,RJ,Brasil

dUniversidadeFederaldoEstadodoRiodeJaneiro(Unirio),EscoladeMedicinaeCirurgia,DepartamentodeCirurgiaGerale

Especializada,RiodeJaneiro,RJ,Brasil

eUniversidadeFederaldoEstadodoRiodeJaneiro(Unirio),HospitalUniversitárioGaffréeeGuinle,Servic¸odeCirurgiaGerale

CirurgiadoAparelhoDigestivo,RiodeJaneiro,RJ,Brasil

Recebidoem7denovembrode2015;aceitoem27dejunhode2016 DisponívelnaInternetem27deagostode2016

PALAVRAS-CHAVE

Avaliac¸ão pré-anestésica; Cirurgia; Cuidados pré-operatórios

Resumo

Objetivo: Verificar as características demográficas e clínicas dos pacientescirúrgicos

aten-didosnoAmbulatóriodeAvaliac¸ãoPré-AnestésicadoHospital UniversitárioGaffrée eGuinle (APA/HUGG),comoobjetivodeauxiliarnabuscadequalidade,efetividadeeracionalizac¸ão derecursosdagestãohospitalar.

Método: Estudodescritivotransversal,feitocom491pacientesdeoperac¸ãoeletiva,atendidos

noAmbulatóriodeAPA/HUGGdemarc¸oadezembrode2014.Foramestudadasasvariáveis: sexo,faixaetária,índicedemassacorporal(IMC),tabagismo,doenc¸asassociadas,classificac¸ão dacapacidadefuncional(METs),(ASA),doenc¸adescompensada,interconsultas,especialidadee portecirúrgicos,históriadeprocedimentoanestésico-cirúrgicoprévioepossíveiscomplicac¸ões.

Resultados: Predominarampacientesdosexofeminino(64,8%),nafaixade18a59anos(55,9%)

e comsobrepeso(38,3%). A prevalênciade doenc¸as associadas foi elevada(71,3%)sendo a hipertensão arteriala principal(50,1%). A maior parcela dospacientes apresentava morbi-dadeclinicamentecompensada(96,3%)eusocontínuodemedicamento(77,4%).Emrelac¸ãoàs característicascirúrgicas,aespecialidademaisfrequentefoiacirurgiageraleoportemédio. Aanálisedascaracterísticasporfaixaetáriamostrouqueosidososapresentarammaisdoenc¸as associadaseusocontínuodemedicac¸ãoalémdepredomíniodeASAIIeIII.

Autorparacorrespondência.

E-mail:monicaregloureiro@yahoo.com.br(M.L.Santos). http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2016.06.002

(2)

Conclusão:OperfilepidemiológicodospacientescirúrgicosatendidosnaAPA/HUGGfoi:sexo feminino,faixaetáriade18a59anos,sobrepeso,comdoenc¸asassociadas,emusodemedicac¸ão contínua,semdescompensac¸ãoclínica,ASAIIeMETs≥ 4.Oconhecimentodascaracterísticas clínicasdospacientescirúrgicoséfundamentalparaoplanejamentodoscuidados periopera-tóriosepermiteavanc¸arnaqualidadeeseguranc¸aemanestesiaecirurgia.

©2016SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eum artigoOpen Accesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

KEYWORDS

Preanesthetic evaluation; Surgery;

Preoperativecare

Epidemiologicalprofileofpatientsseeninthepre-anestheticassessmentclinicofa universityhospital

Abstract

Objective:Assessthedemographicandclinicalcharacteristicsofsurgicalpatientsseeninthe

Pre-anestheticAssessmentClinicoftheHospitalUniversitárioGaffréeeGuinle(APA/HUGG),in ordertoassistinthepursuitforquality,effectiveness,andresourcerationalizationofhospital management.

Method: Cross-sectionaldescriptivestudywith491patientsundergoingelectivesurgery,

trea-tedatAPA/HUGGClinicfromMarchtoDecember2014.Thefollowingvariableswereassessed: sex,age,BMI,smokingstatus,associateddiseases,classificationofMET’sandASA,presence ofdecompensateddisease,medicalassociatedappointmentsinterconsultation,specialtyand surgicalrisk,historyofprioranesthetic-surgicalprocedure,andcomplications.

Results:Therewasapredominanceoffemale(64.8%)andoverweightpatients(55.9%),aged

18-59years.Theprevalenceofassociateddiseaseswashigh(71.3%),withhypertensionpressure prevailing(50.1%).Mostpatientshadclinicallycompensatedmorbidity(96.3%)andlong-term useofmedication(77.4%).Regardingthesurgicalcharacteristics,themostfrequentspecialty wasgeneralandmediumrisksurgeries.Theanalysisofthecharacteristicsbyageshowedthat theelderly havemore associated diseasesandlong-term use ofmedication, inadditionto predominanceofASAII-III.

Conclusion:TheepidemiologicalprofileofsurgicalpatientsseenattheAPA/HUGGwasfemale,

age18-59years,overweight,withassociateddiseases,long-termuseofmedication,without clinical decompensation, ASA II andMET’s ≥4. Knowledge of theclinical characteristicsof surgicalpatientsiscriticaltoscheduletheperioperativecare,allowingtheimprovementof qualityandsafetyinanesthesiaandsurgery.

©2016SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc

¸ão

Desde as últimas décadas do século XX a qualidade em

servic¸os e sistemas de saúde tornou-se tema central e frequente nas discussões em todo o mundo. Qualidade e seguranc¸a formam um binômio que deveorientar melho-rias em estruturas, resultados e processos.1 A avaliac¸ão

pré-anestésica (APA) está inserida nesse contexto como aspectofundamentalparaaumentaraseguranc¸a anestésico--cirúrgicaeaqualidadedoatendimento.AAPAinadequada e/ou insuficiente está associada ao aumento da morbi-dadee mortalidadecirúrgicas.2Em contrapartida,quando

feitaem caráterambulatorial,apresenta inúmeras vanta-gens,comomelhoriadoestadoclínicodopaciente,reduc¸ão da ansiedade, acelerac¸ão da recuperac¸ão pós-cirúrgica, alémdemaiorcontatoeconhecimentodopacientecomo anestesiologista.3---5OConselhoFederaldeMedicina(CFM),

pormeiodaResoluc¸ãon◦

1.802/06.1,tornouindispensávela avaliac¸ãopré-anestésicaerecomendouquesejafeitaantes daadmissãohospitalar.6

A APA é definida como um conjunto de medidas que precedemoscuidadosanestésicosnecessáriosàrealizac¸ão da operac¸ão e consiste na coleta e no registro de informac¸ões por meio de entrevista, histórico médico, examefísico,exameslaboratoriaiseavaliac¸õesde especi-alistas. Seus objetivos são identificar doenc¸as associadas, avaliaraterapiamedicamentosa,definiranecessidadede intervenc¸ões perioperatórias, formular o plano anestésico (escolha de agentes,monitorac¸ão intraoperatória ou pós--operatória) e estabelecer medidas paranortear decisões intraoperatorias.7,8 Além disso, é o momento de obter o

consentimento,informareorientaropaciente.9,10

(3)

ambulatorialfeitapeloanestesiologistaéummodelo relati-vamentenovo,demodoqueoconceitodeumambulatório deavaliac¸ãopré-anestésicafoi inicialmenteformuladohá poucomaisde 50 anos11 e tem sidoimplantado deforma

gradativanoBrasil.

Oconhecimentodascaracterísticasdemográficase clíni-casdapopulac¸ãocandidataa procedimentoscirúrgicosde umestabelecimento hospitalaré fundamental parao pla-nejamento administrativo e o dimensionamento físico do blocooperatórioedossistemasdeacolhimento,taiscomo internac¸ão/altaehospital-dia.Auxiliatambémnaatuac¸ão daequipemultiprofissional,naformac¸ãoetreinamentode recursoshumanosenofuncionamentodesetoresdeapoio, comolaboratório,agênciatransfusionalefarmácia.Éuma ferramentadegrandeutilidadenabuscadeseguranc¸a, qua-lidade,efetividadeeracionalizac¸ãoderecursosdegestão hospitalar. O objetivo deste estudo foi verificar as carac-terísticas demográficas e clínicas dos pacientescirúrgicos atendidosnoAmbulatóriodeAvaliac¸ãoPré-Anestésica(APA) doHospitalUniversitárioGaffréeeGuinle(HUGG).

Métodos

Estudodescritivo,transversal,feitodemarc¸o adezembro de2014.FoiaprovadopeloComitêdeÉticaemPesquisasob o n◦ 27505514.4.0000.5258,e todosos pacientes que

con-cordaram em participar o fizeram por meio do Termo de ConsentimentoLivreeEsclarecido(TCLE).

A populac¸ão estudada foi composta de pacientes com doenc¸as cirúrgicas de tratamento eletivo, encaminhados paraavaliac¸ãopré-operatóriapelasseguintesclínicas: cirur-giageral, cirurgiadoaparelhodigestivo e coloproctologia (especialidadesquenesteestudo compreenderamo grupo denominadocirurgiageral), urologia,ginecologia, cirurgia torácica,cirurgiavascular,otorrinolaringologia,ortopedia, neurocirurgia,cirurgiaplásticaeoftalmologia.Foram con-sideradoscritériosdeexclusão:pacientesabaixode18anos eausênciaoufalhadepreenchimentodafichadeavaliac¸ão. Aconsultapré-anestésicaseguiuasrecomendac¸õesdo Gui-deline paraambulatório de anestesia e cirurgia aprovado pela Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA).12 Os

dadosforamcoletadospelo pesquisador pormeiodeuma ficha de obtenc¸ão de dados, que coletou informac¸ões de entrevistaeexamefísicoregistradasemfichasdeavaliac¸ão pré-anestésicasindividuais(fichadesenvolvidaeusadapelo Servic¸o de Anestesiologia [SANE/HUGG]). As consultas de APAforamfeitasportrêsanestesiologistasdoSANE-HUGG.

Foramconsideradososseguintesgruposdevariáveis:

1. Variáveis demográficas e antropométricas: sexo;idade estratificadaem duasfaixas (18-59anos e ≥60 anos); peso e altura usados para cálculo do índice de massa corporal(IMC).13

2. Variáveis clínicas: presenc¸a de doenc¸a(s) associada(s) identificada(s) por história e/ou exame físico e seu quantitativo;históriadetabagismo;usodemedicac¸ões; classificac¸ão funcional segundo equivalentes metabóli-cos - MET (índice de atividade de Duke), índice de atividadedeDuke,14classificac¸ãodeestadofísicoASA,15

necessidadedeinterconsulta comespecialista segundo

critériosclínicoseaocorrênciadedoenc¸aassociada cli-nicamentedescompensada.

3. Variáveis relacionadas ao procedimento cirúrgico: especialidade cirúrgica, porte cirúrgico segundo a classificac¸ão proposta por Eagle16 e histórico de

pro-cedimento cirúrgicoe/ou anestesia préviose possíveis complicac¸ões.

Paracálculodaamostra,obteve-seamédiahistóricado númerodepacientesatendidosnoambulatóriodeavaliac¸ão pré-anestésicadoHUGG.Comousodocálculopara amos-tras de populac¸ão finita e procedimentos de amostragem semreposic¸ão,obteve-seumnde329,oquegarante95% deconfianc¸aeníveldesignificânciadep≤0,05.Osdados coletadosforamprocessadospeloprogramaSPSS® (Statistic Package for the Social Sciences,Chicago, IL, USA) versão 17.0 para Windows® e foi feito por meio de estatística descritiva;asvariáveisqualitativasforamdescritasem por-centagenseascontínuascomomédiaedesvio-padrão.Para verificar a distribuic¸ão das características por faixa etá-riaesexofoiusadootestedequi-quadrado(intervalode confianc¸ade95%eníveldesignificânciadep≤0,05).

Resultados

Foramanalisadosdadosde491pacientes.Dos500pacientes consecutivos inicialmenterecrutados, seis serecusarama participaretrêsnãopreencheramoscritériosdapesquisa. Foi observado predomínio do sexo feminino (64,8%); médiade56,12 ±15,3anos (18-90anos);55,9%dos paci-entesforamalocadosnogrupoaté59anos.Dospacientes, 67,2%tinham excessode peso, sendoque38,3% nogrupo sobrepesoe28,9%comoobesos(grauI,II eIII),como pode

servistonatabela1.

Doenc¸as associadas foram identificadasna maioria dos pacientes estudados (71,3%) e a associac¸ão de duas ou maisdessasestevepresenteem32%daamostra.Adoenc¸a associadamaisprevalentefoi ahipertensãoarterial sistê-mica(HAS),queacometeuametadedospacientes(50,1%), seguidapor diabetes melito(11,4%), pneumopatias(9,5%) edislipidemia(7,9%).Quantoaoshábitosdevida,11%dos pacientes eram fumantes. O uso de medicac¸ão de forma contínuafoiobservadoem77,4%.Dentreosfármacosmais usados,osanti-hipertensivosdo tipoinibidoresdaenzima conversoradaangiotensina(IECA)ebloqueadoresdos recep-toresda angiotensina II (BRA) eram usados por 36,9% dos

pacientes,enquanto25,5%usavamdiuréticose11,2%outras classesdeanti-hipertensivos(␤bloqueadores,inibidoresdo canaldeCa+,etc.).Aessesgruposdefármacosseguiram-se oshipoglicemiantesoraisouinjetáveisem14,9%, corticos-teroidesem5,3%,imunossupressoresequimioterápicosem 1,6%eanticoagulantesem1,4%daamostraestudada(tabela 1).

(4)

Tabela 1 Variáveis demográficas, antropométricas e clínicas

Variáveis n %

Sexo

Feminino 316 64,4

Masculino 175 35,6

Idade

18-59anos 275 56

≥ 60anos 216 44

Índicedemassacorporal

Baixopeso 11 2,2

Eutrófico 150 30,5

Sobrepeso 188 38,3

ObesidadegrauI,IIeIII 142 28,9

Doenc¸asassociadas

Sim 350 71,3

Não 141 28,7

Duasoumaisassociadas 157 32

HAS 246 50,1

DM 56 11,4

Tabagismo

Fumante 54 11

Nãofumante 437 89

Usodemedicac¸ão

Sim 380 77,4

Não 111 22,6

Classificac¸ãofuncional(MET)

<4METs 59 12

≥4METs 322 65,6

≥ 10METs 110 22,4

Classificac¸ãoestadofísico(ASA)

ASAI 131 26,7

ASAII 316 64,4

ASAIII 44 9

Necessidadedeinterconsulta

Sim 33 6,7

Não 458 98,3

Doenc¸adescompensada

Sim 18 3,7

Não 473 96,3

Total 491 100

HAS,hipertensãoarterialsistêmica;DM,diabetesmelito.

doenc¸aclinicamentedescompensadaduranteaconsultade APA(tabela1).

Adistribuic¸ãodospacientes pelasespecialidades cirúr-gicasémostrada natabela 2.Ogrupo cirurgiageral foio predominante(36,5%),seguidopelaurologia(17,9%)e gine-cologia(13,8%);cercadametadedasoperac¸õesfoideporte médio(52,5%).Naamostra,amaioriadospacientes(72,7%) tinhahistória de intervenc¸ões cirúrgicas préviase apenas 4,7%relataram aocorrênciadecomplicac¸õesem procedi-mentosanestésicoscirúrgicos.

As tabelas 3 e 4 mostram a distribuic¸ão das caracte-rísticaspor faixaetária feitaà análise por meiodoteste de qui-quadrado e adotou-se um nível de significância

Tabela2 Variáveisrelacionadasaoprocedimentocirúrgico

n %

Especialidade

Cirurgiagerala 183 37,3

Urologia 88 17,9

Ginecologia 68 13,8

Oftalmologia 57 11,6

Outras 95 19,4

Portecirúrgico

Pequenoporte 164 33,4

Médioporte 258 52,5

Grandeporte 69 14,1

Procedimentocirúrgicoprévio

Sim 356 72,5

Não 135 27,5

Complicac¸õesanestésico-cirúrgicasprévias

Sim 23 4,7

Não 468 95,3

Total 491 100

a Cirurgiageral compreendeos procedimentos cirúrgicosda

cirurgiageral,cirurgiadoaparelhodigestivoecoloproctologia.

de p ≤ 0,05. Foram encontradas diferenc¸as significativas para sexo,com maiorconcentrac¸ão demulheres na faixa maisidosa(p<0,001);doenc¸asassociadas,que predomina-ram nafaixadosidosos(p<0,001),assimcomotabagismo (p=0,006), usode medicac¸ão (p<0,001), MET(p<0,001), ASA (p<0,001), especialidade cirúrgica (p<0,001), porte cirúrgico (p=0,016) e procedimento cirúrgico prévio (p=0,022). As tabelas 5 e 6 mostram a distribuic¸ão das características por sexo. Encontrou-se predomínio de mulheresnafaixadeobesidade(p=0,007)enousocontínuo demedicac¸ão(p=0,013);dehomensnogrupodetabagistas (p<0,001)etambémdehomensnaclassificac¸ãofuncional MET≥10(p<0,001).Tambémhouvediferenc¸asignificativa entre ossexos na distribuic¸ão por especialidade cirúrgica (p<0,001),comosexofemininomaisfrequentenas espe-cialidadesdeginecologiaeoftalmologiaeomasculinomais frequentenaurologia,alémdepredomíniodosexofeminino nohistóricodeprocedimentoscirúrgicosprévios(p=0,039) enascomplicac¸õesanestésico-cirúrgicas(p=0,045).

Discussão

Os objetivos primários da avaliac¸ão pré-anestésica são promover a seguranc¸a em cirurgia e anestesia por meio da reduc¸ão da morbidade e da mortalidade cirúrgicas, além de melhorar a qualidade de atendimento e redu-zircustosdoscuidadosperioperatórios.Estudosconduzidos na Austrália2,17 mostraram que 14% das complicac¸ões

anestésico-cirúrgicas e 39% das mortesatribuídas à anes-tesia estavam inequivocamente associados à avaliac¸ão pré-operatóriainsuficientee/ouinadequada.

(5)

Tabela3 Distribuic¸ãodascaracterísticasantropométricaseclínicasporfaixaetária

Características Faixaetária Totaln(%) p-valor

18-59anos n(%)

≥ 60anos n(%)

Sexo <0,001

Feminino 195(70,9) 121(56,0) 316(64,4)

Masculino 80(29,1) 95(44,0) 175(35,6)

IMC 0,285

Baixopeso 6(2,2) 5(2,3) 11(2,2)

Eutrófico 82(29,8) 68(31,5) 150(30,5)

Sobrepeso 98(35,6) 90(41,7) 188(38,3)

ObesidadegrauI,II,III 89(32,4) 56(24,6) 142(28,9)

Doenc¸asassociadas <0,001

Não 113(41,1) 28(13,0) 141(28,7)

Uma 103(37,5) 90(41,7) 193(39,3)

Duasoumais 59(21,5) 98(45,4) 157(32,0)

HAS 95(34,5) 151(69,4) 246(50,1) <0,001

DM 18(6,5) 38(17,6) 56(11,4) <0,001

Tabagismo 0,006

Fumante 33(12,0) 21(9,7) 54(11)

Nãofumante 242(88,0) 195(90,2) 437(89)

Usodemedicac¸ão <0,001

Sim 193(70,2) 187(86,6) 380(77,4)

Não 82(29,8) 29(13,4) 111(22,6)

Classificac¸ãofuncional(MET) <0,001

<4METs 10(3,6) 49(22,7) 59(12,0)

≥ 4METs 165(60,0) 157(72,7) 322(65,6)

≥ 10METs 100(36,4) 10(4,6) 110(22,4)

Classificac¸ãoestadofísico(ASA) <0,001

ASAI 105(38,2) 26(12,0) 131(26,7)

ASAII 154(56,0) 162(75,0) 316(64,4)

ASAIII 16(5,8) 28(13,0) 44(9)

Necessidadedeinterconsulta 0,182

Sim 14(5,1) 19(8,9) 33(6,7)

Não 261(94,9) 197(91,2) 458(98,3)

Doenc¸adescompensada 0,576

Sim 10(3,6) 8(3,7) 18(3,7)

Não 265(96,4) 208(96,3) 473(96,3)

Total 275(100) 216(100) 491(100)

HAS,hipertensãoarterialsistêmica;DM,diabetesmelito. Emnegrito,resultadoestatisticamentesignificativo.

desempenho.18---20 No HUGG,a APA ambulatorial tem sido

feitahá20anospeloSANE.Pesquisassobreavaliac¸ão pré--anestésicadopontodevistadoperfilepidemiológicodos pacientescirúrgicossãoescassastantonaliteraturamédica brasileiraquantonainternacional, demodoqueamaioria dosestudosenfocaaanálisederesultadosdaimplantac¸ão declínicasdeavaliac¸õespré-operatóriasambulatoriais.19,20

A predominância do sexo feminino (65%) na presente amostra é semelhante à observada no país conforme o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)de2010.21Aexplicac¸ãoresidenomaiorquantitativo

dapopulac¸ão feminina brasileira, além dapredominância de mulheres na faixa etária mais elevada. Essa caracte-rística representa aquilo que é chamado de processo de feminizac¸ão do envelhecimento,22 comportamento

expli-cado pelofatode amortalidade masculina sersuperior à feminina,assimcomopelamaiordemandaemaiorusodos servic¸osdesaúdepelasmulheres.23

Emboraafaixade18-59anostenharepresentadoa maio-riadospacientes(55,9%),semelhantementeaoidentificado noestudo deGusman18 em hospitaluniversitáriode

(6)

Tabela4 Variáveisrelacionadasaoprocedimentocirúrgicoclassificadodeacordocomafaixaetária

Variáveisrelacionadasao procedimentocirúrgico

Faixaetária Total

n(%)

p-valor

18-59anos n(%)

≥ 60anos n(%)

Especialidade <0,001

Cirurgiagerala 108(39,3) 71(32,9) 183(37,3)

Urologia 33(12,0) 55(25,5) 88(17,9)

Ginecologia 56(20,4) 12(5,6) 68(13,8)

OftalmologiaOutras 8(2,9) 49(22,7) 57(11,6)

Outras 66(24,0) 29(13,4) 95(19,4)

Portecirúrgico 0,016

Pequenoporte 77(28,0) 87(40,3) 164(33,4)

Médioporte 157(57,1) 101(46,8) 258(52,5)

Grandeporte 41(14,9) 28(13,0) 69(14,1)

Procedimentocirúrgicoprévio 0,022

Sim 189(68,7) 167(77,3) 356(72,5)

Não 86(31,3) 49(22,7) 135(27,5)

Complicac¸õesanestésico-cirúrgicasprévias 0,275

Sim 11(4) 12(5,6) 23(4,7)

Não 264(96) 204(94,4) 468(95,3)

Total 275(100) 216(100) 491(100)

aCirurgiageralcompreendeosprocedimentoscirúrgicosdacirurgiageral,cirurgiadoaparelhodigestivoecoloproctologia.

Emnegrito,resultadoestatisticamentesignificativo.

umíndiceexpressivonaamostraestudada(44,1%).Talfato exprimeoverificadonasúltimasdécadasnopaís,ouseja,a reduc¸ãoprogressivanataxadecrescimentopopulacionale alterac¸õesnaestruturaetáriademonstrada,dentreoutros fatos,peloaumentodapopulac¸ãode pessoasidosas. Esse processodeenvelhecimentopopulacionalidentificadopelo estreitamentodabaseepeloalargamentodotopoda pirâ-mideetáriaéconfirmadopeloúltimocensopopulacionalde 2010.21Essaobservac¸ãoimplicanecessidadedepreparodos

profissionaisdesaúdeedasinstituic¸õesparaoatendimento cadavezmaiordessegrupodepacientes.

O processo de envelhecimento dapopulac¸ão brasileira temmodificadooseuperfilepidemiológico,demodoa pas-sara existirelevac¸ão dataxa demortalidade pordoenc¸as crônicas não transmissíveis em detrimento das doenc¸as infecto-parasitárias.Oaumentodaprevalênciadasdoenc¸as crônicas traz consigo a necessidade de tratamentos con-tínuos e aumento da ocorrência de graus variáveis de disfunc¸õesedependências,o quetrazimplicac¸õesdiretas noatendimentodopacientecirúrgico.Talfatoéde relevân-ciasignificativaparaasdemandassociaiseosgastospúblicos comsaúde,seguindoassimastendênciasverificadasem paí-sesemestágios maisavanc¸ados datransic¸ão demográfica. Portanto,umaagendadepesquisanaáreadecuidado hos-pitalar,qualidadedeatendimentoegastosemsaúdedeve buscarencontrarainfraestruturahospitalaradequadapara absorveressamudanc¸a populacional,temdeconsiderara necessidadedeinstalac¸õesfísicaseconsiderandoformac¸ão ealocac¸ãoderecursoshumanosbaseadosnacomplexidade dosproblemasedogrupoetárioquetendeaprevalecernas próximasdécadas.

A avaliac¸ão doIMC permitiuidentificar umpredomínio dosgruposclassificadoscomosobrepeso(35%)eobesidade

(28,9%),compredomíniodemulheresnessesgrupos,oque seassemelhaemparte aoreferidonaavaliac¸ãofeitapelo IBGE,24 na qual o excesso de peso (IMC 25 kg.m−2) foi

diagnosticado em 50% dos homens e 48% das mulheres e o diagnóstico de obesidade (IMC ≥ 30 kg.m−2) foi

encon-trado em 12,5% dos homens e em 16,9% das mulheres. Tantooexcessodepesocomoaobesidadeaumentaramde frequênciacoma idadeatéafaixade45-54 anosparaos homens e 55-64 anos para mulheres, declinando a partir daí,diferentementedoobservadonesteestudo,noqualnão houve diferenc¸a estatísticaao seanalisar o IMC porfaixa etária. Achados semelhantes foram descritos pelo Vigitel Brasil2013 (Vigilânciadefatoresderisco eprotec¸ãopara doenc¸ascrônicasporinquéritotelefônico),25 deformaque

nacomparac¸ãodosúltimosinquéritosdoIBGE24a

frequên-ciadepessoascomexcessodepesoaumentouemmaisde um pontopercentual ao ano,o que apontapara a possi-bilidade de que em cerca de 10 anos o excesso de peso poderá alcanc¸ar dois terc¸os dapopulac¸ão adulta do Bra-sil.

A obesidade é um dos principais problemas de saúde públicaem âmbito mundial,com tendênciacrescentenos últimosanos.Essacondic¸ãoestáassociadaaumaumentoda mortalidadeeéumdosprincipaiscomplicadoresnocontrole dasdoenc¸ascrônicasnãotransmissíveis(DCNT),emespecial asdoenc¸as cardiovascularese o diabetes, situac¸ões essas muito prevalentes nos pacientescirúrgicos. Além disso, é sabidoque é a obesidadeé umimportante fator derisco paracomplicac¸õespós-operatórias,principalmente respira-tóriaseinfecciosas.26Esseachadoimplica,paraessegrupo

(7)

Tabela5 Distribuic¸ãodascaracterísticasantropométricaseclínicasporsexo

Características Sexo Totaln(%) p-valor

Feminino n(%)

Masculino n(%)

Faixaetária <0,001

18a59anos 195(70,9) 80(29,1) 275(56)

≥ 60anos 121(56,0) 95(44) 216(44)

IMC 0,007

Baixopeso 8(2,5) 3(1,7) 11(2,2)

Eutrófico 82(25,9) 68(38,9) 150(30,5)

Sobrepeso 118(37,3) 70(40,0) 188(38,3)

ObesidadegrauI,II,III 108(34,2) 34(19,5) 142(28,9)

Doenc¸asassociadas 0,692

Não 87(27,5) 54(30,9) 141(28,7)

Uma 123(38,9) 70(40) 193(39,3)

Duasoumais 106(33,6) 51(29,2) 157(32)

HAS 162(51,3) 834(47,4) 246(50,1) 0,236

DM 34(10,8) 22(12,6) 56(11,4) 0,321

Tabagismo <0,001

Fumante 29(9,2) 25(14,3) 54(11,0)

Nãofumante 287(90,8) 150(85,7) 437(89,0)

Usodemedicac¸ão 0,013

Sim 255(80,7) 125(71,4) 380(77,4)

Não 61(19,3) 50(28,6) 111(22,6)

Classificac¸ãofuncional(MET) <0,001

<4METs 31(9,8) 28(16) 59(12)

≥ 4METs 231(73,1) 91(52) 322(65,6)

≥ 10METs 54(17) 56(32) 110(22,4)

Classificac¸ãoestadofísico-ASA 0,151

ASAI 82(25,9) 49(28) 131(26,7)

ASAII 211(66,8) 105(60) 316(64,4)

ASAIII 23(7,3) 21(12,0) 44(9)

Necessidadedeinterconsulta 0,633

Sim 20(6,3) 13(7,4) 33(6,7)

Não 296(94,9) 153(91,2) 458(98,3)

Doenc¸adescompensada 0,474

Sim 11(3,5) 7(4,2) 18(3,7)

Não 305(96,5) 168(95,8) 473(96,3)

Total 316(100) 175(100) 491(100)

HAS,hipertensãoarterialsistêmica;DM,diabetesmelito. Emnegrito,resultadoestatisticamentesignificativo.

atentarminimizarasconsequênciasadversaspassíveis de ocorrer.

Nopresenteestudo,71,3%dospacientesavaliados apre-sentavam doenc¸a associada, sendo que 32% do total da amostratinhamduas oumais.Dentre asmaisprevalentes estão aHAS, presente nametade doscasos, e odiabetes melito, de modo que apenasessas duas são responsáveis por 61,5% das doenc¸as crônicas associadas. A prevalência dedoenc¸asassociadasfoimaiornosidosos,conforme discu-tidoanteriormente,massemdiferenc¸aestatísticaporsexo. AsDCNTsãoumdosmaioresproblemasdesaúdepúblicada atualidadeeestimativasdaOrganizac¸ãoMundialdeSaúde (OMS) indicam que elas são responsáveis por 63% de 36

milhões de mortesocorridas nomundo em 2008.29 Séries

históricasdeestatísticasdemortalidadedisponíveisparaas capitaisdosestadosbrasileirosindicamqueaproporc¸ãode mortespor DCNT aumentou em maisde três vezes entre 1930e2006.24

APesquisaNacionaldeSaúde201327indicaqueasDCNT

(8)

Tabela6 Variáveisrelacionadasaoprocedimentocirúrgicoclassificadasdeacordocomosexo

Variáveisrelacionadasao procedimentocirúrgico

Sexo Total

n(%)

p-valor

Femininon(%) Masculinon(%)

Especialidade <0,001

Cirurgiagerala 115(36,4) 68(38,8) 183(37,3)

Urologia 26(8,2) 62(35,4) 88(17,9)

Ginecologia 68(21,5) 0(0) 68(13,8)

Oftalmologia 44(13,9) 13(7,4) 57(11,6)

Outras 63(25,4) 32(13,3) 95(19,4)

Portecirúrgico 0,101

Pequenoporte 112(35,4) 52(29,7) 164(33,4)

Médioporte 167(52,8) 91(52) 258(52,5)

Grandeporte 37(11,7) 32(18,3) 69(14,1)

Procedimentocirúrgicoprévio 0,039

Sim 189(68,7) 167(77,3) 356(72,5)

Não 78(24,7) 57(32,6) 135(27,5)

Complicac¸õesanestésicascirúrgicasprévias 0,045

Sim 19(6) 4(3,3) 23(4,7)

Não 297(94) 171(97,7) 468(95,3)

aCirurgiageralcompreendeosprocedimentoscirúrgicosdacirurgiageral,cirurgiadoaparelhodigestivoecoloproctologia.

Emnegrito,resultadoestatisticamentesignificativo.

graudelimitac¸ãodaspessoasdoentesemsuasatividadesde trabalhoedelazer.

Ainda segundo a PNS 2013, a proporc¸ão de indivíduos de18 anosou maisque referemdiagnóstico de hiperten-são arterial no Brasil foi de 21,4%, o que corresponde a 31,3milhõesdepessoas,commaiorproporc¸ãodemulheres (24,2%)relativamenteahomens(18,3%).27Nesseinquérito,

dototaldepessoasentre60e64anos,44,4%referiram diag-nósticodehipertensão,proporc¸ãoqueerade52,7%entreas pessoasde65-74anosede55%entreaspessoasde75anos oumais,dadosmuitosemelhantesaosencontradosno Vigi-tel2013.25 Napresentepesquisafoiencontradoque50,1%

dospacientesapresentavamHAS,semdiferenc¸aestatística naanáliseporsexo.Possivelmenteissoéreflexodonúmero deidososnapopulac¸ãoestudada,naqualataxadeDCNTe, dentreelasaHAS,ésuperioràdapopulac¸ãogeral.

AHASéosegundofatorderiscomaiscomumassociado àmorbidadecirúrgica.Apráticaclínicadeadiaraoperac¸ão pormotivodehipertensãogravenãocontroladaéligadaa umestudoclássicoquemostrouqueahipertensãoestá asso-ciadaacomplicac¸õescardiovascularesnoperioperatório.30

Numa revisão sistemática com metanálise de 30 estudos observacionais,31 foiidentificado queexistepouca

evidên-cia de que pressão sistólica menor do que 180 mmHg e diastólica menor do que 110 mmHg estejamassociadas a complicac¸ões perioperatórias. Portanto,é consenso entre a maioria dos autores que graus moderados de hiperten-são(até180×110mmHg),semlesãopréviaemórgãoalvo, nãodevamsercausadeadiamentooususpensãocirúrgicas. Para hipertensãograve, os benefícios de adiaro procedi-mentopara controlepressórico devemser pesadoscontra osriscosdoadiamentodaoperac¸ãocurativa.Deve-se sem-preteremvistaqueotempodeaprimoramentodapressão arterialdeveserrespeitado,deve-seevitarcorrec¸ões súbi-tase assegurarumacompanhamento clínicoadequado no

pós-operatório.32 Outro desafioqueessamorbidade impõe

éacorretaidentificac¸ãoemensurac¸ãodepossíveislesões emórgãosalvoemorbidadesassociadas,comodoenc¸a coro-narianaoculta,insuficiênciacardíacacongestiva,hipertrofia e/ousobrecargaventricularesquerda,doenc¸a ateroscleró-ticacerebralecomprometimentodafunc¸ãorenal.Enquanto queaHASisolada,nãocontrolada,éconsideradafatorde riscomenor,16quandoacompanhadadehipertrofiaou

sobre-cargaventricularesquerdaésabidamenteumfatorderisco cardiovascularindependente.33

Nestaamostraaocorrênciadepacientescomquadrode hipertensãodescompensada(acimade180×110mmHg)foi muito baixa, mas, em vista do acima exposto, acredita--sequeé naavaliac¸ãopré-operatóriaambulatorialquese deve identificar e tratar o paciente nessa condic¸ão por meio de interconsultas de clínica médica e/ou cardiolo-gia e orientac¸ão adequada quanto à obediência estrita à prescric¸ão medicamentosa. Além disso, é nesse momento queumaavaliac¸ãocriteriosadepossíveislesõesemórgãos alvo permite uma correta estratificac¸ão do risco cardio-vascular e planejamento da conduta anestésica cirúrgica perioperatória.

Segundo Sartorelli,34 a prevalência do diabetes melito

tipo 2 tem aumentado de forma exponencial, par-ticularmente nos países em desenvolvimento. Já nas nac¸õesdesenvolvidas,oaumentoocorreprincipalmentena populac¸ão de maior faixa etária, de modo que no grupo populacionalde45-64 anosa prevalênciadeverátriplicar, enquantoquenasfaixasetáriasde20-44e65emaisanos há expectativadeduplicar. DeacordocomaVigitelBrasil 2013,25 afrequênciadodiagnóstico médicopréviode

dia-betes foide6,9%, de6,5% entrehomense de 7,2%entre mulheres.SegundoaPNS2013,27 6,2%dapopulac¸ão

(9)

resultados obtidos na nossapopulac¸ão mostramuma pre-valênciade11,5%,tambémcompercentuaismaisaltosna faixadosidosos(17,6%)esemdiferenc¸aestatísticaentreos sexos.ComooDMéumpreditorimportantedemorte pós--operatóriaeadoenc¸aisquêmicadocorac¸ãoacausamais comum de morbidade pós-operatória nesses pacientes,35

é necessária uma rigorosa avaliac¸ão pré-operatória, que envolvesemprequenecessárioainterconsultacomo espe-cialista.

Os dados obtidos nesta pesquisa, quando comparados comosencontradospelaPNS2013referentesà hipercoleste-rolemia(8,1%vs.12,5%),ocorrênciadeasma(5,1%vs.4,4%) ecardiopatias(5,2%vs.5,0%),mostram-sesimilares.

Amaioriadospacientes(77,4%)fazusodemedicac¸õesde formacontínua.Essacircunstânciatrazimplicac¸õesdiversas noperíodoperioperatório,como, porexemplo, a necessi-dade deexames complementares, que deoutra feitanão seriamsolicitados.Alémdisso,ousodealgumasmedicac¸ões poderepresentarriscodeinterac¸ãocomosfármacos anesté-sicos.Aocorrênciadessetipodeeventodependedefatores comootempodeusodomedicamento,aidadeeopesodo pacienteeaconcomitânciacominduc¸ãoenzimática,entre outros.36

Durante a APA, identificado o uso continuado de qual-quer medicac¸ão,a condutademanter, retirar outrocaro medicamentodeveráserpautadanaavaliac¸ãocasoacaso, oque, porvezes,requera interac¸ãocomoutra especiali-dade médica. Faz-se necessário chamara atenc¸ão parao fatodequenesteestudo,porseraHASadoenc¸aassociada maisfrequente,tambémofoiousodeanti-hipertensivos. Entreesses,osinibidoresdaenzimaconversorada angioten-sina(IECA)eosbloqueadoresdosreceptoresdaangiotensina II (BRA) foram os mais usados (36,8%), seguidos pelos diuréticos (25,5%). Tais medicac¸ões são alvo de recentes controvérsiasquantoàsuamanutenc¸ãonoperioperatório.37

Issosedeveaofatodeseremaindainsuficientesas evidên-ciasque permitamdefinirque grupos depacientesouem quaisoperac¸õeshaveriabenefícioounãodainterrupc¸ãodo usodeinibidoresdaIECAeBRAnoperíodoperioperatório.

Dentre ospacientesestudados,11% disseramfazer uso detabaco,oshomenscomumpercentualmaiordoqueas mulheres(14,3%vs.9,2%).SegundoaPNS2013,27 a

preva-lênciadeusuáriosatuaisdeprodutosderivadosdetabaco, fumado ou não fumado, de uso diário ou ocasional, foi de15%,tambémcompercentualmaiselevadodeusuários entreoshomens(19,2%)doqueentreasmulheres(11,25%), resultadopróximoaorelatadonesteestudo.Outrosestudos comresultadossimilares sãooVigitel2013,27 que no

con-juntodas27cidades pesquisadasencontroufrequênciade fumoemadultosde11,3%;eaindaumapesquisaconduzida noHospitalUniversitáriodaUniversidadeFederaldeSanta Catarinaqueencontrouprevalênciadetabagismode18,7% dapopulac¸ão estudada.28 Dado o fatodeo tabagismo ser

umimportantefatorderiscoparaoaparecimentode diver-sas doenc¸as de natureza crônica, esse hábito se mantém comolíderglobal entreascausasdemortesevitáveis.29 É

inconteste que acircunstância descrita acima é demaior relevância entre os pacientes candidatos ao tratamento cirúrgico.

O emprego do índice de atividade de Duke14 revelou

que a minoria dos pacientes (12,6%) apresentava capaci-dadefuncionalruim(MET<4).Particularmentenessegrupo

é descrito o aumento do risco cardíaco perioperatório.32

Em estudo com 600 pacientes submetidos a cirurgias não cardíacas, a isquemia miocárdica perioperatória e outras complicac¸õescardiovascularesforammaiscomunsnaqueles pacientescomcapacidadefuncionalabaixode4MET,mesmo apósajustedeoutrosfatoresderisco.32Acategorizac¸ãoda

capacidadefuncionalfeitaparatodosospacientesdurante aAPAtemporobjetivonortearaescolhadoregime cirúr-gico, a opc¸ão da técnica e agente anestésicos, o tipo de monitorac¸ão intraoperatória e nível de vigilância pós--operatória.

Nesta pesquisa, o estado físico mais frequente foi o ASA II, o que significa que a maioria dos pacientes

apresentavadoenc¸asistêmicamoderada,semlimitac¸ão fun-cional.OpredomíniodepacientescomestadofísicoASAII tambémfoiobservadoemoutrosestudosdeavaliac¸ão pré--operatória.18-20Aoseanalisaressavariávelporfaixaetária

vê-seumpredomíniodosidosostanto naclassificac¸ãoASA IIcomona ASAIII.Issoconfirmaser essegrupoo mais

pre-valentenodiagnósticodedoenc¸asassociadasmoderadasou graves,compensadasounão.

Nossoresultadodeapenas6,7%depacientesdaamostra que necessitavamde interconsultas com outras especiali-dadesmédicas difere dos dadosdo estudo conduzido por Bisinotto,20 o qual evidenciou que 11,9% da populac¸ão

estudadaapresentavamdescompensac¸ãoclínicae,por con-seguinte, necessitavam de interconsultas, principalmente noâmbito dacardiologia. Acreditamosqueessa diferenc¸a sedeva à baixa frequência(3,7%) de pacientes com esse quadronanossaamostra.

Nos EUA, a populac¸ão idosa representa 20%-40% dos procedimentoscirúrgicos,50%das operac¸õesde emergên-cia e 75% da mortalidade cirúrgica.38 A morbidade do

idoso em cirurgia eletiva varia de10%-58%; essa variac¸ão decorre da ausência de definic¸ões uniformes quanto ao conceito de complicac¸ão, variabilidade dos procedimen-tos operatórios efetuados e na não divisão proporcional dos indivíduos por faixa acima de 60 anos.38 A

mortali-dade e a morbidade em operac¸ão eletiva tem declinado nasúltimasdécadasemrazão demelhoriasna seguranc¸a, nas técnicasanestésicas e cirúrgicas e na avaliac¸ão e no cuidado pré-operatórios.38 Existe consenso de que nessa

populac¸ãoamortalidadeeamorbidadecirúrgicasnãoestão relacionadas à idade, e sim aos aspectos fisiológicos do envelhecimento e à sua resposta à agressão cirúrgica. A presenc¸adedoenc¸asassociadaspreexistenteseagravidade da afecc¸ão cirúrgica básica tornam a avaliac¸ão e o cui-dadopré-operatóriosachaveparaosucessonaatenc¸ãoao idosocirúrgicoenaprevenc¸ãoenotratamentodepossíveis complicac¸ões.

Napopulac¸ãodesteestudo,ogrupopredominantefoio denominadocirurgiageral,seguidodaurologia,ginecologia e oftalmologia. Ao analisarmos asvariáveis cirúrgicas em relac¸ãoàfaixaetáriaesexo,foiencontradopredomíniodos idososnasoperac¸õesdepequenoporteenasespecialidades deoftalmologia e urologia; demulheres na ginecologia e oftalmologiaedehomensnaurologia.Essesachadosestão deacordo com o encontrado na literatura, qualseja que asdoenc¸ascirúrgicasmaiscomunsnosidosossãoas oftal-mológicas,urológicas,ortopédicaseafecc¸õescirúrgicasdo aparelhodigestivo.38 Em relac¸ãoa procedimentocirúrgico

(10)

numeroso,oqueconfirmaoaumentocrescentedessegrupo nototaldeprocedimentoscirúrgicosnomundo.38

Por nãoser obrigatório o encaminhamentodos pacien-tes candidatos a tratamento cirúrgico eletivo à avaliac¸ão pré-anestésicanoHUGGeporseracapacidadede atendi-mentodoAmbulatóriodeAPAinferioràdemandacirúrgica dessehospital,acreditamosqueaprincipallimitac¸ãodeste estudosedeva aofatodequepodeexistirumatendência deencaminhamentopeloscirurgiõesdepacientesmais ido-soscomdoenc¸ascrônicasassociadasecandidatosacirurgia demaiorporteao ambulatóriodeAPA,em detrimentode pacientesmaisjovens,deoperac¸õesdemenorporteesem históriade doenc¸asassociadas. Nessesentido,cabe refle-tirsobreapossibilidadedefuturamenteserpadronizadoo procedimentodeAPAtambémnesseaspecto,comtodosos pacientescirúrgicosdohospitalavaliadosinloco.

Conclusão

Amaioriados pacientesencaminhadosàAPA ambulatorial doHUGG/UNIRIO foi do sexofeminino, na faixa de18-59 anos,comsobrepeso, comgrandeprevalência dedoenc¸as associadas,emusodemedicac¸ãodeformacontínuaesem descompensac¸ão clínica. Em relac¸ão ao estado físico e à capacidadefuncional,amaioriadapopulac¸ãoestudadafoi classificadacomoASAIIeMET≥4.Aanálisedas caraterís-ticasporfaixaetáriamostrouque osidososapresentaram maisdoenc¸asassociadaseusocontínuodemedicac¸ão,além de predomínio de classificac¸ão de estado físico ASA II e III.Essesresultadospoderãosubsidiar oplanejamentodos cuidadosperioperatórioseaatuac¸ãodaequipe multidisci-plinar,permitindo melhorara qualidadee a seguranc¸a no atendimentoaospacientessubmetidos acirurgiaseletivas nohospitaldoestudo.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse

Referências

1.DonabedianA. The quality ofcare:how canit be assessed? JAMA.1988;260:1743---8.

2.Kluger MT, Tham EJ, Coleman NA, et al. Inadequate pre--operativeevaluationandpreparation:areviewof197reports from the Australian incident monitoring study. Anaesthesia. 2000;55:1173---8.

3.Klopfenstein CE,Forster A, Van Gessel E.Anesthetic assess-mentinanoutpatientconsultationclinicreducespreoperative anxiety.CanJAnaesth.2000;47:511---5.

4.SchiffJH,FrankenhauserS,PritschM,etal.TheAnesthesia Pre-operativeEvaluationClinic(APEC): aprospectiverandomized controlledtrialassessingimpactonconsultationtime,direct costs,patienteducation,andsatisfactionwithanesthesiacare. MinervaAnestesiol.2010;76:491---9.

5.Halaszynski TM, Juda R, Silverman DG. Optimizing postope-rative outcomes with efficient preoperative assessment and management.CritCareMed.2004;324Suppl:S76---86.

6.Resoluc¸ãoCFMn◦1802/2006,de20dedezembrode2006;sec¸ão

I:160.SociedadeBrasileiradeAnestesiologia[Internet]. [acces-sed18.7.15].Availablefrom:http://www.sba.com.br/normas eorientacoes/res18022006.asp

7.Bader AM, Hepner DL. Updateon Preprocedure testing. In: Fleisher LA. Evidence-based Practice of Anesthesiology 3 rd edithbySaunders:ElsevierInc2013.p.8-13.

8.IglesiasAC.Cuidadospré-operatórioseriscocirúrgico.Atheneu. 2010:63---92.

9.Preoperativetests|Guidanceandguidelines|NICE[Internet]. Availablefrom:https://www.nice.org.uk/guidance/cg3 [acces-sed18.7.15].

10.ApfelbaumJL,ConnisRT,NickinovichDG.Practiceadvisoryfor preanesthesiaevaluation:anupdatedreportbytheAmerican SocietyofAnesthesiologistsTaskForceonPreanesthesia Evalu-ation.Anesthesiology.2012;116:522---38.

11.Lee JA. The anaesthetic out-patient clinic. Anaesthesia. 1949;4:169---74.

12.Guidelines for Ambulatory Anesthesia and Surgery. Apro-vado por ASA House of Delegates em 15 de outubro de 2003, alterado em 22 de outubro de 2008. Available from: http://www.asahq.org10

13.Ministério da Saúde.Secretaria de Atenc¸ão à Saúde. Depar-tamento de Atenc¸ão Básica. Brasília: Ministério da Saúde. [Internet]2006;108p.il.CadernosdeAtenc¸ãoBásica,n.12. SérieA.NormaseManuaisTécnicos.Obesidade.Programase políticasdenutric¸ãoealimentac¸ão.Availablefrom:https://pt. scribd.com/doc/11555582/ministerio-da-saude-cadernos-de-atencao-basica-n12-obesidade[accessed20.7.14].

14.HlatkyMA,Boineau RE,HigginbothamMB,etal.Abrief self--administeredquestionnairetodeterminefunctionalcapacity (TheDukeActivityStatusIndex).AmJCardiol.1989;64:651---4. 15.Fitz-HenryJ.TheASAclassificationandperi-operativerisk.Ann

RCollSurgEngl.2011;93:185---7.

16.EagleKA,BergerPB,CalkinsH,etal.ACC/AHAguidelineupdate forperioperativecardiovascularevaluationfornoncardiac sur-gery---executivesummary:areportoftheAmericanCollegeof Cardiology/AmericanHeartAssociationTaskForceonPractice Guidelines(CommitteetoUpdatethe1996Guidelineson Peri-operativeCardiovascularEvaluationforNoncardiacSurgery).J AmCollCardiol.2002;39:542---53.

17.DavisNJ.AnaesthesiarelatedmortalityinAustralia1994-1996: reportoftheCommitteeConvenedUndertheAuspicesofthe AustralianandNewZealandCollegeofAnaesthetists.Australian andNewZealandCollegeofAnaesthetists.1999.

18.Gusman PB, do Nascimento Júnior P, Castiglia YMM, et al. Avaliac¸äo pré-anestésica ambulatorial. Rev Bras Anestesiol. 1997;47:522---7.

19.MendesFF, Mathias LAST, Duval Neto GF, et al. Impacto da implantac¸ãodeclínicadeavaliac¸ãopré-operatóriaem indica-doresdedesempenho.RevBrasAnestesiol.2005;55:175---87. 20.BisinottoFMB,PedriniM Jr,AlvesAAR,etal.Implantac¸ãodo

servic¸odeavaliac¸ãopré-anestésicaemhospitaluniversitário. Dificuldadeseresultados.RevBrasAnestesiol.2007;57:167---76. 21.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [homepage na internet]Censodemográfico2010.Availablefrom:http://www. ibge.gov.br[accessed15.5.15].

22.Organizac¸ãoPan-Americanade Saúde.Envelhecimento ativo: umapolíticadesaúde.Brasília,2005.60p.

23.PesquisaNacionalporAmostradeDomicílios2008.Um Pano-rama da Saúdeno Brasil - Acesso eutilizac¸ão dos servic¸os, condic¸õesdesaúdeefatoresderiscoeprotec¸ãoàsaúde2008. Available from: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ populacao/panoramasaudebrasil20032008/comentarios.pdf [accessed15.5.15].

24.Pesquisa de orc¸amentos familiares 2008/2009. Available from: http: www.ibge.gov.br/home/estatistica/./pof/./pof 20082009encaa.pdf[accessed15.5.15].

(11)

26.Guaragna LP, Dall’Alba DP, Goulart P, et al. O impacto da obesidade na morbimortalidade de pacientes submetidos à cirurgiaderevascularizac¸ãomiocárdica.SciMed.2008;18Suppl 2:75---80.

27.PesquisaNacionaldeSaúde2013Percepc¸ãodoestadodesaúde, estilosde vida edoenc¸ascrônicas: Brasil,grandes regiões e unidadesdafederac¸ão.Availablefrom:http://www.ibge.gov. br/home/estatistica/populacao/pns/2013/[accessed15.5.15]. 28.BarretoRB,PincelliMP,SteinwandterR,etal.Tabagismoentre pacientesinternadosemumhospitaluniversitárionosuldo Bra-sil:prevalência,graudedependênciaeestágiomotivacional. BrasPneumol.2012;38:72---80.

29.WorldHealthStatistics2011Availablefrom:http://www.who. int/whosis/whostat/2011/en/[accessed15.5.15].

30.Prys-RobertsC,MelocheR, FoexP. Studiesof anaesthesiain relationtohypertensionI:cardiovascularresponsesoftreated anduntreatedpatients.BrJAnaesth.1971;43:122---37. 31.KhuriSF, DaleyJ,HendersonW, etal.TheNationalVeterans

AdministrationSurgicalRiskStudy:riskadjustmentforthe com-parativeassessmentofthequalityofsurgicalcare.JAmColl Surg.1995;180:519---31.

32.Fleisher LA, Fleischmann KE, Auerbach AD, et al. 2014 ACC/AHAguidelineonperioperativecardiovascularevaluation

and management of patientsundergoing noncardiacsurgery. Executivesummary:areportoftheAmericanCollegeof Car-diology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines.JAmCollCardiol.2014;64:2373---405.

33.FleisherLA.Preoperativeevaluationofthepatientwith hyper-tension.JAMA.2002;287:2043---6.

34.Sartorelli DS, FrancoLJ. Tendênciasdodiabetes mellitusno Brasil: o papel da transic¸ão nutricional. Cad Saúde Pública. 2003;19:29---36.

35.Diagnósticoeclassificac¸ãododiabetesmelitoetratamentodo diabetes melitodo tipo 2.Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD);2002.

36.TumberPS,CullenDF.Druginteractionsfortheanesthesiologist. ASARefresherCoursesinAnesthesiology.2000;28:215---28. 37.Rosenman DJ,McDonaldFS, EbbertJO,et al.Clinical

conse-quencesofwithholdingversusadministering renin-angiotensin--aldosteronesystemantagonistsinthepreoperativeperiod.J HospMed.2008;3:319---25.

Imagem

Tabela 1 Variáveis demográficas, antropométricas e clínicas Variáveis n % Sexo Feminino 316 64,4 Masculino 175 35,6 Idade 18-59 anos 275 56 ≥ 60 anos 216 44
Tabela 3 Distribuic ¸ão das características antropométricas e clínicas por faixa etária
Tabela 4 Variáveis relacionadas ao procedimento cirúrgico classificado de acordo com a faixa etária Variáveis relacionadas ao
Tabela 5 Distribuic ¸ão das características antropométricas e clínicas por sexo
+2

Referências

Documentos relacionados

Conclusions: In this study of different needle tips, it was seen that with atraumatic needle with special bending a significantly smaller number of cells were transported when

Após a colocac ¸ão do cateter, os pacientes receberam 20 mL de mepivacaína a 2%, 5 minutos (min) antes da induc ¸ão da anestesia (grupo pré-operatório), ou o mesmo volume

The principal objective of the study was to determine the relevance of the timing of a femoral block to intraoperative anesthetic requirements during general anesthesia for

Portanto, o bloqueio TAP cirúrgico foi con- siderado como uma técnica mais adequada para analgesia pós-operatória em grávidas obesas após a cesárea sob anal- gesia geral em

Here, we compared applicability, efficacy and complications of surgical transversus abdominis plane and ultrasound-guided transversus abdominis plane blocks in obese pregnant

Os desfechos secundários foram o consumo de remifenta- nil no período intraoperatório, a administrac ¸ão de morfina na SRPA e a qualidade da recuperac ¸ão funcional 24 h após

T1, recovery room admission; T2, recovery room discharge; T3, 24 h postoperative; TAP, transverse abdominal plane; TSI, trocar site infiltration; VAS-R, visual analogue scale score

Os resultados de nosso estudo mostraram que embora exis- tam muitos vídeos sobre raquianestesia, anestesia peridural e anestesia combinada no site de compartilhamento de vídeos