• Nenhum resultado encontrado

Rev. LatinoAm. Enfermagem vol.13 número especial 2 v13nspe2a01

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. LatinoAm. Enfermagem vol.13 número especial 2 v13nspe2a01"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

1089

Rev Lat ino- am Enferm agem 2005 novem bro- dezem bro; 13( núm ero especial) : 1089- 90

w w w .eer p.usp.br / r lae Edit orial

PARCERI AS I NTERI NSTI TUCI ONAI S: O I NVESTI MENTO NA CONSTRUÇÃO DE PROJETOS

MULTI CÊNTRI COS SOBRE DROGAS LÍ CI TAS E I LÍ CI TAS

I sabel Am élia Cost a Mendes1

Mar gar it a Ant onia Villar Luis2

E

st e v olum e r eúne a cont r ibuição de docent es de inst it uições de ensino super ior de enfer m agem da Am ér ica Lat ina que, com o apoio da CI CAD, deslocar am - se par a o Canadá, especificam ent e a Univer sidade de Alber t a- Facult y of Nur sing, com o obj et iv o de capacit ação em pesquisa no t em a dr ogas lícit as e ilícit as, e de bu scar par cer ias en t r e si e com os pr of essor es daqu ela in st it u ição v isan do o desen v olv im en t o de pr oj et os con j u n t os.

A Faculdade de Enferm agem da Universidade de Albert a part icipou do Proj et o de Escolas de Enferm agem desenv olv ido pela CI CAD/ OEA com o inst it uição colabor ador a e r ecebeu em 2 0 0 3 onze pesquisador es lat ino-am er ican os p ar a o I Pr og r ino-am a I n t er n acion al d e Cap acit ação em Pesq u isa p ar a En f er m eir os n o Est u d o d o Fenôm eno das Drogas. Com o um cent ro de excelência em pesquisa, a Faculdade de Enferm agem da Universidade de Alber t a r ecebeu pr ofessor es de Escolas de Enfer m agem do Brasil, Ar gent ina, Chile, Equador, México e Per u p a r a u m p r o g r a m a i n o v a d o r d e t r ês m eses f o ca d o n o d esen v o l v i m en t o d e p esq u i sa d o r es e l íd er es d e en f er m ag em .

Os ar t ig os r esu lt an t es d essa in iciat iv a m ost r am , em d iv er sos g r au s, o av an ço n essas p ar cer ias e ev id en ciam a m u lh er com o su j eit o p r ior it ár io d as in v est ig ações. Tal p r ior id ad e t em f u n d am en t o em d ad os dem ogr áficos de est u dos r ealizados n o âm bit o m u n dial( 1 ) e local( 2 ), qu e in dicam a m u lh er, as cr ian ças e os adolescent es com o gr upos v ulner áv eis da população e suj eit os a abusos ou ex post os ao pauper ism o.

No Br asil est udos( 2- 7) m ost r am que as fam ílias chefiadas por m ulher es est ão aum ent ando e que essas fam ílias, com cr ianças e sem out r os adult os além da m ãe, sit uam - se ent r e as ex t r em am ent e pobr es e m uit o p o b r es.

Por out ro lado, freqüent em ent e, a violência dom iciliar ( na qual se inclui a fam iliar) parece est ar associada ao uso excessivo de bebidas alcoólicas. Est udo br asileir o( 8) m ost r ou um a associação de 52,7% , sem elhant e às est im at iv as m undiais r elacionadas a essa quest ão( 1, 9).

O álcool por ser um a dr oga lícit a, est im ulada pela publicidade e pelas t r adições cult ur ais, beneficia- se de um a per m issiv idade social que as ilícit as não possuem . Just am ent e dev ido ao seu consum o ser alt am ent e p op u lar izad o en t r e as d iv er sas cam ad as sociais e g r u p os d a p op u lação, ele p r ev alece em q u ase t od as as sit uações que env olv em v iolência, ex cet o nos fur t os, nos quais a cocaína é m ais fr eqüent e( 8- 9).

En t r et an t o, a r elação v iolên cia e u so de su bst ân cias psicoat iv as dev e ser en car ada com pr u dên cia, dado que v ár ias sit uações de v iolência ocor r em sem qualquer indício de associação com as m esm as. Mesm o m ost r ando- se m uit o fr eqüent e, essa associação não dev e ser v ist a com o um a r elação de causa e efeit o( 10- 11). Rat ifica- se nos art igos a preocupação da m ulher com seus filhos, confirm ando a sua posição de det ent ora do m aior grau de responsabilidade sobre a prole, at ribuição que diret a ou indiret am ent e ela assum e, devido às n or m as e v alor es cu lt u r ais, pelo con t ex t o social e pela h ist ór ia qu e con solidou a m u lh er com o a cu idador a cent r al dos m em br os da fam ília.

Nest e núm er o t em - se a opor t unidade de av aliar os inv est im ent os em t er m os de negociações polít icas int er inst it ucionais de apoio financeir o e logíst ico, de r ecur sos hum anos e out r os, necessár ios à efet iv ação de par cer ias int er inst it ucionais, m ost r ando que o r esult ado foi com pensador pois r ev er t eu em possibilidades de est r eit am ent o dos v ínculos iniciados nesse pr ocesso.

1

(2)

1090

Rev Lat ino- am Enferm agem 2005 novem bro- dezem bro; 13( núm ero especial) : 1089- 90

w w w .eer p.usp.br / r lae A enferm agem brasileira na era...

Marziale MHP, Mendes I AC.

O t r abalh o em par cer ia pr essu põe u m gr an de desaf io( 1 2 ), pois v ín cu los são con st r u ídos e sed im en t ad os n u m p r ocesso q u e d em an d a t em p o p ar a as p ar t es se con h ecer em , con f iar em n a com pet ência e env olv im ent o um do out r o, ent ender em e r espeit ar em o pr ópr io r it m o, de m aneir a qu e, ao f in al, o t r abalh o de u m com plem en t a o do ou t r o. I sso é par t icu lar m en t e im por t an t e em par cer ias cuj o obj et iv o pr incipal é o desenv olv im ent o de inv est igações.

O pr esent e núm er o ev idencia a car ência de inv est igações sobr e álcool e out r as dr ogas na r ealidade br asileir a, desen v olv idas por en f er m eir os, in dican do ain da v er t en t es desse t em a m u it o p ou co ex p lor ad as.

Nesse sen t ido, a Rev ist a Lat in o- Am er ican a de En f er m agem f az su a con t r ibu ição em dois assunt os de escassa lit erat ura, present es em dois art igos de pesquisadores não enferm eiros, versando sobr e idosos e co- m or bidade: t r anst or nos psiquiát r icos e uso de subst âncias psicoat iv as.

A inclusão desses t ext os além do fat o expost o, rat ifica a posição da revist a não só com o um veículo de div ulgação int er nacional m as t am bém m ult idisciplinar, por ent ender que alguns t em as, ( a exem plo do fenôm eno uso de drogas psicot rópicas) , m ais do que out ros necessit am dessa abordagem .

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

1. Wor ld Healt h Or ganizat ion ( WHO) . Wor ld r epor t on violence and healt h. Geneva; 2002.

2. Zaluar A. I nt egr ação perversa: pobr eza e t r áfico de drogas. Rio de Janeiro ( RJ) : Edit ora FGV; 2004.

3. Silva RMR ( coor denador ) . I ndicador es sociais. Rio de Janeir o ( RJ) : I BGE; 1987. v. 1: cr ianças e adolescent es. 4 . Hen r iq u es MH, Silva NV, Sin g h S. Ad olescen t es d e h oj e, p ais d e am an h ã. New Yor k . Th e Alan Gu t t m ach er I n st it u t e; 1 9 8 9 .

5. I BGE. Sínt ese de indicadores de pesquisa básica de 1981 a 1989. Rio de Janeiro ( RJ) : I BGE; 1990. v. 1: j ust iça e v it im ização.

6. Rizzini I ( or ganizador ) . A cr iança no Br asil hoj e. Rio de Janeir o ( RJ) : Univer sidade Sant a Ur sula; 1993. 7. Bar r os R, Mendonça R. Pover t y am ong fem ale- headed households in Br azil. Rio de Janeir o ( RJ) : I pea; 1993. 8. Not o AR, Fonseca AM, Silv a EA, Galdur óz JC. Violência dom iciliar associada ao consum o de bebidas alcoólicas e de out r as dr ogas: um levant am ent o do Est ado de São Paulo. J Br as Dep Quim 2004; 5( 1) : 9- 17.

9. Galbr ait h S, Rubinst ein G. Alcohol, dr ugs and dom est ic v iolence: confr ont ing bar r ier s t o changing pr act ice and policy. Jou r n al of t h e Am er ican Wom en ’s associat ion 1 9 9 6 ; 5 1 ( 3 ) : 1 1 5 - 7 .

1 0 . Gald u r óz JCF, Not o AR, Nap p o SA, Car lin i EA. Uso d e d r og as p sicot r óp icas n o Br asil: p esq u isa d om iciliar envolvendo as 107 m aiores cidades do país - 2001. Rev Lat ino- am Enferm agem 2005 set em bro- out ubro; 13( núm ero e sp e ci a l ) : 8 8 8 - 9 5 .

1 1 . Nat ion al I n st it u t e on Alcoh ol Ab u se an d Alcoh olism ( NI AAA) . Alcoh ol an d in t er p er son al v iolen ce: f ost er in g m u lt idisciplin ar y per spect iv es r esear ch m on ogr aph 2 4 ; 1 9 9 2 .

Referências

Documentos relacionados

da Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ent o da pesquisa em enferm agem , e-m ail:

Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ento da pesquisa em enferm agem ; 3 Docent e da Faculdade

Professor Dout or da Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ent o da Pesquisa em Enferm agem ,

Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ento da Pesquisa em Enferm agem , Brasil... 378 casos

Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ent o da Pesquisa em Enferm agem , Brasil.. PREPARO E ADMI

Psicóloga, Professor Doutor da Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ent o da pesquisa em

Enferm eira, Dout oranda em Enferm agem Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ent o da pesquisa em

Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ento da pesquisa em enferm agem... No ent ant o, após adquirirm