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ALIMENTOS, SUCOS, ERVAS, VITAMINAS E MINERAIS – UMA ELOQUENTE MENSAGEM DE CURA

Os resultados resumidos acima foram alcançados graças a uma escolha consciente de alimentos e seus néctares, ervas, vitaminas, aminoácidos, minerais e enzimas. A incrível passagem da fisiologia diabética para a fisiologia não diabética tem não só a ver com o que incluímos, mas também com o que retiramos da dieta e do estilo de vida. Agora você está consciente de que eliminamos o açúcar e a farinha de trigo processados, carboidratos cozidos, alimentos processados, excitotoxinas como aromatizantes e colorantes artificiais, gordura animal, gorduras trans, gorduras cozidas, tabagismo e televisão. Antes de tratar dos elementos nutricionais e de estilo de vida que incluímos no programa, é importante mencionar que há certos alimentos vegetais que são ingeridos comumente, e mesmo recomendados por médicos em programas de melhora do diabetes, que nós não usamos.

TRIGO

De acordo com os princípios aiurvédicos, o trigo é uma fonte kapha (pesada e doce) e, portanto, não indicada para diabéticos. Também não incluímos a farinha de trigo, especificamente a farinha de trigo branca, por conter aloxana, uma substância química que a torna branca, limpa e bonita. A descoberta impressionante de que uma única injeção de aloxana pode produzir diabetes melito em animais de laboratório foi feita em 1942, em Glasgow, na Escócia, por John Shaw Dunn e Norman McLetchie.19

Cientistas e membros da Food and Drug Administration – FDA sabem dessa relação há anos. A aloxana causa diabetes ao gerar danos de radicais livres ao DNA das células beta do pâncreas. O

Textbook of natural medicine [Tratado de medicina natural] chama a aloxana de “toxina anticélula

beta potente”. Infelizmente, a FDA ainda permite que as indústrias a empreguem para processar o alimento que comemos. Pesquisas também mostram que somos capazes de reverter os efeitos da aloxana com vitamina E. Segundo o Clinicians’ handbook of natural healing [Manual clínico de cura natural], do doutor Gary Null, a vitamina E protege eficazmente os ratos de laboratório dos efeitos prejudiciais da administração da aloxana.

Reforçando essa posição, pesquisadores descobriram que, entre ratos geneticamente modificados suscetíveis a DMID, a alimentação da farinha com glúten fez com que 40% deles desenvolvessem DMID. Muitos outros grupos de ratos com a mesma tendência genética para desenvolver DMID foram alimentados com dietas sem glúten, e apenas de 10 a 15% desenvolveram DMID. Além disso, os índices e a gravidade do diabetes podem ser manipulados pela variação da quantidade de glúten na dieta. Outros pesquisadores demonstraram que a demora na introdução de glúten na alimentação

retarda ou previne o diabetes. A maior parte das autoridades na área de pesquisa do diabetes concluiu que o glúten é um importante fator do aparecimento de DMID em animais geneticamente predispostos.20

SOJA

A soja também é diabetogênica e kapha. É um alimento pobre em minerais, que rouba minerais do corpo. Cerca de 90% da soja é geneticamente modificada. A soja é também um dos sete maiores alergênicos, conhecida por suas instantâneas reações de hipersensibilidade. Embora a soja tenha ocupado um espaço importante na transição de uma dieta doentia à base de carne para a cozinha vegetariana e vegana, está na hora de progredirmos para uma alimentação que nos traga mais benefícios e menos potencialidades negativas. Em 1986, Stuart Berger colocou a soja entre os sete maiores alergênicos – um dos “sete sinistros”.21 Naquela ocasião, a maioria dos especialistas incluía

a soja entre os dez ou onze, o que já era suficientemente ruim, mas atrás do amendoim, das oleaginosas, leite, ovos, frutos do mar, peixes e da farinha de trigo.22 Os cientistas ainda não sabem

ao certo quais componentes da soja desencadeiam as reações alérgicas, mas descobriram pelo menos dezesseis proteínas alergênicas, e alguns pesquisadores apontam cerca de trinta.23

Em The whole soy story [A história toda], Kaayla T. Daniel escreve:

As reações alérgicas ocorrem não somente quando ela é ingerida, mas também quando a farinha ou o pó da soja são inalados. Entre os epidemiologistas, o pó da soja é conhecido como “agente epidêmico da asma”. De 1981 [a] 1987, o pó da soja dos grãos não ensacados, depositados em silos no porto, causou 26 epidemias de asma em Barcelona, afetando gravemente 687 pessoas e causando 1.115 hospitalizações. Não ocorreram outras epidemias depois que filtros foram instalados, mas um pequeno surto em 1994 mostrou a necessidade de controle das medidas preventivas. Os relatórios das epidemias em Barcelona levaram os especialistas em New Orleans a investigar as causas da epidemia de asma que ocorreu de 1957 [a] 1968, quando mais de duzentas pessoas procuraram tratamento hospitalar. Investigações dos dados de padrões climáticos e de cargas do porto da cidade identificaram o pó de soja dos navios carregados com grãos de soja como a causa provável. Nenhuma associação foi encontrada entre ocorrências de epidemia de asma e a presença de trigo ou milho nos navios atracados no porto. As pesquisas concluíram: “Os resultados desta análise fornecem evidências de que o ambiente contaminado com pó de soja é asmogênico, e o índice de morbidade em uma comunidade pode ser influenciado por sua exposição à atmosfera ambiental”.

A soja contém isoflavonas (genisteína e daidzeína), substâncias que têm o mesmo efeito do estrogênio no corpo, e seu consumo pode tornar o padrão hormonal estrogênico, contribuindo para problemas como câncer, irritabilidade e alterações de humor, ganho de peso da cintura para baixo, aparecimento de cistos fibrosos nos seios e de fibromas no útero.24,25,26 As isoflavonas diminuem a

produção de hormônio da tireoide, o que pode paralisar o crescimento de crianças. O hipotireoidismo está associado ao aumento do colesterol e tende a gerar fadiga e obesidade.27,28,29 Isso

incentiva e favorece o surgimento do diabetes. As isoflavonas diminuem o bom colesterol (HDL), contribuindo para a doença cardíaca, maior causador de óbitos de diabéticos.30,31

A soja pode também estar ligada ao mal de Alzheimer, que atualmente é considerado uma complicação de hiperglicemia e diabetes. Em um importante estudo em andamento que envolve 3.734 homens americanos descendentes de japoneses, aqueles que comeram muito tofu até a meia-idade estavam 2,4 vezes mais sujeitos a desenvolver o mal de Alzheimer. Como parte de um estudo conjunto Honolulu-Ásia sobre envelhecimento ao longo de três décadas, 27 alimentos e bebidas

foram correlacionados com a saúde dos participantes. Os homens que consumiram tofu pelo menos duas vezes por semana tinham mais problemas cognitivos do que aqueles que raramente ingeriam ou nunca tinham ingerido queijo de soja.32,33 Além disso, a alta ingestão de tofu até a meia-idade também

era associada com o baixo peso do cérebro. A atrofia cerebral foi detectada em 574 homens com o uso de exames de ressonância magnética, e em 290 por meio de laudos de autópsia. O encolhimento ocorre naturalmente com a idade, mas, em relação aos homens que consumiram mais tofu, o chefe da pesquisa do Centro de Saúde do Havaí, doutor Lon R. White, disse: “Comparados com o encolhimento normal fruto do envelhecimento, seu cérebro mostrava um padrão exagerado”.

Nos homens, comer isoflavonas da soja pode reduzir significativamente a função testicular e diminuir a produção do hormônio luteinizante, que dá o sinal para os testículos trabalharem. A ingestão alta de soja e a diminuição potencial de hormônio luteinizante aumentam a probabilidade de predominância do estrógeno em homens, contribuindo para a perda de cabelos, inchaço, câncer de próstata34,35 e

resistência à insulina. A doutora Dorris Rapp, importante médica alergista, afirma que estrógenos no ambiente e nos alimentos são responsáveis pela redução mundial da fertilidade masculina.36

Quanto aos efeitos nas mulheres, as meninas que ingerem estrogênio no leite de soja chegam à puberdade mais cedo, às vezes entre 6 e 8 anos de idade.37 Ingerir produtos com soja durante a

gravidez pode afetar a diferenciação sexual do feto, tendendo à feminilização; estudos mostram até mesmo malformações do trato reprodutivo do bebê com órgãos sexuais femininos e masculinos.38

Kaayla T. Daniel declara:

A doutora Ingrid Malmheden Yman, da Administração Nacional de Alimentos da Suécia, escreveu ao ministro da Saúde da Nova Zelândia informando que crianças com alergia ao amendoim deveriam evitar a ingestão da proteína de soja. Para maior segurança, ela foi além e aconselhou os pais a se esforçarem para “evitar a sensibilização”, limitando o consumo tanto de amendoins quanto da soja durante o terceiro trimestre da gravidez e o aleitamento, evitando também o uso do leite de soja para alimentar o bebê. A controvérsia existia desde os anos 1920: os bebês poderiam ser sensibilizados a alérgenos enquanto estivessem ainda no útero? Em 1976, pesquisadores descobriram que o feto é capaz de produzir anticorpos IgE contra a proteína de soja durante a gestação, e os recém-nascidos podem ser sensibilizados pelo leite materno e mais tarde reagir contra alimentos que “nunca haviam comido”. Nas palavras do doutor Stefano Guandalini, do Departamento de Pediatria da Universidade de Chicago: “Um número significativo de crianças com intolerância à proteína do leite de vaca desenvolvem intolerância à soja quando o leite de soja é usado na dieta”. O interessante é que pesquisadores detectaram e identificaram recentemente que há reação cruzada entre um componente da proteína da soja e as caseínas do leite de vaca. As reações cruzadas ocorrem quando os alimentos se relacionam quimicamente.

Matthias Beslerm de Hamburgo, na Alemanha, e um grupo de especialistas em alergia relatam no website www.allergens.de que reações adversas causadas por fórmulas infantis à base de soja ocorrem em pelo menos 14 a 35% das crianças alérgicas a leite de vaca. Em outro importante website que trata de alergia, www.medicine.com, o doutor Guandalini relata os resultados de um estudo não publicado que envolveu 2.108 bebês e crianças pequenas na Itália, segundo o qual 53% dos bebês abaixo de 3 meses de idade que haviam reagido mal à fórmula baseada em leite de vaca também reagiram ao leite em pó de soja.39

“A quantidade de fitoestrogênio contido no volume de leite de soja ingerido em um dia é igual a cinco pílulas anticoncepcionais”, diz Mike Fitzpatrick, toxicologista neozelandês.40 Um estudo

mencionado na Lancet41 descobriu que a “exposição diária de crianças a isoflavonas nas fórmulas

infantis é de 6 a 11 vezes maior em relação ao peso do corpo do que a dose que tem efeitos hormonais em adultos que consomem alimentos com soja”. Esta dose, equivalente a dois copos de leite de soja por dia, era suficiente para alterar padrões menstruais em mulheres.42 No sangue dos

bebês testados, as concentrações de isoflavonas eram de 13.000 a 22.000 vezes mais altas do que as concentrações naturais de estrogênio no começo da vida.

A soja é um alimento pobre em minerais e, para piorar, contém fitina, que faz a quelação de minerais essenciais, como ferro, zinco e magnésio, eliminado-os do corpo antes que sejam absorvidos.

Em 2003, um estudo43 comparou o aumento corporal de IGF-1provocado por 40 gramas de soja (a

quantidade existente em uma barrinha de soja, em uma vitamina de soja ou em quatro bolinhos de soja) com 40 gramas de proteína de leite. A soja revelou-se duas vezes mais potente do que a proteína do leite no aumento dos níveis de IGF-1 (36% para o leite, 69% para a soja). Esse dado novo sobre IGF-1 potencialmente coloca a soja na categoria dos causadores de câncer de mama, próstata, pulmão e cólon.44 A soja fica assim estabelecia como alimento kapha intenso, considerando

que IGF-1 é o produto final da estimulação do hormônio do crescimento. Embora ainda haja controvérsias, muitos membros da comunidade médica acham que o excesso de IGF-1 poderia estimular os cânceres mencionados anteriormente se eles já estivessem latentes. É por isso que o Canadá não permite o leite rBGH produzido nos Estados Unidos, pois ele é muito rico em IGF-1. Em resumo, essa hipótese ainda está no nível da teoria especulativa, mas achamos que merece uma atenção preventiva. Acreditamos que as pessoas devem consumir um mínimo de soja se incluírem alguma comida cozida como parte de uma alimentação 80% viva e 20% cozida.

Eliminar a soja de sua dieta pode ser difícil se você estiver se alimentando apenas com comida vegetariana ou vegana processadas. Muitos alimentos embalados e pré-preparados contêm soja como ingrediente, mas ela pode estar listada como “proteína vegetal texturizada” (PVT), “proteína vegetal hidrolisada” (PVH), “óleo vegetal” ou “GMS” (glutamato monossódico). Você pode encontrar também

“lecitina”, “caldo vegetal”, “caldo”, “aromatizado naturalmente” ou “monodiglicerídeo”, ingredientes que frequentemente são produtos de soja. Nossa sugestão é manter uma dieta viva, vegetal, que não seja processada ou cozida, e evitar restaurantes que sirvam alimentos com ingredientes de soja. A seção de receitas deste livro vai lhe fornecer muitos pratos com densidade nutricional, não alergênicos, deliciosos e que saciam. Eles vão fazer imaginar por que algum dia se alimentou com pratos que continham soja processada.

EXCITOTOXINAS

As excitotoxinas representam outro desastre para a saúde associado ao paradigma da Cultura da Morte que defende uma vida melhor com produtos químicos. Na tentativa de evitar lidar com os problemas associados ao desejo irrefreável de açúcar, e em vez de encarar os problemas que se originam em grande parte do paladar adquirido pelos excessos cometidos no mundo de hoje, inventaram-se os adoçantes artificiais e excitotoxinas. A consequência negativa para a saúde tornou- se cada vez mais significativa. Russell Blaylock, autor de Excitotoxins: the taste that kills [Exitocinas: o gosto que mata] declara:

Cada vez mais médicos e cientistas estão convencidos de que um grupo de elementos chamados excitotoxinas desempenha um papel crucial na evolução de muitos distúrbios neurológicos, inclusive enxaquecas, tonturas, infecções, desenvolvimento neural anormal, distúrbios endócrinos, alterações neuropsíquicas, dificuldade de aprendizagem em crianças, hiperatividade infantil, demência, violência episódica, doença de Lyme, encefalopatia hepática, tipos específicos de obesidade e especialmente moléstias degenerativas, como a esclerose amiotrófica lateral, mal de Parkinson, mal de Alzheimer, mal de Huntington e degeneração olivopontocerebelar.45,46

Na década passada, uma enorme quantidade de evidências clínicas e experimentais sustentaram essa premissa.47 As excitotoxinas são aditivos alimentares como glutamato monossódico, proteína vegetal

hidrolisada e aspartame. Essas excitotoxinas aumentam nosso desejo de comer o lixo alimentar a que elas são adicionadas, deixando as pessoas mais vulneráveis aos problemas decorrentes desse tipo de alimentação e a alimentos diabetogênicos, porque estimulam o apetite em vez de ativar a reação de saciedade. Assim, as excitotoxinas são ótimas para gerar riquezas para as empresas alimentícias e excelentes para arruinar a saúde da população. Por exemplo, desde 1948 a quantidade de GMS

adicionada aos alimentos dobrou a cada década. Por volta de 1972, 262.000 toneladas métricas eram adicionadas aos alimentos todos os anos. Mais de 258.400 milhões de quilos de aspartame tinham sido consumidos em vários produtos desde sua primeira aprovação. Ironicamente, esses aditivos alimentares não têm nada a ver com a preservação de alimentos ou com a proteção de sua integridade, mas são usados para modificar ou “melhorar” o seu gosto.