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A clorela e a espirulina estão entre os alimentos de maior densidade nutricional, sendo consideradas superalimentos perfeitos e completos. Têm um conteúdo equilibrado de proteínas (60%), carboidratos (19%), gorduras (6%), minerais biodisponíveis (8%) e umidade (7%).

A clorela recebeu esse nome em função da grande quantidade de clorofila que contém, quase dez vezes mais que a espirulina, que já é muito rica em clorofila. Outra característica deste superalimento é a presença em grande quantidade do fator de crescimento da clorela, representando 3% de sua célula e responsáveis por sua capacidade de se quadruplicar a cada vinte horas. Esse fator estimula a reparação tecidual de quem as ingere, mesmo que estes tenham sido ulcerados, como ocorre em casos de diabetes avançado. Tem se mostrado eficiente contra a perda de memória, depressão e outros distúrbios psiquiátricos. Também ajuda a reforçar o sistema imunológico, estimulando a produção de interferon e a atividade dos macrófagos (importantes células de defesa do nosso sistema imunológico). A clorela é a melhor alga para eliminar os metais pesados de nosso organismo, particularmente mercúrio, chumbo, cádmio, urânio e arsênico – todos sabidamente diabetogênicos. Os efeitos antivirais da clorofila e do fator de crescimento da clorela também se mostraram benéficos em casos de desequilíbrio do açúcar no sangue como o diabetes, porque a proteína digestiva da clorela acalma as flutuações do açúcar no sangue. A clorela auxilia os diabéticos ao reduzir as glicações avançadas, metabólitos tóxicos resultantes do consumo do açúcar refinado.76

A espirulina contém o ácido gamalinoleico (AGL), um ácido graxo essencial necessário para os diabéticos. A enzima delta-6-desaturase, necessária para converter o ácido linoleico em ácido gamalinoleico (AGL), fica inibida no diabetes. Os pesquisadores descobriram que a ingestão de AGL, um ácido graxo ômega-6, melhorava todos os dezesseis parâmetros avaliados no experimento.77

Descobriu-se que o AGL reforça a condução nervosa e o fluxo sanguíneo em ratos diabéticos. Esses ácidos graxos essenciais parecem melhorar a circulação e a condução nervosa, aumentando também a prostaglandina PG-1, que tem efeito anti-inflamatório e ajuda a melhorar a neuropatia. A espirulina é

também 95% digerível, mais do que qualquer alimento conhecido. Contém mais betacaroteno do que qualquer outro alimento integral, assim como 92 oligoelementos e outros elementos nutricionais como vitaminas, clorofila, glicolipídeos, fitocianina, carotenoides e sulfolipídeos. É abundante também em superóxido dismutase (SOD, um antioxidante), RNA e DNA, que foram identificados em

eficaz no combate ao câncer de boca de animais.78 Na Índia, o betacaroteno presente na espirulina foi

pesquisado por sua eficácia e absorção em crianças pequenas e revelou-se extremamente eficiente.79

A espirulina e a clorela ficam excelentes em sucos, smoothies, saladas e mesmo em água pura. São dois superalimentos que você não vai dispensar mais.

ADOÇANTES

A estévia é o único adoçante que recomendamos. Quinze vezes mais doce do que o açúcar, sem calorias e com índice glicêmico zero, a folha da Stevia rebaudiana Bertoni transformada em pó tornou-se recentemente mais procurada como superadoçante para dietas de baixas calorias e baixos índices glicêmicos. Ela confere o gosto doce sem elevar o açúcar no sangue, como outros adoçantes naturais. Diferentemente de outros substitutos sintéticos do açúcar, que não contêm nutrientes, a estévia é repleta de vitaminas e minerais, como magnésio, niacina, riboflavina, zinco, cromo e selênio. Ela é também uma das mais antigas, seguras e apreciadas ervas da América do Sul. Em 1921, a estévia era apregoada pelo comerciante americano George Brady como “uma nova planta açucareira com grandes possibilidades comerciais”. Ele estava tão convencido disso que fez com ela “um açúcar ideal e seguro para diabéticos”, que apresentou ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Muitos estudos clínicos modernos sugerem que a estévia tem a capacidade de reduzir e equilibrar os níveis de açúcar no sangue, dar sustentação ao pâncreas e ao sistema digestivo, proteger o fígado e combater microrganismos.80,81,82,83,84

VITAMINAS

NIACINA (B3)

Desde 1950, pesquisadores descobriram que a niacinamida podia proteger contra o desenvolvimento do diabetes.85 Esses estudos, e alguns feitos trinta anos mais tarde, levaram a muitos experimentos

com seres humanos, que mais uma vez demonstraram não só a capacidade da niacina de prevenir contra o diabetes tipo 1, mas, se ingerida suficientemente cedo depois do diagnóstico, de retardar a progressão e algumas vezes até reverter a doença, restaurando a função pancreática a ponto de dispensar o uso de insulina.86

A niacinamida mostrou-se eficiente na prevenção do diabetes em crianças de alto risco. Pesquisadores dividiram um grupo de crianças de alto risco em dois; catorze receberam niacinamida e oito não. Todas as que não receberam niacinamida acabaram por desenvolver o diabetes, enquanto apenas uma do outro grupo ficou diabética.87

Os pesquisadores demonstraram agora que a niacinamida age como antioxidante protetor. Ela também inibe elementos do sistema imunológico direcionados para o pâncreas.88 Além disso,

estimula o pâncreas a secretar mais insulina e aumenta a sensibilidade à insulina dentro das células.89

As enzimas que contêm niacina desempenham um papel importante na produção de energia e no metabolismo da gordura, do colesterol e dos carboidratos, agindo como um componente pré- hormonal nos hormônios sexuais e adrenais, e também como precursor neurotransmissor. A niacina também faz parte do fator de tolerância à glicose. O uso de niacinamida tem tido efeitos significativos no diabetes, tanto do tipo 1 quanto do tipo 2. Existem indicações de que a ingestão de niacinamida dentro dos cinco primeiros anos da instalação do diabetes tipo 1 pode ajudar a melhorar seu efeito. Ela se mostrou também capaz de reduzir os níveis de colesterol e triglicerídios e de elevar o de HDL. Assim sendo, pode se tornar uma parte essencial de qualquer tratamento do diabetes.

In vitro, a niacinamida tem a capacidade de romper os mecanismos patogênicos do DMNID.

Experimentos com animais revelaram que a niacinamida oferece uma proteção significativa às células beta. Muitos desses estudos foram conduzidos a partir de 1987 e foram importantes para prevenir a destruição de células beta pancreáticas em pacientes recentemente diagnosticados com diabetes do tipo 1. A niacinamida evita a depleção do NADH.90,91 Níveis baixos de NADH contribuem

para a morte das ilhotas pancreáticas. A niacinamida parece ajudar a prevenir a morte das células beta pancreáticas, mas não parece intervir no processo inflamatório, o que torna importante o papel da dieta de alimentos vivos e do Vitalzym X na redução da inflamação. A B3 é boa para o funcionamento do fator de tolerância à glicose e diminui a formação lipídica.

Em função desses resultados interessantes, muitos experimentos piloto foram feitos para verificar se a nicotinamida era um meio viável de prevenir a manifestação do diabetes tipo 1, ou, uma vez instalada a doença, se era capaz prevenir a destruição das células beta ou reduzir a taxa de destruição. Nesses estudos, foram dadas 3 gramas de niacinamida ao dia a sete participantes. Depois de seis meses, cinco pacientes do grupo de niacinamida e dois do grupo de placebo já dispensavam a insulina. Os níveis de glicose no sangue e HbA1c estavam normais. Depois de vinte meses, três pacientes do grupo de niacinamida e nenhum do grupo de placebo permaneciam livres do diabetes.92

A niacinamida é capaz de evitar a progressão do diabetes? No mínimo dez estudos tentaram comprovar a eficácia do tratamento com niacinamida nos casos de instalação recente do processo diabético do tipo 1 ou com menos de cinco anos de duração. Desses dez estudos, oito eram duplos- cegos e, dos oito, quatro revelaram resultados positivos, dispensando a necessidade de insulina por período prolongado ou requerendo níveis mais baixos de insulina, que, essencialmente, é o melhor controle metabólico. Eles também obtiveram melhoria nas funções das células beta tendo como parâmetro a secreção de peptídeo C.93

Em consequência desses resultados experimentais positivos, foram conduzidos dois grandes estudos, o Deutsche Nicotinamide Intervention Study e o European Nicotinamide Diabetes Intervention Trial (ENDIT); nenhum deles encontrou algum benefício significativo. Entretanto, diante de alguns dos estudos citados, se meu filho tivesse diabetes do tipo 1, eu certamente acrescentaria nicotinamida à mistura, por sua baixa toxicidade e seu baixo preço.

Dosagem: a dosagem normalmente usada é 500-1.000 miligramas três vezes ao dia, com a comida. Aconselha-se aos que estiverem sob risco de desenvolver o diabetes tipo 1, ou aos que já tiverem sido diagnosticados, a usar a niacinamida. A pesquisa mostrou que ela funciona muito bem tanto se

for tomada antes do diagnóstico quanto na fase inicial da doença, isto é, durante os cinco primeiros anos. A dosagem recomendada é de aproximadamente 25 miligramas de niacinamida para cada 70 gramas de peso corporal: portanto, uma pessoa que pese 70 quilos vai precisar de 2,5 gramas ou 2.500 miligramas ao dia. Os estudos revelaram que não houve efeitos colaterais além de um caso de diarreia. Dosagens de 3 gramas diárias por até seis meses não causaram problemas.

Quem estiver tomando niacinamida deve usar um suplemento do complexo B ao mesmo tempo, para assegurar que dosagens terapêuticas maiores não gerem deficiência de vitamina B. O espinafre e as avelãs são fontes alimentares de niacinamida.

VITAMINA B6

A vitamina B6 é muito útil na reversão da neuropatia diabética e protege contra a degeneração de nervos periféricos. Os diabéticos que sofrem de neuropatia revelam deficiência em B6 e são beneficiados com sua suplementação.94 Parece que ela também inibe a glicosilação de proteínas95 e

ajuda o metabolismo do magnésio.

Dosagem: com vistas ao diabetes gestacional, um estudo publicado no British Medical Journal mostrou que, de catorze mulheres que ingeriram 100 miligramas diárias de B6, doze reverteram a condição.96

VITAMINA B12

Trinta e nove por cento dos que comem carne têm deficiência de B12 e até 80% dos veganos e dos que se alimentam de alimentos vivos passam a ter deficiência de B12 depois de seis anos. Assim, é absolutamente essencial a suplementação deste nutriente. Pesquisas revelaram que a vitamina B12 é também muito útil na manutenção do funcionamento adequado do sistema nervoso em pessoas com diabetes tipo 2. Níveis aumentados de B12 foram estreitamente correlacionados com a redução do estresse oxidativo em pessoas com controle deficiente de açúcar no sangue.97 As necessidades de

B12 variam muito de uma pessoa para outra, e o estresse desempenha um importante papel nessas necessidades. A deficiência de vitamina B12 pode resultar em perda de memória, depressão, entorpecimento ou queimação nos pés. Nós a usamos juntamente com o programa completo para reverter a neuropatia diabética.

Dosagem: recomendamos uma forma de B12 vegana, feita de bactérias. Chama-se complexo Nano B. É aconselhável que qualquer pessoa que tenha aderido a esta dieta a tome preventivamente. Precisamos de pelo menos 6 microgramas, duas vezes ao dia.

BIOTINA

A biotina é outra vitamina que parece ser importante para o metabolismo da gordura, dos carboidratos e das proteínas. Uma dieta só de vegetais parece aumentar as bactérias intestinais de modo a reforçar a síntese e a absorção da biotina. A biotina parece aumentar a sensibilidade à insulina e ativar a glicoquinase, que está envolvida na utilização da glicose pelo fígado. Isso é

importante porque as concentrações de glicoquinase em diabéticos são baixas. A biotina também ajuda a diminuir a glicose do sangue em jejum. Sua deficiência resulta na utilização deficiente de glicose.98 Em 43 pacientes com DMNID, os níveis de biotina no sangue estavam significativamente mais

baixos do que nos não diabéticos, e níveis mais baixos de glicose no sangue em jejum foram associados a níveis mais altos de biotina no sangue. Depois de um mês de suplementação de biotina (9 miligramas/dia), os níveis de glicose em jejum diminuíram em média 45%.99 Foram verificadas

também reduções nos níveis de glicose no sangue em sete diabéticos dependentes de insulina depois de uma semana de suplementação com 16 miligramas diários de biotina.100 Descobriu-se também que

a biotina estimula a secreção de insulina no pâncreas de ratos, tendo como efeito a diminuição de glicose no sangue.101 O efeito sobre as proteínas transportadoras de glicose celular (GLUT-4) está

sendo investigado atualmente.

Dosagem: a biotina serve para os diabetes tipo 1 e 2. Os diabéticos do tipo 2 receberam 9 miligramas ao dia por um mês. Comparados com um grupo que tomava placebo, os diabéticos tiveram uma queda média de 45% nos níveis de glicose no sangue.102 Melhoras semelhantes foram

observadas num estudo com diabéticos do tipo 1 que receberam uma dose diária de 16 miligramas de biotina.103 A biotina é muito segura – não foram relatados efeitos colaterais. Entre as fontes

alimentares de biotina estão o abacate, a framboesa, a alcachofra e a couve-flor.

VITAMINA C

A vitamina C tem um papel importante na cura do diabetes e na reversão das complicações. Este antioxidante inibe o acúmulo de sorbitol, reduz a glicosilação de proteínas e preserva o funcionamento do endotélio. Inibe a aldose redutase, enzima que cria acúmulo de sorbitol, que está associado a muitas complicações de longo prazo do diabetes. Um dos mais importantes papéis desempenhados pela vitamina C é no funcionamento e na produção de colágeno, assim como na manutenção da integridade do tecido conectivo, o que a torna importante para duas preocupações dos diabéticos: cicatrização de feridas e a manutenção de gengivas sadias. A vitamina C parece ser importante para o sistema imunológico e na produção e metabolização de neurotransmissores e hormônios. A insulina facilita o transporte de vitamina C para as células; portanto, quando há falta de insulina, acabamos por ter uma deficiência intracelular de vitamina C – daí a deficiência relativa de vitamina C em muitos diabéticos.104 Isso leva a um problema subclínico de escorbuto, que gera

uma tendência crescente a sangramento, cicatrização deficiente, doença microvascular, doença cardíaca, elevação do colesterol e sistema imunológico deprimido.

Talvez o efeito mais importante da vitamina C (em doses de 2.000 miligramas/dia) seja a sua capacidade de reverter a glicosilação de proteínas.105,106 O acúmulo de sorbitol e a ligação cruzada, ou

glicosilação, estão relacionados a muitas complicações, especialmente nos olhos e no sistema nervoso, além de problemas circulatórios.

A vitamina C pode ser um dos melhores e mais seguros nutrientes para a inibição de sorbitol nas células. Um estudo107 mostrou que, depois de trinta dias de suplementação de 100 miligramas ou 600

miligramas de vitamina C, os indivíduos do grupo de controles tinham quase o dobro de sorbitol do que os que tinham recebido a suplementação de vitamina C. Essa normalização do sorbitol parece ser independente de alterações no controle diabético. Os pesquisadores concluíram que a suplementação

com vitamina C tinha uma eficácia diferenciada na redução da acumulação de sorbitol nos glóbulos vermelhos.

Dosagem: mesmo que o estudo tenha sido feito com 100 ou 600 miligramas de vitamina C,

sugerimos clinicamente que as pessoas se alimentem de alimentos que contenham 1.000 miligramas de vitamina C três vezes ao dia por causa de seus efeitos abrangentes. Entre os alimentos ricos em vitamina C estão o grapefruit, o limão, o brócolis, o pimentão vermelho, a couve-de-bruxelas, o camu-camu e a acerola.

VITAMINA D

A vitamina D é na verdade mais um hormônio do que estritamente uma vitamina – um dos mais potentes hormônios do corpo. Ela é ativa em quantidades tão pequenas quanto 1 trilionésimo de grama.

Estudos têm revelado que a vitamina D apresenta um efeito protetor contra o diabetes tipo 1. Os resultados de um grande experimento pan-europeu, publicado no jornal Diabetologica em 1999, sugerem que os suplementos de vitamina D tomados na infância protegem contra, ou detêm, o início do processo que pode conduzir ao diabetes insulinodependente. Sendo esse o caso, parece razoável sugerir que a exposição ao sol na primeira infância pode ser importante na prevenção da doença.108

Para adultos, os estudos têm demonstrado que, quanto mais baixo o nível de vitamina D, mais alta a glicose no sangue.109 Uma exposição de corpo inteiro ao sol de verão durante 21 minutos resulta em

pôr 20.000 UI no corpo durante 48 horas. Entretanto, os mais velhos, obesos ou de pele escura

precisam de muito menos. Na verdade, o uso do protetor solar, até mesmo com fator 8, reduz a produção de vitamina D em 95%.110 O doutor Robert Heany, da Universidade Creighton, um dos

maiores pesquisadores da vitamina D, declarou que pelo menos 75% das mulheres americanas têm deficiência dessa vitamina.111

Se você estiver se perguntando sobre os níveis de vitamina D e uma dieta crua vegana, pesquisadores chefiados pelo doutor Luigi Fontana, da Universidade de Washington112, observaram dezoito homens e

mulheres com idades entre 33 e 85 anos que tinham mantido um estilo de vida vegano por um período de três a seis anos em média. Eles foram comparados a um grupo de dezoito indivíduos do grupo de controle que se alimentavam com a dieta americana padrão, que continha gordura animal e alimentos processados. A média dos níveis de vitamina D eram mais altos no grupo vegano do que no grupo de controle, apesar da ingestão diária extremamente baixa de vitamina D, o que indicava uma maior exposição pessoal ao sol.

Para quem mora acima de 38° de latitude norte, o sol é fraco demais da metade do outono até a primavera para estimular uma produção significativa de vitamina D. Outros obstáculos são o envelhecimento, quando a pele se torna menos eficaz na produção de vitamina D, e o excesso de camadas de gordura, que também inibem a produção. Este último é uma preocupação comum para quem está se curando de obesidade e de diabetes.113 Portanto, a suplementação aconselhada é de 800

UI por dia.

interrompem com o diabetes, mas são afetados significativamente pelas complicações associadas à história diabetogênica, assim como à dieta e aos hábitos não veganos. Pesquisas revelam que a vitamina D traz diversos benefícios importantes além de abaixar os níveis de açúcar no sangue. Parece que protege contra dezoito diferentes espécies de cânceres, tem um impacto positivo significativo no sistema imunológico no combate a resfriados e gripes, viroses e tuberculose, além de proteger contra o raquitismo e a osteoporose.

VITAMINA E

Os diabéticos parecem ter uma necessidade crescente de vitamina E. Ela reduz a glicosilação, aumenta a sensibilidade à insulina e inibe a agregação de plaquetas. Também regula o cálcio e o magnésio intracelular nos vasos sanguíneos, e ajuda a proteger contra a oxidação, a melhorar a ação da insulina e a prevenir muitas das dificuldades e complicações de longo prazo do diabetes, inclusive a neuropatia.114 Um estudo recente descobriu que o marcador bioquímico de estresse

oxidativo estava elevado em pessoas diabéticas.115 A suplementação com 600 miligramas de

alfatocoferol sintético diariamente (equivalente a 300 miligramas de RRR-alfatocoferol natural) por catorze dias resultou na redução do marcador de estresse oxidativo. Em um estudo foi relatada a melhora do controle dos níveis de glicose no sangue com uma suplementação de apenas 100 UI de alfatocoferol sintético por dia (equivalente a 45 miligramas do RRR-alfatocoferol natural).116

Em um experimento duplo-cego, foram ministrados 600 miligramas diários de vitamina E a 24 pacientes hipertensos. Eles apresentaram uma melhora na sensibilidade à insulina e nas concentrações de magnésio celular. Acredita-se que o magnésio proteja contra os danos da oxidação e normalize os níveis da glicose circulante.117 Pode também ter um papel na prevenção ao diabetes.

Um estudo acompanhou 944 homens com idades entre 42 e 60 anos que não tinham diabetes no começo da pesquisa. Nos quatro anos de acompanhamento, 45 homens desenvolveram diabetes. O estudo indicou que a baixa concentração de vitamina E estava associada a um risco 3,9 vezes maior de desenvolvimento de diabetes.118

É importante usar uma vitamina E natural, com todos os componentes tocofenóis e tocotrienóis.

BIOFLAVONOIDES

Uma pesquisa recente indicou que os flavonoides podem ser úteis no tratamento do diabetes.119,120

Entre os flavonoides está a quercetina, que favorece a secreção de insulina e é um potente inibidor do acúmulo de sorbitol. Descobriu-se, in vitro, que a quercetina inibe o acúmulo de sorbitol no cristalino dos olhos121 e retarda o processo de formação da catarata.122,123 Outros flavonoides são a

naringina e a hesperidina; ambas revelaram-se inibidoras da aldose redutase, protegendo contra a acumulação de sorbitol.124,125

Os benefícios nutricionais dos flavonoides incluem a elevação dos níveis de vitamina C intracelulares, a diminuição do vazamento e rompimento de pequenos vasos, a prevenção contra a

formação fácil de hematomas e o reforço do sistema imunológico – todos muito importantes para os diabéticos.126 Mirtilo, semente de uva e ginkgo biloba são importantes fontes vegetais de flavonoides.