• Nenhum resultado encontrado

SAINDO DOS SETE ESTÁGIOS PARA A SAÚDE

Para uma vida saudável é preciso eliminar as causas e as complicações do diabetes. Entre os sete estágios, os que merecem mais atenção para reverter o processo diabetogênico são a toxemia e a inflamação. Essa é outra maneira de entender o processo degenerativo e revertê-lo. As maneiras de reverter a toxemia serão abordadas mais para a frente neste livro. Quando a pessoa fornece ao corpo substâncias de melhor qualidade, o grau de toxemia diminui, a vitalidade aumenta e o corpo começa a se recuperar. Problemas prévios podem voltar vez ou outra à medida que o organismo se cura. O verdadeiro teste de qualquer teoria é a medida em que ela pode afetar positivamente enfermidades crônicas como o diabetes.

RESUMO DO CAPÍTULO 3

O diabetes é um distúrbio metabólico complexo que surge como sintoma da Cultura da Morte. Os hábitos e a alimentação da Cultura da Vida constituem seu antídoto.

Embora tenhamos compartilhado uma teoria holística, os resultados de sua aplicação são o que mais importa: 100% dos participantes com diabetes tipo 2 ficaram livres de medicamentos em quatro dias, e muitos alcançaram uma taxa de glicemia de jejum de 85 em poucas semanas. No capítulo 4 mostraremos que a taxa média entre os participantes começou em 260 com medicamentos e terminou em 86,6 sem o uso de qualquer remédio. Os níveis de LDL caíram 67 pontos, ou 44%, chegando a uma média final de 82. A rápida reversão dos sete estágios é acelerada pela ingestão de suco verde em jejum e suplementos naturais (que serão discutidos no próximo capítulo) de ervas, minerais, protease e enzimas digestivas que vêm com o alimento e aumentam a amilase disponível, e zeólitas líquidas (defesa celular natural, conhecidas como peneiras moleculares) para ajudar a eliminar os metais pesados e as 65.000 toxinas ambientais. Descobrimos também que a defesa celular natural parece auxiliar na redução da glicemia de jejum. É graças a essa abordagem integrada que os resultados do Programa de 21 Dias do Tree of Life são tão rápidos e consistentes. Quanto mais breve a cura, mais estimuladas e felizes as pessoas ficam.

Essa abordagem, baseada em minha experiência clínica de mais de 35 anos e orientada por uma teoria unificadora de ativar os genes antidiabetes e desativar os genes geradores de diabetes com suco verde em jejum e alimentos vivos, nos ajudou a quebrar a barreira das “4 milhas em 1 minuto” do diabetes. É fundamentada em um estilo de vida que cria vida, e não morte. O programa do Tree of Life, descrito no próximo capítulo, tem como base a dieta de alimentos vivos exclusivamente vegetais e os hábitos da Cultura da Vida.

“Uma parte da cura é o desejo de se curar.” Sêneca, filósofo, sábio e poeta e dramaturgo romano

“Um médico realmente bom em primeiro lugar descobre a causa da doença e, encontrando-a, primeiro tenta curá-la pela alimentação. Somente quando a alimentação não dá resultado ele prescreve uma medicação.”

Sun Ssu-mo, médico taoísta da dinastia Tang, em Receitas preciosas

“Não deixe que nada que possa ser tratado por dieta seja tratado por outros meios.” Maimônides, rabino judeu, filósofo e mestre em medicina holística do sultanato egípcio

O primeiro princípio do Programa de 21 Dias do Tree of Life para curar naturalmente o diabetes é uma dieta cuidadosa a que chamamos dieta antidiabetogênica da Cultura da Vida: orgânica, ela contém apenas vegetais e alimentos vivos (crus), é relativamente rica em carboidratos complexos, tem de 15 a 20% de gorduras (de baixas a moderadas) extraídas de plantas, proteínas moderadas, teores glicêmicos baixos, índice baixo de insulina e, além de ser rica em minerais, é isenta de carboidratos refinados (especialmente farinha de trigo branca e açúcar branco), rica em fibras e propõe a ingestão moderada de calorias – e, acima de tudo, preparada com amor.

Esta dieta da Cultura da Vida, atualizada com o conceito de individualização explicado detalhadamente em Conscious eating [Alimentação consciente], é mais conhecida como a dieta do Jardim do Éden, citada no Gênesis (1, 29). Algumas pessoas precisam de mais proteína (de plantas), enquanto outras precisam de uma dieta mais rica em carboidratos complexos. Isso vai depender da constituição de cada pessoa. Mas, qualquer que seja essa constituição, esta dieta é rica em vegetais e fitonutrientes, que contêm uma grande variedade de antioxidantes, como carotenos, vitaminas E e C, componentes fenóis e resveratrol. Você vai saber que está ingerindo tudo isso quando os vegetais, frutas e grãos presentes em sua alimentação formarem um arco-íris, já que as cores na realidade são pigmentos que contêm fitonutrientes e ativam os genes antienvelhecimento, anticancerígenos e anti- inflamatórios. E o mais importante: esses fitonutrientes desativam os genes causadores do diabetes e ativam os genes antidiabetes. Em Genetic nutritioneering [Nutriengenharia genética], o doutor Jeffrey Bland explica como o hormônio insulina se comunica indiretamente com os genes e altera a expressão gênica. A insulina também influencia outros hormônios do corpo. Um fluxo saudável de insulina no corpo não apenas ajuda a controlar o açúcar no sangue, mas está ligado ao equilíbrio saudável de muitos outros hormônios, inclusive fatores de crescimento, como o hormônio do crescimento humano, cortisol, somatostatina, serotonina, noradrenalina e leptina.1 Nosso controle

hormonal é conseguido por meio de dieta, exercícios e controle do estresse e, é claro, dos alimentos que ingerimos. Uma pesquisa recente confirma que o tipo de carboidratos que ingerimos também influencia a expressão de nossos genes graças ao efeito que exerce sobre a secreção de insulina, glucagon e outros hormônios de sinalização celular. Assim, quando comemos, precisamos ter

consciência de que a comida se comunica com nossos genes e dessa forma afeta, positiva ou negativamente, nossa expressão gênica.

Nossos genes carregam mensagens que descrevem quanto somos sensíveis à insulina e ao açúcar no sangue. Em outras palavras, somos livres para modificar a expressão das mensagens genéticas através do que comemos, da forma como nos exercitamos, da maneira como criamos estresse em nossa vida e das toxinas (como drogas, álcool, tabagismo e metais pesados) que introduzimos em nosso organismo. A questão é saber se a existência ou não da resistência adquirida à insulina depende da nossa alimentação e dos nossos hábitos. A insulina é um grande regulador dos genes do diabetes. Quando os níveis de insulina não estão em homeostase, os genes que favorecem o processo diabético são ativados.

Estudos revelaram que, quando as pessoas consomem alimentos ricos em proteína animal, a liberação de insulina é maior. Essa pesquisa feita com a taxa de insulina, como foi visto no capítulo 2, mostra que carne, laticínios e peixes podem criar uma liberação excessiva de insulina – isto é, têm um índice mais alto de insulina e, portanto, causam um desequilíbrio no sistema. Uma pesquisa feita pelo doutor Gene Stiller revelou que uma dieta rica em proteínas muitas vezes aumenta a resistência à insulina.2 A pesquisa em geral mostra que as dietas que contêm proteína vegetal integral e natural

têm uma reação mais baixa à insulina do que uma alimentação composta de alimentos refinados e ricos em gordura. Descobriu-se que a mistura de aminoácidos na proteína vegetal, embora completa, é ligeiramente diferente da proteína animal e oferece vantagens sobre ela. Especificamente para o diabetes, a proteína vegetal afeta positivamente muitos aspectos do metabolismo, até mesmo o aumento da sensibilidade à insulina e a redução de reações tóxicas.3 Simplesmente cortando o

excesso de calorias da dieta e melhorando a proporção de proteínas em relação à de carboidratos e gordura, de acordo com a constituição da pessoa, pode-se regular os níveis de açúcar no sangue.4

FITONUTRIENTES

Um dos mais eficazes componentes dos alimentos, que afeta a expressão dos genes no nível molecular são os fitonutrientes. Pesquisas sobre fitonutrientes sustentam nossas descobertas: por exemplo, 82% de 156 diferentes estudos sobre dietas publicados revelaram que o consumo de frutas e vegetais ajuda na prevenção do câncer.5 Pessoas que comem mais frutas e vegetais têm cerca de

metade do risco de morrer de câncer do que as que não os consomem. As dietas vegetarianas são ricas em fitonutrientes, que incluem uma variedade de antioxidantes, carotenos, vitaminas E e C, componente fenólicos e terpenoides. Conseguimos mais do dobro de fitonutrientes com o mesmo volume de calorias na dieta de alimentos vivos com densidade nutricional , que também é uma dieta natural de restrição de calorias. Com a ajuda dos fitonutrientes do menu do arco-íris, a cozinha internacional Tree of Life estimula e reativa naturalmente os genes antienvelhecimento, anti- inflamatórios, anticancerígenos e antidiabéticos, e desativa os genes causadores do diabetes. Os fitonutrientes abrangem: os alilssulfídeos, presentes no alho e na cebola, que são fortes estimuladores da expressão fenotípica aumentada no manejo do diabetes e ajudam no controle do açúcar no sangue com seus componentes de enxofre, importantes para a função da insulina; fitatos, que estão presentes nos grãos e legumes e têm efeitos anticancerígenos; glucaratos, encontrados nas frutas cítricas, nos grãos e no tomate, que aprimoram a expressão gênica da desintoxicação; lignanas,

encontradas na linhaça, que melhoram o metabolismo do estrogênio e da testosterona; indóis, isotiocianatos e hidroxibutano, presentes em vegetais crucíferos, que reforçam a desintoxicação contra carcinógenos; ácido elágico, presente nas uvas, framboesas, morangos e oleaginosas, que melhoram a função antioxidante; e bioflavonoides, carotenoides e terpenoides, que reduzem inflamações e melhoram a imunidade. As inflamações são, sem dúvida, afetadas por nossa expressão gênica. Meu alimento anti-inflamatório predileto é o gengibre; ele possui fitoquímicos ativos chamados gingeróis, que têm se mostrado muito eficientes no tratamento da artrite e de outras inflamações. Usado juntamente com a cúrcuma, aprimora a expressão gênica com relação à resposta anti-inflamatória.6 Um flavonoide popular é a quercetina. Encontrada na maçã, na cebola e no alho, a

quercetina melhora a expressão gênica ligada à alergia e à artrite, ajudando também a manter a integridade do tecido vascular e, com isso, melhorando a circulação. Os bioflavonoides, entre os quais a quercetina, estão entre os mais importantes modificadores da expressão gênica, além de serem antioxidantes.

Uma vez entendido o primeiro princípio da alimentação da dieta antidiabetogênica da Cultura da Vida, começamos a compreender que o que ingerimos tem efeitos importantes no processo de cura. Em outubro de 1997, um artigo publicado na revista Science pelo doutor Caleb Finch, professor do Centro de Gerontologia Andrus, na Universidade do Sul da Califórnia, deixa bem claro que a hereditariedade desempenha um papel menor na determinação da expectativa de vida.7 Um dos

fatores mais importantes relacionados à longevidade é o estilo de vida. Esse princípio aplica-se à tendência ao diabetes. Se não ativarmos os genes produtores do diabetes com uma dieta pobre e hábitos prejudiciais, o diabetes não irá se manifestar.

ANTIENVELHECIMENTO: