• Nenhum resultado encontrado

“Um diabético em potencial pode se tornar um diabético de fato com refeições sem carboidratos baseadas em carne e gordura.” Doutor I. M. Rabinowich, 1930

“Cem gramas de carne elevam os níveis de insulina dos diabéticos tanto quanto a mesma medida de açúcar.”

Diabetes Care 7, 1984, p. 465

“Queijos e carnes aumentam mais as taxas de insulina do que os ‘temidos’ alimentos cheios de carboidratos, como as massas.”

American Journal of Clinical Nutrition 50, 1997, p. 1264

“Um único hambúrguer ou três fatias de cheddar aumentam mais as taxas de insulina do que o equivalente a duas xícaras de macarrão cozido.”

American Journal of Clinical Nutrition 50, 1997, p. 1264

Estamos sugerindo aqui que o êxito da reversão do diabetes depende do retorno à alimentação viva, rica em enzimas, em alimentos não processados, que é parte da Cultura da Vida. Essa dieta é similar àquela que o homem seguiu por pelo menos 3,2 milhões de anos. A mudança aconteceu cerca de 10.000 anos atrás, quando a agricultura e a criação de gado ficaram em primeiro lugar nas culturas tribais e passamos a nos transformar em uma civilização baseada no cultivo de grãos e no gado. A

criação de gado introduziu, pela primeira vez na história, grandes quantidades de carne em frequência constante na nossa alimentação. Antes disso, a espécie humana não ingeria muita carne. De acordo com Robert Leakey, um dos mais importantes antropólogos médicos do mundo, a

alimentação humana consistia, primeiro, em uma dieta vegana como a dos chimpanzés, contendo eventualmente um pedaço de carne. Pela lógica, podemos perceber que um urso-pardo é

evidentemente mais carnívoro do que o homem – basta olhar para suas patas e dentes –, mas ainda assim entre 95 e 97% de sua alimentação é composta de vegetais crus. A alimentação dos hunza, povo longevo do norte do Paquistão, contém menos de 1% de carne. Entre 1840 e 1974, a quantidade de carne consumida por pessoa nos Estados Unidos praticamente quintuplicou. Mais ou menos na mesma época, o país deixou de ser a nação mais saudável do mundo, em 1900, entre cem avaliadas, para ficar em último em 1990.5

A alimentação que, historicamente, mostrou-se a melhor para a saúde e para a prevenção do diabetes tipo 2 na verdade é aquela rica em carboidratos complexos, sem gordura animal e com gordura vegetal moderada (15-20%); baixa em índices de glicose e insulina; e rica em fibras. Na Segunda Guerra Mundial, o professor H. P. Himsworth observou que, quando a escassez de alimentos tirou de circulação a farinha branca, o açúcar comum e as carnes, com suas proteínas e gorduras típicas da alimentação britânica, a taxa de mortalidade por diabetes caiu pela metade.

Estudos mostraram que homens da Igreja Adventista do Sétimo Dia que comiam carne seis ou mais dias por semana tinham 3,8 vezes mais chances de ter o diabetes mencionado no atestado de óbito se comparados com os adventistas do Sétimo Dia que eram ovolactovegetarianos.6 Não é de admirar, já

que a carne contém uma quantidade considerável de colesterol e gordura saturada, o que aumenta o risco de aterosclerose, a principal causa de morte entre diabéticos. O que realmente surpreendeu, no entanto, foi descobrir que, vinte anos antes, no início do estudo, aqueles que não eram diabéticos se tornariam mais propensos a ter diabetes se passassem a consumir carne com frequência.

No China study, T. Colin Campbell cita um estudo que avaliava alimentação e diabetes entre a população nipo-americana masculina no estado de Washington. Entre esses homens, filhos de japoneses que migraram para os Estados Unidos, extraordinariamente a incidência do diabetes era quatro vezes maior do que na média dos japoneses da mesma faixa etária que permaneceram no Japão. Entre os nipo-americanos, aqueles que manifestaram a doença também comiam mais proteína animal, gordura animal e colesterol, todos encontrados apenas em alimentos de origem animal.7 O

consumo total de gorduras também era maior entre os diabéticos. As mesmas características alimentares também resultavam em excesso de peso. Essa segunda geração de nipo-americanos tinha uma dieta com mais carne e menos vegetais do que os nascidos no Japão. Como escreveram os pesquisadores: “Aparentemente, os hábitos alimentares dos japoneses que vivem nos Estados Unidos estão mais próximos da dieta dos americanos do que da dos japoneses”. O resultado é a incidência quatro vezes maior de diabetes.8

Os benefícios de uma dieta de alimentos vegetais é profissionalmente reconhecida. A Associação Dietética Americana, a maior organização de dietistas profissionais do mundo, publicou as seguintes declarações em junho de 2003, sobre o estilo de vida e a dieta vegetarianos:9

Tem sido relatado que os vegetarianos têm menos massa corporal do que os não vegetarianos, além de menores índices de morte por doença isquêmica do coração; eles apresentam também taxas inferiores de colesterol no sangue, pressão arterial mais baixa e menos ocorrências de hipertensão, diabetes tipo 2 e câncer de próstata e de cólon. A alimentação vegana e outros gêneros de dietas vegetarianas, se bem planejadas, são adequadas para todos os estágios do ciclo da vida, incluindo gravidez, lactação, infância e adolescência.

A alimentação vegetariana oferece diversos benefícios nutricionais, como menores índices de gordura saturada, colesterol e proteína animal, além de mais carboidratos, fibras, magnésio, potássio, folato e antioxidantes como vitaminas C e E e fitoquímicos. [...]

Do ponto de vista da Associação Dietética Americana e do Dietistas do Canadá, as dietas vegetarianas bem planejadas são saudáveis, nutritivas e proporcionam benefícios para a saúde na prevenção e no tratamento de certas doenças.

O consumo de carne é diabetogênico em qualquer caso, e de maneira alguma a carne é um alimento ou fonte de proteínas ideal para o ser humano. Esse hábito cria precondições para o diabetes, além de acelerar suas complicações uma vez que a doença já tenha se manifestado. Uma pesquisa citada no livro Nutrição evolutiva revela que a proteína da carne pode aumentar a resistência à insulina, uma precondição para o diabetes e para seu processo degenerativo. Vamos investigar os aspectos negativos da ingestão de carne e então pensar se essas realidades devem fazer parte ou não da dieta e dos hábitos antidiabetogênicos da Cultura da Vida, delineados para reverter completamente a doença. Segundo T. Colin Campbell, diversos estudos mostram que os vegetarianos e veganos são mais esbeltos, pesando sempre entre 2,3 e 14 quilos a menos do que aqueles que comem carne.10,11,12,13,14,15,16

Nossos resultados no Programa de 21 Dias do Tree of Life confirmam essa informação. Durante o programa de trinta dias para o filme, os participantes, que antes comiam carne, perderam entre 9 e 14,5 quilos.

Entre os que ingerem carne, as doenças cardiovasculares são significativamente mais comuns. Em 1961, a American Medical Association [Associação Médica Americana] declarou que 97% das

doenças cardíacas seriam eliminadas se as pessoas parassem de comer carne e adotassem uma dieta vegetariana.

Em seu livro Fats that heal, fats that kill [Gorduras que curam, gorduras que matam], Udo Erasmus diz que diversas espécies de peixes contêm gorduras e óleos tóxicos. Um exemplo é o ácido graxo cetoleico, presente no arenque, na savelha, na anchovinha e até no óleo de fígado de bacalhau!

Mulheres mais jovens que comem carne vermelha com frequência parecem enfrentar risco maior de ter uma forma comum de câncer de mama, segundo um estudo extenso e conhecido de Harvard sobre saúde feminina, publicado no Archives of Internal Medicine, em novembro de 2006. Tendo avaliado mais de 90.000 mulheres, o estudo mostrou que quanto mais carne vermelha elas consumiam na faixa dos 20, 30 e 40 anos, maior era seu risco de desenvolver câncer de mama estimulado por hormônios nos doze anos seguintes. As que consumiam carne vermelha sempre tinham quase o dobro de risco quando comparadas às que a consumiam eventualmente.17

Homens cujas mães quase não consumiam carne, em comparação com homens cujas mães comiam muita carne, são mais viris. Os primeiros têm concentrações de espermatozoides 24,3% maiores que os últimos. Entre estes, 18% tinham níveis de espermatozoides abaixo do que a Organização Mundial da Saúde considera como o limite inferior de subfertilidade – esse índice de infertilidade é três vezes maior do que o dos filhos de mães que consumiam pouca carne vermelha. Generalizando, temos duas teorias possíveis: filhos de mulheres veganas são mais viris, e homens veganos são mais viris.

Eliminar a carne da dieta e consumir apenas alimentos de origem vegetal pode amenizar ou até curar a asma. Trinta e cinco pacientes que sofriam de asma brônquica havia cerca de doze anos, todos sob medicação de longo prazo, vinte deles com cortisona, foram submetidos a uma alimentação unicamente vegetal por um ano. Em quase todos os casos, a medicação pôde ser retirada ou reduzida drasticamente. Houve diminuição significativa dos sintomas. Vinte e quatro pacientes (69%) concluíram o tratamento. Destes, 92% relataram melhora dentro de um ano, sendo 71% em apenas quatro meses.18

A ocorrência de osteoporose é bem maior entre consumidoras de carne, ou mesmo em mulheres que ingerem três ou mais copos de leite por dia. Pesquisas indicam que grandes quantidades de proteína criam acidez do plasma, o que faz com que os ossos rejeitem o cálcio para neutralizá-la.

A grande concentração de fósforo na carne literalmente empurra o cálcio para fora dos ossos. O que acontece de fato é que, do ponto de vista da saúde, particularmente do diabetes, a proteína obtida da carne animal – inclusive de peixe – é de qualidade inferior à de origem vegetal. Esse fato científico inconteste é confirmado pelo China Study, realizado por T. Colin Campbell e pelas evidências epidemiológicas de 6.500 chineses em 65 províncias. O estudo mostrou que quanto mais proteína animal era consumida, maior era a incidência de câncer. Segundo o Instituto Max Planck, o cozimento coagula aproximadamente 50% da proteína, tornando a comida menos digerível, mais grossa e potencialmente inflamatória. No fim, cozinhar a proteína da carne faz com que se aproveite apenas a metade da proteína ingerida, e a outra metade acaba agindo como toxina inflamatória.

sementes oleaginosas, sementes, pólen de abelha, verduras, grãos e feijão. A espirulina, a alga azul esverdedada, a chlorella, sementes de cânhamo, azeitonas, todos os brotos (incluindo cereais e feijões germinados), o pólen de abelha, vegetais verdes (sobretudo espinafre, agrião, rúcula, couve, brócolis, couve-de-bruxelas, salsa), verduras e superalimentos verdes em pó são exemplos de alimentos vivos ricos em proteínas.