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Variação

Milhões de euros 2007 2006 Absoluta (%)

Resultados

Margem financeira 6.654 5.272 1.381 26,2

Resultados por equivalência patrimonial 4 7 (3) (45,7)

Comissões líquidas 2.866 2.357 509 21,6

Actividades de seguros 171 120 51 42,6

Margem comercial 9.694 7.757 1.938 25,0

Resultados líquidos por operações financeiras 691 604 88 14,5

Produto bancário 10.386 8.360 2.025 24,2

Serviços não financeiros (líquido) e

outros resultados de exploração (141) (119) (22) 18,2

Custos de exploração (4.437) (4.005) (431) 10,8 Custos de transformação (4.089) (3.700) (388) 10,5 De pessoal (2.222) (1.975) (247) 12,5 Gastos gerais (1.867) (1.725) (142) 8,2 Amortizações (348) (305) (43) 14,1 Margem de exploração 5.808 4.236 1.572 37,1

Perdas líquidas por deterioração de créditos (1.619) (859) (760) 88,4

Outros resultados (408) (256) (152) 59,4

Resultado antes de impostos (sem mais valias) 3.781 3.120 660 21,2

Imposto sobre sociedades (822) (669) (153) 22,9

Resultado da actividade corrente 2.958 2.451 507 20,7

Resultado de operações interrompidas (líquido) 112 124 (12) (9,7)

Resultado consolidado do exercício (sem mais valias) 3.071 2.575 495 19,2

Resultado atribuído a minoritários 404 289 116 40,1

Resultado atribuído ao Grupo (sem mais valias) 2.666 2.287 379 16,6

Líquido de mais valias e extraordinários — — — —

Resultado atribuído ao Grupo 2.666 2.287 379 16,6

Balanço

Créditos a clientes* 68.854 60.172 8.681 14,4

Carteira de negociação (sem créditos) 22.846 27.846 (5.000) (18,0)

Activos financeiros disponíveis para venda 12.628 17.943 (5.315) (29,6)

Entidades de crédito* 11.146 20.310 (9.165) (45,1)

Imobilizado 1.805 1.695 110 6,5

Outras contas de activo 24.707 16.842 7.865 46,7

Total activo / passivo e capitais próprios 141.985 144.809 (2.823) (1,9)

Depósitos de clientes* 82.054 75.301 6.752 9,0

Débitos representados por Títulos* 5.039 5.258 (220) (4,2)

Passivos subordinados 2.540 2.383 157 6,6

Passivos por contratos de seguros 2.121 2.086 35 1,7

Entidades de crédito* 19.017 32.403 (13.386) (41,3)

Outros passivos 22.626 19.529 3.097 15,9

Recursos próprios 8.588 7.847 741 9,4

Outros recursos geridos de clientes 48.048 56.352 (8.303) (14,7)

Fundos de investimento 36.041 27.965 8.076 28,9

Fundos de pensões — 18.052 (18.052) (100,0)

Patrimónios administrados 11.949 10.334 1.615 15,6

Seguros de poupança 58 — 58 —

Recursos geridos de clientes** 137.682 139.295 (1.613) (1,2)

(*).- Inclui a totalidade de saldos em balanço para esta categoria

AMÉRICA LATINA

O Grupo Santander obteve na América Latina um resultado atribuído de 2.666 milhões de euros em 2007, com um aumento de 16,6% (+22,1% sem o efeito da taxa de câmbio). Esta percentagem está afectada pelas alterações de zona, tanto em 2006 (venda da gestora de pensões do Peru e do banco na Bolívia, e a colocação no mercado de 7,23% do Banco Santander Chile) como em 2007 (venda das gestoras de pensões do Chile,

Argentina, Colômbia, México e Uruguai). Sem eles, o resultado da actividade corrente aumenta 20,7% (+26,7% sem o efeito da taxa de câmbio).

Como em 2006, a Banca Comercial foi em 2007 o motor de crescimento na região ao aumentar o seu resultado antes de impostos em 37,2% (+45,6% sem o efeito da taxa de câmbio), como consequência do foco estratégico no desenvolvimento das bancas individuais, PMEs e empresas.

Estes resultados foram obtidos numa conjuntura económica que voltou a ser muito favorável em 2007, apesar da

desaceleração da economia dos Estados Unidos e das recentes turbulências nos mercados à escala global.

A América Latina, com efeito, continuou a crescer de forma robusta em 2007, alcançando uma taxa média de crescimento do PIB ligeiramente acima dos 5%. Este é o quarto ano de expansão firme e ininterrupta, sendo as perspectivas económicas, para 2008, sólidas.

O crescimento económico sustentado e com estabilidade propiciou avanços sociais significativos, com reduções nos níveis de desigualdade, graças a um continuado processo de criação de emprego e a uma menor volatilidade no nível de adesões dos segmentos de rendimentos médios e baixos.

O controlo da inflação foi também um dos factores que favoreceram o melhoramento do nível de bem estar. Em 2007, ainda que com picos nalguns países, a inflação manteve-se, em traços gerais, em taxas relativamente baixas, de 5% em média regional, e em taxas inferiores a 4,5% para a média dos três principais países (Brasil, México e Chile). Este ponto é explicado tanto pela expansão económica da região como pelo efeito do encarecimento mundial dos alimentos, da energia e das

facilidades industriais. As perspectivas para 2008 contemplam um pico adicional, até 6% em média regional; mas com uma

moderação para taxas inferiores a 4% na média dos três principais países, graças à descida da inflação no Chile e também do México, enquanto que para o Brasil espera-se que se

mantenha estável.

A política fiscal continuou a ser gerida de forma rigorosa, com a manutenção de superavit primários em média regional ao redor de 3% do PIB e o deficit fiscal global inferior a 1% do PIB. Esta é hoje uma das principais forças económicas da América Latina, que está a criar uma clara senda descendente no rácio de dívida pública em relação ao PIB. Em simultâneo, os governos levaram a

cabo uma política de gestão muito activa de endividamento, melhorando a sua estrutura, com uma considerável redução da dívida em moeda estrangeira e um prolongamento dos prazos de vencimento da dívida em moeda nacional. Neste sentido, vários países, entre os quais o Brasil, Chile, México e Peru, emitiram obrigações a longo prazo em moeda nacional, incluindo nos mercados internacionais, com um bom acolhimento por parte dos investidores.

No sector exterior também apresenta uma boa posição, com um superavit na conta corrente em 2007, pelo quinto ano consecutivo, ainda que sejam um pouco mais reduzido do que o de anos anteriores, de 0,7% do PIB em média regional. Os termos de intercâmbio continuaram a ser favoráveis e as exportações tiveram um bom desempenho, se bem que as importações cresceram com maior vigor, impulsionadas pelo dinamismo da procura interna. Pelo lado das entradas de capital, se bem que os fluxos de investimentos tenham sido relevantes em certos países, o investimento estrangeiro directo continuou a ser a fonte principal de entradas de capital. Em conjunto, a persistência do superavit de conta corrente e os fluxos líquidos positivos de entrada de capital externo permitiram uma recomposição significativa nos saldos de reservas internacionais dos bancos centrais, que finalizam 2007 em níveis de 375.000 milhões de dólares.

O crédito outorgado pelos sistemas bancários sobe 28%, sem o efeito da taxa de câmbio, enquanto que a poupança bancária aumenta 19%. Em conjunto, o crédito a particulares tendeu a desacelerar nos últimos trimestres, enquanto que o crédito a empresas e instituições acelerou. Em todo o caso, continua o processo de adesão à banca que está a permitir que sectores cada vez mais amplos da população acedam ao crédito e poupança bancária.

Para captar as vantagens do processo de intensificação do acesso à banca na região, o Grupo continuou a investir em canais de distribuição, de acordo com o seu Programa "América 20.10". A rede conta com 4.498 pontos de atendimento, com um aumento em 2007 de 130 pontos de venda, e 16.422 caixas automáticas. RÁCIO DE EFICIÊNCIA RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO E CUSTOS % variação 2007 / 2006 %

AMÉRICA LATINA

47,0 41,8 +24,2 +10,8 P. Bancário* Custos* 2006 2007

99 A estratégia do Grupo na América Latina continuou a focar-se

em 2007 no desenvolvimento da isenção comercial, e de modo especial no crescimento do negócio e nos resultados recorrentes dos segmentos de particulares e PMEs. O desenvolvimento e vinculação da base de clientes, o crescimento dos produtos- âncora, o impulso dos negócios globais de particulares, e, finalmente, o desenvolvimento do crédito foram as principais alavancas de crescimento da Banca de Retalho.

• Em 2007, a base de clientes particulares aumentou 2,6 milhões, para 24,9 milhões. Dessa base, 22% são compostos por clientes "vinculados" (basicamente, aqueles para quem o Santander é o seu "banco principal"). Por outro lado, a base de clientes PMEs aumentou 79.000, para 893.000.

• Os produtos-âncora, que desempenham um papel muito relevante na captação e vinculação de clientes, crescem a muito bom ritmo em 2007. Os salários domiciliados situam- se já em 5,6 milhões ao terminar o ano. O parque de cartões de crédito aumenta 2,3 milhões durante o ano, para finalizar em 13,3 milhões. Os créditos ao consumo aumentam 0,9 milhões ao longo do ano, alcançando os 7,7 milhões de produtos. Por último, as apólices de seguros sobem 3,0 milhões, para 11,7 milhões.

• Os negócios globais de particulares, meios de pagamento, banca-seguros e Asset Management apresentam uma evolução muito positiva em 2007, alavancando-se nas capacidades do Grupo para a inovação em produtos, a transmissão de melhores práticas e as sinergias globais. Assim, a margem básica bruta dos negócios de meios de pagamento e banca-seguros cresce, respectivamente, 55% e 45%,

enquanto que o de Asset Management, descontando o efeito das gestoras de pensões vendidas, cresce 18%.

• O crédito de particulares e PMEs aumenta 27% durante o ano (sem o efeito da taxa de câmbio), e representa já 49% da estrutura de crédito total do Grupo na América Latina. Este crescimento permitiu um ganho de 30 pontos básicos de quota durante o último ano na soma de créditos ao consumo e através de cartão de crédito, até 9,6% ao finalizar o ano. Sem

dúvida que o maior peso do segmento minorista (indivíduos e PMEs) pressupõe um aumento da apólice de risco,

compensado pelas maiores adesões geradas. Em Dezembro de 2007, a apólice de risco é de 2,24%, face a 1,58% de um ano antes.

Destacam-se, de seguida, os aspectos mais relevantes da actividade do Grupo em 2007. Todos as percentagens de variação anual são sem o efeito da taxa de câmbio:

• Forte expansão do crédito (+20%), especialmente em individuais e PMEs (+27% e +29%, respectivamente). Por produtos, o consumo cresce 26%, cartões 41% e hipotecas 21%. A quota do total de crédito nos países onde o Grupo opera é de 9,8% (sem obrigações IPAB no México). A poupança bancária cresce 21% (+18% em depósitos e +29% em fundos de investimento). A quota em poupança bancária situa-se em 8,1%.

• A quota no conjunto do negócio (créditos, depósitos e fundos de investimento) é de 8,7%. Em linha com a estratégia do Grupo, foram aumentadas as quotas nos produtos de retail no activo (consumo, cartão, hipotecário), enquanto que, nos negócios de investimento, o ênfase foi orientado mais para a prestação de serviços e geração de comissões que o aumento do crédito. Do lado da poupança, o Grupo focou-se na captação de recursos baratos, conseguindo com isso um ligeiro aumento do spread.

• Em resultados, a margem financeira, apoiada na forte expansão do negócio comercial (e, mais concretamente, nos créditos a particulares e PMEs) aumenta 31,9%. Os spreads (com diferenças entre países) acabaram o ano apresentando ligeiros melhoramentos no conjunto dos bancos do Grupo, tanto pelo crédito como pela poupança bancária (spreads de depósitos mais comissões de fundos de investimento). Em todo o caso, nos países onde as fortes baixas de taxas de juro comprimiram as margens comerciais (caso do Brasil), o impacto foi contrastado pela diminuição do custo de financiamento das carteiras de títulos.

RESULTADO ATRIBUÍDO RESULTADOS DE

EXPLORAÇÃO

Milhões de euros Milhões de euros

AMÉRICA LATINA