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% Chile 59,6% Venezuela 12,6% México 8,9% Argentina 7,7% Brasil 7,5% Porto Rico 3,7%

145 investimento sejam de prática residual, e basicamente por

motivos de presença e diversificação. Para o resto do Grupo (denominada como“área de moedas convertíveis”), os depósitos somados aos recursos permanentes do balanço (capital e passivos assimilados) cobrem cerca de três quartos dos créditos líquidos de titularizações. Deste modo, em moedas convertíveis apenas um quarto dos créditos não titularizados são financiados através de mercados de investimento com dívida a médio e longo prazo com uma estrutura adequada.

- Amplo acesso aos mercados de investimento de liquidez sobre a base de elevados ratings a curto e longo prazo. Nos dois últimos anos, todas as agências de rating elevaram a qualificação a longo prazo do Santander, situando-a em finais de 2007 em AA ou acima (a qualificação de Moody’s é Aa1, equivalente a AA+; a três restantes situam-na em AA) todas elas com perspectiva estável.

- Diversificação de mercados e instrumentos para obter liquidez. O Grupo conta com uma presença activa num conjunto vasto e diversificado de mercados de financiamento, limitando a dependência de mercados concretos e mantendo disponíveis amplas capacidades de intervenção nos mercados.

Isso permite ter uma estrutura adequada de emissões a médio e longo prazo, com um recurso reduzido ao financiamento de investimento a curto prazo (no fecho de 2007, papel

comercial e obrigações representam apenas 7% do total de financiamento de investimento). Essa estrutura baseia-se nas titularizações (cerca de um terço do total) e numa carteira de emissões de médio e longo prazo (cerca de 60% do total) bem diversificada por produtos e com um vencimento médio de 4,4 anos.

- Elevada capacidade de obtenção de liquidez do balanço. O Grupo mantém no seu balanço uma carteira diversificada de activos líquidos ou liquidáveis no curto prazo adequada às suas posições. Adicionalmente, o Grupo conta com uma elevada quantidade de activos susceptíveis de serem descontados no Banco Central Europeu, que no primeiro trimestre de 2008 se mantiveram em média em cerca de 30.000 milhões de euros.

- Independência das filiais no financiamento dentro de uma gestão centralizada. As principais unidades jurídicas, com excepção do Santander Consumer Finance, devem procurar o financiamento nos mercados de investimento de acordo com as suas necessidades, estabelecendo os seus próprios planos de liquidez e contingência, sem recorrer a linhas da matriz para financiar a sua actividade.

O Grupo, como holding, realiza as funções de controlo e gestão, o que supõe planificar as necessidades de recursos, estruturar as fontes de financiamento optimizando a sua diversificação por prazos, instrumentos e mercados, assim como definir planos de contingência.

Na prática, a gestão da liquidez realizada pelo Grupo consiste no seguinte:

- Anualmente é laborado o plano de liquidez partindo das necessidades de financiamento derivadas dos orçamentos de

cada negócio. A partir destas necessidades de liquidez e tendo em conta limites de prudência de apelação aos mercados de curto prazo, é estabelecido o plano de emissões e

titularizações para o exercício.

- Ao longo do ano realiza-se um acompanhamento periódico da evolução real das necessidades de financiamento, que dá lugar às consequentes actualizações do plano.

- Controlo e análise de risco de liquidez. O seu primeiro objectivo é garantir que o Grupo mantenha níveis aceitáveis de liquidez para cobrir as suas necessidades de financiamento a curto e longo prazo em situações normais de mercado. Para isso são utilizadas medidas de controlo de balanços como são o gap de liquidez e os rácios de liquidez.

Paralelamente também se realizam diferentes análises de cenários (ou cenários de stress) onde se consideram as necessidades adicionais que possam surgir perante diferentes eventos de características extremas, ainda que plausíveis. Deste modo pretende-se cobrir todo um espectro de conjunturas que, com maior ou menor probabilidade, poderiam afectar o Grupo, para que este possa preparar os planos de contingência correspondentes.

As análises de cenários realizadas no último quadrimestre de 2007 mostravam como o Grupo, incluindo num cenário de procura escassa de emissões a médio e longo prazo, mantinha uma situação de liquidez folgada.

De seguida destacam-se os principais aspectos em relação à gestão de liquidez estrutural no exercício de 2007.

Durante o conjunto do ano, as unidades do Grupo da área de moedas convertíveis captaram um total de 45.000 milhões de euros em emissões de médio e longo prazo nos mercados de investimento e realizaram titularizações de activos por outros 44.500 milhões de euros.

Durante o primeiro semestre de 2007 o Grupo foi

particularmente activo na captação de recursos de médio e longo prazo nos mercados de capitais, num momento em que estes apresentavam uma situação muito positiva tanto em termos de liquidez como de custos. Isso permitiu enfrentar a deterioração da situação dos mercados na segunda metade do ano de forma muito confortável.

A partir do Verão de 2007, o Grupo apenas realizou algumas operações pontuais através de transacções que foram colocadas a custo muito razoável tendo em conta a situação dos mercados, destacando-se a emissão, com a finalidade de financiar parcialmente a aquisição de activos do ABN AMRO, de 7.000 milhões de euros de obrigações necessariamente convertíveis em acções do Banco que foram colocadas entre clientes da Rede em Espanha (os Valores Santander).

O Grupo também aproveitou o segundo semestre para desenvolver os mercados de financiamento de curto prazo (papel comercial, certificados de depósito). Graças às nossas políticas conservadoras de gestão da liquidez, o Grupo mantinha um recurso muito reduzido de financiamento institucional de curto prazo, o que permitiu recorrer a estas fontes quando foram produzidas tensões nos mercados de maior prazo.

A situação estrutural de liquidez do Grupo (com 75% das suas necessidades cobertas através de depósitos e recursos

permanentes do balanço e na área de moedas convertíveis, e mais de 100% nos bancos latino-americanos) e a quantidade e qualidade dos nossos activos líquidos permitiram e permitem ao Santander manter com total normalidade a sua actividade de crédito.

C. RISCODETAXADECÂMBIOESTRUTURAL/ COBERTURADERESULTADOS

O risco de taxa de câmbio estrutural deriva das operações do Grupo em divisas, relacionado principalmente com os

investimentos financeiros permanentes, os resultados e as coberturas desses investimentos.

A gestão do risco de câmbio é dinâmica, e trata de limitar o impacto em recursos próprios das depreciações das moedas, optimizando o custo financeiro das coberturas.

Em relação à gestão do risco de câmbio dos investimentos permanentes, a política geral é financiá-los na moeda de

investimento sempre que a profundidade do mercado o permita e que o custo se justifique com a depreciação esperada. Também se realizam coberturas pontuais quando se considera que uma divisa local pode debilitar-se em relação ao euro significativamente mais rápido do que o que o mercado está a contar.

No fecho do exercício de 2007, o Grupo tem cobertas através de estruturas de opções todas as suas participações significativas em filiais estrangeiras (incluindo já o Banco Real). Estas coberturas protegem o impacto no capital do Grupo a partir de um

determinado nível de desvalorização das moedas.

Adicionalmente, é gerido o risco de mudança dos resultados e dividendos esperados do Grupo naquelas unidades cuja moeda base é diferente do euro. Na América Latina, as unidades locais gerem o risco de câmbio derivado dos resultados, entre a moeda local e o dólar, que é a divisa de orçamentação na área. A Gestão Financeira a nível consolidado é responsável pelo seu lado pela gestão do risco entre o euro e as restantes divisas convertíveis.

D.EXPOSIÇÕESRELACIONADASCOMACTIVOSOUNEGÓCIOSESPECIAIS

A exposição do Grupo Santander a instrumentos e veículos estruturados complexos é muito limitada:

•Sem exposição a hipotecas subprime;

•Exposição não material sujeita a Mark-to-Model; •Exposição limitada com Hedge Funds, Asset Backed

Securities, Monolines, Conduits, etc.

Esta política permitiu que o Grupo não tenha sofrido um impacto negativo em resultados neste tipo de actividade.

A política do Santander em relação à aprovação de novas normativas foi tradicionalmente muito prudente e conservadora, estando sujeita a uma estrita supervisão por parte da Alta Direcção do Grupo. Antes de aprovar a colocação em marcha de uma nova norma, produto ou subjacente, a partir da Divisão de Risco é verificada:

•A existência de um modelo de valorização adequado para o acompanhamento do valor de cada exposição: Mark-to- Market, Mark-to-Model; ou Mark-to-Liquidity;

•A disponibilidade no mercado dos “inputs” necessários para aplicar esse modelo de valorização.

Sempre que se cumpram os pontos anteriores,

•A disponibilidade de sistemas adequados e devidamente adaptados para o cálculo e acompanhamento diário dos resultados, posições e riscos das novas operações executadas.

•O grau de liquidez do produto ou subjacente, de modo a possibilitar a sua cobertura no momento que se considere oportuno.

Sem prejuízo da limitada exposição do Grupo a negócios ou veículos especiais, esta concretiza-se actualmente em:

•CDO's e outros instrumentos complexos de crédito: a exposição total do Grupo a este tipo de instrumentos é muito pouco significativa, inferior a 25 milhões de euros.

•Hedge Funds: A principal exposição materializa-se através do financiamento desses fundos (“risco de contrapartida”). Não obstante, essa exposição não é significativa (1.906 milhões de euros no fecho do ano, dos quais 101 milhões se registam em carteiras de negociação e o restante em carteiras de

investimento) e apresenta níveis baixos de “loan-to-value”, cerca de 45% (colateral de 4.227 milhões de euros no fecho do ano). O risco com este tipo de contrapartidas analisa-se caso a caso, estabelecendo as percentagens de colateralização em função das características e activos de cada fundo.

•Investimentos em “SIV” (“Structured Investment Vehicles”), “SIV-lites” e outros veículos de investimento com alta alavancagem: não existe exposição.

•“Conduits”: No fecho de 2007, o Grupo mantinha dois “conduits” promovidos no passado, que sempre estiveram dentro do perímetro de consolidação do Grupo:

•Altamira: no fecho do ano contabilístico contava com 276 milhões de euros em activos totais, nenhum dos quais relacionado com operações hipotecárias. Nessa data, estava em processo de dissolução e integração na estrutura standard do Grupo.

•Cantabric: contava no fecho do ano com activos de 183 milhões de euros. O subjacente é papel comercial a curto prazo gerado pela actividade da banca comercial em Espanha, com um elevado grau de diversificação e valores nominais pequenos.

•“Monolines”: a exposição do Santander a companhias seguradoras de obrigações (denominadas “Monolines”) era, em finais de 2007, de 350 milhões de euros, concentrada maioritariamente na exposição indirecta, 342 milhões de euros, em virtude da garantia prestada por este tipo de entidades a diversas operações de financiamento ou titularização tradicional. A exposição neste caso é “duplo default”, sendo os subjacentes primários de alta qualidade de crédito, AA na sua maior parte. O pequeno resto resultante é de exposição directa (por exemplo, através da compra de protecção de risco de não pagamento de alguma destas empresas seguradoras através de um “credit default swap”).

147 E. OPERAÇÕES ESTRUTURADAS DE FINANCIAMENTO

O Grupo Santander tem, neste âmbito, uma baixa exposição e uma actividade diversificada por tipo de produto, sector e número de operações. A exposição comprometida no fecho de Dezembro era de 16.926 milhões de euros correspondentes a 351

transacções. A separação é a seguinte: 10.060 milhões de euros (103 transacções) na operação de Acquisition Finance; 5.524 milhões de euros (213 transacções) em operações de Project Finance; e o restante em LBO’s e outras modalidades. Não se consideram necessários reajustes de valor em baixa

(“writedowns”) na carteira de investimento. Em relação às operações de aquisição com financiamento alavancado

(“Leveraged Buy-Out” o LBO’s), não foi produzida desde Julho de 2007 nenhuma operação relevante.

4. RISCO OPERACIONAL

DEFINIÇÃOE OBJECTIVOS

O Risco Operacional (RO) define-se, dentro do Grupo Santander, como “o risco de perda resultante de deficiências ou falhas dos processos internos, recursos humanos ou sistemas, ou derivado de circunstâncias externas”. Trata-se de ocorrências cuja causa é puramente operacional, o que os distingue dos riscos de mercado ou de crédito.

O objectivo do Grupo em matéria de controlo e gestão do Risco Operacional fundamenta-se na identificação, prevenção, valorização, mitigação e acompanhamento desse risco.

A maior exigência para o Grupo é, portanto, identificar e eliminar focos de risco, independentemente de terem existido perdas ou não. A medição também contribui para a gestão, ao permitir que se estabeleçam prioridades e hierarquizem as decisões.

Para o cálculo de capital regulatório por risco operacional o Santander considerou conveniente optar primeiro pelo Método Standard, previsto na normativa de BIS II. O Grupo está a avaliar o momento mais adequado para aderir ao foco de Modelos Avançados (AMA) tendo em conta, em todo o caso, que: a) a prioridade a curto prazo na gestão do risco operacional centra-se na sua mitigação; e b) a maior parte dos requisitos regulatórios

estabelecidos para poder adoptar o foco AMA já devem ser

incorporados no Modelo Standard a actualmente já foram integrados no modelo de gestão de risco operacional no Grupo Santander.

MODELODEGESTÃO

A função de valorizar e controlar esta classe de risco é instrumentada através de uma Unidade Central que supervisiona os riscos operacionais e é responsável pelo programa corporativo global da Entidade.

A estrutura efectiva de gestão do risco operacional baseia-se no conhecimento e experiência dos directores e profissionais das distintas áreas/unidades do Grupo, dando relevância fundamental ao papel dos Coordenadores Responsáveis locais de Risco Operacional, figuras chave dentro deste modelo organizativo.

O Grupo Santander adoptou o esquema apresentado de seguida para representar as etapas do processo para a gestão do risco operacional:

As principais vantagens da estrutura de gestão eleita pelo Grupo Santander são:

•Gestão integral e efectiva do risco operacional (identificação, prevenção, avaliação, controlo/mitigação, acompanhamento e informação).

•Melhoramento do conhecimento dos riscos operacionais, tanto efectivos como potenciais, e a sua atribuição às linhas de negócio e de suporte.

•A recompilação de dados de perdas permite a quantificação do risco operacional tanto para o cálculo de capital

económico como regulatório.

•A informação de risco operacional contribui para melhorar os processos e controlos, reduzir as perdas e a volatilidade das adesões.

Divulgação de resultados Melhores Práticas Formação Informação a reguladores e Direcção do Grupo

Riscos

Medição/

Quantificação

Informação

Identificação

Valorização

do Risco

Operacional

Establecer metodologia para medição do Capital Inventário de fontes de risco operacional Medidas correctivas Controlos Transferência e seguros Eliminação

Mitigação

Acompanhamento

Base de Dados Auto-avaliações Indicadores Medidas de mitigação Bases de Dados: Impacto e frequência Custo Contabilizável Auto-avaliações e indicadores

IMPLEMENTAÇÃODOMODELO: INICIATIVASGLOBAISE RESULTADOS

O Departamento Corporativo de Gestão e Controlo do Risco Operacional encontra-se constituído e em funcionamento desde 2001. Desde então as principais funções, actividades desenvolvidas e iniciativas globais adoptadas podem ser resumidas em:

•Impulso de Planos de Mitigação: controlo tanto da

implantação de medidas correctivas como dos projectos em desenvolvimento.

•Relatórios periódicos à Alta Direcção e desenvolvimento de Normativa Interna.

•Designação de Coordenadores Responsáveis e criação de Departamentos de RO.

•Formação e intercâmbio de experiências: comunicação de Melhores Práticas dentro do Grupo.

•Desenho e Implementação de Ferramentas Qualitativas e Quantitativas de RO.

•Conciliação de Bases de Dados de Perdas - Contabilidade. •Desenvolvimentos para a Captura Automática de Eventos a

partir dos Sistemas Contabilísticos e de Gestão.

•Desenvolvimento da Ferramenta Corporativa de Risco • Operacional em ambiente Web.

•Colaboração com a Área de Compras em relação à sua função na gestão de seguros bancários relacionados com o risco operacional (apólices BBB, Danos, Responsabilidade Civil e Vida).

•Impulsionar os Planos de Contingência e Continuidade do Negócio.

A implementação do Modelo de Gestão de RO nas várias entidades que configuram o Grupo Santander foi iniciada no ano de 2002. Actualmente encontram-se incorporadas no Modelo praticamente todas as Unidades do Grupo, com um elevado grau de homogeneidade. Não obstante, o ritmo diferente de

implementação, fases, calendários e a profundidade histórica das respectivas bases de dados traduz-se em diferenças no nível de avanço entre os vários países.

Com carácter geral:

- São recebidas bases de dados classificadas de erros e incidências operacionais com periodicidade mensal. A base de dados própria do Grupo contém eventos não truncados, ou seja, sem exclusões por importância, e tanto com impacto contabilístico (incluindo impactos positivos) como não contabilístico.

- Recebem-se e analisam-se Questionários de Auto-Avaliação que tenham sido efectuados pelas principais Unidades do