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Variação

Milhões de euros 2007 2006 Absoluta (%)

Resultados

Margem financeira (sem dividendos) (1.771) (1.269) (502) 39,5

Rendimento de valores de capital 183 162 21 12,8

Margem financeira (1.588) (1.106) (481) 43,5

Resultados por equivalência patrimonial 427 411 16 3,8

Comissões líquidas 30 (11) 41 —

Actividades de seguros — (4) 4 (100,0)

Margem comercial (1.131) (711) (420) 59,2

Resultados líquidos por operações financeiras 1.217 414 803 194,0

Produto bancário 86 (297) 382 —

Serviços não financeiros (líquido) e

outros resultados de exploração 15 (33) 47 —

Custos de exploração (765) (578) (187) 32,3 Custos de transformação (506) (364) (142) 38,9 De pessoal (236) (204) (32) 15,8 Gastos gerais (270) (160) (110) 68,4 Amortizações (259) (214) (45) 20,9 Resultado de exploração (665) (908) 243 (26,8)

Perdas líquidas por deterioração de créditos (14) 91 (105) —

Outros resultados (116) 159 (275) —

Resultado antes de impostos (sem mais valias) (795) (658) (137) 20,8

Imposto sobre sociedades 624 481 144 29,9

Resultado da actividade corrente (171) (177) 7 (3,9)

Resultado de operações interrompidas (líquido) (0) 89 (89) —

Resultado consolidado do exercício (sem mais valias) (171) (88) (82) 92,9

Resultado atribuído a minoritários 9 90 (81) (90,0)

Resultado atribuído ao Grupo (sem mais valias) (180) (178) (1) 0,8

Mais valias líquidas e extraordinários 934 340 594 174,6

Resultado atribuído ao Grupo 754 162 592 365,8

Balanço

Carteira de negociação (sem créditos) 1.328 2.029 (701) (34,6)

Activos financeiros disponíveis para venda 21.528 7.605 13.923 183,1

Participações 15.604 4.897 10.707 218,6

Goodwill 13.827 14.508 (681) (4,7)

Liquidez prestada ao Grupo 80.450 67.138 13.312 19,8

Dotação de capital a outras unidades 32.039 29.120 2.919 10,0

Outras contas de activo 55.381 35.539 19.841 55,8

Total activo / passivo e capitais próprios 220.156 160.836 59.319 36,9

Depósitos de clientes* 1.969 496 1.473 297,1

Débitos representados por Títulos* 82.196 78.321 3.875 4,9

Passivos subordinados 22.874 16.247 6.627 40,8

Capital com natureza de passivo financeiro — — — —

Outros passivos 66.161 30.073 36.088 120,0

Capital e reservas do Grupo 46.955 35.699 11.256 31,5

Otros recursos de clientes gestionados — — — —

Fundos de investimento — — — —

Fundos de pensões — — — —

Patrimónios administrados — — — —

Seguros de poupança — — — —

Recursos geridos de clientes 107.040 95.064 11.976 12,6

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GESTÃO FINANCEIRA E PARTICIPAÇÕES

A Gestão Financeira e Participações agrupa um conjunto de actividades centralizadas e actua como holding do Grupo, gerindo o total de capital e reservas, as assinalações de capital e a liquidez com o resto dos negócios com base nos critérios indicados na página 82 deste Relatório. O custo da liquidez na cessão de fundos aos distintos negócios é realizado à taxa de mercado a curto prazo: 2,96% em 2006 (2,12% em 2005).

Em 2007 o conjunto da área obteve um resultado de 754 milhões de euros, que inclui 60 milhões da contribuição líquida do ABN e mais valias líquidas e extraordinários positivo em 934 milhões de euros.

Estes 934 milhões de euros é o resultado das mais valias líquidas de impostos que procedem das vendas de imóveis (1.076 milhões), das administradoras de fundos de pensões na América Latina (622 milhões) e de 1,79% do Intesa Sanpaolo (566 milhões) e de extraordinários de 737 milhões pelo ajuste da valorização do Sovereign, 242 milhões destinados a dotações especiais para planos de reforma e 351 milhões ao saneamento de activos intangíveis (gerados pela aquisição de salários no Brasil).

Pelo seu lado, a incorporação do ABN AMRO nos estados financeiros do Grupo teve os seguintes efeitos no segmento: adesões de 141 milhões de euros, contabilizados em resultados por equivalência patrimonial e custos de financiamento por 121 milhões de euros, contabilizados em margem financeira. Estes últimos, líquidos de impostos, ficam em 81 milhões de euros. Assim, a contribuição líquida final foi de 60 milhões de euros, tal como foi indicado anteriormente.

Sem considerar nem as mais valias nem a contribuição líquida do ABN AMRO, o resultado corrente, como é habitual neste segmento, oferece uma perda de 239 milhões de euros, face a 178 milhões, também de perda, no ano passado. Os comentários que se oferecem a seguir são efectuados sem a contabilização de ambos os efeitos.

O segmento obteve em 2007 um produto bancário positivo de 65 milhões de euros, que se compara com 297 milhões de perda do mesmo período de 2006, variação que se deve ao efeito líquido de distintos impactos positivos e negativos.

O principal impacto positivo agrupa-se nos ROFs, que aumentam 803 milhões de euros ao passar de 414 milhões de euros em 2006 para 1.217 milhões em 2007. Este aumento deve-se principalmente ao maior efeito positivo da posição de câmbio euro/dólar e euro/libra (que cobre o efeito negativo que a depreciação das respectivas moedas têm nos resultados da América Latina e Reino Unido), e a maior contribuição das carteiras de cobertura de risco de juros, que em 2006

registaram perdas pelo saneamento efectuado, e em 2007 têm uma contribuição ligeiramente positiva.

Os impactos negativos são: o efeito na margem financeira ao ser afectada pela das taxas de juro no custo do financiamento, o maior custo por aumento de volume de titularizações e os menores resultados por equivalência patrimonial derivados do valor inferior contabilizado nesta alínea pela Cepsa (parte desta descida é compensada na alínea de minoritários).

Os custos aumentam 187 milhões de euros (+32,3%) sobre 2006. Este crescimento tem dois motivos fundamentais. Por um lado, os maiores gastos de desenvolvimento da marca única e os gastos associados ao patrocínio e comemoração do 150º aniversário do Banco. Por outro lado, devido ao aumento de amortizações (+45 milhões de euros) pelos intangíveis.

Na parte inferior da conta de resultados, a alínea de dotações líquidas para créditos é de 14 milhões em 2007 face a uma libertação de 91 milhões de euros em 2006, originada basicamente pela libertação de risco-país por operações dentro do grupo.

A alínea de "Outros resultados" agrupa distintas dotações e saneamentos aqui contabilizados. Em 2007 foi negativa em 116 milhões, de euros face a 159 milhões positivos em 2006.

Numa maior análise por subsegmentos que compõem a área:

• Participações: centraliza a gestão das participações financeiras e industriais.

Dentro das participações financeiras as notas mais destacadas entre ambos os exercícios foram: a venda de 4,8% do San Paolo IMI em finais de 2006 e de 1,79% do Intesa Sanpaolo no segundo trimestre de 2007 (como foi mencionado anteriormente, esta última operação gerou uma mais valia de 566 milhões de euros).

No fecho de 2007 as mais valias latentes em participações financeiras e industriais cotadas situavam-se num valor de cerca de 4.000 milhões de euros.

• Gestão financeira: desenvolve as funções globais de gestão da posição estrutural de mudança, do risco de juro estrutural da Entidade matriz e do risco de liquidez. Este último através da realização de emissões e titularizações. Gere ainda os recursos próprios.

Neste capítulo figura o custo da cobertura de capital dos investimentos do Grupo não denominados em euros. A política actual de coberturas está dirigida para a protecção do capital investido e uma cobertura activa dos resultados do exercício através dos instrumentos que sejam considerados mais adequados para a sua gestão. Em 2006 e em 2007 foram mantidas coberturas das principais unidades com risco de câmbio.

Neste subsegmento são geridos, igualmente, os recursos próprios, a dotação de capital efectuada em cada unidade e o custo de financiamento dos investimentos realizados. Tudo isto faz com que, habitualmente, tenha contribuição negativa nos resultados.