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Variação

Milhões de euros 2007 2006 Absoluta (%)

Resultados

Margem financeira 2.335 2.108 227 10,8

Resultados por equivalência patrimonial 2 3 (1) (32,4)

Comissões líquidas 1.007 1.026 (18) (1,8)

Actividades de seguros 0 0 0 —

Margem comercial 3.345 3.137 208 6,6

Resultados líquidos por operações financeiras 436 423 12 2,9

Produto bancário 3.780 3.560 220 6,2

Serviços não financeiros (líquido) e

outros resultados de exploração 51 42 9 20,6

Custos de exploração (1.918) (1.983) 64 (3,2) Custos de transformação (1.816) (1.877) 61 (3,2) De pessoal (1.037) (1.062) 25 (2,4) Gastos gerais (780) (816) 36 (4,4) Amortizações (102) (105) 3 (3,0) Margem de exploração 1.913 1.620 293 18,1

Perdas líquidas por deterioração de créditos (312) (387) 75 (19,3)

Outros resultados 22 (0) 23 —

Resultado antes de impostos (sem mais valias) 1.622 1.232 390 31,7

Imposto sobre sociedades (421) (343) (78) 22,9

Resultado da actividade corrente 1.201 889 312 35,1

Resultado de operações interrompidas (líquido) — 114 (114) (100,0)

Resultado consolidado do exercício (sem mais valias) 1.201 1.003 198 19,8

Resultado atribuído a minoritários — — — —

Resultado atribuído ao Grupo (sem mais valias) 1.201 1.003 198 19,8

Líquido de mais valias e extraordinários — — — —

Resultado atribuído ao Grupo 1.201 1.003 198 19,8

Balanço

Créditos a clientes* 184.086 190.512 (6.426) (3,4)

Carteira de negociação (sem créditos) 53.782 61.507 (7.725) (12,6)

Activos financeiros disponíveis para venda 44 23 21 87,9

Entidades de crédito* 19.810 18.185 1.625 8,9

Imobilizado 4.685 5.059 (373) (7,4)

Outras contas de activo 9.458 8.691 767 8,8

Total activo / passivo e capitais próprios 271.865 283.977 (12.112) (4,3)

Depósitos de clientes* 122.514 115.194 7.321 6,4

Débitos representados por Títulos* 76.056 72.857 3.199 4,4

Passivos subordinados 7.876 9.430 (1.554) (16,5)

Passivos por contratos de seguros 6 71 (65) (91,6)

Entidades de crédito* 38.688 51.020 (12.332) (24,2)

Outros passivos 23.549 32.076 (8.527) (26,6)

Recursos próprios 3.177 3.328 (152) (4,6)

Outros recursos geridos de clientes 10.225 8.307 1.918 23,1

Fundos de investimento 10.225 8.307 1.918 23,1

Fundos de pensões — — — —

Patrimónios administrados — — — —

Seguros de poupança — — — —

Recursos geridos de clientes 216.672 205.788 10.883 5,3

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REINO UNIDO (ABBEY)

No exercício de 2007 o Abbey continuou a avançar no seu objectivo de se converter num banco capaz de oferecer todos os serviços próprios de um banco comercial. Neste sentido, melhorou a visão do cliente com a implementação do Partenon, fortaleceu a gama de produtos e aprofundou a colaboração com as áreas globais do Grupo.

Do ponto de vista financeiro foram cumpridos os objectivos estabelecidos para o exercício em adesões, gastos e resultado. O resultado atribuído foi de 1.201 milhões de euros, mais 19,8% do que em 2006 (+20,2% em libras). Dentro dos resultados foi especialmente relevante o crescimento das adesões numa conjuntura do sector pior do que o previsto.

Como noutros segmentos, os dados do Abbey foram refeitos de acordo com os critérios da página 82 deste Relatório, pelo que os valores apresentados não coincidem com os publicados pelo Abbey com o critério local.

No resto da secção as variações são expressas em libras esterlinas. São muito semelhantes às de euros em resultados, já que o câmbio médio apenas varia no ano, mas diferem consideravelmente no balanço, já que a libra em câmbios finais depreciou 8% em relação ao euro.

Analisando em maior detalhe a conta de resultados do exercício de 2007, o total de adesões aumenta 6,7%, devido principalmente ao notável crescimento da margem financeira (+11,1%). Este aumento de margem reflecte a expansão dos volumes e, sobretudo, uma gestão muito activa dos spreads, aspecto onde se colocou o principal foco do exercício. Esta gestão foi efectuada em empréstimos, onde foi limitada a queda da margem em hipotecas, e aumenta fortemente em

empréstimos pessoais, depósitos de clientes e produtos de investimento, onde aumentaram significativamente. O resultado foi um aumento de 14 pontos básicos na margem com clientes.

As adesões por comissões ficam algo abaixo das obtidas em 2006 (-1,5%) com uma tendência positiva na venda de produtos de investimento e protecção e no novo negócio de cartões, que foram compensados pela menor cobrança por contas correntes e hipotecas.

Pelo seu lado, as adesões por ROF aumentam 3,2%, afectadas pelas piores condições nos mercados na segunda metade do exercício.

No que se refere aos custos de exploração, mantêm a

excelente evolução dos exercícios anteriores, superando no terceiro ano as sinergias previstas no momento da aquisição. Em concreto, em 2007 diminuem 2,9%, em grande parte devido às poupanças derivadas da redução da equipa levada a cabo em 2006.

Os menores custos e maiores adesões dão lugar a um forte melhoramento do rácio de eficiência, que se situa em 50,1% face a 55,1% de 2006. O rácio de eficiência foi reduzido em 20

pontos percentuais desde cerca de 70% onde se encontrava no momento da aquisição do Abbey por parte do Santander.

As dotações para insolvências diminuíram 19,1% em relação a 2006, o que reflecte a boa qualidade da carteira hipotecária e a menor exposição em relação a 2006 a empréstimos pessoais não assegurados (UPLs), em particular os concedidos através da Internet.

O rácio de morosidade manteve-se em 0,60%, sem sofrer variação no exercício, tanto que a taxa de cobertura se situa em 66% face aos 86% de 2006. Esta diminuição é devida principalmente à mudança do mix dos morosos, já que a estratégia de redução da actividade em empréstimos pessoais, que contam com maior cobertura, levou a uma diminuição do seu peso relativo, e ao aumento do peso dos créditos

hipotecários que têm menor percentagem de cobertura, ao ter maiores garantias reais.

No que se refere à actividade (em critério local), os

empréstimos a clientes totalizam 116.600 milhões de libras, mais 8% do que em 2006. Este aumento coincide praticamente com o oferecido pelo stock de hipotecas (+9%), porque a queda de 24% no stock de empréstimos pessoais é verificada sobre uma base muito pequena, já que representam apenas 2% da carteira.

Dentro da actividade em hipotecas, a produção bruta foi, no exercício de 2007, 9% superior à de 2006, enquanto que os cancelamentos aumentam menos, 8%, apesar do forte aumento nos vencimentos de períodos incentivados no ano.

Como consequência, a quota de produção líquida situa-se em 8,1%, superando o nosso objectivo inicial para o ano estabelecido entre 6% e 7%. Em qualquer caso, o Abbey mantém a sua estratégia de conseguir um equilíbrio adequado entre a rentabilidade da nova produção hipotecária e a quota de mercado. Sem dúvida que na última parte de 2007 foi capaz de aproveitar as condições de mercado e conduzir a produção.

RÁCIO DE EFICIÊNCIA RESULTADOS DE

EXPLORAÇÃO E CUSTOS % variação 2007 / 2006

%

REINO UNIDO (ABBEY)

55,1

50,1 +6,2

-3,2

P. Bancário* Custos* 2006 2007

Pelo seu lado, e dentro da estratégia já avançada, a produção bruta de empréstimos pessoais diminuiu 54% em relação a 2006, reflexo da menor actividade desenvolvida através da Internet. Em 2007 o foco foi dirigido para a venda a clientes através da rede de balcões.

Analisando o passivo, os fluxos líquidos de depósitos captados no ano alcançaram os 3.200 milhões de libras, praticamente triplicando os 1.100 milhões do exercício de 2006. Este crescimento esteve apoiado numa oferta de produtos mais vasta, que inclui contas de poupança ligadas a produtos de investimento. A evolução do novo negócio foi impulsionada também por uma nova gama de contas de poupança que incluem 50+ Saver e Direct ISA, e a família de Supercontas, incluindo a Super Bond lançada em Julho.

A venda de produtos de investimento também aumentou consideravelmente (+36%) apoiada num maior foco na retenção e no melhoramento dos processos em conjunto com o impulso através de diferentes campanhas comerciais. A venda de produtos de crescimento estruturado foi particularmente reforçada como resultado de propostas como Super Poupança e outros produtos estratégicos, que obtiveram o reconhecimento de Moneyfacts que concedeu ao Abbey o prémio "Best Structured Products".

Estes fortes crescimentos em fluxos de depósitos e produtos de investimento foram complementados pelo aumento dos spreads, favorecidos pela evolução das taxas de juro. Em conjunto, a margem do stock aumenta 12 pontos básicos no ano.

O Abbey também continua a captar clientes. No último ano a abertura de contas standard aumentou 8%. Esta evolução foi apoiada pela campanha de Fórmula 1 lançada em finais de Junho e pelo lançamento da Conta 8% em Novembro.

Por outro lado, o Abbey continua a apresentar uma forte evolução do balanço de banca comercial o que reflecte um mix adequado de financiamento de retalho (cerca de 60% baseado em depósitos e apenas 10% em financiamento a curto prazo).

Outro dos desafios do exercício foi o processo de implementação do Partenon, de acordo com o calendário estabelecido, e que está a começar a proporcionar vantagens comerciais e de produtividade.

Os portais de venda e serviços estabelecidos no ano simplificaram e melhoraram os processos de venda. Já foi migrada para a plataforma a informação de saldos e movimentos de contas e uma nova aplicação de gestão de efectivos. Deste modo, foi efectuada a migração de 18,5 milhões de contratos para uma nova plataforma de contas pessoais para todas as vendas e serviços. Também foi possível o lançamento dos novos cartões de crédito na segunda metade do exercício.

Ao longo de 2008, o Abbey continuará a optimizar a utilização da plataforma Partenon com os seguintes objectivos: melhorar a qualidade de serviço, aumentar a fidelidade dos clientes e continuar a aproximar a eficiência do Abbey aos standards do Grupo. Para isso, continuará a formar os seus profissionais para tirar o máximo rendimento desta potente plataforma informática.

Para finalizar os aspectos fundamentais da gestão do Abbey em 2007 enumerados no parágrafo inicial deste subcapítulo, há que destacar as actuações efectuadas para uma maior integração com as unidades globais do Grupo, tanto com a banca de investimento como em seguros ou banca privada. Como exemplos, o Banif uniu-se ao Abbey para desenvolver o negócio de banca privada no Reino Unido ou conseguiu lançar o negócio de cartões anteriormente mencionado num tempo recorde e com resultados muito bons, aproveitando as capacidades e

experiência do Grupo.

Em resumo, e como se referia no início deste capítulo, o Abbey continua a progredir no seu objectivo de se converter num banco comercial que ofereça todos os serviços, para o que dispõe das vantagens competitivas que lhe dá a possibilidade de aproveitar a sua inclusão no Grupo Santander.

RESULTADO ATRIBUÍDO RESULTADOS DE

EXPLORAÇÃO

Milhões de euros Milhões de euros

REINO UNIDO (ABBEY)

COBERTURA MOROSIDADE % % 2006 2007 2006 2007 86 66 -20 p.p. 0,60 0,60 +0 p.b.

REINO UNIDO (ABBEY)

2006 2007 2006 2007 1.003 1.201 +19,8%* 1.620 1.913 +18,1%*

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